Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Homicídio art. 121 CP É admitido de forma doloso e culposo De forma dolosa pode ser praticada das seguintes formas: a) Simples (caput) pena de 6 a 20 anos de reclusão; b) Privilegiado (§ 1º) - diminui a pena., caso ocorra a condenação; c) Qualificado (§2º) - muda o patamar da penal, cria um novo mínimo e um novo máximo. Pena 12 a 30 anos de reclusão; d) Majorado (§ 4º, 2ª parte, § 6º e §7º) - aplicada na dosimetria da pena para aumentar a pena, mas diferente da qualificadora, não muda a pena base, modifica apenas em aumento de terços; De forma culposo pode ser praticada das seguintes formas: a) Simples (§3º); b) Majorado (§4º, 1ª parte); c) Ou ocorrer Perdão judicial (§5º); Homicídio Simples Art. 121. Matar alguém: Pena - reclusão, de seis a vinte anos. A vida é encerrada quando atividade encefálica acaba – morto cerebral. Lembrando que a vida começa com o rompimento do saco amniótico (bolsa). Isso significa que caso tenha rompido o saco amniótico, e a mulher tenha um aborto não natural, os responsáveis por essa conduta responde por homicídio ou infanticídio. Não sendo necessário em haver respiração do nascente para que ocorra homicídio ou infanticídio. Após início e durante do parto se fala em ser “nascente”, após a conclusão do parto se fala em ser “nascido” ou neonato. Logo, o nascente e o nascido podem serem vítimas de homicídio e não vítima de aborto. Homicídio privilegiado Caso de diminuição de pena § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. - Doutrina afirma que isto é um Poder Dever, sendo assim um ato discricionário do magistrado. Natureza Jurídica: causa de diminuição de pena. Basta apenas uma dessas situações para ser privilegiado: 1. Praticado homicídio/tentativa por valor social; 2. Praticado homicídio/tentativa por relevante valor moral; 3. Sob domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima. Motivo de relevante valor social é quando o motivo do crime atende ao interesse da coletividade, não apenas do autor. Ex.: morte de um homem que estuprava às mulheres da comunidade. Motivo de relevante valor moral é quando o motivo do crime atende ao interesse particular do autor, mas é aprovado pela moralidade da sociedade considerado nobre e altruísta. Ex: matar o homem que estuprou a filha. Configura relevante valor moral também Eutanásia, que é abreviar a vida de pessoa portadora de doença grave, em estado terminal sem previsão de cura ou recuperação pela ciência médica. Denominado também de homicídio piedoso, compassivo, médico, caritativo ou consensual. Tal conduta é configurado homicídio privilegiado pelo relevante valor moral. Ano: 2015 Banca: MPE-SP Órgão: MPE-SP Prova: MPE-SP - 2015 - MPE-SP - Promotor de Justiça O agente que, para livrar sua esposa, deficiente física em fase terminal em razão de doença incurável, de graves sofrimentos físico e moral, pratica eutanásia com o consentimento da vítima, deve responder, em tese: a. por homicídio qualificado pelo feminicídio, pois o consentimento da ofendida nenhuma consequência gera. b. por homicídio qualificado pelo feminicídio, agravado pelo fato de ter sido praticado contra pessoa deficiente, já que o consentimento da ofendida é irrelevante para efeitos penais. c. por homicídio privilegiado, já que agiu por relevante valor social, que compreende também os interesses coletivos, entre eles os humanitários. d. por homicídio privilegiado, já que agiu por relevante valor moral, que compreende também seus interesses individuais, entre eles a piedade e a paixão. - CORRETA e. por homicídio privilegiado, pois o estado da vítima faz com que pratique o crime sob o domínio da violenta emoção. Domínio de violenta emoção logo em seguida a injusta provocação da vítima a) Tem que ser domínio e não influência. Ano: 2018 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: PC-SE Prova: CESPE - 2018 - PC- SE - Delegado de Polícia Em um clube social, Paula, maior e capaz, provocou e humilhou injustamente Carlos, também maior e capaz, na frente de amigos. Envergonhado e com muita raiva, Carlos foi à sua residência e, sem o consentimento de seu pai, pegou um revólver pertencente à corporação policial de que seu pai faz parte. Voltando ao clube depois de quarenta minutos, armado com o revólver, sob a influência de emoção extrema e na frente dos amigos, Carlos fez disparos da arma contra a cabeça de Paula, que faleceu no local antes mesmo de ser socorrida. Acerca dessa situação hipotética, julgue o próximo item. Por ter agido influenciado por emoção extrema, Carlos poderá ser beneficiado pela incidência de causa de diminuição de pena. a. CERTO b. ERRADO b) Tem que ser provocação injusta. Caso seja agressão injusta, é caracterizado legítima defesa em favor de quem matou. OBS: premeditação do homicídio é incompatível com essa hipótese de privilégio. Porém a