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COLA GRAU A

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ANOTAÇÕES PARA PROVA – GRAU A – AMÉRICA I
LEON PORTILLA, Miguel .“A Mesoamêrica Antes de 1519”
Em seu texto “A Mesoamérica antes de 1519”, Miguel Portilla afirma que os povos da Mesoamérica têm grande parte de sua história antes do primeiro contato com os europeus, “o México, a Guatemala, El Salvador, Honduras e, em menor grau, a Nicarágua e a Costa Rica, assim como o Equador, o Peru, e a Bolívia nos Andes centrais, têm suas raízes profundamente enterradas no subsolo de suas civilizações pré-colombianas”.ter
“Em várias partes do México central e meridional e na América Central, começaram a proliferar aldeias de agricultores e artesãos de cerâmica”. Muito cedo essas aldeias experimentaram um grande aumento demográfico embora muitas divergissem étnica e lingüisticamente. Desde muito cedo o grupo dos olmecas se destacou dos demais. Até onde sabemos, eles foram os primeiros a construir grandes complexos de construções, principalmente para fins religiosos.
O maior centro dos olmecas foi La Venta, erigida numa pequena ilha a poucos metros acima do nível do mar. O centro havia sido cuidadosamente planejado, “incluía pirâmides rebocadas de barro, túmulos circulares e alongados, altares entalhados na pedra, grandes compartimentos de pedra, fileiras de colunas de basalto, tumbas, sarcófagos, estelas, colossais cabeças de basalto e outras esculturas menores”.
Segundo o autor, é possível supor algum tipo de divisão de trabalho. “Enquanto muitos indivíduos continuaram a trabalhar na agricultura e em outras atividades de subsistência, outros se especializaram em artes e ofícios diferentes, em garantir a defesa do grupo, em empreendimentos comerciais, no culto aos deuses e no governo, que estava provavelmente nas mãos dos chefes religiosos”.
Na religião os olmecas adoravam um deus-jaguar, que mais tarde seria o deus-chuva da Mesoamérica. Cultuavam os mortos e criam na vida após a morte. Provavelmente deve-se aos olmecas o início do calendário e da escrita na Mesoamérica.
A cultura dos olmecas se difundiu em localidades diferentes, muitas delas longe dos centros de origem, o que sugere o caráter de alta cultura-matriz. Sua influência se deve ao comércio e ao seu empenho religioso “missionário”.
Segundo o autor, os muitos avanços dos olmecas não significaram o desaparecimento de algumas grandes limitações dos povos da Mesoamérica como a não utilização prática da roda, a ausência (até cerca de 950 d.C.) de qualquer tipo de metalurgia, e a falta de animais passíveis de domesticação. Não tinham cavalos nem gado bovino. Com exceção dos perus para alimentação, somente os cachorros faziam companhia ao homem.
Entretanto essas limitações iniciais não limitaram o desenvolvimento posterior dos povos mesoamericanos. Teotihuacán, a “metrópole dos deuses”, é um bom exemplo do apogeu da civilização clássica no planalto central. Além das duas grandes pirâmides e do templo de Quetzalcóatl, foram descobertos ainda palácios, escolas e diferentes tipos de construção. “Extensos bairros, onde os membros da comunidade tinham suas residências, rodeavam o centro administrativo e religioso mais denso. As avenidas e ruas eram pavimentadas, e havia um sistema de drenagem bem planejado. As pirâmides, os templos, os palácios e a maioria das casas dos governantes ou dos membros da nobreza eram decorados co0m pinturas murais nas quais estavam representados deuses, pássaros fantásticos, serpentes, jaguares e várias plantas”. Teotihuacán, em seu apogeu por volta dos séculos V e VI d.C. se estendia por cerca de vinte quilômetros quadrados e contava com uma população de pelo menos 50 mil habitantes. De um ponto de vista político, parece que alguns desses centros urbanos estavam associados em vários tipos de “confederações”.
Na sociedade maia clássica havia dois estamentos sociais claramente distintos: o povo comum (ou plebeus), e o grupo dominante, composto por governantes, sacerdotes e guerreiros de alta posição. Temos conhecimento também dos calendários maias que tinham altíssima precisão, o cálculo de tempo de ano maia chegava a ser mais preciso que o cálculo dos europeus, e muito antes ainda que os hindus, já haviam desenvolvido o conceito de zero, e um símbolo para denota-lo. O apogeu das civilizações clássicas da Mesoamérica foi alcançado com os maias.
Até hoje não se tem mais do que hipóteses para explicar o declínio e abandono das esplendidas metrópoles antigas. É como se houvesse chegado um momento irreversível quando os sacerdotes deixaram de construir estelas, e o povo começasse a abandonar as cidades. Não sinais de uma mudança climática, catástrofe agrícola, epidemia geral nem incêndios ou ataques externos.
Entre os povos que haviam se beneficiado desse legado clássico da Mesoamérica encontram-se grupos que exerceram um poder considerável até a chegada dos espanhóis; muitos deles localizados muito além dos territórios sujeitos a Teotihuacán. “Os que viriam mais tarde a se chamar toltecas devem ser incluídos como colonizadores dos postos avançados”.
Uma figura central na história dos toltecas é o famoso Quetzalcóatl, que tirou seu nome de um deus (a serpente emplumada) cultuado desde os dias de Teotihuacán. Não está claro o que provocou o fim da idade de ouro dos toltecas, mas sua ruína significou a difusão de sua cultura entre diversos povos distantes.
