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Universidade Federal Fluminense Faculdade de Medicina Depto. de Patologia CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO Prof. Dr. Thiago Pavoni G Chagas Professor Auxiliar Substituto Niterói 2017 CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO CLÍNICO 1. Conceitos de Qualidade 2. Gestão, Garantia e Controle 3. Controle interno e externo 4. Métodos Estatísticos 5. Erros laboratoriais e Indicadores 2 QUALIDADE 1920 Revolução Industrial indústria bélica Avaliar o produto final, separando-o dos defeituosos 3 QUALIDADE Segunda fase Preocupação com a qualidade em todos os processos de produção. Grau de variabilidade do produto (matéria-prima, máquinas utilizadas e respectivos operadores). Inicia-se o controle estatístico. 4 QUALIDADE Décadas subsequentes Evolução da qualidade . Japão e a reconstrução econômica no pós-guerra. Inicia-se a fase da garantia da qualidade, com o objetivo principal de prevenção. 5 QUALIDADE Evolução do conceito da qualidade: 1. Qualidade como adequação ao uso. 2. Qualidade é o que o cliente diz que é. 3. Qualidade não é o que o fornecedor dá, mas o que o consumidor recebe e está disposto a pagar. 4. Qualidade deve ser definida com base no cliente, que, em síntese, faz uso do serviço ou produto. 6 QUALIDADE Até 2000 Adequação ao uso A partir de 2000 ISO 9001:2000 QUALIDADE: Obtenção da satisfação do cliente através do atendimento de suas necessidades e expectativas, dentro de um ambiente organizacional voltado ao melhoramento contínuo de eficiência e efetividade. 7 QUALIDADE NA SAÚDE Filosofia da qualidade não difere daquela aplicada às indústrias. “Adequação do produto ou serviço aos anseios do cliente “ aplicável aos diversos serviços de assistência à saúde. OMS: “Proporcionar ao paciente a melhor satisfação com relação ao seu atendimento”. Não é uma medida absoluta, e está em constante movimento. 8 QUALIDADE E LABORATÓRIO CLÍNICO Assegurar que os resultados produzidos reflitam a situação clínica apresentada pelos pacientes, Resultado não pode representar nenhuma interferência no processo. RESULTADO: satisfazer as necessidades de seus clientes e possibilitar a determinação e a realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das doenças. 9 QUALIDADE Controle da Qualidade Garantia da Qualidade Sistema da Qualidade Gestão da Qualidade 10 QUALIDADE Controle da Qualidade Técnicas e atividades operacionais que se destinam a monitorar um processo e eliminar as causas de desempenho insatisfatório. Envolve a Implantação de ações sistemáticas de checagem. 11 QUALIDADE Garantia da Qualidade Conjunto de atividades planejadas e sistemáticas para garantir que o produto ou serviço atenderá os requisitos para qualidade. OBJETIVO: assegurar que o produto/serviço final seja adequado as necessidades e satisfação do cliente. 12 QUALIDADE Sistema da Qualidade É a estrutura organizacional, procedimentos, responsabilidades, processos e recursos para implementar a gestão da qualidade. Implementa as ações da garantia da qualidade. Garantir, assegurar, demonstrar que uma determinada atividade, preocupa-se com a qualidade envolvida. 13 QUALIDADE Gestão da Qualidade Processo contínuo de melhoramento que requer a adoção de mecanismos para identificar as necessidades e aspirações dos clientes. 14 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 15 P O L Í T I C A O SISTEMA Definição de responsabilidades Sistema de Documentação Treinamento e Qualificação SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE PRINCÍPIOS DA IMPLANTAÇÃO: Direção convencida e comprometida Conscientização Envolvimento de pessoas Unidade de gerenciamento Melhoria contínua Educação continuada 16 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Esse sistema tem que ser: 1. Documentado Manual de Gerenciamento da Qualidade Procedimentos da Qualidade Instruções de Trabalho Coleção de Bulas de Kits e Produtos comerciais 17 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE Esse sistema tem que ser: 2. Implementado Essa implantação é atestada por: Auditorias internas Análise Crítica pelos gestores 18 SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE 20 ESTRATÉGICO TÁTICO MEMÓRIA Níveis Conteúdo Descreve o SQ de acordo com a política e objetivos da qualidade declarados e norma de referência. Descrevem as atividades