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RESUMO O presente relatório abordará os diversos tipos de aditivos que podem ser adicionados ao cimento ou concreto, para obter o melhor aproveitamento de sua aplicação conforme a necessidade do projeto em que será empregado o compósito, no âmbito de elevar o resultado/rendimento com o menor custo/tempo, hoje figuram no mercado diversas opções de aditivos que são divididos em várias categorias. . 1. INTRODUÇÃO Aditivo são agentes químicos que podem ser incorporados ao cimento e tem a capacidade alastrar suas qualidades ou de reduzir alguma imperfeição, pode agir no concreto no seu estado fresco ou endurecido, de modo que se obtenha alterações nas propriedades do cimento comum, fazendo com que seja utilizado o cimento comum invés de um cimento especial. A utilização de um aditivo no cimento ou no concreto em determinados casos, e a única maneira de se obter um o resultado desejado na execução de um projeto. Existe uma vasta gama de produtos disponíveis no mercado e seus efeitos são descritos pelos fabricantes e de escolha do profissional competente e da necessidade a sua utilização. Os aditivos químicos são regulados por diversas agências regulamentadoras tanto internacionais como nacionais, e são basicamente, os redutores de água (plastificantes), retardadores de pega e aceleradores, classificados pela ASTM C 494-05ª, como Tipo A, B e C. A BS EN agência europeia regulamenta os aditivos através da BS \5072-1; 1982 e é praticamente a mesma da ASTM, entretanto, a BS EM 934-2:2001 abrange mais tipos de aditivos, é possível também obter informações na ACI Committee 212.3R-04. Alguns aspectos: Trabalhabilidade Resistência Compacidade Bombeamento Fluidez (auto adensável) Pontos Fracos: Permeabilidade Retração Calor de Hidratação Tempo de Pega Absorção de Água 2. ADITIVOS ACELERADORES Segundo Neville: São aditivos que aceleram o endurecimento ou desenvolvimento da resistência inicial do concreto. O aditivo não deve ter efeitos específicos sobre o tempo de início de pega (enrijecimento). Enquanto, na prática, o tempo de pega é reduzido, conforme as prescrições da ASTM C 494-05a e a BS 5075: Part. I: 1982 para aditivo Tipo A.1 O aditivo acelerador mais comum é o Cloreto de Cálcio, que acelera principalmente o desenvolvimento da resistência inicial do concreto, e pode ser usado tanto ao cimento de alta resistência Tipo III, bem como ao cimento Portland comum Tipo I. O uso do aditivo desta classe deve ser rigorosamente controlado, de forma que não exceda o limite especificado pelo fabricante do produto, para evitar a pega imediata do concreto. 3. ADITIVOS RETARDADORES DE PEGA Aditivos retardadores de pega do concreto, são geralmente usados em locais com temperaturas elevadas e diante deste fato o tempo de pega acaba diminuído e no âmbito de evitar alguns problemas ao produto final como juntas frias se utiliza este aditivo. O agente químico deste aditivo são derivados de carboidratos, adição de açúcar, sai solúveis de zinco, boratos solúveis e outros, conforme Neville: Comparado com um concreto sem aditivo, o uso de aditivos retardadores diminui a resistência inicial, mas posteriormente a taxa de desenvolvimento da resistência é maior, de modo que a resistência final não é muito diferente. Os retardadores também tendem a aumentar a retração plástica devido ao prolongamento do estado plástico, mas a retração por secagem não é afetada. 2 4. ADITIVOS REDUTORES DE ÁGUA (PLASTIFICANTES) Estes aditivos são utilizados para três propósitos, conforme Neville: Para obter uma resistência mais elevada pela redução da relação água/cimento para a mesma trabalhabilidade de uma mistura sem aditivo; Para obter a mesma trabalhabilidade pela redução do teor de cimento, bem como para reduzir o calor de hidratação em concreto massa; 1 NEVILLE. A.M. e BROOKS. J.J. Tecnologia do Concreto, 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 150 2 NEVILLE. A.M. e BROOKS. J.J. Tecnologia do Concreto, 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 153 Para aumentar a trabalhabilidade de modo a facilitar o lançamento em locais incessíveis. 3 A redução de água com uso deste aditivo é em torno de 5% e 15%, mas isso vai ser relativo ao teor de cimento utilizado e de seus agregados e da presença ou não de pozolanas. Esse processo deve ser atribuído após a execução de alguns experimentos afim de se obter propriedades satisfatórias e evitar qualquer efeito indesejável como, segregação, exsudação e perda de trabalhabilidade com o tempo. Com uso deste aditivo é possível verificar o aumento da resistência nas idades iniciais, tendo em vista o comparativo com outro concreto que foi produzido sem o uso do mesmo com a mesma relação de água/cimento. 