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Transferência de Calor Universidade Federal Rural do Semi-Árido Campus Pau dos Ferros Fenômenos de Transporte Prof. Bel. William Vieira Roteiro de Aula 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos; 2. Mecanismos de Transferência de Calor; 3. Equação da Condução de Calor; 4. Condição de Calor em Regime Permanente; 2 ▪ A Termodinâmica é a ciência que estuda os fenômenos de troca de calor em um dado sistema. Seja calor retirado ou inserido nesse sistema. ▪ Sendo assim, a termodinâmica tem interesse somente nos estados de equilíbrio do sistema. Por isso dizemos que a Termodinâmica é composta de inúmeras Funções de Estado (Temperatura, Pressão, Volume, etc.) Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 3 Estado Inicial Estado Final Caminho 1 Caminho 2 Para a Termodinâmica o Caminho não importa. Sendo importante para esta somente os estados final e inicial, e dessa forma, a variação entre elas. ∆𝑇 ∆V ∆P ∆G Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 4 TIPOS DE SISTEMAS TERMODINÂMICOS REGIÃO DE INTERESSE Transferência de Massa Adiabático ▪ Além disso, a Termodinâmica não se preocupa com o tempo em que os processos de trocas de calor levam para ocorrer. ▪ A Transferência de Calor, por sua vez, vem preencher esta lacuna, dedicando-se em relacionar os processos de trocas de calor de um sistema com o tempo em que estes levam para ocorrer. ▪ Logo, como na engenharia estamos interessados em saber o tempo que determinado processo leva para ocorrer, a Transferência de Calor apresenta-se como uma ciência fundamental. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 5 ▪ Além disso, a Termodinâmica não se preocupa com o tempo em que os processos de trocas de calor levam para ocorrer. ▪ A Transferência de Calor, por sua vez, vem preencher esta lacuna, dedicando-se em relacionar os processos de trocas de calor de um sistema com o tempo em que estes levam para ocorrer. ▪ Logo, como na engenharia estamos interessados em saber o tempo que determinado processo leva para ocorrer, a Transferência de Calor apresenta-se como uma ciência fundamental. ▪ A partir de agora lançaremos conceitos da Termodinâmica que são aplicáveis na Transferência de Calor (Leis da Termodinâmica e propriedades dos corpos). Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 6 Termodinâmica ▪ Quantidade de calor transferida entre processos. ▪ Estados Termodinâmicos em equilíbrio. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 7 Transferência de Calor ▪ Quantifica o tempo que os processos levam para ocorrer. ▪ Sistemas que não estão em equilíbrio (térmico). Devido a essas diferenças, não podemos tratar os problemas da transferência de calor apenas com a base termodinâmica. No entanto, as lei da termodinâmica ainda são aplicáveis nestes casos. LEI “ZERO” DA TERMODINÂMICA Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 8 ▪ Por experiência prática, sabemos que se deixarmos uma lata de bebida fria em temperatura ambiente, ela esquentará; Da mesma forma, se deixarmos uma lata d bebida fria. Isto é explicado pela Lei “Zero” da Termodinâmica: “Um sistema termodinâmico sempre tende ao equilíbrio térmico”. ▪ Além disso, o sentido das trocas de calor ocorro dos corpos de maior temperatura para o de menor temperatura. Temperatura MenorTemperatura Maior Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 9 ▪ Sabemos de forma prática o que é calor e a partir do enunciado da Lei “Zero”, sabemos também o sentido desse calor quando o mesmo é transferido de um corpo para outro. Mas afinal, o que é calor? Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 10 ▪ CALOR (Q): é uma forma de energia em trânsito, isto é, capaz de ser transferida de um corpo para o outro ou do meio para um sistema. Essa transferência é motivada pela diferença de temperatura entre eles. É importante notar que existem outras formas de energia transferida entre corpos ou para um sistema que não são motivadas pela diferença de temperatura. ▪ TRABALHO (W): Qualquer outra forma de energia inserida ou retirada de um sistema, bem como transferida entre corpos que não é motivada pela diferença de temperatura. ▪ Com base nessas definições, percebemos que Q e W são energias em trânsito, podem ser retiradas de um sistema ou inseridas. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 11 1º LEI DA TERMODINÂMICA ▪ A Primeira Lei da Termodinâmica também é conhecida como princípio da conservação da energia (balanço de energia). “ A energia, independente da sua forma, não pode ser destruída durante um processo; pode apenas mudar de forma”. Podemos também enunciar a Primeira Lei da Termodinâmica como sendo: int-Q W E Sistema Termodinâmico Q W massa massa Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 12 ENERGIA INTERNA ▪ A soma de todas as energias microscópicas é denominada de Energia Interna As formas de energias relacionadas com a estrutura molecular de um sistema (Ligações intermoleculares) e com o grau de atividade do (agitação) molecular são chamadas de energias microscópicas. intE Energia Interna Agitação Molecular Força das ligações Intermoleculares ENERGIA INTERNA Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 13 ▪ O Grau de agitação das moléculas está relacionada com a sua energia cinética. Nesse princípio, Van’t Hoff e Arrenhius previram através de experimentos o aumento da temperatura implicava no aumento da energia cinética (Lei de Van’t Hoff – A cada aumento de 10ºC na temperatura de um sistema a velocidade das moléculas dobra). ▪ Quanto à força de interação das moléculas, quanto mais forte esta for, maior será a energia necessária para quebrar estas ligações. Dessa forma, as ligações formam uma barreira de potencial que precisa ser vencida para que a ligação seja quebrada. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 14 ENERGIA INTERNA Energia Interna Agitação Molecular Força das ligações Intermoleculares Energia Cinética Energia Potencial Energia Sensível Energia Latente Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 15 ▪ Energia Sensível: é a energia associada ao graus de agitação das moléculas e, consequentemente, à temperatura. c Calor específico. SensívelE mc T É uma propriedade que relaciona a facilidade ou a dificuldade de um dado material aquecer ou resfriar. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 16 Vale ressaltar ainda que uma outra propriedade importante dos corpos: a capacidade térmica (C). Capacidade Térmica: capacidade de um corpo tem de absorver calor e converter esta absorção em um aumento da temperatura. C mc Q C T Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmicae a Transferência de calor e conceitos básicos 17 ▪ Energia Latente: é a energia associada à quebra das ligações intermoleculares durante as mudanças de fase. L Calor latente Quantidade de energia necessária para mudar 1 kg de uma determinada fase para outra. LatenteE mL Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 18 Para a transferência de calor desconsideraremos a transferência de massa, neste caso, trabalharemos com um sistema fechado. Sistema Termodinâmico Q W int Energia Líquida Transferida por calor e trabalho -Q W E Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 19 1º LEI DA TERMODINÂMICA Como Q e W são energias em trânsito, ou seja, podem ser retiradas ou inseridas em um sistema, elas são as responsáveis pela mudança de energia total de um sistema. Ou ainda, [J] Energia total de Energia total de Energia gerada Mudança de energia - + = entrada no sistema saída no sistema no sistema total no sistema intent sai gE E E E WQ Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 20 ENERGIA GERADA Na Termodinâmica geralmente relacionamos o termo de trabalho à expansão ou contração de um gás. Porém, este conceito é muito mais amplo, se aplicando também a trabalhos de não expansão (energia elétrica, energia mecânica, energia nuclear, etc.) Trabelho de Expansão Trabelho de não Expansão Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 21 ENERGIA GERADA Os trabalhos de não expansão realizados nos sistemas, como no produzidos por energia nuclear ou elétrica, são definidos de Energia Gerada. ▪ Nos casos mais simples, como no de resistores, esse trabalho é calculado a partir da potência dissipada por este componente eletrônico. Isto é, ²disP Ri g disE P