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RENAN WELLINGTON DEFESA PRESENCIAL

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Renan de Carvalho Magoga
Wellington Soares Nunes
MANUAL DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE ELEVADORES
PREDIAIS
Niterói
2016
Renan de Carvalho Magoga
Wellington Soares Nunes
MANUAL DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE ELEVADORES
PREDIAIS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Centro Universitário Anhanguera de Niterói para
obtenção do título de graduado em Engenharia
Mecânica
Niterói
2016
MANUAL DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA DE ELEVADORES PREDIAIS
Trabalho de conclusão de curso apresentado ao
Centro Universitário Anhanguera de Niterói para
obtenção do título de graduado em Engenharia
Mecânica
 
Aprovado em: __/__/____
BANCA EXAMINADORA
Prof. Angelo Luiz Lessa Braz
Prof. Laerte Correa dos Santos
Prof. Douglas de Queiroz Correa
Dedicatória
Dedicamos este trabalho as
nossas famílias, por estarem
sempre ao nosso lado durante
todo esse caminho nos dando
forças e incentivo, dedicamos
também aos nossos amigos
de trabalho que nos ajudaram
de muitas maneiras para que
pudéssemos completar com
os objetivos.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos a todos os
professores da Instituição por
nos passarem conhecimento
contribuindo para o
engrandecimento profissional,
em especial ao Professor
Laerte Corrêa por ter nos
ajudado no desenvolvimento
do trabalho, passando-nos
instruções e conhecimentos
que foram de suma
importância para a conclusão
desse trabalho.
RESUMO 
Esta pesquisa teve por finalidade produzir um manual de procedimentos para a 
execução de manutenção preventiva em sistemas de elevador predial, tal que 
fossem estabelecidos pontos de inspeção que concorram para o aumento da 
qualidade de prestação de serviço e consequentemente aumento da segurança 
operacional do equipamento. A pesquisa foi feita com base na literatura disponível, 
coletas de dados em empresas especializadas na manutenção e instalação de 
elevadores, tudo como foco os critérios utilizados na manutenção preventiva. A 
pesquisa aborda os principais sistemas de segurança, tipos de cabo de tração, 
partes principais da estrutura e peças principais, determinando as manutenções 
preventivas ideais para cada componente. Os estudos realizados apontaram os 
padrões de excelência para o manuseio e aplicação dos diversos componentes, bem
como indicadores das incidências de falhas humanas e mecânicas, produzidas em 
gráficos de fácil leitura para o acesso rápido. O resultado final foi em um instrumento
que poderá ser aplicado tanto no planejamento das manutenções como na prática 
em campo, eliminando o improviso e os arranjos que muitas vezes trazem prejuízos 
irrecuperáveis a vida humana e para as organizações em geral.
Palavra-Chave: Manutenção Preventiva; Elevador; Falhas mecânicas; Acidentes.
ABSTRACT
This research aims to produce a manual of procedures for performing 
preventive maintenance on building elevator systems, such that checkpoints were 
established that contribute to increased quality of service and therefore increase the 
operational safety of the equipment. The research was based on the available 
literature, data collection in companies specializing in the maintenance and 
installation of lifts, all focused on the criteria used for preventive maintenance. The 
research addresses the main safety systems, traction cable types, major parts of the 
structure and main parts, determining the optimal preventive maintenance for each 
component. The studies showed the standards of excellence for the management 
and implementation of the various components, as well as indicators of the effects of 
human and mechanical failures produced in easy to read charts for quick access. 
The end result of this research resulted in an instrument that can be applied both in 
the planning of maintenance and practice in the field, eliminating improvisation and 
arrangements that often bring irrecoverable damage to human life and organizations 
in general.
Keyword: Preventive maintenance; Elevator; Mechanical failures; accidents.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Estrutura do Cabo de aço…………………………………………………….22
Figura 2 – Componentes do elevador…………………………………………………...23
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Causas de falhas na porta de pavimento……………………………….24
Gráfico 2 – Manutenções efetuadas em um elevador predial……………………...25
Gráfico 3 – Frequência de manutenção………………………………………………26
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Periodicidade da manutenção……………………………………………….31
Sumário
1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………………………..9
1.1 PROBLEMA DE PESQUISA………………………………………………………….10
1.2 OBJETIVOS DO TRABALHO………………………………………………………...10
1.2.1 OBJETIVOS GERAIS……………………………………………………….10
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS………………………………………………..10
1.3 JUSTIFICATIVA.........................................................................................11
1.4 METODOLOGIA........................................................................................12
2 DESENVOLVIMENTO……...…………………………………………………...………13
CAPÍTULO 2.1 – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA…….……………………....………..13
CAPÍTULO 2.2 – PESQUISA BIBLIOGRÁFICA………………………………………...18
2.2.1 TIPOS DE MANUTENÇÕES..................................................................18
2.2.2 PRINCIPAIS COMPONENTES..............................................................19
CAPÍTULO 2.3 – PESQUISA DE CAMPO……………………………………………....25
2.3.1 COMPONENTES QUE APRESENTAM MAIORES ÍNDICES DE 
FALHAS...............................................................................……………..........25
2.3.2 QUE MENOS APRESENTAM COMPONENTES FALHAS OU NÃO 
APRESENTAM......................................................…………………….............25
2.3.3 PROCEDIMENTOS EM CASO DE PARADA REPENTINA...................27
CAPÍTULO 2.4 – ANÁLISE………………………………………………………………..28
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS…………………………………………………………….30
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………………………………..……………32
9
1 INTRODUÇÃO
Os elevadores são equipamentos mecânicos de muita utilização no mundo
moderno estão presentes cada vez mais nas construções civis, onde se torna
necessário o conhecimento do seu funcionamento estrutural e sua manutenção para
assegurar o bom funcionamento e evitar acidentes.
