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Direito Penal MATERIAL DE ESTUDO 5º e 6º periodos HOMICÍDIO

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Direito Penal – Matutino – 5° e 6° períodos
Professora: Anna Flávia Fernandes Gonçalves Bastos
annaflaviafernandes@gmail.com
Introdução aos crimes contra a pessoa
O Código Penal é composto por 11 títulos que traduzem os bens que foram objeto de tutela pela lei penal, títulos esses que, por sua vez, foram subdivididos em capítulos.
Título I: Dos crimes contra a pessoa (artigo 121 a 154) – subdividido em 06 capítulos;
Título II: Dos crimes contra o patrimônio (artigo 155 a 183) – subdividido em 08 capítulos;
Título III: Dos crimes contra a propriedade imaterial (artigo 184 a 186 – os artigos 187 a 196 foram revogados) – subdividido em 04 capítulos sendo que os três últimos foram revogados; 
Título IV: Dos crimes contra a organização do trabalho (artigo 197 a 207) – não há subdivisão em capítulos;
Titulo V: Dos crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos (artigo 208 a 212) – subdividido em 02 capítulos; 
Título VI: Dos crimes contra os costumes (artigo 213 a 234) – subdividido em 06 capítulos;
Título VII: Dos crimes contra a família (artigo 235 a 249) – subdividido em 04 capítulos;
Título VIII: Dos crimes contra a incolumidade pública (artigo 250 a 285) – subdividido em 03 capítulos;
Título IX: Dos crimes contra a paz pública (artigo 286 a 288) – não há capítulo;
Título X: Dos crimes contra a fé pública (artigo 289 a 311) – subdividido em 04 capítulos;
Título XI: Dos crimes contra a administração pública (artigo 312 a 359H) – subdividido em 04 capítulos
O Título I, o qual iniciaremos nosso estudo, possui os seguintes capítulos:
Capítulo I – Dos crimes contra a vida;
Capítulo II – Das lesões corporais;
Capítulo III – Da periclitação da vida e da saúde;
Capítulo IV – Da rixa;
Capítulo V – Dos crimes contra a honra;
Capítulo VI – Dos crimes contra a liberdade individual – subdividido em 04 seções: I: dos crimes contra a liberdade pessoal; II: dos crimes contra a inviolabilidade do domicílio; III: dos crimes contra a inviolabilidade de correspondência; IV: dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos.
HOMICÍDIO
Homicídio simples
Artigo 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de 6 (seis) a 20 (vinte) anos
Caso de diminuição de pena
§ 1º. Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Homicídio qualificado
§ 2º. Se o homicídio é cometido:
I – mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II – por motivo fútil;
III – com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV – à traição, de emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido;
V – para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Homicídio culposo
§ 3º. Se o homicídio é culposo:
Pena – detenção, de 1 a 3 anos.
Aumento de pena
§ 4º. No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar a prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio a pena é aumentada de 1/3 se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos.
§ 5º. Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
§ 6º. A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7°. A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
1. Homicídio simples, privilegiado e qualificado (distinção)
O homicídio simples, previsto no caput do artigo 121 do CP, possui a redação mais compacta de todos os tipos penais, que diz: “matar alguém”. Bem assim é composto pelo núcleo matar e pelo elemento objetivo alguém. Matar tem o significado de tirar a vida; alguém, a seu turno, diz respeito ao ser vivo, nascido de mulher. Outrossim, somente o ser humano vivo pode ser vítima de homicídio.
Homicídio: É a morte de um ser humano provocada por outro ser humano. É a eliminação da vida de uma pessoa praticada por outra.
Matar: destruir, eliminar.
 
O § 1º do artigo 121 do CP prevê o chamado homicídio privilegiado. A expressão homicídio privilegiado, utilizado pela maioria da doutrina e jurisprudência pátria, nada mais é do que uma causa especial de redução de pena.