Não obstante alguns pequenos reinos como Chichén Itzá e Uxmal, os maias não haviam recuperado seu antigo esplendor. Quando grupos de origem tolteca chegaram a Yucatán, logo dominaram os maias. Por conseqüência houve uma nova mistura de povos e culturas. Porém nem mesmo o novo sangue e os novos elementos culturais produziram um avivamento do mundo maia. “Seu destino era sobreviver, mas sem esplendor, até a época da conquista espanhola, que foi concluída em 1525 na Guatemala e em 1546 em Yucatán”.
“O abandono total de Tula [principal centro tolteca], como havia acontecido com a ruína anterior de Teotihuacán, facilitou a entrada no vale do México de grupos provenientes de além-fronteira, norte da Mesoamérica. Dessa vez, os bárbaros chichimecas foram os primeiros a penetrar no que havia sido o domínio dos toltecas”. Os chichimecas logo se depararam com pequenos grupos de toltecas que haviam ficado para trás. Embora a princípio o relacionamento entre toltecas e chichimecas não tenha sido muito amistoso, logo se desenvolveu uma aculturação, embora seja importante citar que os chichimecas seriam muito influenciados pela alta cultura tolteca.
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MURRA, John. "As Sociedades Andinas antes de 1532" 
O Império Inca era pouco integrado – GOVERNO DESCENTRALIZADO – Monarquia teocrática. Alguns ayllu eram mais autônomos que outros.
Ayllu: forma de comunidade familiar extensa com ascendência comum que trabalhava de forma coletiva em um território de propriedade comum. Os incas se se organizavam em ayllus que tinham a seu cargo uma extensão de terra que lhes servia para alimentarem-se. Os membros do ayllu trabalhavam sua terra, mas também tinham a obrigação de trabalhar a terra do estado para que também pudessem se alimentar os governantes, os nobres, o exército, os artistas (entre eles os artesãos que trabalhavam as pedras e as mulheres que teciam para o império), os anciãos e os enfermos que não podiam se alimentar por si mesmos.os povos que habitavam ayllu eram de alguma forma escolhidos de forma que a terra os presentiava com bons cultivos.
Ainda há dúvidas se alguns ayllus eram realmente vinculados ao Império Incaico;
Para alguns, os Incas seriam uma sociedade comunista primitiva (Mariategui);
Para Murra, havia uma integração do império, porém estudos recentes mostram que na verdade, seria uma sociedade muito desigual, baseadas na escravidão e nas conquistas;
Os ayllu ocupavam terras de planalto de uma forma lógica, pois, em cada plano, havia um tipo de agricultura;
Colonos eram chamados os povos cativos (conquistados) e as pessoas de classes mais baixas;
Estas conquistas não são como as grandes conquistas européias,
mas sim uma integração de terras, muitas vezes, de caráter religioso;
As deidades das huacas são normalmente antepassados comuns;
No interior dos lares, havia uma pedra chamada canopá, um ancestral de 3 ou 4 gerações anteriores que seria cultuado;
O Inca, uma vez por ano, dá uma festa e comida aos curacas (chefes de ayllu). Esses curacas levam presentes e recebem benefícios como por exemplo, cultivar terras sagradas em vez de pagar a mita (tributo) com trabalho pesado;
O ayllu não é circunscrito territoriamente. É na verdade uma identidade parentesca. o bem material é coletivo dentro do ayllu. O párea (homem que não tem comunidade) não pode cultivar nem trabalhar.
Há uma importante divisão de trabalho: camponeses, ceramistas, tecelões etc.
Alguns ayllu estão mais próximos do Inca, outros mais distantes. Essa aproximação tem fundo parenteral Porém este parentesco também poderá ser criado de acordo com as conveniências.
As relações de trabalho dentro dos ayllu tb se dava de forma parental. Desta forma, os parentes do curaca tinham privilégios com relação ao trabalho;
Cada família tem seu tear doméstico e tece suas próprias roupas;
O comércio era por escambo (troca de produtos). Porém alguns tecidos finos era usado como moeda de troca por serem bastante valiosos;
Cuzco é escolhido como a capital Inca, pois há estadas que levam a todos os lugares. É considerado o centro dos 4 quadrantes;
Haviam povos muito deferentes culturalmente: desde índios nus a pessoas que tinham de se vestir de lã para sobreviver ao frio do alti-plano;
No interior dos ayllu, havia sempre o curaca principal e o secundário, as famílias principais e secundárias etc;
A pax do Inca: dominação, paz armada.
A América Incaica vira colônia:
A Espanha tinha o objetivo de dominar e cooptar (trazer para seu lado) a aristocracia indígena;
Os Impérios continuam existindo acéfalos, ou seja, do lado dos espanhóis.
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A ORGANIZAÇÃO POLÍTICA INCA
O império dos incas eraM do ponto de vista político, uma monarquia absolutista e teocrática. O poder foi centralizado no Inca que era considerado de origem divina. O direito de governar era herdado. O esquema de organização política teve um importante elemento de unificação através da língua oficial de Tahuantinsuyo, Quechua. Os incas enviaram professores que ensinaram e supervisionaram a prática do Quechua. Outro elemento de unificação era a religião, que era obrigatória em todos os povos com a adoração do deus do sol, sem ser impedida de adorar seus próprios deuses.