A informação teórica técnica, leva ao leitor o conhecimento praticável na
importância do acompanhamento deste equipamento aumentando a vida útil do
mesmo diminuindo riscos de acidentes e saber o que fazer em momentos de
emergências.
Todos os sistemas mecânicos de elevador possuem limites de uso, alguns
precisam se atualizarem para estar de acordo com normas de segurança (NBR,
ABNT) que no decorrer do tempo sofrem mudanças técnicas visando a
sustentabilidade e a segurança dos usuários.
O usuário deste manual terá conhecimento da manutenção preventiva e dos
procedimentos de como utilizar um elevador de forma correta sem causar defeitos
ou falhas prematuras no equipamento. Para isso foi utilizado como base de
pesquisa um elevador residencial na coleta de dados em campo.
Com o avanço da tecnologia, os estudos tornam-se cada vez mais
aprofundados, podendo assim, entender profundamente cada parte do sistema. Com
esse entendimento, pode ser estudado os pontos que podem ser melhorados e
como melhorar, minimizando assim, as falhas de qualquer espécie. Com a
manutenção preditiva, pode ser coletado dados do funcionamento do elevador,
tendo então como base para o aprimoramento de peças e equipamentos fazendo
com que a tecnologia se torne mais eficaz tanto para o transporte de vidas humanas
quanto no transporte de materiais.
O entendimento do sistema, é necessário, pois em cada peça ocorrem
fenômenos físicos diferentes, fazendo com que as peçasvenham a se desgastar de
maneiras particulares e seja necessário a manutenção. Tendo o conhecimento da
dinâmica, podem ser estabelecidos prazos para a manutenção preventiva, fazendo
com que nunca seja necessário usar a manutenção corretiva.
Sendo assim, foi abordado nesse manual os tipos de manutenções mais
utilizados dando ênfase na manutenção preventiva, que está ao alcance do usuário,
10
tanto na utilização do elevador, quanto no acompanhamento da manutenção por
empresas especializadas. 
1.1 Problema de Pesquisa
Pode esse manual com conteúdo de informações em manutenção preventiva,
corretiva e preditiva concorrer para a redução dos riscos?
1.2 Objetivos do Trabalho
1.2.1 Objetivo Geral: 
Analisar nas literaturas disponíveis agregada com as informações que serão
obtidas no campo com técnicas especializadas tal que seja feita uma análise das
falhas de maior ocorrência, bem como um estudo das matérias envolvidas, que
possam embasar este manual, objeto desta pesquisa, de forma consistente e
devidamente fundamentada cientificamente.
1.2.2 Objetivos Específicos:
●. Levantar os componentes que geram maiores quantidades de falhas identificando
onde está a causa e informando procedimentos para diminuir os defeitos com
manutenções preventivas. 
●. Analisar os sistemas de segurança, podendo assim entender seu princípio de
funcionamento e como dever ser feito sua manutenção preventiva. 
●. Identificar falhas causadas por mal uso e pela falta de conhecimento na maneira
de utilização do elevador dando informação sobre manutenção preventiva e
conscientizando o usuário na sua correta utilização evitando erros e graves
acidentes. 
11
1.3 Justificativa
Uns elevadores de passageiros possuem diversos componentes mecânicos
que, devido ao intenso regime de trabalho, sofrem desgastes, fazendo com que seja
imprescindível os vários tipos de manutenção em seus períodos de tempo, para que
possam garantir seu bom funcionamento e a segurança.
Cada manutenção tem um objetivo específico, que vai desde reparar uma
falha, até promover ajustes e trocas antecipadas de componentes para prevenir
falhas e diminuir as manutenções. Todo esse conjunto de opções garantem o
funcionamento e evitam acidentes graves.
Mesmo com as manutenções adequadas, ainda é necessário um trabalho de
conscientização dos usuários, para que façam a correta utilização do equipamento
garantindo sua qualidade e segurança.
Portanto, o presente manual, visa apresentar informações essenciais sobre a
manutenção preventiva, manutenção corretiva, componentes, sistemas de
segurança e normas para utilização, garantindo o cumprimento das normas e fazer
com que o usuário possa acompanhar a manutenção, podendo manter o elevador
sempre operante com o máximo de segurança possível.
12
1.4 Metodologia
Esta pesquisa foi feita baseada em obras técnicas literárias de referência e 
também foram utilizado artigos científicos e web sites, que relatam as definições de 
aplicações das manutenções em elevadores prediais, embasando este manual.
Após isso foram levantado dados retirados de experiências reais, com 
estatísticas em pesquisas de campo para retirada de informações, por pessoas da 
área de manutenção de elevadores que atuam no mercado e possuam credencias e 
reconhecimento profissional nas aplicações de serviço em elevadores prediais para 
passageiros, para que possa ser abordado com precisão os reais pontos onde mais 
apresentam falhas, as aplicações de modernização nas peças e equipamentos, que 
ao atenderem a normatização tornam o equipamento mais seguro e sustentável, 
tanto quanto os pontos de maior necessidade de manutenção.
Nesta pesquisa foram abordados os principais tipos de manutenções e como
elas funcionam, fazendo assim, que se tenha um conhecimento sobre os tipos de
manutenções que serão abordados nesse manual, podendo identificar cada uma
sabendo os seus objetivos e suas características.