premeditação é compatível com relevante interesse social e relevante valor moral. Homicídio Qualificado. § 2° Se o homicídio é cometido: I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe; II - por motivo futil; III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum; IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido; V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino:. VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe: Na autoria tem duas pessoas, a pessoa que manda matar, oferecendo dinheiro ou outra recompensa para outra efetuar a conduta, e a pessoa que recebe dinheiro ou promessa de recompensa e realiza a conduta. Esta (a pessoa que executa) sempre incidirá a qualificadora, já aquela que ordena o homicídio dependerá do caso concreto. Motivo torpe é o vil, repugnante, objeto moralmente reprovável. ❖ A vingança não caracteriza automaticamente a torpeza. Será torpe ou não, dependerá do motivo que levou o réu a vingar-se da vítima, diante disso é necessário análise do caso concreto. ❖ O ciúme não é considerado motivo torpe. - Morte de dívida oriunda de atos ilegais, ex. Tráfico, jogo do bicho, etc... são motivo torpe. Mas se é dívida R$ 1,00, 2,00, é configurado motivo fútil. II - Por motivo fútil: Motivo fútil é de pouca importância, completamente desproporcional à natureza do crime praticado. Exemplo: marido que mata mulher por não lavar as roupas. ❖ A ausência de motivo não deve ser equiparada ao motivo fútil (STJ); ❖ O ciúme da traição não pode ser enquadrado como motivo fútil; é importante ressaltar que STF decidiu acerca da (ADPF) 779 que a “tese da legítima defesa da honra é inconstitucional, por contrariar os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero. (...). A decisão impede que advogados de réus sustentem, direta ou indiretamente, a legítima defesa da honra (ou qualquer argumento que induza à tese) nas fases pré-processual ou processual penais e perante o tribunal do júri, sob pena de nulidade do ato e do julgamento.” - Supremo Tribunal Federal (stf.jus.br) ❖ A embriaguez não afasta a motivação fútil;III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum ♦ Meio insidioso é o que consiste no uso de estratégia, de fraude, para cometer o crime sem que a vítima o perceba. Exemplo: retirar o óleo de direção do automóvel para provocar acidente e assim ocasionar o homicídio. ♦ Meio cruel é o que proporciona à vítima um intenso e desnecessário sofrimento físico ou mental, quando a morte poderia ser provocada de forma menos dolorosa. Exemplo: torturar a vítima antes de efetuar o golpe letal. ♦ Meio de que possa resultar perigo comum é aquele que expõe não somente a vítima, mas também um número indeterminado de pessoa a uma situação de probabilidade de dano. Exemplo: autor dispara vários tiros em uma via pública lotada com intuito de atingir apenas uma determinada vítima. ♦ Veneno é qualquer tipo de substância tóxica, seja ela sólida, líquida ou gasosa, que possa produzir a morte. O veneno pode ser considerado como meio insidioso quando for ministrado para a vítima sem que ela perceba, mas é considerado meio cruel quando a vítima é obrigada a tomar o veneno sabendo do seu conteúdo. ♦ Fogo é o resultado da combustão de produtos infláveis, da qual decorrem calor e luz. Exemplo: queimar a vítima. Mas se do fogo resulta um número indeterminado de pessoas exposta, então caracteriza qualificadora de meio que possa resultar perigo comum. ♦ Explosivo é o produto com capacidade de destruir objetos em geral, mediante detonação e estrondo. Caracteriza, normalmente, meio que resulta perigo comum. Exemplo: amarra a vítima em uma árvore e prender a uma bomba em seu corpo. ♦ Asfixia é a supressão da função respiratória, com origem mecânica ou tóxica. Pode ser caraterizada pelo meio cruel, afogamento, ou insidioso, uso de gás tóxico. ♦ Tortura é qualquer ato pelo qual causa dores ou sofrimento agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de terceira pessoa, informações ou confissões, ou com intuito de castigá-las. É DIFERENTE HOMÍICIDO QUALIFICADO PELO EMPREGO DE TORTURA E TORTURA QUALIFICADA PELO RESULTADO MORTE. Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2013 - PC-GO - Agente de Polícia - a tortura não pode ser considerada qualificadora, uma vez que possui tratamento próprio em legislação específica. ERRADA IV - À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido: o A traição pode ser física, exemplo: o atirar pelas costas, ou moral, atrair a vítima para um precipício. Há uma relação de confiança preexistente ao fato entre a vítima e o agente. Mas o agente cria esse lanço para realiza o fato, então não é traição e sim dissimulação. o Dissimulação é a atuação disfarçada, hipócrita, que oculta a verdadeira intenção do agente. Pode ser uma dissimulação material, uso de farda de policial, ou mora, cria uma amizade com a vítima