O homicídio qualificado, previsto no § 2º do artigo 121 CP, comina uma pena de 12 a 30 anos de reclusão para aqueles que causar a morte de alguém nas circunstâncias previstas nos incisos I, II, III, IV,V, VI e VII do respectivo parágrafo.
2. Sujeito ativo e sujeito passivo
O sujeito ativo do homicídio pode ser qualquer pessoa, haja vista tratar-se de um delito comum (o tipo penal não delimita sua prática por determinado grupo de pessoas que possua alguma qualidade especial). Trata-se de crime comum.
Exemplos dos irmãos xifópagos: 
Irmãos siameses “colados”, um comete o crime de homicídio: Haverá condenação, mas o acusado só poderá cumprir a pena se o outro irmão cometer crime com condenção de regime fechado.
No caso em que as vítimas forem xifópagos, e o autor querendo matar apenas um irmão acaba matando os dois, o autor responderá por 2 homicídios em concurso formal.
O sujeito passivo, da mesma forma, também pode ser qualquer pessoa (inexiste qualquer especificidade constante do tipo penal). É, portanto, o ser vivo, nascido de mulher.
Obs. A Lei de Segurança Nacional (Lei n. 7.170/83), em seu artigo 29, especializou o homicídio no que diz respeito ao seu sujeito passivo, cominando pena de reclusão de 15 a 30 anos nas hipóteses de serem vítimas de homicídio: o Presidente da República, o Presidente do Senado e da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal.
3. Objeto Material e bem juridicamente protegido
Objeto material no crime de homicídio é a pessoa contra a qual recai a conduta praticada pelo agente.
O bem juridicamente protegido é a vida extra-uterina ou, em um sentido mais amplo, a pessoa (uma vez que o delito de homicídio encontra-se inserido no capítulo correspondente aos crimes contra a vida, no Título I do CP, que prevê os crimes contra a pessoa).
A proteção da vida, por intermédio do art. 121 CP (homicídio), começa a partir do início do parto, ou seja, uma vez iniciado o trabalhode parto (com a dilatação do colo do útero ou com o rompimento da membrana amniótica), sendo o parto normal, ou a partir das incisões das camadas abdominais, no parto cesariana.
A prova da vida é indispensável à caracterização do homicídio.
Acerca da prova da vida, aduz Nelson Hungria: “... a respiração é uma prova, ou melhor, a infalível prova da vida; mas não é a imprescindível condição desta, nem a sua única prova. O neonato apnéico ou asfíxico não deixa de estar vivo pelo fato de não respirar. Mesmo sem respiração, a vida pode manifestar-se por outros sinais, como sejam o movimento circulatório, as pulsações do coração, etc...”
Segundo o doutrinador Rogério Greco o início do parto (havendo vida intrauterina) encerra, na verdade, a possibilidade de prática do delito de aborto e dá início ao raciocínio dos crimes de homicídio e infanticídio.
Lado outro o doutrinador goiano Ney Moura Teles afirma que “homicídio é a destruição da vida humana extra-uterina, praticada por outro homem”, ou seja, para referido doutrinador, o inicio do parto (com vida intra-uterina) não é suficiente para a aplicação do artigo 121, devendo o neonato nascer e ser comprovada a vida extra-uterina.
Vida:
Intra- uterina: tem o início a partir da nidação (fixação do óvulo no útero)
Extra- Uterina: Tem início a partir do parto (rompimento da membrana amniótica ou a partir das incisões das camadas abdominais no parto cesáreo).
4. Elemento subjetivo
O elemento subjetivo constante no “caput” do art. 121 do CP é o dolo (direto – quando o agente quis o resultado ou eventual – quando o agente assumiu o risco de produzi-lo). 
O agente atua com o chamado animus necandi. 
5. Modalidades comissivas e omissiva
O agente pode causar a morte de seu desafeto, por exemplo, atirando contra ele (comissivamente), ou, omissivamente como no caso da mãe que, na qualidade de garantidora de seu filho recém-nascido (artigo 13, § 2º, a, b, e c, do CP), almejando sua morte, não lhe fornece a alimentação necessária à sua sobrevivência.
