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TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
Recurso é o instrumento processual voluntário de impugnação de decisões judiciais, previsto em lei objetivando a reforma, invalidação, integração ou esclarecimento da decisão judicial anterior.
Fundamentos: Falibilidade humana, inconformismo das pessoas e duplo grau de jurisdição.
Pressupostos de admissibilidade:
Competência: Em regra, quem julga a revisão criminal são os Tribunais.
Pressupostos recursais objetivos: cabimento, adequação, tempestividade, inexistência de fato impeditivo ou extintivo. 
Pressupostos recursais subjetivos: legitimidade, interesse.
Pressupostos recursais objetivos:
Cabimento : Deve haver previsão legal de recurso contra a decisão.
Adequação : Para cada decisão que comporte recurso, um único recurso será cabível (unirecorribilidade). mitigação por força do princípio da fungibilidade.
Tempestividade: O recurso deve ser interposto no prazo legal, sob pena de preclusão temporal.
Inexistência de fato impeditivo: Exemplo: renúncia e não recolhimento do acusado à prisão nos casos em que a lei o exige.
Pressupostos recursais subjetivos:
Legitimidade recursal
Interesse Recursal
Efeitos dos recursos
EFEITO DEVOLUTIVO: Todo recurso possui efeito devolutivo. Trata-se do efeito que transfere ao órgão ad quem o reexame da decisão impugnada.
EFEITO SUSPENSIVO: Consiste no impedimento da eficácia da decisão recorrida em virtude da interposição de um recurso. É um efeito que nem todos os recursos criminais possuem.
EFEITO REGRESSIVO/DIFERIDO/ITERATIVO: É o efeito que permite ao próprio órgão julgador retratar-se (juízo de retratação) da decisão antes desta ser remetida ao juízo ad quem.
EFEITO EXTENSIVO (SUBJETIVO): Consiste na extensão benéfica dos efeitos do recurso ao corréu que não recorreu desde que a decisão esteja fundamentada em motivos de caráter objetivo (CPP, art. 580).
EFEITO SUBSTITUTIVO: Uma vez conhecido o recurso, o julgamento proferido pelo Tribunal tem o condão de substituir a decisão recorrida, naquilo que tiver sido objeto de impugnação, seja nas hipóteses de provimento, seja nas hipóteses de desprovimento (CPC/2015, art. 1.008).
Princípios recursais
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE DOS RECURSOS: O art. 574 estabelece a voluntariedade como regra geral dos recursos, ou seja, a decisão judicial somente será revista se a parte sucumbente tomar a iniciativa de recorrer. Exceção a esse princípio é o denominado “recurso de ofício” (reexame necessário).
PRINCÍPIO DA DISPONIBILIDADE DOS RECURSOS: Esse princípio é corolário do princípio da voluntariedade. Ou seja, a parte legitimada a recorrer pode dispor de seu direito, seja por meio da renúncia ou da desistência do recurso.
PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE DOS RECURSOS x PRINCÍPIO DO BENEFÍCIO COMUM: Do princípio da personalidade derivam duas regras fundamentais: O recurso só pode beneficiar a parte que recorreu, não aproveitando a parte que não recorreu e quem recorreu não pode ter sua situação agravada, se não houve recurso da parte contrária. ATENÇÃO: Essa regra é excepcionada pelo efeito extensivo subjetivo do recurso. 
PRINCÍPIO DA UNIRRECORRIBILIDADE/SINGULARIDADE/UNICIDADE: Se a decisão é passível de impugnação, será cabível apenas um recurso contra ela. Em outras palavras: Não se admite mais de um recurso, simultaneamente, contra a mesma decisão. Esse princípio é desdobramento do pressuposto objetivo da adequação (ver acima). Entretanto, comporta exceções.
PRINCÍPIO DA VARIABILIDADE DOS RECURSOS X PRINCÍPIO DA SUPLEMENTAÇÃO: De acordo com a variabilidade, a interposição de um recurso não vincula o recorrente a tal impugnação, permitindo-se a interposição de outros recursos em substituição àquele, se ocorrido no prazo legal.
PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIEDADE DOS RECURSOS: O recorrente pode complementar a fundamentação de seu recurso se houver integração ou complementação da decisão original, em virtude do acolhimento de Embargos de Declaração que produzam efeitos infringentes ou modificativos.
PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE DOS RECURSOS: O recorrente deve declinar os motivos pelos quais pede o reexame da decisão, pois, somente assim, poderá a parte contrária apresentar suas contrarrazões. É um princípio corolário do contraditório.
PRINCÍPIO DA REFORMATIO IN MELLIUS: Em um recurso exclusivo da acusação pode a situação do acusado ser melhorada. Extrai-se esse entendimento da interpretação ‘a contrário sensu’ do art. 617 do CPP.
OBS: DIREITO INTERTEMPORAL E RECURSOS: A recorribilidade é regida pela lei em vigor na data em que a decisão recorrível foi publicada.

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