para levá-la em um local e a matar. o Emboscada é a tocaia, o autor aguarda escondido, em determinado local, a passagem da vítima, para matá-la quando ali passar. → Arma de fogo e a premeditação. por si só não qualifica o homicídio. https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ueg https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ueg-2013-pc-go-agente-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ueg-2013-pc-go-agente-de-policia V – Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime: • Conexão teleológica é quando o homicídio é praticado para assegurar a execução de outro crime. O sujeito primeiro mata alguém e depois pratica outro delito. Exemplo: matar o segurança de um empresário para em seguida sequestrá-lo. • Conexão consequencial é quando o homicídio é praticado para assegurar a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime. Exemplo: queima de arquivo. Ano: 2012 Banca: UEG Órgão: PC-GO Prova: UEG - 2008 - PC-GO - Delegado de Polícia - a conexão teleológica que qualifica o homicídio ocorre quando é praticado para ocultar a prática de outro delito ou para assegurar a impunidade dele. ERRADA VI - Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino; (QUALIFICADORA FEMINICÍDIO) § 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: I - Violência doméstica e familiar; II - Menosprezo ou discriminação à condição de mulher; Critérios: vítima do homicídio ou tentativa de homicídio deve ser mulher e sendo necessário que o homicídio ou s sua tentativa envolva na esfera doméstica e familiar, ou também seja decorrente de menosprezo ou discriminação à condição de mulher. Logo não é qualquer homicídio ou tentativa de homicídio que tenha mulher como vítima é aplicado a qualificadora feminicídio, também não se aplica quando um homem for vítima de um homicídio ou tentativa de homicídio no seio familiar ou doméstico, ou que seja decorrente de menosprezo ou discriminação à condição de homem. Majorante específica para qualificadora de feminicídio. § 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/bancas/ueg https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/institutos/pc-go https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ueg-2008-pc-go-delegado-de-policia https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/ueg-2008-pc-go-delegado-de-policia I - Durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II - Contra pessoa (leia-se mulher) menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental; III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; IV - Em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 (exército, marinha e aeronáutica) e 144 (órgãos da segurança pública, quais sejam, PM, PC, PF, PRF, PFF e Corpo de Bombeiro Militar) da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição: Se um dos sujeitos mencionados no inciso VII do art. 121, seja vítima de um homicídio ou tentativa de homicídio enquanto exercer sua função, automaticamente aplica-se a qualificadora. Todavia, se a vítima não está exercendo sua função no momento do crime, então somente é aplicado a qualificadora supramencionado se verificar que o crime se deu em virtude da profissão da vítima. Ano: 2018 Banca: FUMARC Órgão: PC-MG Prova: FUMARC - 2018 - PC-MG - Escrivão de Polícia Civil A policial Michele Putin, na noite de 14 de março de 2018, quando retornava para sua casa, após liderar uma exitosa operação contra o tráfico de entorpecentes na comunidade de “Miracema do Norte”, foi abordada por dois homens armados e friamente assassinada. Num fenomenal trabalho investigatório, a Polícia Civil logrou êxito em identificar os assassinos como sendo os irmãos Jorge e Ernesto Petralha, apurando que tal homicídio se deu em represália pelas prisões ocorridas quando da citada operação policial. Diante desse quadro, podemos asseverar que os assassinos responderão por: A) Feminicídio, conduta tipificada no art. 121, § 2°, VI CP. b) Homicídio funcional, conduta tipificada no art. 121, § 2°, VII CP - CORRETA c) Homicídio qualificado por motivo fútil, conduta tipificada no art. 121, § 2°, II CP. d) Homicídio qualificado por motivo torpe, conduta tipificadano art. 121, § 2°, II CP. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: MPE-PB Prova: FCC - 2018 - MPE-PB - Promotor de Justiça Substituto O Código Penal qualifica o homicídio doloso quando praticado contra servidores públicos, no exercício de atividade de segurança pública. Podem, dentre outros, ser vítimas do crime a) integrantes do sistema prisional, da Força Nacional de Segurança Pública e do corpo de bombeiros militares. CORRETA b) policiais civis, policiais federais e promotores de justiça criminais. c) policiais rodoviários federais, policiais militares e juízes com competência criminal. d) policiais civis, policiais federais e promotores ou procuradores que atuam no combate ao crime organizado. e) policiais civis e militares na ativa ou aposentados. Homicídio Culposo Quando não há vontade consciente de obter o resultado morte, mas por imperícia, negligência ou imprudência gera o resultado morte. Pena - detenção, de um a três anos, art. 121, § 3º do CP. Homicídio é o único crime contra vida que admiti modalidade culposo. Atenção: homicídio culposo na condução veículo é aplicado o art. 302 Código de Trânsito Brasileiro “Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor. (...)” Mas se for doloso, independente em ser em veículo autoamor ou não, mesmo que em dolo eventual, aplica-se art. 121, caput, do CP, tendo o tribunal do júri a competência para julgar. Causa de aumento de pena do homicídio do art. 121 do CP: § 4º 1º parte: No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante (...) Imperícia é quando o agente não possui habilidade e o conhecimento, então a 1º parte do § 4 não trata de imperícia, mas sim de negligência ou imprudência de quem possui habilidade e conhecimento. § 4º, 2º parte: (...) sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. § 6º: A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. - Homicídio Doloso. Perdão Judicial É um perdão concedido pelo juiz, representando o Estado, que gera a extinção de punibilidade do agente, sendo assim uma Sentença Declaratória, logo não poderá ser considerada para efeitos de reincidência. O perdão judicial no homicídio somente pode acontecer nos HOMICÍDIO CULPOSO. Art. 121, § 5º do CP - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Nesse caso a pena se torna desnecessária pois é bagatela imprópria o tamanho do sofrimento do autor referente ao homicídio realizado. Não precisa de uma relação de parentesco entre a vítima e o agente. Bagatela ou insignificância imprópria, é a rotulação (denominação) dada pela doutrina penal moderna a uma situação fática onde a intervenção do direito penal é desnecessária, sobretudo a aplicação da pena ao autor do fato. - José Carlos de Oliveira Robaldo Bagatela imprópria Exemplo: quando o pai mata o filho atropelado sem que haja o visto. FCC - Auditor (TCE-AM) /2015 O perdão judicial tem natureza jurídica de a) causa de exclusão de culpabilidade. b) causa extintiva da punibilidade. c) efeito da sentença penal. d) desistência voluntária. e) efeito civil da sentença penal. Ano: 2015 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: STJ Prova: CESPE - 2015 - STJ - Analista Judiciário - Administrativa (Segurança) A respeito dos crimes contra a pessoa e o patrimônio, julgue o item que se segue. Situação hipotética: Lucas, descuidadamente, sem olhar para trás, deu marcha a ré em seu veículo, em sua garagem, e atropelou culposamente seu filho, que faleceu em consequência desse ato. Assertiva: Nessa situação, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se verificar que as consequências da infração atingiram Lucas de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária a) Certo b) Errado OBS: Pode um homicídio ser privilegiado e qualificado ao mesmo tempo, desde que esteja presente alguma privilegiadora do § 1º do art. 121 do CP e a qualificadora for de natureza objetiva. Se ocorrer homicídio privilegiado com a qualificadora objetiva, prevalecerá esta. Qualificadora de natureza objetiva são as que estão no inciso III e IV do art. 121 do CP, as restantes são de natureza subjetivas. Qualificadora subjetiva tem relação com a motivação do crime, já as qualificadoras objetivas tem relação com a forma ou método que realizou para cometer o homicídio. Todo Homicídio Qualificado é Hediondo, exceção se for Qualificadora Objetiva e Privilegiadora ao mesmo tempo. Homicídio simples em regra não é hediondo, exceção se for praticado em atividade típica de grupo de extermínio mesmo que seja realizado por apenas uma pessoa. Se estiver presente duas ou mais qualificadora, o magistrado deve utilizar uma delas para qualificar o crime e as demais qualificadoras deve atuar como circunstanciais judiciais desfavoráveis, influenciando na dosimetria da pena. FCC - 2015 - TJ-GO - Juiz Substituto pode concorrer com as qualificadoras subjetivas. Prova: FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que o homicídio simples, em determinada situação, pode ser classificado como crime hediondo. Prova: FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que compatível o homicídio privilegiado com a qualificadora do motivo fútil. Prova: FCC - 2013 - TJ-PE – Juiz Em relação aos crimes contra a vida, correto afirmar que incompatível o homicídio privilegiado com a qualificadora do emprego de asfixia. Prova: TJ-SC - 2013 - TJ-SC – Juiz O homicídio qualificado-privilegiado perde a natureza de crime hediondo. Referência: 1º aula a 5º aula do começando do zero penal, professor Alexandre Zamboni Resumo – Nayara Sá 22/04/2021 Instagram: nayarasantosds
Compartilhar