6. Consumação e tentativa
A consumação do delito de homicídio ocorre com o resultado morte (consubstanciado através de laudo pericial direto ou indireto ou ainda por meio de testemunhas), sendo, ademais, perfeitamente admissível a tentativa.
7. Homicídio privilegiado
§ 1º, artigo 121, CP. “Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço”.
7.1. Motivo de relevante valor social ou moral
Relevante valor social é aquele motivo que atende aos interesses da coletividade. A morte de um traidor da pátria, por exemplo, encaixa-se no conceito de valor social. A morte de um político corrupto, segundo a doutrina atual, também pode ser considerada relevante valor social. Ex. matar traficante que aterroriza a coletividade.
Relevante valor moral leva-se em conta os interesses do agente. Ex. o pai que mata o estuprador de sua filha. A eutanásia (pôr fim à vida de alguém cuja recuperação é de dificílimo prognóstico - mediante seu consentimento expresso ou presumido) também se amolda ao motivo de relevante valor moral. 
7.2. Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima
Exemplo de homicídio sob domínio de violenta emoção: “homicídio do corno” – homicídio adúltero. 
Logo em seguida: a doutrina diz que dura o tempo da violenta emoção.
É caracterizado por sentimento intenso e passageiro, capaz de eliminar a capacidade de reflexão e de autocontrole, resultante de atitude desafiadora anterior injusta, sem motivo razoável, e imediata. A provocação não pode ser equiparada à agressão, uma vez que, se implica ofensa à integridade física do agente admite-se legítima defesa (art. 25 CP).
Obs. A distinção entre injusta provocação (estudada neste tópico) e injusta agressão (prevista na legítima defesa) é extremamente subjetiva em alguns casos – o que para alguns poderá ser considerado mera provocação, para outros terá o cunho de agressão (devendo ser analisado o caso concreto).
Dissertando sobre o tema, assim se posiciona Nelson Hungria:
“A injustiça da provocação deve ser apreciada objetivamente, isto é, não segundo a opinião de quem reage, mas segundo a opinião geral, sem se perder de vista, entretanto, a qualidade ou condição das pessoas dos contendores, seu nível de educação, seus legítimos melindres. Uma palavra que pode ofender a um homem de bem já não terá o mesmo efeito quando dirigida a um desclassificado. É bem de ver que a provocação injusta deve ser tal que contra ela não haja necessidade de defesa, pois, de outro modo, se teria de identificar na reação a legítima defesa, que é causa excludente de crime”.
8. Homicídio Qualificado
As qualificadoras do homicídio (§ 2º do art. 121, CP) passa a ser de reclusão, de 12 a 30 anos, vejamos os grupos.
É importante frisar que as qualificadoras previstas no § 2º do art. 121, CP (tipo derivado qualificado) devem ser consideradas como circunstâncias, e não como elementares do tipo. Dessa forma, embora duas pessoas possam, agindo em concurso, ter causado a morte de alguém, uma delas poderá ter praticado o delito impelido por um motivo fútil, não comunicável ao co-participante, enquanto o outro poderá, por exemplo, responder pela infração com a redução de pena relativa ao § 1º (visto ter agido impelido por um motivo de relevante valor moral).
8.1. Motivos: Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe (inciso I); 
motivo fútil (inciso II).
 - (São circunstâncias subjetivas)
Torpe: é o motivo desprezível (receber herança, por exemplo); que causa repugnância, nojo, sensação de repulsa pelo fato praticado pelo agente. 
Paga e promessa de recompensa: A paga é o valor ou qualquer outra vantagem recebida antecipadamente, para que o agente leve a efeito a empreitada criminosa. Lado outro, a promessa de recompensa, como o próprio nome indica, o agente não recebe antecipadamente, mas sim existe uma promessa de pagamento futuro. 
