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17/08/2017 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Módulo 1.
Teoria Geral dos Fatos Jurídicos
1. Conceito: Em sentido amplo, fatos jurídicos são os acontecimentos que
dependem ou independem da vontade humana, previstos na norma jurídica, em
virtude dos quais nascem, se modificam, subsistem e se extinguem as relações
jurídicas.
 As relações jurídicas, marcadas pela intersubjetividade, são relações
sociais tuteladas pelo Direito.
2. Classificação:
Os fatos jurídicos em sentido amplo (lato sensu) podem ser naturais
(independem da vontade humana) ou humanos (dependem da vontade
humana).
 2.1. Fatos naturais, também denominados fatos jurídicos em sentido
estrito (strictu sensu), são os acontecimentos que independem da vontade
humana, ou seja, decorrem da natureza. Os fatos jurídicos em sentido estrito
(strictu sensu) se subdividem em:
 2.1.1. Fatos jurídicos em sentido estrito ordinários (morte,
nascimento, maioridade, decurso de tempo - prescrição etc.).
 2.1.2. Fatos jurídicos em sentido estrito extraordinários
(terremoto, tempestade, inundação, enchente etc.).
 2.2. Fatos humanos são os acontecimentos que dependem da vontade
humana, abrangendo tanto os atos lícitos como os ilícitos. Os fatos humanos se
subdividem em:
 2.2.1. Atos lícitos ou atos jurídicos em sentido amplo: são
os atos humanos praticados em conformidade com o ordenamento jurídico,
também denominados pela doutrina como voluntários, uma vez que produzem
efeitos jurídicos querido pelo agente. Os atos jurídicos em sentido amplo se
subdividem em:
a) Atos jurídicos em sentido estrito (ou meramente
lícitos). Em tais atos, os efeitos da manifestação da vontade
estão predeterminados na lei. Exemplos: notificação, que
constitui em mora o devedor; reconhecimento de filho;
tradição; ocupação; uso de alguma coisa.
Assim, os atos jurídicos meramente lícitos ou em sentido
estrito são manifestações da vontade obedientes à lei, porém
geradoras de efeitos que a própria lei determina. As partes não
podem através de suas vontade modificar os efeitos jurídicos
que serão produzidos.
b) Negócios jurídicos. Nestes há uma composição de
interesses mediante a criação de normas que objetivam
regular tais interesses, harmonizando vontade que, na
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aparência, demonstram serem antagônicas. O negócio jurídico
é uma declaração da vontade destinada à produção de efeitos
queridos pelas partes. Pode haver ou não correspondência
entre o desejado pelas partes e o determinado pela lei. Neste
caso prevalecerá a vontade das partes, uma vez que a regra
da norma é meramente supletiva, isto é, valerá somente na
ausência da vontade. Exemplos: testamento (negócio jurídico
unilateral na formação); contratos (negócio jurídico bilateral
na formação).
2.2.2. Atos ilícitos, também denominados pela doutrina de
involuntários, uma vez que acarretam consequências jurídicas alheias
à vontade do agente. A prática de ato ilícito produz efeitos previstos
em norma jurídica, como sanção, porque viola mandamento
normativo.
O Código Civil de 2002 substitui a expressão genérica “ato jurídico” (art. 82,
CC/1916) por “negócio jurídico” – art. 104, uma vez que somente os negócios
justificam a pormenorizada regulamentação dos preceitos contidos no Livro III da
Parte Geral. Contudo, o art. 185 determina que se apliquem, no que couber, aos
atos jurídicos lícitos, as disposições disciplinadoras do negócio jurídico.
_______________//__________
Da representação.
1. Conceito
A representação se trata de relação jurídica mediante a qual certa pessoa se
obriga diretamente perante terceiro, por meio de ato praticado em seu nome por
um representante ou intermediário.
Desta forma, com exceção dos atos personalíssimos, os atos jurídicos podem ser
praticados por intermédio da representação, uma vez, que, nos termos do art.
116 “A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes,
produz efeitos em relação ao representado”.
Reza o art. 115 que os poderes de representação são conferidos pela lei ou pelo
interessado. Tal artigo elenca duas das espécies de representação existentes no
ordenamento jurídico: a legal e a convencional.
2. Espécies
A representação legal é aquela na qual a norma jurídica confere poderes para
administrar bens alheios, como: os pais, em relação aos filhos menores (art.1634,
V e 1690); os tutores, em relação aos pupilos (art. 1747, I) e os curadores,
quanto aos curatelados (art. 1774).
A representação convencional ou voluntária é estabelecida na Parte Especial do
Código (Contrato de Mandato - art. 653 ao art. 691). Art. 653. O mandato ocorre
quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou
administrar interesses. A procuração é o instrumento do mandato.