necessárias para implementar os elementos do SQ. Documentos Comprobatórios. MANUAL DA QUALIDADE PROCEDIMENTOS REGISTROS DA QUALIDADE GARANTIA DA QUALIDADE RDC 302 de 2005 O Laboratório Clínico deve assegurar a confiabilidade dos serviços laboratoriais prestados, por meio de, no mínimo: Controle interno da qualidade Controle externo da qualidade (testes de proficiência) 21 GARANTIA DA QUALIDADE 22 Confiabilidade nos resultados Melhoria da comunicação Aumento de eficiência operacional Documentação adequada Registros das informações GARANTIA DA QUALIDADE Qual o seu papel? Seja informado Utilize o sistema Siga os procedimentos estabelecidos Faça melhorias Tenha boas práticas de registro Forneça explicações para os auditores 23 DOCUMENTOS 1. RDC/ANVISA Nº. 302, de 13 de outubro de 2005 Regulamento Téc. para funcionamento de Labs. Clínicos. 2. ISO 17025:2005 Requisitos Gerais para Competência de Labs de Ensaio e Calibração 3. ISO 9001:2000 Requisitos para o sistema de gestão da qualidade (SGQ) das organizações. 24 DOCUMENTOS 4. NIT-DICLA-028 (INMETRO) Critérios para o credenciamento de laboratórios de ensaios - boas práticas de laboratório - aplicação a estudos de campo. 5. NBR ISO 15189:2015 Requisitos de qualidade e competência para Laboratórios Clínicos. 6. NIT-DICLA-083 (INMETRO) Critérios Gerais para a Competência de Laboratórios Clínicos 25 DOCUMENTOS I. Manual do DICQ - Sistema Nacional de Acreditação SBAC II. Norma PALC – (Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos) SBPC III. Quality practices in basic biomedical research - OMS Normas de qualidade para Pesquisa Biomédica Básica 26 CONTROLE INTERNO E EXTERNO DA QUALIDADE CONTROLE DA QUALIDADE Toda a ação sistemática necessária para dar confiança aos serviços de laboratório a fim de atender as necessidades de saúde do paciente e prevenir a ocorrência de erro. Requer: Ensaios regulares dos produtos de controle de qualidade em paralelo com as amostras dos pacientes Comparação dos resultados do controle de qualidade com limites estatísticos específicos. 28 CONTROLE DA QUALIDADE Para que realizar o Controle de Qualidade? 1. Para assegurar qualidade ao serviço que você presta, resultando em benefício dos pacientes. 2. Para aumentar sua segurança e sua tranquilidade quando realiza seu valioso trabalho de contribuição diagnóstica.3. Para ter convicção em assegurar aos clínicos o valor do resultado do teste, quando surgirem questionamentos. 29 CONTROLE DA QUALIDADE Para que realizar o Controle de Qualidade? 4. Para ter respaldo legal em casos de questionamentos judiciais. 5. Para preencher requisitos exigidos em programas de acreditação, e obtenção do selo da qualidade. • Para continuar competindo no mercado 30 CONTROLE DA QUALIDADE A rigorosa execução do sistema de controle da qualidade fornece resultados confiáveis e de alta utilidade. CQ: enfatiza o processo como única forma de efetivamente garantir o produto final com boa qualidade. Se esse ideal não puder ser atingido: Manter pelo menos de maneira reproduzível. 31 CONTROLE DA QUALIDADE Programa de controle da qualidade: DEFINIÇÃO: Sistema de programas gerenciais que proporciona as condições necessárias para a melhoria do controle de qualidade a ser implementada e mantida. 32 CONTROLE DA QUALIDADE Programa de controle da qualidade -PERMITE: Monitorar o desempenho dos procedimentos técnicos, reagentes, kits, meios de cultura, equipamentos e pessoal técnico; Revisa os resultados e a documentação quanto à validade dos métodos adotados na rotina laboratorial. 33 CONTROLE DA QUALIDADE 34 Pré-Analítica Analítica Pós-Analítica Cliente Laudo Controle de Qualidade Interno Controle de Qualidade Externo Sistema de Garantia da Qualidade CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pré-Analítica: 1. Identificação correta do paciente (evitar troca de material, e principalmente na identificação dos tubos). Muitos laboratórios estão informatizando este sistema e utilizando código de barras para a identificação do material. Erros na transcrição dos resultados pode ser evitado com a informatização do sistema e utilização de códigos de barras identificadores. 35 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pré-Analítica: 2. Monitoramento de atrasos na realização de exames. Amostras, requisições e relatórios atrasados e perdidos devem ser evitados. A data da coleta deve ser notificada no encaminhamento ao laboratório. 