Ambas, segundo maioria da doutrina, não precisa ser de natureza patrimonial o motivo que desencadeou a resolução delitiva. Também, pouco importa que o mandante cumpra a promessa de recompensa, isso porque, o que qualifica o homicídio é o motivo pelo qual o agente atuou.
A paga e a recompensa, segundo dominante parte da doutrina, são aplicáveis somente ao executor e não a quem oferece a paga ou recompensa, o qual, em algumas hipóteses, responde pelo motivo torpe.
Pode ocorrer, em alguns casos, que os executores respondam pela qualificadora (paga ou promessa de recompensa) e o mandante por homicídio simples. Ex. honesto trabalhador teve sua filha estuprada por traficantes e, ao saber da notícia, não tendo coragem de, por si mesmo, causar a morte do traficante, contratou um justiceiro que “executou o serviço”. O pai, diante da circunstância, pode responder por homicídio simples com a diminuição de pena relativa ao motivo de relevante valor moral e o justiceiro por homicídio qualificado (paga ou promessa de pagamento).
Motivo fútil: é o insignificante, sem importância, ínfimo, que faz com que o comportamento do agente seja desproporcional. Segundo Heleno Fragoso: “é aquele que se apresenta, como antecedente psicológico, desproporcionado com a gravidade da reação homicida, tendo-se em vista a sensibilidade moral média”. Ex. matar a mulher porque o almoço não está pronto; cliente que mata o garçom por entregar-lhe o troco errado; rompimento de namoro, etc.
Ausência de motivos no crime de homicídio é por motivo fútil ou torpe???
A posição da jurisprudência pende para a equiparação entre ambos, argumentando que ao estabelecer pena mais severa para quem mata por motivo de somenos importância, não se compreende que o legislador fosse permitir pena mais branda para quem age sem motivo.
O homicídio qualificado pode também ser privilegiado???
Sim, desde que aqualificadora tenha natureza objetiva. Não é considerado crime hediondo.
 
8.2. Meios: Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum (inciso III)
- (Circunstância objetiva)
Emprego de Veneno: é qualquer substância que provoque lesão ou perigo de lesão à saúde ou à vida. É um meio, segundo Aníbal Bruno, de “dar morte com dissimulação, entregue a vítima indefesa à atuação do criminoso, porque inconsciente da manobra que vai tirar-lhe a vida. Se a vítima sabe que se trata de substância venenosa e a ingere sob coação, a insídia é substituída pela crueldade e a qualificação persiste”.
Emprego de Fogo: a utilização de fogo também qualifica o homicídio – uma vez que se trata de meio extremamente cruel à sua execução. 
Emprego de Explosivo: é o meio utilizado pelo agente que traz perigo, também, a um número indeterminado de pessoas. Ex. matar a vítima arremessando contra ela uma granada.
Emprego de Asfixia: é a supressão da respiração (obstáculo da função respiratória). A asfixia pode ser mecânica (enforcamento, estrangulamento, esganadura, imprensamento, afogamento) ou tóxica (uso de gases tóxicos).
Emprego de Tortura: é um meio utilizado pelo agente para a pratica do homicídio que provoque mal desnecessário (dor, angústia e grave sofrimento físico à vítima).
Obs. Há diferença entre a tortura prevista como qualificadora do delito de homicídio, ora estudada, e a tortura com resultado morte prevista na Lei n. 9.455/97. A diferença reside no fato de que a tortura, no art. 121, é tão-somente um meio para o cometimento do homicídio (o agente quer praticar o delito de homicídio e utiliza, como meio para a execução, a tortura). Lado outro, na Lei 9.455/97, o agente quer praticar o delito de tortura e, advindo o resultado morte, este qualifica a tortura a título de culpa (delito preterdoloso – o agente não quer a morte do agente, mas esta advém por culpa).
Meio Insidioso: é o dissimulado em sua eficiência maléfica – é o meio utilizado pelo agente sem que a vítima tome conhecimento (ex. adulterar o funcionamento de freios de um veículo).