A pesquisa bibliográfica colocou em destaques os componentes principais do
elevador e seu princípio de funcionamento, a partir do qual foram definidos os
procedimentos de manutenção preventiva dos componentes que garantem o bom
funcionamento e o máximo de rendimento do sistema, evitando acidentes.
Através de pesquisa de campo, foram reportados as práticas da manutenção,
com relatos de profissionais da área, e do acompanhamento de processo, dando um
melhor entendimento das falhas reais e dos principais motivos.
Foram elencadas os sistemas de segurança e seus respectivos
funcionamentos e localização dentro do equipamento e apontando assim suas
principais manutenções e períodos no qual ela deve ser realizada para garantir o
funcionamento do mesmo.
A análise final tomou como base todo o material e informações colhidos,
chegando a conclusões e dados estatísticos, mostrando a diferença entre o real e o
teórico, podendo com isso apresentar um roteiro de procedimentos de manutenção
que possa concorrer para o aumento da confiabilidade e segurança dos
equipamentos.
13
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Fundamentação teórica
Elevador consiste de um equipamento de transporte vertical, criado a
centenas de anos atrás, tendo, hoje em dia, suas características variadas de acordo
com a sua utilização. No período de sua criação, foi utilizado tração animal para
puxar a cabine. Não possuía equipamento de segurança, ocorrendo diversos
acidentes, e foi fundamental para o crescimento da cidade, segundo THOMAZINI
(2012): “Isso permitiu o transporte de seres humanos e tornou possível a
verticalização das cidades, pois sem elevadores não poderia haver grandes
edifícios”.
Nos dias de hoje, temos elevadores tracionados por um motor elétrico
auxiliado por um contrapeso que ajuda o motor a minimizar a força, são altos
consumidores de energia elétrica e precisam de uma boa manutenção para garantir
seu bom funcionamento. Eles também possuem um sistema de segurança próprio
que é ativado automaticamente quando ocorrem falhas. Os motores podem ser
instalados em uma casa de máquinas, localizada normalmente em cima da
estrutura, ou um motor acoplado direto na cabine.
Existem também outros tipos de tração, mais depende diretamente da altura
de elevação. É muito comum encontrar a tração pneumática, que utiliza o princípio
de Pascal para efetuar movimento. Porém, são elevadores utilizados no transporte
vertical para pequenas alturas como em oficinas mecânicas para elevar carros e
motos. 
Quando o motor está acoplado na cabine, não dispõe de contrapeso,
portanto, precisa efetuar todo trabalho, sendo necessário a utilização de um ou mais
motores. O contrapeso é responsável por aliviar a carga sobre o motor de, podendo
reduzir até 30% da força efetuada pelo motor. Muitos sistemas também possui
dispositivos de segurança.
Outro elemento de extrema importância são os cabos de aço, que trabalham
sobre tração e são responsáveis pela transmissão da força do motor para a cabine
do elevador. São constituídos basicamente por arames trançados entre si formando
pernas que quando entrelaçadas formam o cabo de aço propriamente dito. 
14
As características do cabo são determinadas pelos fabricantes, tendo suas
especificações seguindo as normas da ISO 2408. Segundo PRIM (2010): “Esta
Norma especifica um método de ensaio de resistência à tração até a ruptura, para
se determinar a carga de ruptura real de cabos de aço para uso geral e de grande
diâmetro”
Elas podem variar de 600N/mm² a 2300N/mm². Essa variação depende de
características como aquantidade de arames, entrelaçamento, diâmetro do cabo,
material utilizado, etc.
Segundo PRIM (2010): “A inspeção em cabos de aço é de vital importância
para uma vida útil adequada e segura. ”. Para evitar falhas e acidentes, precisa ser
efetuar a inspeção e determinar a manutenção necessária, que é estabelecida no
projeto de acordo com as características do ambiente, que influenciam diretamente
nas condições do sistema.
A inspeção nos cabos de aço, não se limita apenas ao mesmo, precisa ser
inspecionado todo o sistema:
Muitas vezes é entendido que a “inspeção” é limitada apenas ao cabo de
aço, porém a mesma deve ser estendida à todas as partes do equipamento
que tenham contato com o cabo ou seja, durante a inspeção do cabo,
devemos inspecionar também as partes do equipamento como polias,
tambores, etc.. onde o mesmo trabalha. MATOSKI (2010).
Os sistemas de segurança variam de acordo com o tipo de elevador, a sua
utilização e local onde será empregado, porém, os sistemas básicos de segurança
do elevador são os freios da cabine, freios do motor e para-choque. 
Os freios são fabricados com diversos tipos de materiais. Precisam provocar
atrito para efetuar a frenagem com eficiência e ainda ter a capacidade de resistir a
uma grande quantidade de energia térmica proveniente do atrito. São fabricados
com vários tipos de materiais para que possa assumir diversas características
mecânicas e ter a eficiência desejada. O freio de carbono é o um dos mais eficientes
no mercado e muito caro, perdendo lugar em eficiência para o freio de cerâmica. Os
freios de carbono são produzidos através de sinterização, que recebem os diversos
matérias de acordo com as propriedades desejadas e determinadas pelo projeto.
Os freios do motor e da cabine do elevador são basicamente os mesmos,
funcionam como presilhas e tem seu funcionamento inteiramente mecânicos, sendo
ativados diante da mudança de velocidade para cima e para baixo.
15
Para-choque é o sistema de segurança responsável por impedir o elevador de
bater no chão. Ele fica localizado no fundo do poço e segura a cabine, aliviando a
tensão de tração do cabo de aço e evitando que o mesmo entre em fadiga. Elas tem
por finalidade o armazenamento de energia potencial elástica, são fabricados com
aço, e tem como características a rigidez e flexibilidade. A quantidade de molas para
formar o para-choque, será determinado em projeto, dependendo do tamanho do
poço, constante elástica da mola e da carga que vão suportar.