O INCA era o soberano do Tahuantinsuyo que reunia em sua pessoa tanto o poder político quanto o religioso; seu poder não tinha objeções. A maioria dos Incas governaram para o o benefício das pessoas, aplicando os princípios de reciprocidade e redistribuição, uma característica benéfica da sociedade inca. O Inca vivia em Cusco, em um palácio construído especialmente para a habitação dele e de lá governava, auxiliado por oficiais incaicos que viajavam de norte a sul do império coletando informações para enviar ao Inca, as quais eram usadas para uma boa administração, eficiente graças aos mensageiros andinos "Chasquis", que eram verdadeiros corredores de maratona, treinados desde de crianças para serem atletas do império e, assim, colaborar com a administração. O império inca que recebeu a invasão de uma nova cultura, não queria ser governado por normas e costumes europeus, como os cronistas espanhóis queriam acreditar.
Dualidade e na Reciprocidade
A maneira como você vê o mundo dos Incas, foi baseada na dualidade e reciprocidade. A primeira disse que tudo no mundo teve um complemento, ea segunda instituição através da qual as nações submetidas ou associadas emprestaram apoio ao império em troca de certos benefícios.
No aspecto político, a dualidade é percebida no conceito de diarquia. Esta é distinguido por exemplo, no mito fundador dos irmãos hallar (metade homens e metade mulheres) e são dois irmãos que vêm para Cusco - Ayar Manco Ayar Auca , Mama Huaco como um arquétipo de mulher livre e guerreira e Mama Ocllo, a mulher de casa. Ele também se manifesta na divisão de Cusco Hanan e Hurin (de acordo com os cronistas Cusco foi dividido, por ceques ou linhas, em quatro grandes partes.
O AUQUI: era o príncipe herdeiro, escolhido entre todos os filhos do Inca. De acordo com as crônicas, diz-se que Huayna Capac tinha entre 150 e 200 filhos de sangue real e outros ilegítimos. O Auqui foi escolhido por seus dons: bravura, coragem e astúcia. Os presentes dos guerreiros eram muito importantes, assim como os religiosos. O auqui desde o momento da sua designação estava preparado para governar, executando o curso com seu pai Inca para obter experiência. O auqui designado usou uma mascaypacha amarela e foi educado para o trabalho do governo com os Amautas (professores) mais proeminentes no Yachayhuasis.
O CONSELHO IMPERIAL: era um órgão consultivo composto pelos chefes de cada um dos quatro Suyos. Era regido pelo Apo Suyo que o fazia em nome do Imperador (Sapa Inca). Eles foram divididos em huamanis dirigidos por Tocricots (Apunchicks).
Eles se encontravam sob a liderança do Inca, a quem relatavam sobre seu trabalho em suas respectivas regiões, aconselhavam e acessoravam o monarca em questões de maior importância para agilizar e aperfeiçoar o processo político-administrativo do império.
O APUNCHIC OU CÁPAC APO: Governadores regionais eram sujeitos que cuidavam da ordem e observavam as normas mais desejáveis de comportamento social para uma convivência ideal baseada na reciprocidade, com o objetivo de obter sempre uma boa produção para redistribuir. Os apiculares foram nomeados entre os mais valentes e distinguidos guerreiros, já que tinham poderes políticos e militares. Eles moravam em fortalezas e viajaram para o Cusco para as festividades do Inti Raymi e deram culto e relatos de seu trabalho Ao Inca e o Conselho Imperial.
O TUCUY RICUY: eram funcionários do Estado que viajavam incognitos em todas as diferentes regiões do império, observando como as leis e provisões do Inca foram aplicadas. No momento preciso, eles se identificaram com os habitantes por meio de alguns fios da mascaypacha do Inca, após o que começaram seu trabalho a visitar os lugares de sua responsabilidade para coletar o tributo e enviá-lo ao Cuzco.
O CURACA: A maioria eram ex-chefes de tribos subjugadas que mantinham seu poder, sujeitando-se a vassalagem e submissão do Inca. Eles desempenharam os deveres dos chefes de ayllu, encarregados de coletar tributos e entregá-los ao Tucci Ricuy para sua transferência para Cusco. Ele era o personagem que estava em contato direto com a comunidade e era seu dever vigiar a ordem, o trabalho e a produção. Os curacas adquiriram muitos privilégios por parte do Inca para sua subjugação e fidelidade, muitos foram recompensados com o virtuoso Acllas
Entre as suas funções estavam: 
- Distribuição de terras agrícolas.
- Proteção dos pobres ou huacchas.
- Linhas de manutenção da rede hidráulica (limpeza e reparação de canais de irrigação).
- Proteção dos limites da comunidade.
- Organização da minka ou trabalho comunal.
- Redistribuição do excedente armazenado em pirguas ou collcas.
Organização Política do império dos Incas
A civilização Inca tinha um governo monárquico e teocrático, onde a autoridade máxima era “o Inca”, assessorado pelo Conselho Imperial. O estado inca foi dividido em 4 Suyos, e cada Suyo esteve a cargo de um Tucuy ricuy ou Ticui ricoj, que atuava como uma espécie de governador de território. O poder no Império inca era exercido na seguinte ordem.
O Inca foi a autoridade máxima do império, os imperadores incas se lhes atribuía uma origem divina, e títulos de sapan inca: como “divino inca” e “único inca.”
O Conselho Imperial foi o ente máximo, dedicado por completo a assessoria do Inca, foi composto por 8 pessoas.
Os Governadores dos Suyos (Suyuyuq), eram quatro os governantes de cada um deles.
O príncipe
herdeiro (auqui). A tradição do auqui foi instaurada pelo inca Pachacuti, fundador de Machu Picchu, e Túpac Yupanqui foi o primeiro auqui.