Meio Cruel: é aquele que causa um sofrimento excessivo, desnecessário à vítima enquanto viva. A crueldade praticada após a sua morte não qualifica o delito. Ex. esquartejar uma pessoa ainda viva se configura em meio cruel à execução do homicídio; pisoteamento e pontapés, etc.
Perigo comum: é aquele capaz de afetar número indeterminado de pessoas. 
Obs. Tendo em vista que o legislador utilizou uma fórmula casuística (não taxativa) – tudo aquilo que for considerado meio insidioso, cruel ou de que possa resultar perigo comum qualificará o homicídio, a exemplo das hipóteses mencionadas acima (veneno, fogo, explosivo, asfixia e tortura).
8.3. Modos: À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido (inciso IV)
- (Circunstância objetiva)
O legislador, novamente, valendo de uma fórmula não taxativa (interpretação analógica) assevera que a traição, a emboscada a dissimulação ou qualquer outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido também qualificarão o homicídio.
Traição: significa enganar, ser infiel, de modo que, no contexto do homicídio, é a ação do agente que colhe a vítima por trás, desprevenida, sem ter esta qualquer visualização do ataque.
Há diferença entre o golpe efetuado nas costas da vítima e aquele praticado pelas costas. “Pelas costas” configura-se traição (ataque da vítima por trás sem que ela pudesse percebê-lo). Golpe “nas costas” apenas identifica a região do corpo onde o golpe foi produzido (alguns golpes nas costas podem ser consequência de lutas corporais iniciadas sem traição onde, por exemplo, a mão que segura o punhal do agressor – em razão deste ser mais alto/forte – atinge as costas).
Emboscada: pode ser entendida como uma espécie de traição. Na emboscada o agente se coloca escondido, de tocaia, aguardando a vítima passar, para que o ataque tenha sucesso.
Dissimular: significa ocultar a intenção homicida, fazendo-se passar por amigo, conselheiro, enfim, dando falsas mostras de amizade a fim de facilitar o cometimento do delito.
Dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido: Na primeira a vítima tem alguma possibilidade de defesa, porém dificultada por causa da ação do agente. Na segunda (tornar impossível a defesa do ofendido) é eliminar, completamente, qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima, a exemplo da hipótese em que esta é morta enquanto dormia.
8.4. Fins: para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outro crime (inciso V)
- (Circunstância subjetiva)
Atenção: Não abrange contravenção penal, apenas crime.
Constitui qualificadora a prática do homicídio para assegurar a execução (matar o marido para estuprar sua mulher), a ocultação (matar um fiscal que vai apurar sonegação de tributos na empresa), a impunidade (matar a testemunha que pode incriminar o agente) ou vantagem de outro crime (matar o co-autor de um roubo para ficar com todo o produto do crime).
Toda vez que for aplicada as qualificadoras, ora em estudo, o homicídio deverá ter relação com outro crime (mesmo que este não ocorra).
8.5 - Feminicídio
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
Feminicídio: É o homicídio doloso praticado contra a mulher e por “razões da condição de sexo feminino”, ou seja, desprezando, menosprezando, desconsiderando a dignidade da vítima enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino e os que envolverem violência doméstica e familiar.
Diferença entre feminicídio e femicídio:
Femicídio: significa praticar homicídio contra a mulher (matar mulher).
Feminicídio: significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo feminino” (por razões de gênero).
A nova lei trata sobre FEMINICÍDIO, ou seja, pune mais gravemente aquele que mata mulher por razões da condição de sexo feminino (por razões de gênero). Não basta a vítima ser mulher.
A Lei Maria da Penha já punia isso???
Não. A Lei Maria da Penha não traz um rol de crimes em seu texto. Esse não foi seu objetivo. A Lei n 11. 340/2006 trouxe regras processuais, mas sem tipificar novas condutas, salvo uma pequena alteração feita no art. 129 do CP.
