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Carl Mark e o materialismo dialético

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Revolução Industrial
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia, o produtor dominava todo o processo produtivo, a atividade produtiva era artesanal e manual (daí o termo manufatura), no máximo com o emprego de algumas máquinas simples. Dependendo da escala, grupos de artesãos podiam se organizar e dividir algumas etapas do processo, mas muitas vezes um mesmo artesão cuidava de todo o processo, desde a obtenção da matéria-prima até à comercialização do produto final. Esses trabalhos eram realizados em oficinas nas casas dos próprios artesãos e os profissionais da época dominavam muitas (se não todas) etapas do processo produtivo.
A Inglaterra foi precursora na Revolução Industrial devido a diversos fatores, entre eles: possuir uma rica burguesia, uma importante zona de livre comércio da Europa, com o êxodo rural e a localização privilegiada junto ao mar o que facilitava a exploração dos mercados ultramarinos.
Com a Revolução Industrial os trabalhadores perderam o controle do processo produtivo, uma vez que passaram a trabalhar para um patrão (na qualidade de empregados ou operários), perdendo a posse da matéria-prima, do produto final e do lucro. Esses trabalhadores passaram a controlar máquinas que pertenciam aos donos dos meios de produção os quais passaram a receber todos os lucros. O trabalho realizado com as máquinas ficou conhecido por maquino fatura. 
A Revolução Industrial alterou profundamente as condições de vida do trabalhador braçal, provocando inicialmente um intenso deslocamento da população rural para as cidades. Criando enormes concentrações urbanas; a população de Londres cresceu de 800 000 habitantes em 1780 para mais de cinco milhões em 1880, por exemplo. Durante o início da Revolução Industrial, os operários viviam em condições horríveis se comparadas às condições dos trabalhadores do século seguinte. Muitos dos trabalhadores tinham um cortiço como moradia e ficavam submetidos a jornadas de trabalho que chegavam até a 80 horas por semana. O salário era medíocre (em torno de 2.5 vezes o nível de subsistência) e tanto mulheres como crianças também trabalhavam, recebendo um salário ainda menor.
Alguns trabalhadores, indignados com sua situação, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam: 
Movimento Ludista, que era uma forma mais radical de protesto, os Ludistas invadiram fábricas e destruíram máquinas Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de máquinas". 
Movimento Cartista, que era uma organização liderada pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho como, particularmente a limitação de oito horas para a jornada de trabalho a regulamentação do trabalho feminino, extinção do trabalho infantil, folga semanal e o salário mínimo. 
Revolução Francesa 
A França no século XVIII era um país absolutista, rei governava com poderes absolutos, controlando a economia, a justiça, a política e até mesmo a religião dos súditos os trabalhadores não podiam escolher seus governantes e nem opinar nas decisões do governo e quem se oponha ao governo era peso ou mesmo morto. Mesmo a Franca passando por muitas dificuldades perdido colônias e mercados para a Inglaterra, empresas pouco lucrativas e a agricultura e os bancos em crise o rei ainda mantendo seus padrões de luxúria e desigualdade sobre a população, a classe social era dividida em três estados:
1° estado – clero; cerca de 2% da população.
2° estado – nobreza; também 2% da população.
3° estado – burguesia: alta burguesia, média burguesia, baixa burguesia (artesãos, aprendizes, proletários, servos e camponeses).
A situação social era tão grave e o nível de insatisfação que o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder e arrancar do governo a monarquia comandada pelo rei Luis XVI. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha. A Queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início do processo revolucionário, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa. Os revolucionários tinham o lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade ", pois ele resumia muito bem os desejos do terceiro estado francês.
Durante todo o processo da revolução grande parte da nobreza vendo que não iriam conseguir combater os revolucionários decidiu sair da França, mas muitos não tiveram sucesso, a família real foi capturada e os integrantes da monarquia entre eles o rei Luís XVI e sua esposa foram guilhotinados em 1793. Grande parte de bens do clero também foram confiscadas pelos revolucionários 
No mês de  agosto de 1789, a Assembleia Constituinte cancelou todos os direitos feudais que existiam e promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este importante documento trazia significativos avanços sociais, garantindo direitos iguais aos cidadãos, além de maior participação política para o povo.
Por outro lado, a burguesia vendo que não possuía mais obstáculos, conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução.

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