5. ADITIVOS SUPERPLASTIFICANTES Este grupo é a última geração desenvolvida de aditivos, considerado um aditivo de alto desempenho. O uso deste produto pode acarretar numa redução significante de água de amassamento, algo em torno de 25 a 35% comparado ao aditivo convencional de redução de água, segundo Neville: “como consequência, torna-se possível o uso de baixas relações água/cimento de modo que se obtém concreto com resistência muito elevada”, podendo chegar aos 100 MPa, após 28 dias. Contudo, a utilização deste produto requer dosagens maiores em relação aos aditivos redutores de água convencionais, com a utilização do aditivo superplastificante os efeitos indesejados tendem a diminuir. Os superplastificantes tem sua utilização quando se tem a necessidade de lançamento em locais de difícil acesso ou é necessário um lançamento rápido, e para que isso ocorra um concreto fluído atende perfeitamente, conforme Neville, “uma segunda utilização dos superplastificantes é na produção de concreto de alta resistência, de trabalhabilidade normal, mas com relação água/cimento muito baixa”. Em contrapartida, a desvantagem do superplastificantes fica por conta do custo, que é mais elevado em relações aos outros plastificantes, já que seu processo produtivo é diferente dos demais. 6. ADIÇÕES E FILERS A utilização de pozolanas e escória de alto-forno tem propriedades cimentícias e por este motivo são considerados adições, entretanto essa adição tem um valor máximo previamente fixado para que sejam mantidas as propriedades do cimento, assim leciona Neville: 3 NEVILLE. A.M. e BROOKS. J.J. Tecnologia do Concreto, 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 153 Um fíler é um material finamente moído, com aproximadamente a mesma finura do cimento Portland, que, devido às suas propriedades físicas, tem efeitos benéficos sobre as propriedades do concreto, como trabalhabilidade, massa específica, permeabilidade, exsudação capilar e tendência à fissuração. Os fílers são, em geral, quimicamente inertes, mas não é considerado um fator negativo se tiverem algumas propriedades hidráulicas ou se participarem de reações inofensivas com os produtos da pasta de cimento hidratada.4 Desta forma, os fílers tem reação predominantemente física, e deve ser compatível com o cimento que serão incorporados, ainda continuando com os ensinamento do doutrinador, observamos: Outros materiais finos adicionados à mistura são inertes, por exemplo, a cal hidratada ou o pó de agregados normais. Materiais inertes obviamente não contribuem para a resistência do concreto e são,geralmente, utilizados como auxiliares à trabalhabilidade para grautes e argamassas de alvenarias. 5 7. POLÍMEROS Este aditivo tem uma característica que melhora a aderência do concreto fresco com o concreto endurecido, devido ao látex presente na sua formulação, e são muito úteis para obras de reparos. Embora este aditivo tenha um valor elevado ele se torna uma opção para sanar alguns problemas sem que seja necessária uma obra de maior amplitude, o polímero de látex aliado ao cimento melhora a resistência à tração e à flexão e a durabilidade e propriedades de aderência. 8. ADITIVOS IMPERMEABILIZANTES E BACTERICIDAS O concreto por ser uma superfície rugosa é suscetível aos ataques de intempéries, fungos e bactérias o que pode trazer danos a estrutura e por este motivo acaba sendo necessário adicionar à mistura alguns aditivos. Os aditivos impermeabilizantes têm como efeito principal tornar o concreto hidrófobo, repelindo a água, deixando o material salubre pois permite a respiração do material, alguns exemplos são o ácido esteárico e gorduras vegetais. Os aditivos hidrorrepelentes tem a função de proteger a estrutura e podem ser empregados para combater insetos, fungos e bactérias, sua composição é obtida através de resinas de silicone, que são aplicadas a superfície do concreto. 4 NEVILLE. A.M. e BROOKS. J.J. Tecnologia do Concreto, 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 158 5 NEVILLE. A.M. e BROOKS. J.J. Tecnologia do Concreto, 2 ed. Porto Alegre: Bookman, 2013, p. 158 9. NORMAS E REGULAMENTAÇÕES A NBR 12655:2015 regula e para os aditivos ela institui, Os aditivos devem ser armazenados, até o instante do seu uso, nas embalagens originais ou em local que atende às especificações do fabricante. Os aditivos líquidos, no instante de seu uso, quando não forem utilizados em sua embalagem original, devem ser transferidos para um recipiente estanque, não sujeito a corrosão, protegido contra contaminantes ambientais e provido de agitador, de forma a impedir a decantação dos sólidos. O aditivo líquido, quando utilizado diretamente de sua embalagem original, deve ser homogeneizado energicamente, de forma a impedir a decantação dos sólidos contidos no aditivo, uma vez por dia e imediatamente antes de seu uso, ou deve ser submetido ao procedimento recomendado pelo fabricante. O recipiente para o armazenamento de aditivos deve estar munido de identificação que permita sua rastreabilidade.6 6 ABNT NBR 12655, Terceira edição 15.01.2015, p15 10. CONCLUSÃO: Os aditivos químicos existentes têm como objetivo potencializar os resultados do concreto, assim como reduzir possíveis falhas, para que se possa chegar no melhor resultado. Ao utilizar o aditivo o profissional responsável deve sempre atentar para as normas e especificações para obter todos os seus benefícios. Neste relatório foi abordado os aditivos normalizados nos órgãos competentes, mas existem uma gama maior de produtos disponibilizados por diversas empresas distintas cada um com sua especificidade e função. BIBLIOGRAFIA NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. (2013) Tecnologia do Concreto, 2 ed., Porto Alegre, Editora Bookman, 2ª edição. https://www.astm.org http://www.abnt.org.br http://www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/aditivo https://www.concrete.org/committees.aspx
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