O sumo Sacerdote do império (Willaq Uma).
Os Amautas ou mestres (hamawt’a).
O general do exército imperial (Apuskipay).
Organização social da civilização Inca
A sociedade Inca era hierárquica e rígida; formando uma pirâmide, onde o Inca se encontrava à cabeça, em um império onde existiram grandes diferenças entre as classes sociais. Estas diferenças eram respeitadas por todos os habitantes do Império, e o povo, que era a grande maioria, constituía sua base social.
Classes Sociais no Império dos Incas
Realeza:
O Inca, o Auqui (filho do Inca), a Coya (esposa do Inca).
Propagação da cultura inca Reais: Parentes de primeira linha (primeiras gerações de cada Panaca).
Nobreza:
Nobreza de Sangue: membros restantes da Panaca (parentes).
Nobreza de Privilégio: pessoas que se destacaram por seus serviços; Sacerdotes e Acllas, altos chefes.
Povo
Ayllu Hatun Runa: O povo em geral (camponês).
Mitimaes: grupos transferidos para colonizar novas regiões ensinando os povos novos costumes.
Yanaconas: servidores do Inca e do Império. Muitos deles eram prisioneiros.
Actividades económicas Machu Picchu
Demonstração do tecido em lã de camélido andino
Atividades econômicas desenvolvidas no Império dos Incas
A agricultura.- Foi a base da economia do império dos incas, as terras eram comuns. Cada família tinha suas terras para cultivar e alimentar-se. A um maior número de membros na família, maior quantidade de terras. “A minka” foi a forma em que trabalhavam a terra; por este método as tarefas agrícolas se levavam a cabo através da ajuda comunitária mútua, isto no caso de que um indivíduo tivesse tanto trabalho que não podia com ele, ou no caso de órfãos, doentes e viúvas. Uma das melhores zonas de cultivo do império, foi o Vale Sagrado dos Incas.
A batata e o milho foram a base da alimentação dos incas, complementada com carne de lhama e alpaca. Se cultivaram até 200 espécies de batatas diferentes por sua cor, forma e tamanho. Aprenderam a desidratar a papa para evitar a sua decomposição; almacenándolas, para assegurar a alimentação de seu exército. Sua dieta foi complementada com vegetais e grãos como o olluco, quinua, tomate, abóbora, pimentão, oca, feijão, amendoim (do qual extraíam óleo) e frutas. Os incas utilizaram terraços superpostos conhecidas como “andenes” para explorar a terra e a água ao máximo, ganhando espaço de cultivo nas encostas dos morros.
A Pecuária.- Os incas domesticaram aves de capoeira, caçavam aves silvestres e também pescavam; mas foram a llama e a alpaca em particular, os camelídeos que desempenharam um papel de destaque em sua economia. Foram utilizados como animais de carga, como fonte de lã e como alimento.
O comércio inca.- Baseou-Se na troca de produtos entre as diferentes regiões do Império. O peixe seco chegava a partir da costa da cordilheira dos Andes, a rede de caminhos incas construídos pelo povo. Da mesma forma, os habitantes da costa recebiam os produtos agrícolas provenientes dos andes.
Formas de trabalho no império dos Incas
A Mita era um sistema de trabalho em favor do império. Era um trabalho por turnos na construção de estradas, fortificações, pontes, centros urbanos, templos, canais de irrigação e mineração, etc. Existiam trabalhos especiais, como os cargueiros das andas do Inca, chasquis, dançarinos e músicos. As pessoas obrigadas a cumprir esta trabalho, eram os homens adultos, casados entre 18 e 50 anos, mais não as mulheres.
A Minca, ou minka, era o trabalho realizado em favor do acordo; trabalho comunal, de forma gratuita e por turnos. Famílias inteiras participavam da construção do estado, como canais de irrigação, bem como na ajuda, na chácara de pessoas com deficiência, órfãos e idosos. Nenhuma pessoa negava-se o faziam, eram exilados ou expulsas do Acordo e o imperio.
O Ayni era um sistema de trabalho familiar bidirecional entre os membros do acordo; se realizavam trabalhos agrícolas e de construção de casas. Era a ajuda de um grupo de pessoas em uma família, a qual tinha que corresponder da mesma forma.
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A RELIGIÃO INCAICA
A religião era parte intrinseca da vida do povo inca. Toda a vida do homem, como indivíduo e como parte de seu ayllu era governado e condicionado pela presença constante de forças e seres sobrenaturais, cuja influência era difícil de evitar, e cuja benevolência teve que ser alcançado através da prática constante de rituais e oferendas. Mas, no contexto da vida espiritual, como no material, se adverte claramente as características que nos mostram isso na época do Império: por um lado, a existência de uma forte tradição pré incaica tolerada e até mesmo absorvida pelos senhores de Cuzco e, em segundo lugar, uma clara distinção entre a religião das elites e a do povo; isto é, entre a tradição, respeitada pelos conquistadores, e uma religião oficial, usada como um fator mais importante e decisivo, a unidade do império.