Ressalte-se, ainda, que a representação pode se dar também por via judicial.
Nesta espécie de representação o juiz nomeia determinadas pessoas para
exercerem certos cargos em determinados processos (o síndico como
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representante da massa falida, no processo de falência; o inventariante como
representante do espólio, na abertura do inventário etc.).
3. Prova da representação
Conforme disposto no art. 118, o representante tem o dever de provar às
pessoas, com quem vier a contratar em nome do representado, não só sua
qualidade, como a extensão de seus poderes, sob pena de responder pelos atos
negociais que a estes excederem.
4 Efeitos da Representação
A representação produz efeitos, dentre os quais, o principal é o fato de que uma
vez realizado o negócio jurídico pelo representante, o representando adquire
direitos e obrigações. Os direitos são incorporados no patrimônio do representado.
Por sua vez, as obrigações assumidas em nome do representado devem ser
cumpridas, e por elas responde o seu acervo patrimonial.
5. Hipóteses de anulabilidade do negócio jurídico realizado via
representação:
5.1. Negócio jurídico realizado pelo representante consigo mesmo, no seu
interesse ou por conta de outrem (art. 117), salvo se a lei ou o representado
permitir.
5.2. Substabelecimento da representação (art. 117, parágrafo único), salvo se o
representado permitir.
5.3. Celebração do negócio jurídico pelo representante em conflito de interesses
com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento da outra parte.
Caso o representante em conflito de interesses com o representado celebrar
negócio jurídico, este poderá ser anulado no prazo decadencial de 180 dias, a
contar da celebração do ato negocial ou da cessação da incapacidade.
____________//____________________________
Exercício 1:
Proposições:
1- Os fatos jurídicos "lato sensu" não dependem da vontade humana.
2- O ato ilícito gera a produção de direitos e deveres para ambas as partes que
participaram da relação jurídica.
3- O ato jurídico em sentido estrito é ato de vontade manifestada, cujos efeitos
estão pré-fixados pela norma jurídica.
4- Os fatos humanos abrangem os atos lícitos e os atos ilícitos.
A)
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Todas as proposições são verdadeiras.
B)
Apenas a proposição de número 3 é verdadeira.
C)
Apenas as proposições de número 1, 3 e 4 são verdadeiras.
D)
Apenas as proposições de números 3 e 4 são verdadeiras.
E)
Todas as proposições
são falsas.
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Exercício 2:
Quanto ao negócio jurídico, assinale a alternativa correta:
A)
O negócio jurídico é uma declaração destinada à produção de efeitos impostos
pela lei.
B)
O negócio jurídico é imposto pela lei e destina-se à produção de efeitos desejados
pelas partes.
C)
O negócio jurídico é uma declaração da vontade destinada à produção de efeitos
desejados pelas partes.
D)
O negócio jurídico é fato jurídico em sentido estrito.
E)
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O negócio jurídico pode não depender da vontade.
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Exercício 3:
Os fatos jurídicos em sentido estrito:
 
A)
São atos involuntários que constituem na violação de um preceito normativo.
B)
São fatos naturais que dependem da vontade humana.
C)
São classificados em ordinários e extraordinários.
D)
São atos ilícitos.
E)
Todas as alternativas estão corretas.
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Exercício 4:
Os fatos humanos são:
A)
Os atos meramente lícitos, os negócios jurídicos e os atos ilícitos.
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B)
Os atos jurídicos e os negócios jurídicos.
C)
Os negócios jurídicos e os atos unilaterais.
D)
Os atos jurídicos e os atos ilícitos.
E)
Somente os contratos.
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Exercício 5:
A morte, o reconhecimento de um filho e o testamento são respectivamente:
A)
Ato meramente jurídico, negócio jurídico e fato jurídico em sentido estrito
extraordinário.
B)
Fato jurídico em sentido estrito extraordinário, ato jurídico em sentido estrito e
negócio jurídico.
C)
Fato jurídico em sentido estrito extraordinário, negócio jurídico e ato meramente
jurídico.
D)
Fato jurídico em sentido estrito ordinário, ato meramente lícito e negócio jurídico.
E)
Ato lícito e contratos.
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Exercício 6:
Assinale a alternativa incorreta:
 
A)
Na representação, o representado se obriga por meio de ato praticado pelo
representante.
B)
Todos os atos jurídicos podem ser praticados por intermédio da representação.
C)
Os poderes de representação são conferidos pela lei ou pelo interessado.
D)
Na representação, o representante pratica ato ou negócio jurídico em nome do
representado.
E)
Os pais são representantes por força de lei.
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