dt Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 22 1º LEI DA TERMODINÂMICA Podemos também considerar variações infinitesimais da entrada e da saída de energia, bem como da energia interna, de modo que, Multiplicando ambos os lados da equação acima pelo inverso da diferencial de tempo, chegamos a seguinte relação: Ou seja, [W] intgent sai dEdE dE dE dt dt dt dt intent sai gdE dE dE dE int ent sai g dE E E E dt Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 23 1º LEI DA TERMODINÂMICA Existem casos em que o sistema é tratado em regime permanentes e que inexiste trabalho gerado. Portanto, para estes casos, ent saiE E Regime Permanente entE saiE Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 24 1º LEI DA TERMODINÂMICA Em alguns casos o sistema é isolado, isto é, não ocorre trocas de calor do sistema com a vizinhança, porém existe energia gerada e variação de energia interna. Nesses casos, int g dE E dt gE Energia Sensível Energia Latente Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 25 POSSÍVEIS COMBINAÇÕES 1º LEI DA TERMODINÂMICA PARA TRANSFERÊNCIA DE CALOR 1º LEI PARA REGIME PERMANENTE SEM GERAÇÃO DE CALOR int ent sai g dE E E E dt ent saiE E 1º LEI PARA SISTEMA ISOLADO COM GERAÇÃO DE CALOR int g dE E dt 1º LEI PARA REGIME PERMANENTE 0ent sai gE E E Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 26 2º LEI DA TERMODINÂMICA A segunda Lei da Termodinâmica, por sua vez, enuncia que: Quando combinada com a Lei de Gibbs, a 2º Lei da Termodinâmica pode ser empregada para determinar a espontaneidade dos processos. Quanto ao calor: "A quantidade de entropia de qualquer sistema isolado termodinamicamente tende a incrementar-se com o tempo, até alcançar um valor máximo". O calor só é transmitido de um corpo para o outro pela diferença de temperatura. Desse modo, espontaneamente o calor só pode passar de um corpo de maior temperatura para um de menor temperatura. O contrário só pode acontecer se houver uma fonte de energia externa. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 27 RELAÇÃO ENTRE CALOR E A TAXA DE TRANSFERÊNCIA Como estamos interessados em muitos casos saber o tempo que determinado processo leva para ocorrer, é conveniente tratar as parcelas de calor que entrem nos sistemas como uma taxa de transferência ( ሶ𝑄), ou seja, Dessa forma, a quantidade de calor total transferido no processo é dada por: dQ Q dt [W] Q Qdt [J] Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 28 RELAÇÃO ENTRE CALOR E A TAXA DE TRANSFERÊNCIA Em muitas situações é importante determinarmos também a taxa de calor por unidade de área normal na direção da transferência. Denominamos esta taxa por unidade de área de fluxo de calor ( ). ''q '' Q q A 𝑊 𝑚² Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 29 EXEMPLO 1 Considere uma esfera maciça de cobre de 10 cm de diâmetro que é aquecida devido a uma fonte de calor externa que faz sua temperatura de 100ºC para 150ºC em 30 minutos. Sabendo que a massa específica da esfera é de 𝝆=8.950 kg/m³ e que seu calor específico é de 0,395 kJ/kgºC. Determine, Considere constante a Taxa de variação da temperatura com o tempo. (a) A quantidade de calor Q transferida para o cobre. (b) A taxa média de calor transferido para a esfera de cobre. (c) O fluxo de calor. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 1. A Termodinâmica e a Transferência de calor e conceitos básicos 30 EXEMPLO 2 Considere um recipiente adiabático que possui em seu conteúdo 2 kg de água. Imerso na água existe um resistor de 2 Ω que é percorrido por uma corrente de 5 A. A água inicialmente encontra-se em temperatura ambiente, ou seja, 25 ºC. Determine: (a) A função que descreve a variação de temperatura em função do tempo. (b) A temperatura do sistema após 7 minutos. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 31 O calor pode ser transferido de um corpo para outro por meio de três mecanismos básicos. É importante ressaltar que esses mecanismos só são ativados por meio da diferença de temperatura. Sendo assim, quando as temperaturas se igualam a transferência de calor cessa. Esses mecanismos são: a condução, convecção e a radiação. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 32 CONDUÇÃO: ▪ A condução é a transferência de energia das partículas mais energéticas de um material para partículas vizinhas adjacentes menos energéticas. ▪ Esse mecanismo se dá pela interação entre as partículas e pode ocorrer em sólidos, líquidos e gases. Em gases e líquidos: ocorre devido à colisão e difusão molecular em movimentos aleatórios. Em Sólidos: ocorre devido a combinação das vibrações das moléculas em rede e pela energia transportada pelos elétrons livres, sobretudo para os metais. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor2. Mecanismos de Transferência de Calor 33 CONDUÇÃO: Colisão Molecular Vibração Molecular Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 34 CONDUÇÃO: Fourier, através de experimentos, obteve uma relação importante em relação à transferência de calor pela condução térmica. O mesmo relatou que a taxa de condução de calor nas substâncias é diretamente proporcional a sua geometria e a diferença de temperatura na qual o material está submetido. Além disso, essa taxa é inversamente proporcional a espessura dele. (Área)(Diferença de temperatura) Taxa de condução de calor Espessura Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 35 CONDUÇÃO: A constante de proporcionalidade que nos fornecerá a de transferência de calor é chamada de condutividade térmica (k). Dessa forma, 1 2 cond T T Q kA L [ ]W A condutividade térmica é uma grandeza muito importante para a engenharia. Esta fisicamente é representada pela capacidade que um material tem de conduzir calor Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 36 CONDUÇÃO: Considerando um elemento unidimensional, tal como na figura abaixo, Podemos escrever a equação da condução de calor da seguinte forma: Tomando o limite quando a espessura da parede tende a zero, Chegamos, por fim, a equação de Fourier para condução de calor: 1 2 cond T T T Q kA kA L x 0 lim x cond T Q kA x cond dT Q kA dx Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 37 CONDUÇÃO: ▪ Note que nas condições apresentadas, a temperatura ao longo da sução transversal é representada como uma função linear. ▪ A função é expressada em função da espessura, onde T(x). ▪ O termo é denominado de gradiente de temperatura. ▪ A área tratada por Fourier deve ser normal à condução de calor. : dT dx Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 38 CONDUÇÃO: Quais as conclusões podemos tirar a partir dessa equação? I. Quanto menor for o k (material isolante), menor será a quantidade de calor transferida por condução. II. Quanto maior for o k (material condutor), maior será a quantidade de calor transferida por condução. III. Quanto maior for a área de contato com o calor, maior é a taxa de transferência. IV. Quanto mais espesso for o material, menos efetiva essa troca de calor se tornará. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 39 CONDUTIVIDADE TÉRMICA (k) A condutividade térmica é denominada como a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento por diferença de temperatura, isto é, ▪ Um alto valor de k indica que o material é bom condutor, enquanto um baixo valor de k é encontrado nos materiais isolantes. Materiais puro com estrutura cristalina bem definida, tal como os metais, possuem condutividade térmica muito alta, enquanto os gases possuem condutividade térmica muita baixa. W W [ ] ou[ ] m K m º k k C Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 40 CONDUTIVIDADE TÉRMICA (k) A condutividade térmica é denominada como a taxa de transferência de calor por unidade de comprimento por diferença de temperatura, isto é, ▪ Um alto valor de k indica que o material é bom condutor, enquanto um baixo valor de k é encontrado nos materiais isolantes. Materiais puro com estrutura cristalina bem definida, tal como os metais, possuem condutividade térmica muito alta, enquanto os gases possuem condutividade térmica muita baixa. W W [ ] ou[ ] m K m º k k C Gases Líquidos Sólidos k Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 41 CONDUTIVIDADE TÉRMICA (k) Elementos com bom condutividade térmica são utilizados em componentes eletrônicos por maximizarem a transferência de calor (diamante como dissipador de calor!!!). É importante atentar que k(T). Por esse motivo que se constituem os supercondutores. Ex.: Cobre em temperatura ambiente k = 40 W/mK e Cobre em temperatura próxima a 0 K tem condutividade térmica k = 20.000 W/mK. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 42 CONDUTIVIDADE TÉRMICA (k) Para simplificação nos nossos problemas, adotaremos uma condutividade térmica média para que possamos tratá-la como constante nos cálculos posteriores. Além disso, consideraremos que o material de estudo é isotrópico, isto é, mesmo k para todas as direções. Ex.: Grande gama de materiais, exceto madeira e laminados. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 43 EXEMPLO 3 O telhado de uma casa com aquecimento elétrico tem 6 m de comprimento, 8 m de largura e 0,25 m de espessura e é feito de uma camada plana de concreto cuja condutividade térmica é 0,8 W/m.K. As temperaturas das faces interna e externa do telhado são 15 °C e 4 °C, respectivamente, durante um período de 10 horas. Determine: a) a taxa de perda de calor através do telhado; b) b) o custo da perda de calor, sabendo que o custo da eletricidade é de R$ 0,08/kWh. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 44 CONVECÇÃO Convecção é o modo de transferência de calor entre uma superfície sólida e um meio fluido (líquido ou gás) que está em movimento. Dessa forma, quanto mais rápido o fluido se move, maior é a transferência de calor por convecção. (Por isso tendemos a utilizar o ventilador sempre na maior velocidade em dias quentes) Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 45 CONVECÇÃO Existem dois tipos de convecção: a natural e a forçada: Natural: causado devido as diferenças de densidade provocada pela diferença de temperatura; Forçada: causada devido a ação externa de um ventilador. Natural Forçada Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 46 CONVECÇÃO Apesar da complexidade na medição da taxa de transferência de calor devido a convecção, Newton, experimentalmente, provou que esta é diretamente proporcional a diferença de temperatura e a área da superfície em que o calor em trânsito. Dessa forma, A constante de proporcionalidade, neste caso, é denominada de coeficiente de transferência de calor por convecção h dado em W/m²K. Dessa forma, obtemos a Lei do Resfriamento de Newton: Taxa de convecção de calor (Área)(Diferença de Temperatura) ( )conv sQ hA T T Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 47 CONVECÇÃO Apesar da complexidade na medição da taxa de transferência de calor devido a convecção, Newton, experimentalmente, provou que esta é diretamente proporcional a diferença de temperatura e a área da superfície em que o calor em trânsito. Dessa forma, A constante de proporcionalidade, neste caso, é denominada de coeficiente de transferência de calor por convecção h dado em W/m²K. Dessa forma, obtemos a Lei do Resfriamento de Newton: 𝐓𝐬 – Temperatura da superfície; 𝐓∞ - Temperatura do fluido distante da superfície. Taxa de convecção de calor (Área)(Diferença de Temperatura) ( )conv sQ hA T T Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 48 CONVECÇÃO Fenômenos de Transporte – Transferênciade Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 49 RADIAÇÃO A radiação é a energia obtida pela matéria sob a forma de ondas eletromagnéticas (ou fótons). Ao contrário da condução e da convecção, a radiação não exige um meio interveniente para propagar o calor. Além disso, é a forma de energia que transfere-se de forma mais rápida (velocidade da luz) e não sofre atenuação no vácuo. Estamos interessados na radiação térmica, ou seja, a radiação emite pelos corpos que possuem temperatura acima do zero absoluto. RADIAÇÃO Emitida Absorvida Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 50 EXEMPLO 4 Um fio elétrico de 2 m de comprimento e 0,3 cm de diâmetro se estende por uma sala a 15 °C. Calor é gerado no fio como resultado do aquecimento da resistência, o fio atinge 152 °C. As medidas de tensão e corrente elétrica são 60 V e 1,5 A, respectivamente. Determine o coeficiente de transferência de calor por convecção para transferência de calor entre a superfície externa do fio e o ar na sala. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 51 RADIAÇÃO Os cientistas Stefan-Boltzmann estudou o fenômeno da radiação emitida e absorvida pelos corpos. Matematicamente, a máxima radiação emitida por um corpo é expressa pela Lei de Stefan-Boltzmann: Onde, 𝜎 = 5,67 ∙ 10−8 W m2K4 - constante de Stefan-Boltzmann; 𝑇𝑠 − Temperatura da superfície. Essa radiação é o máximo valor que pode ser emitido por um material. Este caso é um valor teórico, visto que nenhum corpo pode emitir toda energia – corpo negro. 4 ,maxemit sQ AT Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 52 RADIAÇÃO A radiação absorvida por uma superfície, por sua vez, pode ser dada por: O cálculo acima é uma consequência da conservação da energia. Sendo que parte da radiação incidida é refletida e uma outra parcela é absorvida pelo material. No caso de corpo negro, 𝛼 = 1, logo, ∝ - Absortividade (0≤∝≤1) abs incQ Q abs incQ Q depende da superfície Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 53 RADIAÇÃO A radiação absorvida por um material pode ser aproximada para a seguinte expressão: Pela Lei de Kirchoff, em várias situações reais a absortividade se iguala a emissividade. Sendo assim, Taxa de transferência de calor devido a radiação 4 abs vizQ AT 4 4( )rad s vizQ A T T Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 54 RADIAÇÃO A Equação anterior faz o balanço de radiação em uma superfície. Dessa forma, Se , - Calor Sai da Superfície Se , - Calor entra da Superfície 0radQ emit absQ Q 0radQ emit absQ Q Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 55 Já sabemos agora como os mecanismos de transferência de calor funciona, basta agora torna-los aplicáveis. ▪ Na realidade e nos problemas que seguirão a condução, a convecção e a radiação podem trabalhar simultaneamente. Sendo assim, devemos ter um cuidado nestes casos. Sendo importante seguir alguns passos: I. Definição do problema: definindo os dados principais e as variáveis que necessitam ser determinadas. II. Desenho do problema: indicando o volume de controle e a superfície de controle. III. Indicar as saídas e as entradas de calor: quando uma delas for desconhecida, convencione um sentido. IV. Aplique a 1º Lei da Termodinâmica para a transferência de calor, faça as considerações necessárias e determine a variável. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 56 IMPORTANTE: A geração de calor e o calor acumulado são grandezas que dependem do volume de um dado material. Entretanto, em muitos casos analisamos somente a superfície de controle de um dado problema. Sendo assim, A 1º lei para transferência de energia em uma superfície de controle se configura como sendo: 0 0 ent saiE E Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 57 EXEMPLO 5 Considere a transferência de calor entre duas placas paralelas com temperaturas constantes T1 = 300 K e T2 = 200 K, que estão separados por uma distância L = 1cm. Considere a emissividade igual 1 e determine o fluxo de calor entre as placas, considerando que o espaço entre as placas é preenchido com: a) ar atmosférico (kar = 0,022 W/m.K); b) b) evacuado; c) c) com isolamento de poliuretano (kiso = 0,026 W/m.K). Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 2. Mecanismos de Transferência de Calor 58 EXEMPLO 6 Um reservatório esférico de 3 m de diâmetro é utilizado para armazenar uma mistura água-gelo a 0 °C. O reservatório está ao ar livre a 25 °C. Assumindo que todo o tanque de aço está a 0°C e, assim, a resistência térmica do reservatório é desprezível, determine: a) a taxa de transferência de calor para mistura no reservatório b) A quantidade de gelo a 0 °C que derrete durante um período de 24 horas. O calor de fusão é hf = 333,7 kJ/kg. A emissividade é 0,75 e o coeficiente de convecção é 30 W/m².K. A temperatura da vizinhança é 15 °C. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 59 Até o tópico passado nos detivemos ao caso em que a condução de calor ocorre de maneira unidimensional. No entanto, em muitos dos casos reais a condução de calor acontece em todas as dimensões. Condução de calor na direção de x e y Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 60 Isso se dá devido ao fato do fluxo de transferência de calor ser uma grandeza vetorial. Isto é, No caso da condução de calor, onde o fluxo de calor por condução é dado por: Espera-se que na condição de fluxo de condução na condição de transferência tridimensional tenhamos o seguinte resultado: '' '' '' '' ˆˆ ˆ x y zq q i q j q k '' cond cond Q q A '' ˆˆ ˆ cond T T T q k i j k x y z '' condqk T Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 61 Além da transferência de calor apresentar-se como tridimensional, a temperatura, embora não seja uma grandeza vetorial, é expressada em termos das coordenadas espaciais e do tempo. Ou seja, Apesar do fluxo de calor ser facilmente determinado pela relação anterior, a distribuição de temperatura através de um dado material não é assim tão fácil de ser determinada. Neste caso, tomaremos um material de forma paralelepipédica qualquer similar ao apresentado abaixo: ( , , , )T T x y z t Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 62 Para determinarmos uma equação geral que representa a condução de calor nas três dimensões, consideraremos uma transferência de calor que acontece nos três eixos coordenados. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 63 Aplicando a 1º Lei da Termodinâmica para transferência de calor, temos, Abrindo os termos 𝑑 + 𝑑𝑛 em série de Taylor, onde n é uma direção genérica, segue que, int ent sai g dE E E E dt intx y z x dx y dy z dz g dE Q Q Q Q Q Q E dt x x dx x y y dy y z z dz z Q Q Q dx x Q Q Q dy y Q Q Q dz z Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 64 Logo, Sabendo que a energia gerada se distribui por todaa extensão do sólido, podemos escrever o calor gerado ( ሶ𝐸𝑔) em termos do volume do material ( ሶ𝑒𝑔), ou ainda, intyx zx y z x y z g QQ dEQ Q Q Q Q dx Q dy Q dz E x y z dt intyx z g QQ dEQ dx dy dz E x y z dt g g g g E e E e V V Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 65 Além disso, consideraremos que a taxa de energia interna só é responsável por variar a temperatura do material. Sendo assim, Aplicando essas definições na equação geral, Escrevendo os termos ሶ𝑄𝑛 como sendo a equação de condução de calor de Fourier, segue que, int intdE mcdT dE VcdT yx z g QQ Q T dx dy dz e V Vc x y z t x y z g T T T T kA dx kA dy kA dz e V Vc x x y y z z t Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 66 Observando a figura, percebemos que as áreas normais a cada direção de transferência de calor são: Logo, Sendo , x y z A dydz A dxdz A dxdy g T T T T k dxdydz k dxdydz k dxdydz e V Vc x x y y z z t V dxdydz Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 67 Simplificando os termos em comum, Onde a equação acima representa a Equação Geral da Condução de Calor. I. Representa a condução de calor em todo espaço; II. Apresenta o termo de energia gerada; III. Apresenta o termo de energia acumulada. g T T T T k V k V k V e V Vc x x y y z z t g T T T T k k k e c x x y y z z t Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 68 Equação Geral do Calor – Coordenadas Cilíndricas . 2 1 1 p T T T T kr k k q c r r r r z z t ge Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 69 Equação Geral do Calor – Coordenadas Esféricas 2 2 2 2 . 2 1 1 1 p T T kr k r r r r sen T T ksen q c r sen t ge Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 70 Apesar de abordar uma gama de casos reais, normalmente podemos aproximar a condutividade térmica do material para um valor constante. Nesse caso, Definiremos a partir daqui a difusividade térmica (∝), como sendo a razão entre a energia que é conduzida pelo material com a que é acumulada. Sendo assim, quando maior for ∝, maior a parcela de energia conduzida pelo material. Ainda nesse sentido, quando menor for ∝, menor a parcela de energia conduzida, sendo esta em sua maioria convertida em energia interna. Logo, ² ² ² ² ² ² geT T T c T x y z k k t k c Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 3. Equação da Condução de Calor 71 A equação acima é chamada de Equação de Fourier-Biot. É aplicável em todos os casos desde que a condutividade térmica seja constante. Além dos casos já apresentados, em muitas situações podemos aproximar o regime de condução de calor como sendo permanente, e