36 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pré-Analítica: 3. Preparação do paciente Informações por escrito dos procedimentos e comportamentos a serem seguidos pelo paciente antes da realização da coleta 37 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pré-Analítica: 4. A coleta do material deve seguir os procedimentos recomendados: cuidado com o garrote, hemólise do material e uso de material descartável, bem como identificado, para não ocorrerem trocas. 5. O transporte adequado ao laboratório também é uma variável pré-analítica importante: recipientes e temperatura apropriadas. 38 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Analítica: As diversas variáveis analíticas de um exame laboratorial devem ser muito bem controladas para assegurar que os resultados sejam precisos e exatos. 1. Uso de materiais de controle: são os padrões de concentrações conhecidas e de origem confiável. 2. Uso de mapas de controle e registros de materiais coletados, exames realizados e seus resultados. 39 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Analítica: 3. Esses métodos antes de serem implantados na rotina laboratorial, devem ser analisados em relação a alguns critérios como a confiabilidade e praticidade. 4. Outras variáveis importantes dos processos analíticos também devem ser monitoradas, tais como: a qualidade da água, a limpeza da vidraria e a calibração dos dispositivos de medição. 40 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pós-Analítica: 1. Preparo do laudo dos exames; 2. Impressão, ou transmissão do laudo; 3. Recebimento do laudo; 4. Tomada de decisão; 41 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pós-Analítica: A fase pós-analítica se materializa no laudo do exame. Sua qualidade como mídia e conteúdo para a informação que representam devem merecer grande cuidado. O laudo deve tangibilizar o que nós conhecemos como qualidade, para aqueles clientes finais. 42 CONTROLE DA QUALIDADE Fase Pós-Analítica: Laboratório é responsável por assegurar que o resultado seja entregue ao usuário adequado; Legíveis e sem rasuras de transcrição; Confidencialidade e privacidade; Liberados em prazos especificados e expressos preferencialmente nas unidades do SI. 43 CONTROLE DA QUALIDADE Garantia da Qualidade 1. Controle Interno da Qualidade Utilizados para monitorar diariamente as reações realizadas para cada parâmetro. 2. Controle Externo Avaliar a performance do laboratório. Permitir que o laboratório possa comparar seus resultados com os dos demais participantes. 44 CONTROLE INTERNO DA QUALIDADE É o controle intralaboratorial. Análise diária de amostra de controle com valores conhecidos para avaliar a precisão dos ensaios. Ele verifica a calibração dos aparelhos e indica o momento de haver correção. Garantir a reprodutibilidade (precisão). 45 CONTROLE EXTERNO DA QUALIDADE É o controle interlaboratorial. Padroniza os resultados de laboratórios distantes através da comparação interlaboratorial de análises de alíquotas do mesmo material. O laboratório pode assegurar que seus resultados aproximam o máximo de exatidão dentro de uma variabilidade analítica permitida. 46 CONTROLE EXTERNO DA QUALIDADE Programas de controle de qualidade (CQ) externos : 1. Control Lab / Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC) 2. Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) 3. College of American Pathologists (CAP) 47 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE CONFIABILIDADE: Precisão* Exatidão* Acurácia Especificidade Sensibilidade Linearidade 48 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE Exatidão Grau de conformidade de um valor medido ou calculado em relação à sua definição ou à uma referência-padrão. Indica o quão próximo do valor real (do valor normalmente aceito como referência), está o valor medido. 49 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE Precisão Grau de variação dos resultados de uma medição. Tem como base o desvio-padrão de um série de repetições da mesma análise. Indica o quanto as medidas repetidas estão próximas umas das outras. 