Existem outros sistemas de segurança, que são relacionados com a
automação do elevador, como o sistema de abertura e fechamento das portas que,
caso entre algum objeto no caminho da porta na hora do fechamento, o sistema
identifica através da interrupção de raios luminosos, para a porta e a abre
novamente.
Elevadores prediais possuem um grande fluxo de pessoas, necessitando
assim, um sistema eficaz e seguro que possa trabalhar em constante utilização e
efetuar inúmeras viagem por dia, muitas vezes com a capacidade máxima. Por ser
um equipamento de alto risco, precisa assim de uma boa manutenção preventiva
para que possa ser evitado a manutenção corretiva.
Manutenção corretiva: todo trabalho de manutenção realizado em maquinas e
equipamentos que estejam em falha, para repará-las. Segundo MONTEIRO (2010)
“Manutenção corretiva visa corrigir, restaurar, recuperar a capacidade produtiva de
um equipamento ou instalação, que tenha cessado ou diminuído sua capacidade de
exercer as funções às quais foi projetado”. Esse tipo de manutenção é indesejável,
pois, quando ocorre, o sistema para de funcionar gerando um erro em uma linha de
produção ou, no caso dos elevadores, dificultando o transporte dos moradores.
Quando ocorrem falhas, tornam-se necessárias pessoas capacitadas para
repará-las, o mais brevemente possível, por isso as empresas prestadoras de
serviços, precisam se programar e efetuar uma boa manutenção preventiva evitando
a manutenção corretiva:
Manutenção corretiva é aquela de atendimento imediato à produção. Esse 
tipo de manutenção baseia-se na seguinte filosofia: “equipamento parou, 
manutenção conserta imediatamente”. As empresas que não tem uma 
manutenção programada e bem administrada convivem com o caos, pois 
nunca haverá pessoal de manutenção suficiente para atender às 
solicitações. MONTEIRO (2010).
16
A manutenção preditiva ajuda a evitar erro e falhas que o desgaste, devido a
transformação de energia mecânica em energia térmica, faz ao sistema, entretanto
ela não pode evitar erros humanos devido a utilização errada. Por esse motivo, a
conscientização dos usuários é de extrema importância. As regras de utilização
precisam ser seguidas para garantir o perfeito funcionamento:
Manutenção preditiva é aquela que indica as condições reais de 
funcionamento das máquinas com base em dados que informam o seu 
desgaste ou processo de degradação. Trata-se da manutenção que prediz o
tempo de vida útil dos componentes das máquinas e equipamentos e as 
condições para que esse tempo de vida seja bem aproveitado. PETRILLI 
(2012).
Dentro todas as manutenções existentes, a mais utilizada pela maioria das
empresas é a manutenção preventiva. Ela é caracterizada por fazer a troca de
peças, reparos de qualquer tipo, lubrificação, entre outros serviços, dentro de um
intervalo de tempo definido. Segundo SLACK (2002): “Visa eliminar ou reduzir a
probabilidade de falhas por manutenção (limpeza, lubrificação, substituição e
verificação) das instalações em intervalos de tempo pré-planejados”.
Em um sistema de elevador, precisa ser feito a manutenção preventiva
seguindo o projeto. O mais comum em um elevador é a lubrificação de cabos e
outros sistemas que apresentam uma grande transferência de energia térmica, como
freios; manutenção do cabo de aço, podendo ser efetuado a troca, caso a inspeção
aponte como necessidade, entre outras.
Temos normas que determinam o padrão e regras que devem ser seguidos,
como a NBR 16083:2012 que fala sobre a manutenção de elevadores e escadas
rolantes. Essas normas precisam ser seguidas para garantir a segurança e o perfeito
funcionamento do equipamento.
17
2.2 PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
2.2.1 Tipos de manutenções
Manutenção são todas as técnicas que ajudam a manter, qualquer sistema,
operando normalmente e com o melhor desempenho possível. Seus cuidados
envolvem a restauração, conservação, substituição, prevenção, entre outros.
Todas as manutenções são importantes, entretanto, pode ser dito que umas
são mais indicadas que outras. Pode ser apresentado como exemplo a manutenção
preventiva e a manutenção corretiva. Quando se tem uma manutenção preventiva
bem executada e um equipamento bem utilizado, garantimos a segurança da vida
humana e um bom desempenho do equipamento, entretanto, quando a manutenção
preventiva não foi executada adequadamente ou seus usuários utilizaram os
equipamentos de maneira inadequadas, podem vir a ocorrer acidentes, sendo assim
necessário a utilização da manutenção corretiva. Portanto, quando a manutenção
corretiva for necessária, significa que algo de errado já aconteceu, podendo vir a
ocorrer acidentes e parado o funcionamento do equipamento.
Manutenção Preventiva
Manutenção preventiva é aquela que, no momento de projeto do
equipamento, estabelece quais as peças e o que fazer em cada uma delas dentro de
um espaço de tempo determinado. Essa manutenção engloba a troca das peças,
lubrificação, reparos, etc. 
Manutenção Corretiva
Como já foi apontado anteriormente, esse é o tipo de manutenção menos
indicado, pois seu custo é alto devido a necessidade de peças sobressalentes,parada do funcionamento, utilização de pessoal extra, etc. Esse tipo de manutenção,
visa atender à solicitação sempre em caráter de urgência para que possa ser
retomado o normal funcionamento.