não transiente (dependente do tempo). Nesse caso, A equação acima é denominada de Equação de Poisson. ² ² ² 1 ² ² ² geT T T T x y z k t ² ² ² 0 ² ² ² geT T T x y z k Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 72 Além deles, podemos também apresentar mais combinações da Equação Geral do Calor: ² ² ² 1 ² ² ² T T T T x y z t ² ² ² 0 ² ² ² T T T x y z Equação da Difusão – Regime Transiente sem geração de calor Equação de Laplace – Regime Permanente sem geração de calor Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 73 Nos casos que estudaremos a seguir, nos deteremos a transferência de calor unidimensional, com e sem a geração de calor. Para chegar nessa condição, as considerações devem ser devidamente realizadas e organizadas. (1) Transferência de calor por condução Unidimensional; (2) Sem a geração de calor; (3) Regime Permanente; (1) Transferência de calor por condução Unidimensional; (2) Regime Permanente; ² 0 ² ged T dx k ² 0 ² d T dx 1 ² 0 ² geT r r r r k 1 0 geT r r r r k 1 0 T r r r r 1 ² 0 ² T r r r r Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 74 É importante notar que as equações apresentadas anteriormente são de segunda ordem. Logo necessitamos de duas condições de contorno para determinar o perfil de temperatura em um material nas condições apresentadas. É importante saber que o fluxo de calor é conservado em todo processo permanente. Isto é, caso exista um processo de troca de calor que envolva um outro mecanismo a não ser a condução PARA UMA SUPERFÍCIE DE CONTROLE, o fluxo de calor entre esses dois processos é igual (PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DA ENERGIA). '' '' '' cond rad convq q q Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 75 CASO 1 – Temperatura na superfície constante ( 0) sT x T ( ) T x CASO 2 – Com troca de calor devido a convecção sT ( ) T x 0 ( ( 0)) ( )s x dT k h T T x h T T dx Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 76 CASO 3 – Com um fluxo de calor externo genérico ( ) T x CASO 4 – Temperatura na superfície constante ( ) T x '' 0 s x dT k q dx 0 0 x dT k dx Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 77 CASO 3 – Com um fluxo de calor externo genérico ( ) T x CASO 4 – Temperatura na superfície constante ( ) T x '' 0 s x dT k q dx 0 0 x dT k dx Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 78 EXEMPLO 7 Considere uma grande parede plana de espessura L = 0,2 m, condutividade térmica k = 1,2 W/m.K e área A = 15 m². Os dois lados da parede são mantidos a temperaturas constantes de T1 = 120 °C e T2 = 50 °C, respectivamente. Determine: a) a distribuição de temperatura na parede e o valor da temperatura em x = 0,1 m e b) b) a taxa de condução de calor pela parede sob condições permanentes. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 79 EXEMPLO 8 A base de um ferro de passar de 1.200 W tem espessura 0,5 cm, área da base 300 cm² e condutividade térmica 15 W/m.K. A superfície interna da placa é submetida a um fluxo de calor uniforme gerado pela resistência interna, enquanto a superfície externa perde calor para o meio, T∞ = 20 °C, por convecção. Considerando h = 80 W/m².K e desprezandoa perda de calor por radiação, determine a distribuição de temperatura e as temperaturas das superfícies interna e externa Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 80 EXEMPLO 9 Considere uma tubulação de comprimento 20 m, raio interno 6 cm, raio externo 8 cm e condutividade térmica 20 W/m.K. As superfícies interna e externa da tubulação são mantidas a T1 = 150 °C e T2 = 60 °C, respectivamente. Obtenha a distribuição de temperatura sob condições permanentes e determine a taxa de perda de calor do vapor pelo tubo. Fenômenos de Transporte – Transferência de Calor 4. Condução de Calor em Regime Permanente 81 EXEMPLO 10 Considere um recipiente esférico de raio interno 8 cm, raio externo 10 cm e condutividade térmica 45 W/m.K. As superfícies interna e externa são mantidas a T1 = 200 °C e T2 = 80 °C, respectivamente, como resultado de reações químicas que ocorrem no seu interior. Determine a distribuição de temperaturas no interior da casca em condições de regime permanente e a taxa de perda de calor.