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3 Neoplasia

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NEOPLASIA 
 Patologia 7 
 
 Definição segundo Rupert Willis: “é uma massa anormal de tecido cujo 
crescimento excede e não está coordenado ao crescimento dos tecidos normais 
e que persiste mesmo cessada a causa que a provocou.” 
 
 Características da célula neoplásica: 
 Modificação do genoma celular  célula mutante 
 Crescimento desordenado e autônomo  acúmulo de células neoplásicas  
massa = tumor 
 Alterações na diferenciação  morfologia e função diferem da célula mãe 
 
 Consequências do desenvolvimento do tumor 
 Deformam e comprimem o órgão 
 Destruição do órgão  invasão 
 
 Causa: 
 Substâncias químicas: naturais (aflatoxina B1), sintéticas (produtos de 
indústrias), drogas, endógenas (hormônios) 
 Físicas: raios UV, radiação ionizante (raio X, gama), mecânicas 
 Biológicos: vírus do papiloma, da hepatite B 
 Genéticas: predispõem o organismo ao desenvolvimento do tumor  
síndromes de câncer familial 
 
 Morfologia do tecido: 
 Estroma: matriz extracelular de apoio e vasos sanguíneos 
 Parênquima: células neoplásicas  natureza do tumor 
 
 Diferenciação em benigno e maligno está relacionada 
 Aos efeitos que provoca no hospedeiro  malignidade clínica pelo local 
afetado (pontos vitais) 
 Grau de diferenciação celular  interfere no comportamento do tumor 
 Diferenciado  semelhante às células do tecido de origem 
 Indiferenciado ou pouco diferenciado → pouca ou nenhuma semelhança 
com o tecido de origem 
 
 Nomenclatura e classificação 
 Benigno: em geral  radical (tecido) + sufixo (oma) 
 Fibroma  fibroblastos 
 Adenoma  glândulas (adenoma de glândula sebácea) 
 Exceção: hepatoma, seminoma e linfomas  malígnos 
 Maligno: 
 Tecido epitelial  carcinoma 
 Hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular 
 Tecido glandular  adenocarcinoma 
 Adenocarcinoma mamário 
 Tecido mesenquimal  sarcoma 
 Fibrossarcoma  fibroblastos 
NEOPLASIA 
 Patologia 8 
 
 Metástases 
 É um tumor secundário que cresce separadamente do tumor primário  
somente no maligno 
 Atinge outros locais pela corrente sanguínea e linfática  êmbolos tumorais 
 Fatores necessários para o desenvolvimento de metástases: 
 Perda de coesão  destacam do tumor primário 
 Motilidade  atingir a circulação 
 Penetrar na parede dos vasos 
 Na circulação→ escapar do sistema imunológico de defesa 
 Embolia  parada para que ocorra a adesão ao novo tecido 
 Adesão 
 Multiplicação 
 Angiogênese 
 Pequena porcentagem de células metastáticas que chegam à circulação 
conseguem sobreviver 
 Sistema de defesa 
 Tecido tem que ser favorável  de acordo com a metástase 
 Menos favoráveis: coração baço e músculos 
 Mais favoráveis: ossos e adrenal 
 
 Recidiva: retorno do tumor após a “cura” 
 Crescimento infiltrativo  dificulta a remoção 
 Constante no tumor maligno 
 
 
 
 
 
 
NEOPLASIA 
 Patologia 9 
 
ONCOGÊNESE = CARCINOGÊNESE 
 
 É o processo de desenvolvimento da neoplasia  vai desde as alterações 
precoces que iniciam no DNA de uma ou de um pequeno grupo de células até o 
desenvolvimento da massa tumoral que pode destruir o organismo 
 
 Eventos básicos 
 Agressão ao genoma da célula  alteração no DNA (mutação) 
 Ativação ou inativação de genes que coordenam as funções celulares  
proliferação, diferenciação, apoptose e estabilidade do genoma 
 Perda progressiva da homeostase  aparecimento do fenótipo celular 
maligno 
 