No entanto, vale ressaltar que a base de toda ideologia religiosa das elites, elaborados pelos Amautas (professores?) para a categoria de uma teologia, era a crença geral de toda a região andina e nos tempos antigos na existência de um criador divino , um ser supremo, com nomes diferentes, mas com as mesmas características, aparece como o centro de mitos da criação, em vários lugares, desde as montanhas para o litoral e de Titicaca para o Equador.
divindade criadora da área de Cuzco é Viracocha, que, do Lago Titicaca, a partir do qual emerge depois de criar o céu e a terra, procede à criação sucessiva de duas humanidades, a primeira das quais é destruído por si mesmo e transformado em pedras. Em seguida, ele se dirige para a região de Cuzco e, depois de organizar e ordenar o mundo, agindo como um herói civilizador, continua a sua marcha ao norte de ir para a costa, desaparecendo no mar seguindo o caminho do sol, e prometendo seu retorno . Viracocha é um deus celestial, criador e fertilizante relacionado com o mar e água. Ele aparece com atributos solares, mas não é o sol.
O SOL, como a divindade do estado Inca aparece posteriormente. Tem sido dito que Viracocha era a divindade das elites e seu culto só foi organizado e estabelecido por um sacerdote de alto escalão, e que o Sol era o deus do povo. No entanto, Franklin Pease estabelece que o culto solar pertencia, como Viracocha, que relegado para segundo plano, às elites imperiais e foi imposta oficialmente em todo o Império, como eixo de uma nova ordem religiosa depois do reinado de Pachacuti. Para sublinhar a importância da emergência de uma ordem nova e diferente no Império Inca, Pachacuti usa o culto solar, que formaliza a magnificência que dá o templo existente em Cuzco dedicado ao sol. O prestígio de adoração do sol e sua ligação com a dinastia dos Incas, são, portanto, após uma vitória política, e este caráter político foi o motivo que, apesar do apoio oficial e organização poderosa que o manteve generoso em doações econômicas, em prédios, terrenos, rebanhos e serviços, desapareceu rapidamente após a queda do império.
Junto com essas divindades superiores, Viracocha e o Sol, há outro personagens celestiais que lhes estão associados e que ocuparam um lugar importante no panteão inca.
Mas as pessoas estavam imersas em uma série de ritos e cerimônias, expressões do seu sentimento religioso, mais orientadas para o culto de divindades regionais, locais, familiares e até mesmo pessoais de caráter naturalista ou animalistaa. Essas práticas foram aquelas que sobreviveram e aquelas que ainda sobrevivem, embora modificadaa, entre o campesinato andino. O culto da Huata, objetos sagrados ou lugares, representou a mais importante manifestação da religiosidade dos Incas. O culto de huata, objetos ou lugares sagrados, representou a manifestação mais importante da religião inca. Uma huaca era qualquer objeto, ser ou fenômeno da natureza que oferecia características
consideradas sobrenaturais por seu aspecto incomum: uma pedra ou montanha, uma pedra de forma estranha, uma planta ou um ser vivo, animal ou humano, que oferecia alguma anormalidade, foi huata. 
O corpo de um antepassado, o mallqui, era igual, bem como a representação em pedra desse antepassado, se fosse suposto e não real. Este personagem sagrado também tinha o lugar onde adoravam as huacas "transportáveis"; ou o pacarina, lugar onde se acreditava que um antepassado ou um grupo emergiram das entranhas da terra.
As cerimônias do culto oficial exigiam, além de ofertas ricas, numerosos sacrifícios de chamas e, em casos excepcionais, de seres humanos, jovens e crianças. As cerimônias oficiais, que foram celebradas de forma síncrona em todo o Império, marcaram os ciclos agrícolas determinados pelos equinócios e solstícios, mas que ocorreram, com duração diferente, a cada mês. Um cerimonial complexo foi seguido para o mais importante, entre os quais o Inti Raymi, ou grande Páscoa do Sol, foi celebrado por ocasião do solstício de junho. Com ressonâncias Incas muito remotas, e mesmo sem o seu conteúdo original, a festa do Inti Raymi continua a chamar todos os anos na esplanada magnífica que se estende ao pé da imponente fortaleza de Sacsahuaman, no Cuzco, ao camponeses de toda a região, tornando-se uma atração atraente para os turistas de toda a inundação, cada vez mais atraídos para conhecer os vestígios do impressionante mundo dos incas.
OLMECAS
A Civilização Olmeca floresceu nesta região aproximadamente entre 1500 e 400 a.C., e crê-se que tenha sido a civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas que se desenvolveram posteriormente. No entanto, desconhece-se a sua exata filiação étnica, ainda que existam numerosas hipóteses colocadas para tentar resolver esta questão. O etnónimo olmeca foi cunhado pelos arqueólogos do século XX, e não deve confundir-se com os muito posteriores olmecas-xicalancas que ocuparam vários locais do México central, como Cacaxtla.
Apesar de ser considerada há muito a civilização-mãe de todas as culturas mesoamericanas que lhe são posteriores, não está ainda claro qual foi o processo que deu origem ao estilo artístico nem se os seus traços culturais característicos foram inicialmente desenvolvidos na Área Nuclear Olmeca (Área Olmeca). Sabe-se que pelo menos alguns desses traços podem ter aparecido inicialmente em Chiapas ou nos Vales Centrais de Oaxaca. Uma das questões que se mantém em aberto é o porquê da existência de numerosos sítios olmecas na região da depressão do Balsas, em Guerrero.
Apesar da difusão cultural que alcançou por toda a Mesoamérica, exceto na região Ocidente, a região onde se encontraram evidências mais significativas da cultura olmeca foi a parte sul da planície costeira do golfo do México, situada entre os rios Papaloapan e Grijalva, aproximadamente a metade norte do istmo de Tehuantepec. A esta região correspondem o sul do atual estado mexicano de Veracruz e o norte do estado de Tabasco. Trata-se de uma região de clima quente e úmido.