18
Manutenção Preditiva
A manutenção preditiva prevê a funcionalidade do equipamento em condições
reais, podendo efetuar, com precisão a manutenção preventiva, podendo evitar
acidentes antecipadamente. Segundo ALMEIDA (2010): “A manutenção preditiva é
uma filosofia ou atitude que usa a condição operacional real do equipamento e
sistemas da planta industrial para otimizar a operação total da planta industrial“
2.2.2 Principais Componentes
O elevador é subdividido em, basicamente, 8 partes principais, cada uma
delas tendo uma função vital no perfeito funcionamento do sistema e necessitando
de manutenções diferentes. Em suas manutenções, algumas peças são trocadas
ocasionalmente, segundo a determinação no projeto ou pela manutenção preditiva,
como os cabos de aço, eixos, mancais, engrenagens, entre outros.
Cabine
Equipamento mais conhecido do elevador, serve para transportar pessoas e
objetos. De acordo com alguns relatos de profissionais que operam elevadores, um
dos maiores motivos de estarem exercendo aquela profissão, é divido ao fato dos
usuários não terem conhecimento do limite de transporte ou não terem consciência
do risco que podem sofrer, pois, muitas vezes excedia o limite de uso entrando mais
pessoas do que a capacidade máxima permitia. Sendo assim, sua função é
basicamente controlar a quantidade de passageiros dentro do elevador garantindo o
bom funcionamento e evitando graves acidentes.
A manutenção da cabine do elevador é basicamente a conservação e
limpeza. Muitas empresas que efetuam a instalação, aconselham a utilização de um
tipo de acolchoado nas paredes, mais conhecido como protetor de cabine,
garantindo a integridade física das paredes contra choques, e a limpeza das paredes
deve ser feita com materiais químicos que não deixem resíduos, garantindo a
integridade de todos os equipamentos em seu interior e da mesma, dentro de
espaços de tempos considerados apropriados pelos usuários.
19
Guias
Guias são componentes que ficam dentro da estrutura do elevador. Não são
aparentes, entretanto, tem uma importante função, conduzem a cabine para cima e
para baixo, garantindo seu movimento sem choques contra a estrutura. Sua
fabricação depende muito do ambiente em que o elevador irá operar. Por exemplo,
caso ele seja utilizado perto do mar, poderá ocorrer uma grande oxidação que irá
danificar sua estrutura mais rapidamente.
Sua manutenção é mais complexa, entretanto, encontra-se no sistema outros
elementos de igual oi maior complexidade. Ela consiste basicamente da lubrificação
dos guias, pois o constante movimento gera atrito, trocando a energia mecânica por
energia térmica, fazendo assim, com que o lubrificante evapore. Sem o lubrificante
adequado, o calor proveniente do atrito irá danificar os guias, fazendo com que o
motor necessite de uma força maior para executar o trabalho, o que pode
desencadear uma cadeia de sobrecargas com consequências imprevisíveis. 
Sendo assim, sua manutenção preventiva básica consiste de lubrificação dos
guias, garantindo a diminuição da resistência. Essa manutenção é feita
mensalmente ou de acordo com o tempo determinado pelo fabricante tendo em vista
a utilização e local onde ele se encontra.
Porta de Pavimento
Porta de pavimento, como o próprio nome diz, são as portas localizadas nos
andares e na cabine. São componentes que possuem grande complexidade, pois,
possuem diversos equipamentos eletrônicos que garantem seu bom funcionamento.
Atualmente, todos as portas de elevadores são automáticas, fazendo com que
a sua abertura e fechamento sejam mais seguros devido a utilização de vários
sensores, equipamento pneumáticos, elétricos, etc. Seu funcionamento pode ser
resumido da seguinte maneira, quando o elevador chega ao andar onde o
passageiro se encontra, devido a sensores limitadores de curso, automaticamente
as portas se abrem. Após os passageiros entrarem e sem que os sensores detectem
nenhum obstáculo que impeça, as portas se fechem e a cabine segue seu curso. A
abertura e fechamento podem ser feitas de diversas maneira, como equipamentos
pneumáticos, por correia e polias, entre outros.
20
Sua manutenção é ampla devido à complexidade de equipamento que ele
possui. Os sensores precisam ser testados e, se necessário, reparados ou trocados.
Devido ao meio em que ele trabalha, pode geram alguns problemas devido a
oxidação, temperatura, má conservação, etc.
Portanto, sua manutenção é lubrificação e limpeza do sistema que transmitem
energia para a abertura da porta, e a lubrificação dos outros componentes que
auxiliam o curso retilíneo da porta, normalmente roldanas e guias. Essa manutenção
é feita mensalmente ou quando for necessário, tendo em vista a frequência de
utilização e o meio ambiente.
Painel de segurança
Em seu interior, funcionam placas de circuito impresso montado responsável
por todas as operações do equipamento, funciona com o cérebro do elevador. Ele
controla todo o sistema, a abertura e fechamento das portas, velocidade, andar de
destino, etc.
A manutenção preventiva, consiste da limpeza e conservação da placa,
efetuando a retirada de objetos, sujeira ou poeira da placa evitando o
superaquecimento. De acordo com especialistas, um problema que muito ocorre é a
alta tensão danificar os circuitos, precisando assim, trocar a placa ou apenas alguns
componentes. Essa manutenção é feita dentro de uma manutenção rotineira ou por
algum especialista.
Máquina de tração
Máquina de tração consiste de um motor elétrico, que efetua a tração da
cabine através de um cabo de aço. O cabo de aço fica preso entre a cabine e um
contrapeso, que é um recurso utilizado para a diminuição do esforço do motor em,
aproximadamente, 30%.