50 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE 51 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE 52 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE Exemplo 53 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE 54 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE Decisão: As análises são suspensas e nenhum resultado é liberado até a correção do erro. 55 CONCEITOS IMPORTANTES EM CONTROLE DE QUALIDADE Decisão: Se depois de revistos todos os itens, o problema continuar, o método e/ou técnico o devem ser trocados. 56 CONTROLE DA QUALIDADE E ESTATÍSTICA A estatística é a ciência que processa dados. No CQ do laboratório os dados são utilizados de duas maneiras principais: 1. Inspeção 2. Monitoramento do processo 57 CONTROLE DA QUALIDADE E ESTATÍSTICA InspeçãoAprovar ou de rejeitar os resultados de uma corrida analítica. Verifica se os resultados dos controles estão ou não em conformidade com limites antes estabelecidos. 58 CONTROLE DA QUALIDADE E ESTATÍSTICA Monitoramento do processo Os dados coletados permitem avaliar se um método analítico está sob controle estatístico, isto é, se ele se mantém estável em relação aos parâmetros de precisão e exatidão. 59 CONTROLE DA QUALIDADE E ESTATÍSTICA Fórmulas Básicas: 60 Média (Xm) Desvio padrão (D.P.) Coeficiente de variação (C.V.) CONTROLE DA QUALIDADE E ESTATÍSTICA Você não precisa ser estatístico para realizar o CQ e aplicar as ferramentas adequadas. Cabe a você a tomada de decisão frente ao que lhe for apresentado. 61 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Um gráfico de controle em que os resultados da corrida analítica são plotados em função do tempo, ou número de corridas. 62 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS 63 Ex. do Mapa de Levey-Jennings preparado para receber dados Xm +1 +2 +3 -1 -2 -3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ... Dias, ou Corridas Analíticas GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS 64 Xm +1 +2 +3 -1 -2 -3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 ... Dias, ou Corridas Analíticas Um exemplo de plotagem de dados do controle, para 1 nível. GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS 65 Xm 68 ,26 % 95 ,46 % 208 mg/dl 204 mg/dl 200 mg/dl 196 mg/dl 192 mg/dl +2s +1s Xm -1s -2s 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Corridas Analíticas 212 mg/dl +3s -3s188 mg/dl 99 ,73 % Xm = 200mg/dl DP = 4 mg/dl GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Interpretação Durante o controle interno da qualidade algumas situações de erros podem ocorrer. A análise do gráfico é muito contributiva para compreensão da variabilidade dos resultados obtidos dos materiais e já pode apontar se há erro aleatório ou erro sistemático. 66 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Interpretação “Fora de Controle”: Uma vez estabelecidos os limites pelo laboratório, os resultados no gráfico que estiverem além desses limites podem representar situação fora de controle. Os critérios para tratar esses resultados devem ser também definidos, se serão critérios de alerta, ou de rejeição; 67 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Interpretação Aumento da imprecisão: É exibida como aumento da aleatoriedade, em que mesmo com resultados oscilando em torno da média, os pontos se distanciam muito da mesma. Quando maior que três DP, esse distanciamento já indica necessidade de rejeição da corrida analítica; 68 69 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Aumento da imprecisão 70 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Interpretação Perda da exatidão: quando os pontos deixam a esperada oscilação em torno da média e se deslocam para cima, ou para baixo. Análise complementar deve ser feita com os resultados do controle externo. 71 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Perda da exatidão 72 GRÁFICO DE LEVEY-JENNINGS Interpretação Tendências: É facilmente perceptível no gráfico, quando aponta erros sistemáticos, que têm direção certa, isto é, para mais ou para menos. REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Combinação de critérios de decisão, ou regras de controle, para decidir quando uma corrida analítica esta “sob controle” ou “fora de controle”. Utiliza 6 regras de controle diferentes para julgar a aceitabilidade de uma corrida analítica. Outras ainda podem ser ainda usadas. Geralmente, utilizadas com 2 ou 4 medições de controle por corrida = apropriadas quando dois materiais de controle diferentes 1 são medidos uma ou duas vezes por material. 