Sujeito ativo: pode ser qualquer pessoa (trata-se de crime comum). O sujeito ativo do feminicídio normalmente é um homem, mas também pode ser mulher.
Sujeito passivo: Obrigatoriamente deve ser uma pessoa do sexo feminino (criança, adulta, idosa, desde que do sexo feminino). 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - violência doméstica e familiar; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I – No caso do feminicídio baseado no inciso I do § 2°-A do art. 121, será indispensável que o crime envolva motivação baseada no gênero (“razões de condição de sexo feminino). Ex. marido que mata mulher porque acha que ela “não tem direito” de se separar dele.
Por outro lado, ainda que a violência aconteça no ambiente doméstico ou familiar e mesmo que tenha a mulher como vítima, não haverá feminicídio se não existir, no caso concreto, uma motivação baseada no gênero (“razões de condição de sexo feminino). Ex. duas irmãs, que vivem na mesma casa, disputam a herança do pai falecido; determinado dia, uma delas invade o quarto da outra e a mata para ficar com a totalidade dos bens para si; esse crime foi praticado com violência doméstica, já que envolveu duas pessoas que tinha relação íntima de afeto, mas não será feminicídio porque não foi um homicídio baseado no gênero (não houve violência de gênero, menosprezo à condição de mulher), tendo a motivação do delito sido meramentepatrimonial.
II – Para ser enquadrado neste inciso, é necessário que, além de a vítima ser mulher, fique caracterizado que o crime foi motivado ou está relacionado com o menosprezo ou discriminação à condição de mulher.
Ex. funcionário de uma empresa que mata sua colega de trabalho em virtude dela ter conseguido a promoção em detrimento dele, já que, em sua visão, ela, por ser mulher, não estaria capacitada para a função.
Consumação e Tentativa
O feminicídio pode ser tentado ou consumado.
Tipo Subjetivo
Dolo (direto ou eventual)
Natureza do feminicídio
É de natureza subjetiva, ou seja, está relacionada com a esfera interna do agente (“razões de condição de sexo feminino”). Ademais, não se trata de qualificadora objetiva porque nada tem a ver com o meio ou modo de execução. 
Por ser qualificadora subjetiva, em caso de concurso de pessoas, essa qualificadora não se comunica aos demais coautores ou partícipes, salvo se eles também tiverem a mesma motivação. Ex: João deseja matar sua esposa (Maria), e para tanto, contrata o pistoleiro profissional Pedro, que não se importa com os motivos do mandante, já que seu intuito é apenas lucrar com a execução; João responderá por feminicídio e Pedro por homicídio qualificado mediante paga; a qualificadora do feminicidio não se estende ao executor, por força do art. 30 do CP.
Impossibilidade do feminicídio privilegiado:
É possível aplicar o privilégio do § 1° ao feminicídio? É possível que exista feminicídio privilegiado?
Não. A jurispurudência até admite a existência de homicídio privilegiado – qualificado. No entanto, para isso, é necessário que a qualificadora seja de natureza objetiva. No caso do feminicídio, a qualificadora é subjetiva. Logo, não é possível que haja feminicídio privilegiado.
8.7 – inciso VII - contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: (Incluído pela Lei nº 13.142, de 2015)
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
O objetivo do legislador foi o de proteger os servidores públicos que desempenham atividades de segurança pública e que, por estarem nessa condição, encontram-se mais expostos a riscos do que as demais pessoas. Os guardas municipais, por força de lei que deu concretude ao § 8° do art. 144 da CF/88, estão também incumbidos de inúmeras atividades relacionadas coma segurança pública. 
O mesmo raciocínio acima pode ser aplicado para os agentes de segurança viária, disciplinados no § 10 do art. 144 da CF/88.
Servidores aposentados: Não estão abrangidos pelo inciso VII do §2° do art. 121 do CP.
