Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Mecânica Respiratória Propriedades Elásticas do Pulmão • Os pulmões são elásticos • LEI DE HOOKE = Quando atuar uma unidade de força sobre o pulmão, ele sofrerá uma modificação de uma unidade de força em seu comprimento. Propriedades Elásticas do Pulmão Os tecidos devem ser distendidos durante a inspiração por meio de uma força externa (contração muscular). Quando cessa essa força, os tecidos retraem-se para sua posição original. Propriedades Elásticas do Pulmão Durante uma inspiração máxima, (pulmão cheio de ar) as forças elásticas do pulmão estão completamente distendidas, enquanto que as da parede torácica estão comprimidas tendendo a distensão (diminuir a caixa torácica). Propriedades Elásticas do Pulmão Conclusão Conseqüentemente, as forças elásticas do pulmão e da parede torácica são exercidas no sentido expiratório, de maneira que o pulmão está propenso a se retrair para um volume menor. Propriedades Elásticas do Pulmão A parede torácica está completamente relaxada a aproximadamente 67% da CPT e não exerce força em nenhuma direção, enquanto que o pulmão continua a exercer força na direção expiratória. Propriedades Elásticas do Pulmão O pulmão tende a se mover em uma direção expiratória até que a tração da parede torácica em direção inspiratória se torne igual (quando as forças se igualam = CRF). Propriedades Elásticas do Pulmão Durante uma expiração máxima (pulmão com pouco ar), ou seja, utilizando um volume menor do que a CRF, observa-se uma menor tração do pulmão e maior tração da parede torácica. Propriedades Elásticas do Pulmão Nesta situação a força ocorre em uma direção inspiratória, até que haja tração igual dos 2 mecanismos de molas em direções opostas. Propriedades Elásticas do Pulmão • Curva pressão-volume: é dada quando o pulmão é mantido sob pressão por alguns segundos atingindo o repouso. • A curva não é linear, e se torna mais achatada com pressões mais altas. • As curvas de inflação e deflação não são as mesmas = histerese. Propriedades Elásticas do Pulmão TLC: capacidade pulmonar total Propriedades Elásticas da Parede Torácica A parede torácica também apresenta propriedades elásticas próprias, exibindo sempre tendência a expansão, exceto em volumes pulmonares muito grandes, quando tendem também a retração. Propriedades Elásticas do Espaço Pleural Ao nível da CRF o pulmão tende a se retrair e a parede torácica a se expandir. As duas pleuras não se separam porque a cavidade pleural é fechada e existe em seu interior uma película líquida que as une. Complacência Pulmonar • É a alteração de volume por unidade de pressão • É a inclinação da curva pressão-volume. • Normal = -2 a -10cmH2O. • A complacência do pulmão humano é cerca de 200 ml/cmH2O. Complacência Pulmonar Complacência Pulmonar • Complacência = ΔV ΔP - complacência estática: ausência de fluxo. - complacência dinâmica: presença de fluxo. Tensão Superficial • Interfere na curva pressão-volume. • A tensão superficial é a força que atua através de uma linha imaginária de 1cm de comprimento na superfície de um líquido. Surfactante • Substância produzida pelas células epiteliais alveolares (pneumócitos tipo II). • São produzidos a partir da 24a semana gestacional com pico na 34a semana. • É inibida pela hipóxia e hipotermia. Surfactante Surfactante • Diminui a tensão superficial aumentando a complacência. • Mantém a estabilidade dos alvéolos. • Ajuda a manter os alvéolos secos. Resistência das Vias Aéreas • Se o ar flui através de um tubo, existe diferença de pressão entre as duas extremidades. • A diferença de pressão depende do valor e do tipo de fluxo (laminar, transicional e turbulento). Resistência das Vias Aéreas • Fluxo laminar – baixa taxa de fluxo (linhas de correnteza são paralelas) Resistência das Vias Aéreas • Fluxo transicional – alta taxa de fluxo (separação das linhas de correnteza). Resistência das Vias Aéreas • Fluxo turbulento – taxas muito alta de fluxo (desorganização total do fluxo = turbulência). Diferenças Regionais na Ventilação • Ocorrem devido ao peso do pulmão. • A pressão na base é mais alta que no ápice (menos negativa). • O ápice é mais aerado e a base é mais ventilada. Relação Ventilação Perfusão V/Q • Troca gasosa normal = áreas ventiladas e perfundidas. • Condições que alteram a ventilação ou perfusão de uma região pulmonar também alteram a troca gasosa dessa região. Relação Ventilação Perfusão V/Q • Para manter valores normais de PaO2 e PaCO2 é necessário um coeficiente de V/Q de 0,8. • Uma alteração desse valor acarreta em um distúrbio na ventilação ou na perfusão, denominado shunt ou espaço morto. Relação Ventilação Perfusão V/Q • Espaço morto: áreas pulmonares ventiladas e não perfundidas. • Shunt: áreas pulmonares perfundidas e não ventiladas. Controle da Respiração • Sistema Nervoso Central (SNC) • Mecanismos involuntários e voluntários • Interagem entre si e terminam em uma via comum – neurônios motores espinhais Controle da Respiração • Mecanismo Involuntário: tronco cerebral – produz a respiração cíclica e espontânea – centros respiratórios dorsais da medula oblonga. • Mecanismo Voluntário: córtex cerebral – influência modificadora sobre a atividade automática. Controle da Respiração • A regulação normal dominante dos centros respiratórios é influenciada pelos quimiorreceptores. • Maior sensibilidade ao CO2. • CO2 + H2O H2CO3 H + + HCO3 - Controle da Respiração • Quimiorreceptores Centrais: Na medula: Monitoram o dióxido de carbono do sangue arterial e do líquido cérebro-espinhal. • Quimiorreceptores Periféricos: Na parede das artérias carótidas e aorta: - Carótidos = baixa PaO2, alta PaCO2 e acidose. - Aórticos = baixa PaO2, não tem resposta ventilatória (aumenta a FC e a PA). Quimiorreceptores centrais Quimiorreceptores periféricos
Compartilhar