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Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura - ICEC Direito 2° Semestre Aleisa Matsubara, Alixandre Silva, Debora Marques, João Lucas e Josilaine Gomes DOLO Cuiabá/MT 2017 Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura - ICEC Direito 2° Semestre Aleisa Matsubara, Alixandre Silva, Debora Marques, João Lucas e Josilaine Gomes DOLO Trabalho apresentado no começo do semestre para avaliação dos alunos do Curso de Direito do 2° semestre, no Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura – ICEC de Cuiabá/MT Cuiabá/MT 2017 SUMÁRIO 1. CONCEITO E EXEMPLO................................................................................4 1.1 Conceito.............................................................................................4 1.2 Diferença entre culpa e dolo............................................................4 2.TEORIAS..........................................................................................................4 2.1 Teoria da Vontade.............................................................................4 2.2 Teoria do Consentimento.................................................................5 2.2.1 Teoria Hipotética do Consentimento.....................................5 2.2.2 Teoria Positiva do Consentimento.........................................5 3.EXPÉCIES DE DOLO.......................................................................................5 3.1 Dolo Direto.........................................................................................5 3.1.1 Dolo Direto de 1° Grau..........................................................5 3.1.2 Dolo Direto de 2° Grau .........................................................5 3.2 Dolo Indireto......................................................................................6 3.2.1 Dolo Alternativo.....................................................................6 3.2.2 Dolo Eventual........................................................................6 3.3 Dolo Genérico....................................................................................6 3.4 Dolo Específico.................................................................................6 3.5 Dolo Geral..........................................................................................6 4.REFERÊNCIAS................................................................................................7 DOLO CONCEITO E EXEMPLO Conceito O dolo é uma ação delitiva de maneira consciente e voluntária. Em outras palavras, um indivíduo age de forma dolosa quando sabe o que está fazendo e conhece as consequências derivadas de sua ação. O dolo significa que uma pessoa quer prejudicar a outra, portanto, o faz de forma consciente ou voluntária, ou seja, com toda intenção. O dolo leva a um delito e para que seja considerado um caso jurídico deve apresentar dois requisitos básicos: um intelectual e o outro volitivo. O intelectual estabelece que o delinquente saiba de antemão que sua ação delitiva será punida por lei. O volitivo estabelece que a pessoa que comete um delito tem a vontade de fazer. Diferença entre culpa e dolo Dentro da área penal há uma distinção entre os termos culpa e dolo. Enquanto a culpa significa que a ação delitiva cometida não tem uma intenção declarada, a singularidade jurídica do dolo consiste que o delito foi realizado deliberadamente e de propósito. Ex.: Quando alguém quer cometer um delito ou assume o risco de cometê-lo, ele estará agindo dolosamente. Assim, se Pedrinho dá um tiro em Zezinho, ele agiu dolosamente, pois quis matá-lo. Se pega um revólver, retira a metade dos projéteis, coloca-o contra a cabeça de Zezinho e diz que vai brincar de roleta-russa, aperta o gatilho e o mata, ele pode até não ter querido matá-lo, mas assumiu o risco de fazê-lo e, por isso, terá agido dolosamente, pois ninguém em sã consciência brinca de roleta-russa sem saber que está assumindo o risco de fazer a arma disparar. Mas se ele cometeu o crime apenas por negligência(quando aquele que deveria tomar conta para que uma situação não aconteça, não presta a devida atenção e a deixa acontecer),imprudência (Imprudente é a pessoa que não toma os cuidados que uma pessoa normal tomaria) ou imperícia (quando alguém que deveria dominar uma e técnica não a domina), ele estará agindo culposamente. Assim, se Mariazinha deixa seu revólver cair da bolsa sem querer, e ao bater no chão ele dispara e mata Rosinha, ela não desejou e nem assumiu o risco de matar Rosinha, mas agiu com imprudência, pois ninguém deveria andar com uma arma destravada em uma bolsa. TEORIAS Teoria da Vontade Segundo a teoria da vontade, o dolo é a vontade dirigida ao resultado. é a vontade, não de violar a lei, mas de realizar a ação, ou seja, quem realiza o fato deve conhecer os atos e sua significação e o autor deve sempre estar disposto a produzir o resultado. Teoria do Consentimento