Como a primeira das civilizações da Mesoamérica, os olmecas são creditados, ou especulativamente creditados, por muitas criações, incluindo o jogo de bola mesoamericano, sangria sacrificial e talvez sacrifícios humanos, escrita e epigrafia, e as invenções do zero e do calendário mesoamericano. A sua organização política baseada em reinos de cidades-estado fortemente hierarquizados foi imitada por praticamente todas as civilizações mexicanas e centroamericanas que se lhes seguiram.
Os olmecas poderão ter sido a primeira civilização do hemisfério ocidental a desenvolver um sistema de escrita. Símbolos descobertos em 2002 e 2006 foram datados de 650 a.C. e 900 a.C. respectivamente, precedendo a mais antiga escrita zapoteca datada de 500 a.C.
Conhecida como o bloco de Cascajal, a descoberta de 2006 feita num local próximo de San Lorenzo, mostra um conjunto de 62 símbolos, 28 dos quais são únicos, gravados num bloco de serpentina. Um grande número de arqueólogos proeminentes considerou que esta descoberta será "a mais antiga escrita pré-colombiana".
Outros permanecem céticos por causa da singularidade desta pedra, que está no facto de ter sido removida de qualquer contexto arqueológico, e porque não apresenta qualquer semelhança aparente com qualquer outro sistema de escrita mesoamericano.
TOLTECAS
Os toltecas foram um povo pré-colombiano mesoamericano que dominaram grande parte do México central entre os séculos X e XII. A antiga capital tolteca revela pistas sobre as crenças e comportamento de seus habitantes. Com o aparecimento dos chichimecas, povo bárbaro que deu origem posteriormente ao Império Asteca, provocou a queda do Império Tolteca. Eles invadiram Tula, no século XII, dominando-a por completo.
Os sinais de guerras e de conflitos podem ser percebidos nas ruínas de monumentos e construções. Os toltecas que sobreviveram à ira dos inimigos fugiram para outras regiões do México. Deixaram para trás um império notável que introduziu na América o calendário, a escrita e o trabalho em metal.
Arquitetura e escultura
Não há dúvida de que os toltecas trouxe grandes mudanças nos padrões arquitetônicos que existiam na América Central no século IX, um deles é o uso de esculturas antropomórficas que segurou a cabeça no teto de um quarto, conseguindo assim um grande espaço interior, como pode ser visto no templo de Tlahuixcalpantecuhtli Alba.Se O Senhor dos Tula hospedados estimado em cerca de 30 000 habitantes que viviam em um complexo grande história plana com telhados de pedra e basicamente terra e adobe acabado. Excluindo a área cerimonial, o design das áreas residenciais de Tula refletir um mapa da rede que definam claramente os diferentes bairros.
Dos elementos arquitetônicos mais importantes B é a pirâmide com o chamado "Atlantis", os valores de 4,60 m de altura e que uma vez sustentou o telhado de um templo. De acordo com a investigação destes atlantes eram decoradas com penas e mosaicos de jóias. Traços de tinta indica que eles provavelmente eram pintados para representar os toltecas-Chichimeca guerreiro Mixcoatl (pai de Quetzalcoatl) ou a estrela da manhã "deus Tlahuixcalpantecuhtli", mas construiu-shaped colunas também serpente emplumada, a cabeça no chão e cauda para cima, mantendo o limite de que fazia parte da entrada da sala grande.
Internamente possuía três diferentes tipos de conjuntos habitacionais, residências, unidades residenciais e residências palacianas.
Arte e Entretenimento
O império tolteca e líderes criaram uma mística inigualável nas mentes do povo da América Central. Os líderes toltecas eram considerados como sendo ao lado de divindades. Mais tarde, as culturas, muitas vezes eles reverenciado e copiado suas lendas, arte, edifícios e religião. Muitos futuros governantes de outras culturas, incluindo líderes maias e astecas imperadores, alegou ser descendente dos toltecas.
Os toltecas ostentou a bola do jogo jogado por muitos familiar culturas da América central e pode ter sacrificado dos perdedores. Toltecas são conhecidos por sua forma um tanto grosseiro da arquitetura, uma forma que mais tarde iria inspirar os construtores astecas. Arte tolteca é caracterizada por paredes cobertas com cobras e caveiras, imagens de uma onça-Mool reclinado Chak (vermelho), e as estátuas colossais dos Atlantes, homens esculpidos em grandes colunas.
Religião
Religião no Império Tolteca foi dominada por dois grandes orixás. O primeiro, Quetzalcoatl, é mostrado como uma serpente emplumada. Esta divindade de aprendizagem, cultura, filosofia, fertilidade, santidade e gentileza foi absorvida a partir de culturas anteriores na área. Seu rival era Tezcatlipoca, o espelho fumado, conhecido por sua natureza guerreira e da tirania.
O maior governante dos toltecas era Ce Acatl Topiltzin que era famoso por ser o líder e sumo sacerdote de Quetzacoatl no momento em que Tula eo Império foram estabelecidas. Segundo a lenda toltecas, os seguidores de Tezatlipoca levou Topiltzin
e os seguidores de Quetzalcoatl fora da cidade em torno de 1000 AD. Eles fugiram para o sul, onde eles foram capazes de derrotar a Maya na cidade de Chichen Itza, e levá-la para os seus próprios. Uma torção no lenda Topiltzin interessante é que ele prometeu voltar para Tula do leste em um dos seus anos sagrado e ter sua vingança. Esta lenda viveu até o fim do tempo dos astecas, que atribuiu a chegada dos espanhóis como o retorno do Topiltzin, um evento que temiam grandemente.