73 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Notação das Regras 74 Representa o número de resultados do controle que excede o limite de tolerância especificado. Significa que o limite de tolerância estabelecido para o controle foi 2DP, acima ou abaixo da média. A letra s vem do inglês standard, que compõe a palavra “standard deviation”, ou “desvio- padrão”, em português. 1 2 s REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 13S A corrida é rejeitada quando uma única medição de controle excede um dos limites (+3 DP). 75 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 12S 76 Um aviso de “Atenção” em um cruzamento de duas ruas, o que não significa que se deve parar, mas se deve observar cuidadosamente antes de prosseguir. REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 12S Quando uma única medição de controle excede a média (+2 DP). 77 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 12S Utilizada como uma regra de alerta para acionar uma inspeção cuidadosa dos dados de controle por meio das seguintes regras de rejeição: 22S 41S 10x 78 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 12S A regra 12s tem um índice de falso alarme que varia de acordo com o N, ou seja, número de controles: N = 2 - 9% de falso alarme N = 3 - 14% de falso alarme N = 4 - 18% de falso alarme Isto significa que 10 a 20% de corridas analíticas OK ficarão sob suspeita. 79 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 22S Rejeita-se quando 2 medições de controle consecutivas excederem o mesmo limite de controle x + 2DP ou x - 2DP. 80 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra R4S Rejeita-se quando 1 medição de controle exceder o limite de controle x + 2DP e a outra x - 2DP, em uma mesma corrida. 81 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 41S Rejeita-se quando 4 medições de controle consecutivas excederem o mesmo limite x ± 1DP. 82 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 10X Rejeita-se quando 10 medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação à média. 83 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Indicação de Erros Erros aleatórios Regra 13S Regra R4S Regra 12S Erros sistemáticos Regra 22S Regra 41S 84 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 10X Algumas vezes você verá modificações nesta última regra para adequá-la melhor para Ns múltiplos de 4: 8x 12x Usualmente utilizadas com Ns2 de 2 ou 4, o que significa que são apropriadas quando 2 materiais de controle são medidos 1 ou 2 vezes por material. 85 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 8X Rejeita-se quando 8 medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação à média. 86 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 12X Rejeita-se quando 12 medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação à média. 87 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Outras regras Em situações onde 3 materiais de controle diferentes são analisados, algumas outras regras de controle são mais apropriadas e mais fáceis de aplicar, assim como: (2 de 3)2s 31S 6x 9x 7T 88 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra (2 de 3)2s Rejeita-se quando 2 de 3 medições de controle excederem o mesmo limite x ± 2DP. 89 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 31S Rejeita-se quando 3 medições de controle consecutivas excederem o mesmo limitex ± 1DP. 90 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 6x Rejeita-se quando 6 medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação à média. 91 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 9x Rejeita-se quando 9 medições de controle consecutivas estiverem no mesmo lado em relação à média 92 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Regra 7T procura uma tendência na qual várias medições de controle estão aumentando ou diminuindo. Rejeita-se quando se observa tendência de 7 medições de controle no mesmo sentido. 93 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Aplicação das Regras Deve-se fazer a verificação do estado de controle a cada corrida analítica, que não deve exceder 24 horas. Faz-se a aplicação das regras de controle e a tomada de decisão para aceitar ou rejeitar uma corrida analítica. Uma regra de controle violada indica o tipo de erro que está ocorrendo. Facilita a localização do erro e a medida a ser adotada. 