ou “Assentimento” Esta teoria, em contra partida à teoria da vontade, defende que o dolo é, ao mesmo tempo, vontade e representação (previsão do resultado como certo ou provável). Assim, de acordo com esta teoria, é dolo a vontade que, mesmo não dirigida diretamente ao resultado possível ou provável, consente na sua ocorrência (assume o risco de produzi-lo). Conforme esta teoria, "consentir" na ocorrência do resultado é um modo de querê-lo. Ex.: Ao fumar deitado na cama de um hotel. Embora pense na possibilidade e um incêndio, espera-se que não ocorra, e, em último caso, confia poder evita-lo. Não quer o eventual, resultado danoso. Caso considerasse o incêndio como provável não fumaria. Hoje esta teoria é desdobrada em duas subteorias, a teoria hipotética do consentimento e a teoria positiva do consentimento. Teoria Hipotética do Consentimento Segundo a teoria hipotética do consentimento o dolo eventual existe em relação ao resultado representado como possível, quando, mesmo com a previsão do resultado dado como certo, não teria atuado como contra motivo eficaz. Teoria Positiva do Consentimento Há dolo eventual quando o agente não toma devida consideração na possibilidade, por ele prevista, da ocorrência do resultado e age, assumindo o risco de produzi-lo. ESPÉCIES DE DOLO Dolo Direto ou “Determinado” O agente prevê um resultado, dirigindo sua conduta na busca de realizá-lo. O dolo direto é dividido em 1° e 2° grau. Dolo Direto de 1° Grau O dolo direto de 1° grau significa que uma pessoa quer cometer um delito, aplica-o de fato e assim consegue as consequências que pretendia inicialmente. Ex.: Se um sujeito quer matar alguém, ele atira e consegue alcançar seu objetivo. Dolo Direto de 2° Grau O dolo direto de 2° grau consiste em realizar a ação contra outra pessoa e paralelamente causar a ela um dano adicional, ou seja, são as consequências inevitáveis e decorrentes do meio de execução escolhido pelo infrator para realizar o crime. Ex.: uma pessoa comete um crime e ao mesmo tempo ocorrem danos colaterais inevitáveis, pois estes danos não fazem parte de sua intenção inicial. Dolo Indireto ou “Indeterminado” O dolo indireto seria aquele em que a vontade do agente não é exatamente definida, ou seja, o agente, com a sua conduta, não se dirige a um certo e determinado resultado. O dolo indireto possui duas modalidades, o dolo alternativo e o eventual. Dolo Alternativo Nesta modalidade, a vontade do agente se dirige a um ou outro resultado possível da sua conduta. Ex.: Matar, ou ferir, qualquer um de seus reféns. Diz que mesmo o agente, querendo o resultado, a vontade não se manifesta de modo único e seguro. Dolo Eventual Haverá dolo eventual sempre que o agente, embora não querendo diretamente a realização do tipo, o aceite como possível ou mesmo como provável, assumindo o risco da produção do resultado, ou seja, é como se um indivíduo pretende realizar um delito e, assim ele o realiza e ao mesmotempo está consciente de que sua ação pode lhe trazer outras consequências prováveis. Ex.: Se alguém atira em uma pessoa na multidão sabe que é possível errar e que sua intenção inicial pode ocasionar um dano a terceiros. Não há uma aceitação do resultado em si, há apenas aceitação como probabilidade. Dolo Genérico ou “Sem Fim Específico” Trata-se do requisito subjetivo geral exigido em todos os crimes dolosos: consciência e vontade de concretizar os requisitos objetivos do tipo. Dolo Específico ou “Com Fim Específico” – Também conhecido como “Elemento Subjetivo do Tipo” O dolo específico está naqueles tipos penais em que se faz uma exigência; além do dolo genérico, há uma intenção especial ou específica do agente. Dolo Geral: Também chamado de “Erro Sucessivo” ou “Aberratio Causae” Este ocorre quando o agente, supondo já ter alcançado um resultado por ele visado, pratica nova ação que efetivamente o provoca. Ou seja, depois do primeiro ato, o agente imagina já ter atingido o resultado desejado, que, no entanto, somente ocorre com a prática dos demais atos. Ex.: Joãozinho atira em Mariazinha e imagina que este morreu; Joãozinho joga Mariazinha no mar, e apenas quando este é jogado no mar é que efetivamente morre. Afogado. O resultado pretendido aconteceu, porém com nexo de causalidade diverso (afogamento). REFERÊNCIAS https://conceitos.com/dolo-direito-penal/ http://direito.folha.uol.com.br/blog/dolo-e-culpa http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8149 https://draflaviaortega.jusbrasil.com.br/noticias/311975967/diferenca-entre-dolo-direto-e-indireto-culpa-consciente-e-inconsciente https://professorlfg.jusbrasil.com.br/artigos/121924731/qual-a-diferenca-entre-dolo-generico-e-dolo-especifico http://vouestudardireito.blogspot.com.br/2012/09/dolo-generico-e-dolo-especifico.html https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2598163/o-que-se-entende-por-dolo-geral-ou-erro-sucessivo-denise-cristina-mantovani-cera
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