Organização Sociopolítica
Durante seu reinado, desenvolveram-se a economia, a religião, as artes e a organização sociopolítica. Não foi possível, no entanto, erradicar o culto a Tezcatlipoca, deus ao qual eram oferecidos sacrifícios humanos. Seus seguidores, em permanente choque com os representantes do culto oficial, acabaram por se impor e, no final do século X, expulsaram Ce Acatl da cidade. Os vencidos seguiram para Yucatán e se estabeleceram em Chichén Itzá e Mayapán, centros da florescente cultura maia-tolteca.
Instalou-se em Tula, definitivamente, um governo militarista, em substituição ao antigo poder sacerdotal. As inúmeras representações de guerreiros paramentados como deuses atestam seu papel como grupo social dominante. Iniciara-se, no entanto, a fase de declínio e, por volta de 1160, a cidade estava quase completamente despovoada, devido a secas, guerras e conflitos internos. A chegada dos povos bárbaros conhecidos como chichimecas -- grupo que absorveu as principais características da cultura tolteca e, mais tarde, originou o império asteca -- precipitou a queda do império. Em 1168, os toltecas abandonaram Tula, que foi tomada pelos chichimecas e acabou destruída, em guerras e conflitos políticos. Alguns grupos toltecas emigraram para as zonas lacustres do vale do México e fundaram Culhuacan, enquanto outros avançaram para o sul e ocuparam Cholula, por volta de 1290. Esses povos permaneceram na região até meados do século XIV.
O traço mais característico da organização sociopolítica tolteca foi a formação de um novo sistema teocrático, no qual as funções guerreiras se confundiam com as religiosas e as prerrogativas da casta sacerdotal passavam às mãos dos dirigentes militares, agrupados em ordens totêmicas como as do Jaguar, do Coiote e da Águia. Esta circunstância não só permitiu a criação de um poderoso exército e a conseqüente expansão do império, como marcou também o começo do militarismo na América Central.
Cultura tolteca
A cultura tolteca era muito avançada e, além de incorporar elementos da civilização de Teotihuacan, como o calendário e os sinais gráficos, dispunha de notáveis conhecimentos em astronomia e medicina. A metalurgia e a ourivesaria também se desenvolveram. Para administrar suas amplas possessões, os toltecas criaram uma eficiente burocracia e o primeiro sistema de correios da região, empregando mensageiros. As ruínas de Tula atestam a magnificência da metrópole, sendo notáveis os túmulos e os estádios para jogos com bola, de função ritual. Na estatuária, destacam-se figuras de guerreiros (entre os quais os célebres atlantes de Tula), serpentes emplumadas (que simbolizavam Quetzalcóatl), animais totêmicos e singulares figuras recostadas do deus Chac Mool.
Toda a cultura Acredita-se que subiu deixando as pirâmides de Teotihuacán, no abandono, até que foram descobertos 500 anos depois, cerca de 1000 dC, os astecas, os guerreiros que no seu tempo conquistou grande parte do México. Os astecas foram atraídos para a pirâmide e os adotou como sua. Ao contrário dos toltecas, os astecas abusaram de seu poder, não compreendendo os registros dos ensinamentos toltecas encontrados nas pirâmides. Os toltecas ensinou o ato de dar o coração aberto ao Sol enquanto que os astecas que teve a média realizados sacrifícios humanos. 
Cidade de Tula
Nesta área arqueológica estão as ruínas da civilização tolteca, que possuia avançados conhecimentos de Astronomia e Medicina. Desenhos de deuses, animais e figuras mitológicas lá estão como testemunhas silenciosas de um império que chegou ao fim.
A antiga capital dos toltecas, povo nômade que habitou o México no século IX, revela pistas importantes sobre o comportamento e as crenças de seus habitantes. A figura do deus-serpente quetzalcoatl aparece a todo instante nas construções do local. No centro da zona arqueológica, onde muitos monumentos foram restaurados, há ruínas de uma pirâmide que servia de suporte para um templo. Os atlantes, figuras humanas que carregavam construções nas costas, são encontrados em duas colunas no topo da pirâmide. Originalmente com mais de 4 metros de altura, eles sustentavam parte do telhado do templo. Há requícios em Tula de dois campos destinados a prática de jogos com bola, um hábito de vários povos pré-colombianos. Tudo indica que os Toltecas eram um povo guerreiro. Além disso, praticavam o sacrifício humano para aplacar a ira do Deus Tezcatlipoca.
Fim do Império Tolteca
Com o aparecimento dos chichimecas, povo bárbaro que deu origem posteriormente ao Império Asteca, provocou a queda do Império Tolteca. Eles ivadiram Tula, no século XII, dominando-a por completo. Os sinais de guerras e de conflitos podem ser percebidos nas ruínas de monumentos e construções. Os toltecas que sobreviveram à ira dos inimigos fugiram para outras regiões do México. Deixaram para trás um império notável que introduziu na América o calendário, a escrita e o trabalho em metal.
Localização: A 80 km da Cidade do México
ASTECAS
O povo asteca se estabeleceu onde hoje é a Cidade do México, às margens do lago Texcoco, em meados do século XIV, quando foi fundada a capital de todo o império, chamada de Tenochtitlán.
A civilização expandiu até o meio do território mexicano ao norte, e ao sul chegou a fazer fronteira com os maias.