 Etapas da carcinogênese 
 Fase de latência: intervalo entre a exposição e o aparecimento da lesão 
neoplásica visível 
 Iniciação: quando ocorre a interação do agente com o DNA  é quando 
fixa a alteração do genoma 
 Lesão permanente no DNA 
 Genoma alterado, mas não expresso → fenótipo inalterado 
 Promoção: quando ocorre estímulo para proliferação celular  expansão 
clonal das células iniciadas 
 Expressão fenotípica da alteração do genoma 
 Fase de progressão: quando expressa fenotipicamente a nível histológico 
 Caracterizada por instabilidade do genoma das células neoplásicas → 
alterações estruturais e numéricas do genoma 
 Relacionadas 
 Elevada taxa de multiplicação celular 
 Invasibilidade 
 Capacidade de produzir metástases 
 Alterações bioquímicas 
 Fase de manifestação clínica do câncer 
 Conseqüência dos eventos ocorridos na fase de progressão 
 
 Agentes químicos 
 Ação cancerígena e genotóxica (mutagênica)  quando interagem 
diretamente com o DNA 
 O agente químico interage com o DNA  se não for corrigida pelos 
sistemas enzimáticos de reparação do DNA  mutação 
 Ação cancerígena e não-genotóxica  quando não interagem diretamente 
com o DNA → ocorre perda do controle da proliferação celular 
 Morte celular repetida com regeneração contínua 
 Indução de multiplicação celular 
 Hormônios: como estrógenos, nos tumores de útero e mama 
 
NEOPLASIA 
 Patologia 10 
 
 Radiação 
 A exposição pode durar segundos e o efeito oncogênico pode demorar anos 
para aparecer 
 Câncer de pele em indivíduos de pele clara expostos aos raios UV 
 Leucemias nos indivíduos expostos à radiação ionizante de bomba atômica 
 Câncer em indivíduos que trabalham com RX 
 Susceptibilidade das células apresenta proporção: 
 Direta à atividade mitótica e proliferativa 
 Indireta ao grau de diferenciação celular 
 Mecanismo de ação: transferência de energia para as moléculas 
 Raios X e gama → alto poder de penetração  atravessam rapidamente os 
tecidos  apresentam baixa probabilidade de interação com as moléculas 
 Ação indireta: formação de radicais livres  interagem com o DNA 
 Partículas alfa, beta e nêutrons → baixo poder de penetração  menos 
velozes  com maior probabilidade de interação com as moléculas 
 Ação direta sobre o DNA 
 Oncogenicidade depende da capacidade de induzir mutação e a 
mutagenicidade depende: 
 Tipo e dose de radiação 
 Taxa de exposição 
 Capacidade de reparação do DNA 
 
 Vírus 
 Tipos de vírus 
 HPV (vírus do papiloma)  câncer de colo de útero, vulva, pênis, região 
anal e perianal 
 HBV (vírus da hepatite B)  carcinoma hepatocelular 
 EBV (vírus de Epstein-Barr - mononucleose)  linfoma de Burkitt (linfoma 
de células pré-B) e carcinoma de nasofaringe 
 HTLV1 (vírus linfotrófico humano de células T)  neoplasia linfóide humana 
 
 Mecanismo de ação 
 Indireta  destrói as células responsáveis pela vigilância imunológica ou 
modifica o seu genoma  imunossupressão 
 Vírus da HIV  sarcoma de Kaposi (vascular) e linfomas de linfócitos B 
 Direta  relacionado ao ciclo na célula hospedeira, e está baseado na: 
 Integração do DNA viral no genoma 
 Sobrevivência da célula à infecção 
 Célula permissiva  ocorre a lise da célula  não há possibilidade 
de oncogênese 
 Célula não-permissiva  vírus não completa o ciclo  a célula 
sobrevive  há possibilidade de neoplasia

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