Sua manutenção consiste basicamente da limpeza, lubrificação e substituição
de rolamentos. Cada uma dessas manutenções, é efetuada em um determinado
intervalo de tempo. A manutenção preventiva de qualquer equipamento elétrico
depende diretamente, do ambiente e importância do equipamento. Seu tempo de
manutenção pode variar muito, sendo normalmente quinzenal e consiste de seis
verificações:
21
• Verificação da temperatura: A corrente elétrica deve ser a ideal para o equipamento
para que não possa superaquecer e vir a gerar graves problemas ao equipamento.
•Verificação da tensão: Deve ser verificada a tensão no equipamento, para que
possa ser mantida as condições definidas pelo fabricante e garantir a boa utilização.
• Efetuar a limpeza: Dever ser garantido que o equipamento mantenha-se sempre
limpo, livre de poeira, teias de aranha, entre outros, utilizando normalmente, ar
comprimido.
• Verificação de ruídos e vibrações: Ruído e vibração podem ser indicações de
possíveis falhas elétricas ou mecânicas.
• Temperatura nos mancais: Os mancais, devido ao atrito, geram grande quantidade
de energia térmica, fazendo com que o equipamento perca rendimento ou possa ser
danificado, pois a temperatura é inversamente proporcional a vida útil.
• Estado do motor: Deve ser verificado a inspeção visual no estator e rotor, para
garantir que os mesmos não possuam ferrugem, arranhões, entre outros.
Limitador de Velocidade
O limitador de velocidade é um dispositivo eletrônico importante, que fica
localizado na casa de máquina do elevador fazendo com que o cabo de aço passe
porele, quando a velocidade ultrapassa os padrões pré-estabelecidos, o sistema
manda um sinal ao freio, bloqueando o cabo de aço e, imediatamente, que para o
painel de segurança, fazendo com que o sistema pare, ou o motor corrija a
velocidade.
A manutenção do limitador de velocidade consiste da aferição do mesmo,
garantindo seu funcionamento, e retirada de sujeiras. O limitador de velocidade está
ligado diretamente ao freio, portando, é imprescindível seu perfeito funcionamento.
Cabo de aço
O cabo de aço é um dos componentes mais importante do sistema de
elevador consiste em um entrelaçamento de arrames de aço que formam outros
cabos igualmente são entrelaçados formando o cabo de aço em sua versão final.
Dependem diretamente do material utilizado, ou seja, da composição química,
tratamento térmico, gerando assim diversas propriedades e capacidades de
trabalho.
22
Podemos dividir o cabo de aço em três partes sendo ela conforme
figura 1: 
Figura 1: Estrutura do Cabo de Aço
Fonte: (http://www.guiavertical.com.br/noticias/24/saiba-mais-sobre-cabos-de-aco.html)
Devem ser feitas duas inspeções nos cabos de aço. A primeira inspeção é
visual, e tem o objetivo de detectar qualquer dano, caso seja detectado algum tipo
de dano, entra na segunda inspeção, que visa efetuar uma análise detalhada do
cabo de aço e se for necessário, efetuar a troca. Para efetuar a troca, não existe um
tempo que determine, ela é feita quando as inspeções detectarem sérios problemas
que determinem essa troca.
A frequência dessa inspeção, deve ser determinado por um especialista
sendo baseada em fatores como a vida média do cabo de aço, meio ambiente,
relação da carga de trabalho, entre outras, normalmente é feita anualmente. Quando
mais perto do fim da vida útil do cabo estiver, maior será frequência de inspeção.
Freio de segurança
Freio de segurança é o equipamento que para o elevador quando o limitador
de velocidade acionar. São localizados na cabine do elevador e no contrapeso. Sua
ação é puramente mecânica e pode ser progressiva ou instantânea.
Existe diversos tipos de freios, e cada um deles tem seu tipo ideal de
manutenção. Normalmente são feitas trocas dos tambores, lonas, pastilhas, discos,
23
etc. Cada um dos componente tem seu tempo de troca determinado no projeto ou
pela manutenção preditiva e deve ser seguido por, em caso de falha de todos os
outros sistema, ele garante a parada da cabine em qualquer ponto e preserva a vida
humana.
Para-choque
São equipamentos localizados no fundo do poço do elevador, e são
constituídos por molas que, quando a cabine chega no pavimento mais baixo, as
molas seguram o mesmo protegendo o fim de curso, reduz os efeitos de uma
possível queda e protege equipamentos localizados, muitas vezes, no fundo do
poço, como o limitador de velocidade.
Sua manutenção consiste de uma inspeção visual a fim de detectar algum
corpo nas molas impedindo sua compressão, oxidação da mesma ou algum defeito
físico como partes quebradas.
Figura 2: Componentes do Elevador
Fonte: (http://seguranca-na-construcao.dashofer.pt/?s=modulos&v=capitulo&c=7655)
24
2.3 PESQUISA DE CAMPO
2.3.1 Componentes que apresentam maiores índices de falhas
Porta de Pavimento
Foi apresentado em pesquisa de campo, que a porta de pavimento é o
componente que mais apresenta defeito necessitando de manutenção corretiva,
muito mais, do que manutenção preventiva, devido a frequência de utilização, ao
fato de ficar exposto ao tempo e a má utilização dos usuários.
A manutenção preventiva é eficaz para garantir o bom funcionamento,
entretanto não é feito nos tempos necessários. Segundo especialista, o ideal seria
efetuar mais manutenções preventivas nas portas e conscientizar usuários das suas
regras e limitações, pois, a má utilização e o ambiente, fazem com que os
componentes sofram defeitos e provoquem falhas.
