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Aula 02 – Os Materiais na Engenharia Prof. Esp. Nelson Pimenta Neto 1 Ligas metálicas Ligas Ferrosas; Ligas Não Ferrosas; Ligas metálicas são materiais com propriedades metálicas que contêm dois ou mais elementos químicos sendo que pelo menos um deles é metal. Ligas Ferrosas Segundo SHACKELFORD 2008, mais de 90% em peso dos materiais metálicos usados pelos seres humanos são ligas ferrosas, o que representa uma imensa família de materiais de engenharia com uma ampla faixa de microestrutura e propriedades relacionadas. A maioria dos projetos de engenharia que exigem suporte de carga estrutural ou transmissão de energia envolve ligas ferrosas, onde o carbono tem certa quantidade em sua composição. Aços Carbono: São ligas Fe-C que podem conter outros elementos de liga adicionados, além dos elementos residuais oriundos do processo de fabricação, suas propriedades mecânicas dependem do teor de carbono. Podem ser classificados genericamente em: Aços de baixo carbono: % de C é menor que 0,25%, Aços de médio carbono: % de C está entre 0,25% e 0,60%, Aços de alto carbono: % de C está entre 0,60% e 1,4%; Aços carbono são ligas Fe-C com baixíssima concentração de outros elementos de liga adicionados. Aços liga são ligas Fe-C com concentrações apreciáveis de outros elementos de liga adicionados. Aços de baixo carbono: Podem ser subdivididos em: aços-carbono com baixo teor de C e aços de alta resistência e baixa liga. Aços-carbono com baixo teor de C: Apresentam microestrutura, São macios e resistentes, São dúcteis e tenazes, São insensíveis a tratamentos térmicos, Apresentam custo mais baixo de produção, são usados na fabricação de painéis de carros, tubos, pregos, arames, etc. Aços de médio teor de carbono Aços de alta resistência e baixa liga. contêm elementos de liga adicionados, tais como: cobre (Cu), vanádio (V), níquel (Ni) e molibdênio (Mo). são mais resistentes à deformação e à corrosão do que os aços-carbono. podem ser submetidos a tratamentos térmicos, são usados na fabricação de estruturas para baixas temperaturas, chassis de caminhões, vagões, etc. Aços de médio teor de carbono: podem ser subdivididos em: aços-carbono com médio teor de C e aços tratados termicamente; aços-carbono com médio teor de C : apresentam microestrutura de martensita (fase extremamente dura, mas frágil) temperada (com tratamento térmico para aumentar a tenacidade da martensita). são usados na fabricação de facas, talhadeiras, serras de metal, etc aços com médio teor de C tratáveis termicamente: a presença de impurezas aumenta a resposta a tratamentos térmicos, são mais resistentes, mas menos dúcteis e tenazes que os aços-carbono de baixo teor de C. são usados na fabricação de molas, pistões, engrenagens, etc. Aços de alto teor de carbono: podem ser chamados de aços-carbono com alto teor de C ou aços-ferramenta; são extremamente duros e fortes, mas pouco dúcteis; são resistentes ao desgaste e mantêm o corte ou fio; podem se combinar com cromo (Cr), vanádio (V) e tungstênio (W) para formar carbetos (Cr23C6, V4C3 e WC), que são extremamente duros e resistentes. são usados na fabricação de moldes, facas, lâminas de barbear, molas, etc. Aços inox possuem como impureza predominante o cromo (Cr) em teores menores que 11% m/m (11% de Cr na massa total); podem conter também níquel (Ni) ou molibdênio (Mo) como impurezas; são resistentes à corrosão, temperaturas até 1000ºC; São classificados em 3 classes de acordo com a microestrutura: aço inox martensítico: tratável termicamente e magnético. aço inox ferrítico: não tratável termicamente e magnético. aço inox austenítico: mais resistente à corrosão e não magnético. Aço inox martensítico: Segundo SHACKELFORD 2008, contém uma estrutura de formação complexa tetragonal de corpo centrado, chamada martensita, sendo esta estrutura cristalina de alta resistência e baixa ductilidade. instrumentos cirúrgicos como bisturi e pinças; facas de corte; discos de freio especiais; Aço inox ferrítico: Sem teor de níquel, estrutura CCC, sendo o mesmo baixa liga, resistente à corrosão, mais barato por não conter níquel. eletrodomésticos (fogões, geladeiras); Frigoríficos; Moedas; Indústria automobilística; Talheres; Sinalização visual - Placas de sinalização e fachadas; Aço inox austenítico: Alta resistente à corrosão. equipamentos para indústria química e petroquímica; equipamentos para indústria alimentícia (cutelaria) e farmacêutica; construção civil; utensílios domésticos; Ligas Não Ferrosas: Segundo SHACKELFORD 2008, usadas na maioria das aplicações metálicas nos projetos atuais de engenharia, as ligas não ferrosas desempenham um papel grande e indispensável em nossa tecnologia. Exemplo de Ligas Não Ferrosas: São ligas que não possuem como constituinte principal o elemento ferro. Ligas de cobre: o cobre, quando não se encontra na forma de ligas, é tão mole e dúctil que é muito difícil de ser usinado. As ligas de cobre mais comuns são os latões, onde o zinco, na forma de uma impureza substitucional, é o elemento de liga predominante. Ligas de cobre-zinco com concentrações aproximadamente de 35% de zinco são relativamente moles, dúcteis e facilmente submetidos à deformação plástica a frio. As ligas de latão que possuem um maior teor de zinco são mais duras e mais resistentes. Os bronzes são ligas de cobre com vários outros elementos, incluindo o estanho, alumínio, o silício e o níquel. Essas ligas são relativamente mais resistentes do que os latões, porém ainda possui um elevado nível de resistência a corrosão. Alguns outros exemplos de ligas não ferrosas são as ligas de alumínio, que são caracterizadas por uma densidade relativamente baixa, condutividade elétrica e térmica elevada, e uma resistência à corrosão em alguns ambientes comuns, com a atmosfera ambiente. Liga de magnésio é caracterizada pela baixa densidade do magnésio que é a mais baixa dentre todos os metais estruturais; dessa forma suas ligas são usadas onde um peso leve é considerado importante, como por exemplo, em componentes de aeronave. 19 Perguntas? Referência Bibliográfica SHACKELFORD, J. F.; VIEIRA, D. Ciência dos materiais. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
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