Familiares das autoridades, agentes e integrantes dos órgãos de segurança pública
Também será qualificado o homicídio praticado contra cônjuge, companheiro ou parente cosanguíneo até 3° grau das autoridades, agentes e integrantes dos órgãos de segurança pública.
Quando se fala em cônjuge ou companheiro, isso inclui, tanto relacionamentos heteroafetivos como homoafetivos. Assim, matar um companheiro homoafetivo do policial, em retaliação por sua atuação funcional, é homicídio qualificado nos termos do art. 121, § 2°, VII, do CP.
A expressão “parentes cosanguíneos até 3° grau” abrange:
Ascendentes (pais, avós, bisavós)
Descendentes (filhos, netos, bisnetos)
Colaterais até 3° grau (irmãos, tios e sobrinhos).
E o filho adotivo, está abrangido na proteção conferida por este inciso VII?
Não, se isso fosse feito haveria analogia in malam partem, o que é inadmissível no Direito Penal.
Parentes por afinidade também estão fora.
Requisito: Relação com a função
Não basta que o crime tenha sido cometido contra as pessoas acima referidas. É indispensável que o homicídio esteja relacionado com a função pública desempenhada pelo integrante do órgão de segurança pública.
Assim, três situações justificam a incidência da qualificadora
1- O indivíduo foi vítima do homicídio no exercício da função.
Ex. PM que, ao fazer a ronda no bairro, é executado por um bandido.
2 – O indivíduo foi vítima do homicídio em decorrência de sua função
Ex. Delegado de Polícia é morto pelo bandido como vingança por ter prendido quadrilha que ele chefiava.
3 – O familiar da autoridade ou agente foi vítima do homicídio em razão dessa condição de familiar de integrante de um órgão de segurança pública.
Ex. filho de Delegado de Polícia Federal é morto por organização criminosa como retaliação por ter conduzido operação policial que apreendeu enorme quantidade de droga.
De outro lado, não haverá essa qualificadora se o crime for praticado contra um agente de segurança pública (ou contra seus familiares), mas este homicídio não tiver qualquer relação com sua função.
Em suma, a novel qualificadora não protege a pessoa do militar, do policial, do delegado etc. A nova qualificadora tutela a FUNÇÃO desempenhada por esses indivíduos. Esse é o bem jurídico protegido.
Tentado ou consumado 
Incidirá a qualificadora tanto nos casos de homicídio tentado, como consumado.
Elemento Subjetivo
É indispensável que o autor saiba (tenha consciência) da função pública desempenhada e queira cometer o crime contra o agente que está em seu exercício ou em razão dela ou ainda que queira praticar o delito contra o seu familiar em decorrência dessa atividade.
 
Natureza da qualificadora
A natureza é subjetiva. Ademais, não se trata de qualificadora objetiva porque nada tem a ver com meio ou modo de execução.
9.0. Homicídio culposo
O § 3º do artigo 121 do CP tipifica o crime culposo. Em sede de crimes culposos vige o princípio da excepcionalidade, ou seja, a regra é que todo crime seja doloso, somente sendo punido a título de culpa se houver previsão expressa nesse sentido.
Dispõe o inciso II do Artigo 18 do Código Penal:
Diz-se o crime: II “culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia”.
Imprudência: segundo o doutrinador Aníbal Bruno: “a imprudência consiste na pratica de um ato perigoso sem os cuidados que o caso requer”. 
A imprudência é, portanto, um fazer alguma coisa.
Negligência: a negligência, ao contrário da imprudência, é um deixar de fazer aquilo que a diligência normal impunha. 
Imperícia: Fala-se em imperícia quando ocorre uma inaptidão, momentânea ou não, do agente para o exercício da arte ou profissão. Consiste na incapacidade, na falta de conhecimento ou habilidade para o exercício de determinado mister.
9.1. Homicídio culposo na direção de veículo automotor
O homicídio culposo decorrente da direção de veículo automotor encontra previsão no CTB (Lei 9.503/97). O Artigo 302 da referida lei tipifica a conduta de: “praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor”.
