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Trabalho de Economia contemporanea 1

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UNIVERSIDADE DE UBERABA
PLANO REAL
UBERABA – MG
2010
		UNIVERSIDADE DE UBERABA
PLANO REAL
Trabalho apresentado à Universidade de Uberaba como parte das exigências do componente curricular de Economia Brasileira Contemporânea do 7º período do curso de Administração, sob a orientação da professora: Luce Mary Vespasiano S. Araújo.
UBERABA – MG
2010
PLANO REAL
No decorrer do século XX, o Brasil foi o país com uma das mais altas taxas de inflação no mundo, o fim dessa alta inflação teve seu início somente em 1º de Julho de 1994 com a implantação do Plano Real.
	Antes da implantação do plano o cenário era bem diferente, pois em 1992 Fernando Collor de Melo renunciou ao governo sob acusação de corrupção, para evitar o processo de impeachment (impugnação de mandato) pelo o congresso nacional.
 Foi após esse fato que Itamar Franco assumiu o poder com inflações ente 1100% a 6000%.
	Havia muitas instabilidades no país como:
Oscilações de preço;
Baixíssimo poder de compra;
Os consumidores de classes menos favorecidas não consumiam bens duráveis.
O Plano Real se deu inicio no governo do Itamar Franco. Uma reunião idealizada pelo então Ministro da fazenda, Fernando Henrique Cardoso (que posteriormente daria continuidade ao plano real como presidente do país), pos frente a frente um grupo de economistas para debater e implantar um novo plano, vi​sando à eliminação da inflação e possível estabilização da economia. Itamar Franco despejou o máximo de confiança e credibilidade em F.H.C., fato que o fez tornar o homem mais forte e poderoso de seu governo, e que lhe daria o posto de sucessor de Itamar. 
O plano real foi criado a fim de estabilizar economicamente o país. Com a URV (Unidade Real de Valor), foi possível estabilizar as defasagens nos aumentos de preços que caracterizam a hiperinflação que assolava o país. A inflação nessa época alcançava patamares de 46,58%, registrada em junho de 1994, um mês antes da criação do plano.
O modelo foi inspirado nas economias da Argentina e México, porém para ser aplicado no Brasil teve de sofrer algumas alterações para se adaptar a realidade e as condições vigentes aqui, assim nascendo o Plano Real.
A implantação do Plano Real se dividiu em três etapas:
A primeira durou do final de 1993 a fevereiro de 1994 e consistiu na batalha por aprovar no Congresso medidas que assegurassem um mínimo de controle sobre as contas públicas, controlando as contas do Governo, no sentido de di​minuir o déficit público e aumentar as reservas no exterior;
 A segunda etapa transcorreu de fevereiro a junho de 1994, foi criada a Unidade Real de Valor (URV), um indexador que passaria a corrigir diariamente preços, salários e serviços, como uma espécie de moeda que foi marcada pela progressiva cotação dos preços em URV, uma referência estável de valor. O cruzeiro novo não saiu de cena de imediato. A cada dia, o BC fixava uma taxa de conversão da URV em cruzeiros, baseada na média de três índices diários de inflação. Assim, a URV permitiu o alinhamento dos preços sem a necessidade e as inconveniências do congelamento. 
A terceira fase inicia-se em 1° de julho de 1994, começa com a emissão da nova moeda, o Real, com o valor de uma URV equivalente a 2.750,00 cruzeiros reais, moeda que desapareceu em lugar dos cruzeiros novos. A URV foi à parteira do Real.
Assim a nova moeda a vigorar no mercado brasileiro era o Real, uma moeda valorizada com valor acima do dólar americano que trouxe inúmeros benefícios como: a queda imediata da inflação, que ficou em torno de 3% durante os meses de sua vigência; inicio da abertura comercial, que alavancou as importações, pelo fato dos produtos importados chegarem ao Brasil com os preços abaixo dos produtos similares nacionais, reduzindo o aumento dos preços por pressão da demanda. Por outro lado, não houve incentivos às exportações causando em 1990 um desequilíbrio na balança comercial.
Dessa forma a inflação foi tomada sem congelamento dos preços, confiscos ou artificialismo da heterodoxia econômica. 
A inflação na era do Plano Real chegou ao nível mais baixo da história até então, onde patrões e trabalhadores não tinham mais o porquê de reivindicar aumentos. Gerando assim um poder maior de compra para as pessoas, principalmente aquelas das classes mais baixas. Com o Plano Real começaram a comprar mais crédito, já que as prestações não sofreriam aumentos como nos planos anteriores, os brasileiros voltaram a comprar, e com isso a economia voltava a se reaquecer.
A estabilização monetária e a baixa inflação trouxeram positividade ao poder de consumo da população, o entusiasmo de consumo do plano real, além de surtir efeitos positivos em dados estatísticos, foi responsável por uma reviravolta em 1994 na conquista da presidência para FHC.
Com o controle da inflação os benefícios foram:
Estímulo para aplicações no mercado financeiro;
Segurança ao crédito com certeza no valor das prestações;
O aumento do poder aquisitivo das classes menos favorecidas;
Estabilidade e previsibilidade dos lucros obtidos;
Esses fatores foram características de uma economia cuja inflação fosse baixíssima diante um mercado onde a demanda estava acostumada a conviver com as instabilidades de preços, prestações e financiamentos.
Após FHC assumir a presidência da república, utilizou de várias ferramentas para o alcance dos objetivos do plano real.
Durante os seus dois primeiros anos o Governo Fernando Henrique Cardoso conseguiu manter a estabi​lidade econômica. Em 1996, a inflação ficou em torno de 10%. A taxa de desemprego atingiu 6% dos trabalhadores das seis principais regiões metropolitanas do País, em 1996. 
Porém com o modelo de abertura econômica adotado, muitas empresas nacionais passaram por dificuldades ou fecharam, devi​do à concorrência com produtos im​portados que eram de melhor qualidade, e por estarem atrasadas com relação a organizações internacionais no que se diz a repeito de tecnologia, estrutura administrativa, princípios e valores que eram adotados quando a economia ainda era fechada.
Com tudo isso, pode-se dizer que o Plano Real conseguiu mudar o rumo dessa história. Desarmou o sistema de indexação, restabeleceu a confiança em que o governo não faria loucuras na economia e virou uma página complicada da história brasileira.
O Plano Real é considerado um sucesso em suas grandes conquistas alcançadas, porem, ainda uma obra em andamento. Muita coisa ainda precisa ser desenvolvida para se dizer que nosso modelo econômico é perfeito, muito melhor do que no passado num passado recente. Algumas mudanças e reformas já foram colocadas em pratica, mais uma serie de reformas ainda precisa ser implantadas. Não foi só o controle da inflação o beneficio alcançado, mais um esboço de um sistema econômico, jurídico e institucional.
Muitas transformações vieram a ocorrer a partir da implantação do Real em 1994, como a criação de um marco regulatório para vários setores, antes no controle do Estado, depois privatizados, de fato, surgiram melhorias notáveis nos serviços prestados, como no caso da telefonia, antes da privatização era só pessoas de classe media que tinham o poder para adquirir uma linha telefônica, da aquisição das mesmas, muitas pessoas passaram a ter condição de comprar um telefone.
A partir destas mudanças o Brasil conseguiu uma grande projeção no mercado internacional, ganhando respeito de todos os países desenvolvidos, se tornando uma das maiores economias do mundo. O mérito desse método não se da apenas ao governo FHC, mais também ao governo do atual presidente Lula que manteve os pilares do Real, que são, câmbio flutuante, sistema de metas de inflação e disciplina fiscal.

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