Podemos ver as maiores causas de defeitos no gráfico a seguir:
Gráfico 1: Causas de falhas na porta de pavimento
Má utilização Meio Ambiente Frequência de utilização
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Fonte: O autor
O presente gráfico apresenta as causas de falhas em um porta de pavimento. 
Esses dados foram obtidos através de pesquisas reais com empresas 
25
especializadas. Diante dos dados colhidos, aproximadamente 70% de falhas são 
feitas devido a má utilização dos usuários, 20% devido a desgastes provocados pelo
meio ambiente e os quase 10% restante é devido a frequência de utilização do 
mesmo.
2.3.2 Componentes que menos apresentam falhas ou não apresentam
Diante da coleta de dados de campo, os outros oito componentes (Guias,
Motor de tração, Para-choque, Painel de segurança, Cabo de aço, Cabine, Freio de
segurança e Limitador de velocidade), não apresentam falhas devido a falta de
manutenção ou erro em sua utilização. Normalmente as empresas prestadoras de
serviços de manutenção efetuam com eficiência e responsabilidade a manutenção
preventiva, sendo necessário a manutenção corretiva apenas para possíveis
defeitos que não podem ser previstos ou controlados, mais que, muitas vezes,
geram estudos para determinar a melhor forma de evitá-los.
O gráfico a seguir apresenta as manutenções efetuadas em uma porta de
pavimento em um período de 6 meses, sendo que no total, foram 31 manutenções:
Gráfico 2: Manutenções efetuadas em um elevador predial
Manutenção Corretiva Manutenção Preventiva
0
5
10
15
20
25
30
Fonte: O autor
26
No gráfico, anteriormente apresentado, foi levantado um número de 31
manutenções efetuadas por uma empresa. Dentre essas manutenções, 25 foram
manutenções corretivas e 6 manutenções preventivas.
Especialistas que efetuam as manutenções, afirmam que um dos maiores
erros dos usuários é o constante aperto no botão do painel com a intenção de que o
elevador chegue mais rápido. Além de danificar o mesmo, e até outros
componentes, o elevador irá permanecer no seu curso no mesmo tempo.
Outro grande problema é o fato dos usuários forçarem a abertura da porta
com a intenção de interromper o curso da porta, para que possam entrar ou sair da
cabine. Essa atitude danifica sensores, roldanas e travas que seguram a porta
fechada quando o elevador não está em movimento.
Diante de todas as pesquisas efetuadas, quando ocorre uma pane e o
elevador efetua uma parada repentina, os usuários que ficam dentro, executam os
procedimentos ideais para esse tipo de situação.
A seguir será apresentado um gráfico, proveniente de uma pesquisa em uma
empresa, que mostra a porcentagem, aproximadamente, de cada manutenção
efetuada por ela.
Gráfico 3: Frequência de manutenção
Manutenção Preventiva Manutenção Corretiva Manutenção Preditiva
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
Fonte: O autor
O gráfico demonstra a porcentagem de manutenção efetuada por uma 
27
empresa e um elevador predial. 70% das manutenções foram corretivas, 19% 
manutenção preventiva e 11% manutenção preditiva.
2.3.3 Procedimentos em caso de uma parada repentina
Os principais procedimentos que devem ser seguidos diante de uma parada
repentina são
• Manter a calma e evitar deixar outros passageiros nervoso, pois isso dificulta o
resgate;
• Efetuar contato com o alguém de fora, apertar o botão de alarme ou efetuar contato
via celular.
• Não tentar abrir as portas pois podem gerar acidentes e, caso o elevador fique
parado entre dois andares com as portas aberta, não tentar sair, pois ele pode
voltar afuncionar e levar a um acidente.
• Deixar o resgate para pessoas habilitadas e apenas ajudar a manter a calma dos
passageiros.
Todas as medidas de segurança são importantes pois tratam-se de um
sistema complexo e de extrema periculosidade. Em caso de pane, após os
passageiros serem resgatados, o elevador não deve voltar ao seu funcionamento
normal, e sim, ficar parado aguardando uma inspeção para que seja descoberto a
causa da parada. Após correspondente manutenção para então voltar ao seu
funcionamento normal.
28
2.4 ANÁLISE
Diante de todos os dados apresentados, conclui-se que o sistema de elevador
é um equipamento mecânico sujeito a diversos tipos de problemas que interferem
em seu funcionamento. Eles podem ser o próprio desgaste diante do trabalho, a
ação predatória dos usuários, o meio ambiente, entre outros. Entretanto, é possível
mantê-lo operando por muito tempo sem grandes riscos, efetuando as manutenções
necessárias.
Normalmente pensamos que os maiores causadores de defeitos no
funcionamento são os motores de tração e falhas no sistemas de segurança,
entretanto, as pesquisam de campo apontaram que o mais simples sistema que
causa defeitos a saber, são as portas de pavimentos, é responsável por mais de
80% das manutenções e normalmente todas de carácter corretivas.
Seus defeitos são em grande parte causados por ambiente com atmosfera
agressiva que causa oxidação de peças e comprometem a lubrificação com o
excesso de poeira em suspensão. A pesquisa evidenciou que falhas frequentes
ocorrem em empresas que adotam a manutenção preventiva, devem-se a um erro
de planejamento na periodicidade desse procedimento, o que será observado nas
considerações finais. Já a manutenção corretiva nesse componente visa a troca de
peças como engrenagens, correia, polias, entre outras, que fazem a abertura da
porta e a troca do lubrificante.