O império durou até o século XVI, quando a chegada do conquistador Fernando Cortés e centenas de soldados espanhóis dizimaram grande parte da população a partir de 1519.
A civilização asteca derivou do povo tolteca e do povo chichimeca, entre outras tribos mais antigas. E a escolha do local para a fundação de Tenochtitlán merece atenção especial.
A lenda da fundação de Tenochtitlán
Representação artística da cidade de Tenochtitlán
Conta a lenda que os astecas receberam uma revelação do deus Huitzilopochtli, que dizia que a cidade deveria ser construída no local onde o povo encontrasse uma águia devorando uma serpente em cima de um cacto.
Assim, os astecas iniciaram sua viagem para o sul — pois seus primeiros assentamentos encontrados por arqueólogos estão localizados mais ao norte do território mexicano — até visualizarem esta cena descrita por Huitzilopochtli às margens do lago Texcoco.
Os primeiros assentamentos na região de Tenochtitlán são do século XII, pois arqueólogos já encontraram vestígios que datados desta época. A cidade teve seu apogeu no século XV, antes da chegada dos espanhóis. Na verdade, os historiadores e arqueólogos reconhecem diversas correntes migratórias de povos do norte do México até a região, e com elas, várias vilas, plantações, construções religiosas e administrativas foram, gradativamente, tomando espaço até a cidade atingir toda sua grandeza.
Agricultura
Como a região do lago Texcoco na época era um grande brejo, os astecas superaram as dificuldades de plantio na região com um sistema chamado chinampas. Uma esteira era colocada sobre as áreas alagadas, e a fértil lama do brejo servia para adubar as plantações.
Estátua asteca retratando o cacau.
Plantavam muito milho, tabaco, feijão, abóbora, tomate e pimenta, além do cacau, que era a base de uma bebida conhecida como xocoatl, que foi a precursora do famoso chocolate.
As sementes de cacau também eram utilizadas como moeda de troca.
Nas outras regiões do império o plantio era simples. Aliás, os dois pilares econômicos dos astecas eram a agricultura, em parte de subsistência, e o comércio. Mas o papel dos comerciantes e artesãos vamos falar no próximo tópico.
Organização social e política
Havia o imperador,
que também era o chefe do exército. Abaixo dele a sociedade era hierarquizada: sacerdotes e chefes militares compunham a elite da sociedade, seguidos pelos comerciantes e artesãos. Mais abaixo estavam os camponeses e os trabalhadores urbanos.
À exceção da elite, os astecas pagavam tributos ao imperador e podiam ser convocados a qualquer momento para trabalhos públicos — construção de pirâmides, canais de irrigação, estradas etc — , semelhantes ao sistema que era implantado na área do Crescente Fértil, por exemplo, e que nós conhecemos como “Modo de Produção Asiático”.
Os artesãos e comerciantes também exerciam um papel importante na sociedade. Enquanto uns produziam, outros eram responsáveis por transportar e vender as mercadorias em diversos pontos do império. Os comerciantes, por sua vez, por andarem pelas estradas do império, às vezes serviam como espiões do imperador, e enquanto prestavam este trabalho, estavam isentos de impostos.
Havia também uma pequena classe de escravos, que nada mais eram que inimigos capturados em batalhas e que não eram mortos, mas serviam à administração militar e também auxiliavam nas obras públicas.
Religião e conhecimento científico
Deus Quetzalcóatl (a serpente, à direita)
Eram politeístas, adorando diversas divindades que, por vez, tomavam formas humanas ou de fenômenos da natureza. Tinham o costume de realizar sacrifícios humanos para aplacar a ira dos deuses ou aumentar a produção agrícola.
Acreditavam que o sangue humano deveria ser oferecido ao Sol, para que o mundo não parasse.
Apesar de apresentarem características religiosas normalmente classificadas como bárbaras, os astecas eram bem desenvolvidos cientificamente para a época.
Tinham um calendário próprio e relativo conhecimento astronômico. Sua escrita era pictória, formada por desenhos que representavam a fala.
Na medicina — exercida pelos sacerdotes — apresentavam relativo conhecimento da anatomia humana e sabiam do efeito de diversas plantas usadas para cura. Havia também o estudo específico de determinada enfermidade, o que leva a crer que os sacerdotes eram especialistas em curar certas doenças. Sabemos disto pois nos sítios arqueológicos, espalhados em várias cidades, os arqueólogos encontraram representações específicas de tratamentos medicinais que eram realizados apenas naquele sítio arqueológico, não sendo mais observado em outros sítios.
O declínio do Império Asteca
Como já foi citado, a chegada do espanhol Fernando Cortés (ou Hernán Cortés, ou Hernando Cortés, encontramos citações do conquistador com estas três grafias) dizimou quase que completamente o império asteca.
Além de matar pelo ouro, que existia em abundância , os espanhóis também espalharam — “sem querer”, claro — doenças que ajudaram a matar milhões de nativos. Com o tempo, ao lado das grandes cidades foram construídas outras, habitadas gradativamente por espanhóis — chamados de chapetones — e mais tarde os criollos — filhos de espanhóis nascidos na América.
A Cidade do México é um bom exemplo desta ocupação: o sítio arqueológico de Tenochtitlán fica bem próximo da cidade, que com o tempo cresceu e ocupou todos os espaços em volta.
Hoje em dia só restam ruínas do povo asteca, que já foi uma das maiores civilizações a existir na América antes da chegada dos europeus.

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