94 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD Aplicação das Regras As Regras Múltiplas de Westgard devem ser conhecidas e aplicadas. A análise do mapa de Levey_Jennings fornece importantes elementos para o acompanhamento do estado de controle. 95 96 REGRAS MÚLTIPLAS DE WESTGARD 97 EXERCÍCIOS 98 EXERCÍCIOS 2- Perda da exatidão: pontos deixam a esperada oscilação em torno da média e se deslocam para cima, ou para baixo. 3- perda da precisão: aumento da aleatoriedade. 99 EXERCÍCIOS 100 EXERCÍCIOS 101 EXERCÍCIOS Dia 8 violação da regra 1:2s Dias 25 e 26: violação da regra R:4s (1 medição de controle exceder o limite de controle x + 2DP e a outra x - 2DP, em uma mesma corrida. Perda da exatidão: CONTROLE DA QUALIDADE Definindo os teste para controlar: •Procure estabelecer a abrangência e o cronograma de implantação do controle da qualidade, incluindo de início apenas alguns testes. •Selecione os seus fornecedores para os materiais de controle, adquirindo os materiais que controlam os testes que você incluiu. •Avalie quais os testes de execução técnica mais difícil, ou com maior instabilidade. Esses podem exigir maior controle e por isso devem ser incluídos com prioridade. 102 CONTROLE DA QUALIDADE Definindo os teste para controlar: • Estabeleça os níveis de controle com que irá trabalhar. É correto trabalhar com pelo menos 2 níveis diferentes de concentração. Isso permite verificar a linearidade de resposta do procedimento. •Não se deve esquecer que para os programas de acreditação, TODOS os sistemas analíticos devem estar sob controle. •Verifique quais são os equipamentos de análise automatizada, dos que você possui que trazem embutidas as avaliações de controle. 103 CONTROLE DA QUALIDADE Definindo os teste para controlar: •Avalie se o aparelho oferece o desenho do mapa de Levey- Jennings e se inclui as regras de Westgard nas análises de conformidade dos resultados. •Veja se os equipamentos oferecem o controle apenas por avaliações pontuais. Não havendo avaliações seqüenciais, perde-se muito na detecção dos erros sistemáticos. É necessário então completar o que realiza o aparelho. 104 CONTROLE DA QUALIDADE Selecionando o material comercial •Verifique com seu fornecedor de reagentes se ele tem na sua linha os materiais de controle. •Obtenha informações sobre a linha de controles e as instruções de uso. Avalie os conteúdos dos produtos, quanto a seus analitos, composição e estabilidade após aberto. •Leia as instruções de uso do material. Analise a lista de analitos e veja quais serão implantados, segundo sua escalação anterior. 105 CONTROLE DA QUALIDADE Selecionando o material comercial •Faça uma estimativa de consumo de material. Planeje para dispor de material de mesmo lote por pelo menos 6 meses. •Estabeleça a data para início do processo (preferencialmente no início de um mês). Programe com o seu fornecedor. 106 CONTROLE DA QUALIDADE Relatórios do Controle •O registro dos dados de controle, das regras violadas e das medidas corretivas adotadas é essencial para o CQ. •Você deverá documentar a realização do CQ através de relatórios mensais. •Esses relatórios devem apresentar os dados dos materiais de controle, os dados obtidos nas bancadas, as ocorrências e as ações corretivas, e os mapas de Levey-Jennings. •Os relatórios devem ser rubricados pelo responsável pelo CQ no laboratório e devem ser arquivados para demonstração aos auditores. 107 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS O erro laboratorial pode ser definido como um defeito ocorrido em qualquer parte do processo laboratorial. As consequências do erro podem ser: Não Houve Dano - sem consequências para o paciente; Dano Mínimo - a única consequência para o paciente é repetir o exame; Dano Médio - resulta em demora para diagnóstico ou tratamento; Alto Dano - resulta em diagnóstico ou tratamento impróprios. 108 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS 109 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS 110 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS 111 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS 112 CONTROLE DA QUALIDADE E OS ERROS LABORATORIAIS Os erros podem ser prevenidos pela identificação das suas causas e pela compreensão de seus impactos. Controle da Qualidade 113 FIM thiagopavoni@gmail.com
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