A manutenção preventiva nos outros componentes do elevador são eficazes,
entretanto, seu período varia muito de equipamento para equipamento, tendo em
vista a idade do equipamento e de seus componentes. Em muitos componentes o
tempo de uso interfere diretamente e faz com que a manutenção seja realizada em
períodos cada vez menores, como nos cabos de aço.
A manutenção preditiva é recomendada para aplicação em locais onde
apresentam um grande fluxo de pessoas, acarretando assim, uma grande
responsabilidade. Nessa manutenção, são feitas as trocas de componentes ou
peças por novas e mais modernas, baseados em estudos anteriores. Essa troca visa
o aperfeiçoamento do equipamento e a garantia de sua segurança.
Em locais onde apresentam um fluxo menor de passageiros, como edifícios
prediais, a manutenção preditiva ocorre em menor escala. Nesses casos são feitas
29
as trocas de pequenas peças ou componentes como sistema elétrico, sistema
eletrônico, motor da porta de pavimento, entre outros componentes, podendo assim,
melhorar algumas partes do sistema diminuindo falhas definitivamente ou por um
período considerável de tempo.
30
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após a condução de pesquisas e diante do exposto, observa-se que os casos
teóricos e reais estão ligados em sua grande maioria e conseguem acompanhar a
evolução do sistema e componentes. Por tratar-se de equipamentos de alto risco
para a vida humana, existe uma constante preocupação dos usuários e de empresas
prestadoras de serviço, para que seja executado um bom e eficiente serviço.
Porém, mesmo com uma manutenção preventiva executada corretamente, os
intervalos de tempo entre elas mostraram não serem os ideais em alguns
equipamentos, como a porta de pavimento, que apresenta uma grande necessidade
de manutenção corretiva devido a erros de utilização e ao meio ambiente.
Nos outros equipamentos, apenas a manutenção preventiva já apresenta ser
muito eficaz, garantindo o bom funcionamento. Entretanto, mesmo com a
manutenção preventiva sendo efetuada corretamente, a manutenção corretiva, por
muitas vezes, é necessária, devido a erros e acontecimentos que não podem ser
previstos.
A manutenção preditiva não possui grande utilização real das empresas
prestadoras de serviços devido ao grande custo de equipamentos necessários para
levantamentos de dados. Os dados para os desenvolvimentos de equipamentos são
feitos por empresas que efetuam a manutenção de elevadores em locais de grande
movimentação, podendo assim, realizar o levantamento de dados suficientes para o
aprimoramento do equipamento.
A manutenção corretiva, como já citada acima, é a menos indicada, pois
significa que quando for necessário sua utilização, algum erro já ocorreu. Entretanto,
os dados reais das manutenções efetuadas por algumas empresas, mostraram que
a manutenção corretiva é a mais utilizada devido ao fato principal, de que a maior
quantidade de elevadores prediais são muito antigos e em muitos casos para a
redução de custos condominiais, deixam de fazer a manutenção preventiva com a
frequência recomendada.
31
Tabela 1: Periodicidade da Manutenção
Componentes do elevador Manutenção Corretiva Manutenção Preventiva
Cabine QUINZENAL SEMANAL
Guias ------------------------------ MENSAL
Porta de pavimento QUINZENAL MENSAL
Painel de segurança ----------------------------- MENSAL
Máquina de tração ----------------------------- QUINZENAL
Limitador de segurança ----------------------------- QUINZENAL
Cabo de aço ----------------------------- ANUAL
Freio de segurança ------------------------------ MENSAL
Para-choque ----------------------------- MENSAL
Fonte: O autor
Sintetizando a pesquisa realizada, chegou-se a períodos ideais para a
manutenção conforma mostrado na tabela 1. O cumprimento cabal dos prazos
recomendados garantirá uma longa vida ao equipamento e segurança a seus
usuários.
32
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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instalação de elevador unifamiliar. Rio de Janeiro, 1993.
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elevadores, escadas rolantes e esteiras rolantes - Requisitos para instruções de
manutenção. São Paulo, 2012.
ASSOCIAÇÃO Brasileira De Normas Técnicas. NBR NM 207: Elevadores elétricos
- Requisitos de segurança para construção e instalação. Rio de Janeiro, 1999.
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<http://www.schindler.com/content/dam/web/br/PDFs/AA/Folhetos/limitador_velocida
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ATLAS Schindler, Máquina de Tração, Disponível em:
<http://www.schindler.com/content/dam/web/br/PDFs/MOD/maquina_tracao_SGB.pd
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tower_lgb>. Acesso em: 10 de Abril de 2016.
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<http://www.espel.com.br/o-surgimento-dos-elevadores/>. Acesso em 12 de
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Federal do Paraná. Curitiba. 2010.
MONTEIRO, Caio Italiano; de Souza,Leandro Ramalho; Rossi, Paulo Henrique
Lobo. Manutenção Corretiva. UniversidadeEstadual Paulista. Bauru. 2010.
PEREIRA, Mário Jorge. Engenharia de Manutenção: Teoria e Prática. 1 ed. São
Paulo. Editora Ciência Moderna. 2009.
PRIM, Guilherme. Cabos de Aço. SENAI. Rio do Sul. 2010
33
PETRILLI, Eric Lenon; Silva , Felipe Hessel; De Souza, Leandro Lopes. 
Manutenção Preditiva. Faculdade De Tecnologia De Tatuí. Tatuí. 2012.
SLACK, N.; Chambers, S.; Johnston, R. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2002.
ALMEIDA, Márcio Tadeu de. MANUTENÇÃO PREDITIVA : CONFIABILIDADE E QUALIDADE. 
Disponível em: <http://www.mtaev.com.br/download/mnt1.pdf>. Acesso em 18 de outubro de 2016.

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