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DIREITO CONSTITUCIONAL (aula 1)

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DIREITO CONSTITUCIONAL
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
O que é controlar a constitucionalidade?
Significa indagar, perguntar a respeito da compatibilidade ou incompatibilidade da lei em relação à Constituição? Ou seja, a norma infra constitucional é ou não adequada à norma constitucional. Com o objetivo de garantir a hegemonia da constituição em decorrência do princípio da supremacia constitucional.
Mundo do “ser” e do “dever ser”
No mundo do “ser” há um antecedente obrigatoriamente ligado a uma consequência. Ou seja, ocorrendo o antecedente fatalmente ocorrerá um consequente. 
Estas regras são postadas de forma horizontal, pois todas elas se encontram na mesma categoria porque não há hierarquia entre elas. 
As leis do mundo do “ser” são imodificáveis.
As ciências sociais e jurídicas fazem parte do mundo do “dever ser”, onde há várias regras, incluídas a essas as regras do direito.
Estas regras são postadas de forma vertical. Pois, há hierarquia entre estas regras.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Princípio da Supremacia da constituição
Supremacia formal – decorre do poder constituinte originário, ilimitado juridicamente e existem outras leis que decorrem do poder constituído legislativo.
Supremacia material – por ser o documento mais importante que há no Estado, nela as matérias tratadas são as mais importantes.
Ferdinand Lassale: As constituições sempre estiveram presentes nos Estados e sempre estarão presentes. O constitucionalismo que surgiu em 1789 é que teve o objetivo de dar aos Estados um documento escrito. Folha de papel. Os fatores reais de poder eram as questões mais importantes para a Constituição. 
As duas primeiras constituições escritas Americana de 1787 e 1891 a Francesa. Neste momento as matérias mais importantes eram os direitos e garantias fundamentais, a organização do Estado e a divisão orgânica de Montesquieu.
Hoje, temos a ordem econômica, os direitos sociais, os objetivos do Estado.
Rigidez constitucional
Não há que se falar em controle de constitucionalidade se a Constituição não for rígida. Esta que se caracteriza por um processo Legislativo de alteração mais dificultoso. 
Classificação do controle constitucionalidade.
Quanto ao momento de sua elaboração:
Controle preventivo de Constitucionalidade – Tem por objetivo impedir que a norma inacabada (PL) de antemão inconstitucional adentre no ordenamento jurídico. Por ser incompatível com a Constituição e se manifesta em 03 (três) momentos:
Poder Legislativo – Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) art. 58, §2º, CF/88;
Poder Executivo – Veto jurídico do Presidente da República art. 66, §1º;
Poder Judiciário – Mandado de Segurança impetrado por parlamentar federal.
Controle repressivo de Constitucionalidade (posterior) – Tem o objetivo de expurgar a lei inconstitucional do ordenamento jurídico, pode ser feito por um órgão político, jurisdicional e misto.
Político – Cria-se um órgão que não faz parte de nenhum dos três poderes, ou seja, não exerce jurisdição (França).
Jurisdicional – Faz parte do Poder Judiciário. 
Misto – (Suiça) onde existe lei local controlada por órgão jurisdicional e leis nacionais órgão político.
BRASIL
No Brasil, o controle repressivo, em regra, é realizado pelo poder judiciário. Logo, jurisdicional.
EXCEÇÕES
As exceções ocorrem quando o controle repressivo é realizado por outros poderes: 
Pelo Poder Legislativo (art. 49, V, CF/88):
Leis delegadas (art. 68, CF/88) – É quando o presidente solicita autorização para legislar sobre determinada matéria e acaba por exorbitar o poder de legislação, indo além da delegação. 
Decreto autônomo – Edição pelo Executivo de Decreto autônomo que exorbita no seu poder de regulamentação (art. 49, V). O legislativo também poderá sustar esse Decreto que exorbitou o seu poder regulamentar de uma determinada lei.
Medida provisória – sem os requisitos da urgência e relevância, quando o CN entenda inconstitucional essa medida. É repressivo, pois a MP já está produzindo efeitos.
Tribunal de contas – Ainda sendo órgão que não exerce jurisdição pode apreciar no exercício de suas atribuições a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público (súmula 347/STF). 
O TRIBUNAL DE CONTAS, NO EXERCÍCIO DE SUAS ATRIBUIÇÕES, PODE APRECIAR A CONSTITUCIONALIDADE DAS LEIS E DOS ATOS DO PODER PÚBLICO.
Pelo Poder Executivo (não é pacífico): há quem entenda que o chefe do Poder Executivo pode determinar aos órgãos da administração Publica não obedeça lei entendida por ele como inconstitucional.
A REGRA
O Controle Repressivo jurisdicional no Brasil é misto. Porque adota dois sistemas ou dois modelos (difuso e concentrado).
O difuso (ou americano) foi sistematizado em 1803 nos EUA.
O concentrado foi sistematizado em 1920 na Áustria (Hans Kelsen).
Evolução histórica
1824 – não fez qualquer referência ao controle de constitucionalidade. Teve como fonte inspiradora o constitucionalismo inglês e a Constituição francesa que pregavam a supremacia do parlamento. Logo, o que o parlamento dizia não podia ser questionado por outro Poder. E adotava a teoria do Poder Moderador.
1891 – é quando surge o sistema difuso, onde qualquer juiz ou tribunal diante de um caso concreto pode reconhecer a constitucionalidade. Teve como fonte a Constituição americana de 1787. 1850
1934 – inspirada na Constituição de weimar manteve o sistema difuso e trouxe uma inovação onde a inconstitucionalidade alegada pelos tribunais só poderia ser pela maioria absoluta dos votos de seus membros (reserva de plenário), Cria a ação direta de inconstitucionalidade interventiva e em caso de o Supremo reconhecer a inconstitucionalidade da lei, remeteria ao senado para que este suspendesse a vigência da lei (o atual 52, X, CF/88).
1937 – inspirada na Constituição polonesa de 1935, manteve as características da Constituição de 1934. Contudo, inovou no sentido de que, reconhecida a inconstitucionalidade pelo Supremo, o Presidente da República poderia o contrário em relação à mesma.
1946 – volta a ter as características da Constituição de 1934 (democrática) e, tendo recebido várias emendas, a que nos vai interessar é a EC 16/65, que incorpora o controle concentrado importado da Áustria (Kelsen). 
As Constituições de 67 e 69 em nada inovaram no controle de constitucionalidade.
1988 – Versa sobre o controle repressivo em regra jurisdicional misto (difuso e concentrado).

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