10. Causas de aumento de pena
O § 4º do artigo 121 CP prevê aumento de pena de 1\3, para o homicídio culposo e doloso:
As causas de aumento de pena para o crime culposo encontram-se na primeira parte do parágrafo, vejamos:
a) o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício: o agente possui os conhecimentos técnicos necessários, mas não os atende;
b) há omissão do socorro imediato à vítima: exige-se a conduta culposa antecedente e depende da inexistência de morte instantânea, que torna viável o socorro prestado pelo agente;
c) há abstenção, pelo agente, do comportamento destinado a diminuir as conseqüências do seu ato;
d) há fuga para evitar prisão em flagrante
Lado outro, os aumentos de pena para o homicídio doloso estão na segunda parte do § 
4º “se o crime é cometido contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos”.
- O autor tem que ter consciência da idade da vítima.
Vide Lei 8069/90 (ECA) e Lei 10741/03 (Estatuto do Idoso).
11. Perdão judicial (art. 121, § 5º)
A redação do § 5º do art. 121, CP, prescreve que há a extinçãoda punibilidade (o juiz deixará de aplicar a pena) quando as conseqüências do homicídio culposo atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
11.1 Natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial
As opiniões doutrinarias dividiam no sentido de que a natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial seria absolutória, condenatória ou meramente declaratória de extinção de punibilidade.
O Superior Tribunal de Justiça, por intermédio da Súmula n. 18, posicionou-se nesse sentido: “a sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório”.
O perdão judicial, segundo entendimento majoritário, é um direito do réu. Segundo Damásio de Jesus “se presentes as circunstâncias exigidas pelo tipo, o juiz não pode, segundo puro arbítrio, deixar de aplicá-lo. Satisfeitos os pressupostos exigidos pela norma, está o juiz obrigado a deixar de aplicar a pena”.
O perdão judicial nos delitos de trânsito, embora não haja expressa disposição legal nesse sentido e, segundo entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário, é aplicável aos delitos de trânsito.
Momento para concessão do perdão judicial: A maioria da doutrina diz que o perdão só pode ser concedido ao final do processo.
12. Homicídio qualificado-privilegiado
A doutrina, majoritariamente, posiciona-se favorável à aplicação da causa de diminuição de pena prevista no art. 1º (homicídio privilegiado) ao homicídio qualificado; porém, segundo o entendimento predominante, as qualificadoras devem ser de natureza objetiva.
Assim, poderia haver, por exemplo, um homicídio praticado mediante emboscada (qualificadora de natureza objetiva), tendo o agente atuado impelido por um motivo de relevante valor moral (minorante de natureza subjetiva prevista no respectivo § 1º do art. 121, CP).
13. Diferença entre eutanásia e distanásia 
Eutanásia: é o chamado homicídio piedoso, no qual o agente antecipa a morte da vítima, acometida de uma doença incurável, com a finalidade, quase sempre, de abreviar-lhe algum tipo de sofrimento. Em geral, a eutanásia é praticada a pedido ou com o consentimento da própria vítima.
Distanásia: é uma morte lenta, prolongada, com muito sofrimento. Ex. pacientes que são mantidos vivos por meios de aparelhos, sem qualquer chance de sobrevida caso esses aparelhos venham a ser desligados. Léo Pessini observa: “trata-se da atitude médica que, visando salvar a vida do paciente terminal, submete-o a grande sofrimento. Nesta conduta não se prolonga a vida propriamente dita, mas o processo de morrer”.
Ainda, fala-se em ortotanásia e segundo Genival Veloso de França diz respeito à “suspensão de meios medicamentosos ou artificiais de vida de um paciente em coma irreversível e considerado em ‘morte encefálica’, quando há grave comprometimento da coordenação da vida vegetativa e da vida de relação”.
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. (Incluído pela Lei nº 12.720, de 2012)
§ 7° A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. (Incluído pela Lei nº 13.104, de 2015)

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