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23 - Crime Doloso

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alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
CRIME DOLOSO ................................................................................................................................ 2 
CONCEITO ...................................................................................................................................... 2 
TEORIA FINALISTA .................................................................................................................. 2 
conceito ......................................................................................................................................... 2 
teorias do dolo .................................................................................................................................. 2 
teoria da representação ................................................................................................................. 3 
TEORIA da vontade ..................................................................................................................... 3 
teoria do consentimento ................................................................................................................ 3 
espécies de dolo ................................................................................................................................ 3 
dolo direto ..................................................................................................................................... 3 
dolo indireto .................................................................................................................................. 4 
dolo específico .............................................................................................................................. 6 
dolo geral ou aberratio causae ..................................................................................................... 7 
dolo de 2º grau .............................................................................................................................. 7 
Exercícios ............................................................................................................................................. 8 
Gabarito ............................................................................................................................................ 9 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
 z 
CRIME DOLOSO 
 
CONCEITO 
 
TEORIA FINALISTA 
	
Para	teoria	finalista	adotada	pelo	Direito	Penal	brasileiro,	o	dolo	integra	a	conduta,	um	
dos	elementos	do	fato	típico.	
	
	
	
	
	
Para	fins	didáticos,	o	tema	é	abordado	após	o	estudo	da	Teoria	do	Crime.	
	
CONCEITO 
	
É	o	crime	em	que	o	agente	quer	ou	assume	o	risco	de	produzir	o	resultado	lesivo.	
	
O	art.	 18,	 I,	 do	Código	Penal	 apresenta	o	 conceito	 legal	de	 crime	doloso	nos	 seguintes	
termos:	
	
Art.	18,	I,	do	CP	–	“(...)	doloso,	quando	o	agente	quis	o	resultado	ou	
assumiu	o	risco	de	produzi-lo.”	
 
TEORIAS DO DOLO 
 
TEMA DE APROFUNDAMENTO 
	
CRIME
Fato típico
Conduta Dolo
Resultado
Nexo de 
causalidade
Tipicidade
Ilicitude
Culpabilidade
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
TEORIA DA REPRESENTAÇÃO 
	
Para	a	teoria	da	representação,	o	crime	doloso	exige,	apenas,	que	o	agente	consiga	prever	
o	resultado	lesivo,	ou	seja,	pouco	importa	se	tinha,	ou	não,	a	intenção	de	produzi-lo.	
	
Dada	 a	 definição	 apresentada	 pelo	 art.	 18,	 I,	 do	 CP,	 percebe-se	 que	 tal	 teoria	 não	 foi	
adotada	pelo	Direito	Penal	brasileiro.	
	
OBS:	O	maior	defeito	da	teoria	da	representação	é	não	distinguir	o	dolo	eventual	da	culpa	
consciente.	
	
TEORIA DA VONTADE 
	
A	teoria	da	vontade,	como	o	nome	já	induz,	exige	não	só	a	previsão	do	resultado	lesivo	
(representação),	mas	a	intenção	de	produzi-lo.	
	
É	 a	 teoria	 adotada	na	primeira	 parte	 do	 art.	 18,	 I,	 do	Código	Penal,	 no	 chamado	dolo	
direto.	
	
TEORIA DO CONSENTIMENTO 
	
A	 teoria	 do	 consentimento,	 ou	 assentimento,	 afirma	 que	 há	 dolo,	 também,	 quando	 o	
agente	assume	o	risco	de	produzir	o	resultado	lesivo.	
	
É	a	teoria	adotada	na	parte	final	do	art.	18,	I,	do	Código	Penal,	no	chamado	dolo	indireto.	
	
	
	
 
ESPÉCIES DE DOLO 
 
DOLO DIRETO 
	
TEORIA DO 
DOLO
Representação
Vontade
Consentimento
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
O	 dolo	 direto	 é	 aquele	 que	 ocorre	 quando	 o	 agente	 deseja	 obter	 o	 resultado	 lesivo,	
conforme	aponta	a	teoria	da	vontade.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	intencionalmente,	subtrai	o	aparelho	celular	da	bolsa	“B”	
para,	posteriormente,	trocá-lo	por	drogas.	
	
Nesse	caso,	“A”	age	com	dolo	direito,	já	que	sua	vontade	é	dirigida	à	subtração	do	bem	
móvel	alheio,	praticando	o	crime	de	furto	(CP,	art.	155).	
	
DOLO INDIRETO 
	
O	dolo	indireto	não	decorre	da	vontade	do	agente	em	praticar	a	conduta,	mas	do	fato	de,	
prevendo	sua	produção,	assumir	o	risco	de	causá-lo.	
	
O	dolo	indireto	possui	02	(duas)	espécies:	DOLO	ALTERNATIVO	e	DOLO	EVENTUAL.	
	
	
	
	
O	DOLO	 ALTERNATIVO	 ocorre	 quando	 o	 agente	 prevê	 mais	 de	 um	 resultado	 lesivo	
possível,	ainda	assim,	assume	o	risco	de	produzir	o	mais	grave	dentre	os	resultados	previsíveis.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A,	dirigindo,	joga	o	carro	contra	seu	desafeto	“B”.	
	
Nesse	caso,	“A”	tinha	ciência	de	que	poderia	causar	tanto	lesões	corporais,	quanto	a	morte	
da	vítima.		
	
Nesse	sentido,	responderá	pelo	resultado	mais	grave	(morte)	caso	este	venha	a	ocorrer	
no	caso	concreto.	
	
DÚVIDA: E se, no caso concreto, não houve morte, mas apenas lesão corporal, 
qual o crime praticado? 
	
O	agente	deverá	responder	pelo	crime	mais	grave	(homicídio)	na	modalidade	tentada.	
	
O	motivo	é	simples.		
	
Se	 o	 agente	 teve	 a	 vontade	 de	 praticar	 um	 crime	 mais	 grave,	 ainda	 que	 de	 forma	
alternativa,	deverá	responder	por	tal	conduta,	seja	na	modalidade	consumada	ou	tentada.	
	
CRIME 
DOLOSO
Dolo direto
Dolo 
indireto
Dolo 
alternativo
Dolo 
eventual
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
Por	outro	lado,	o	DOLO	EVENTUAL	ocorre	quando	o	agente	não	quer	o	resultado,	mas	
aceita	produzi-lo.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	após	praticar	um	assalto,	atira	para	trás	durante	a	fuga	e	
acaba	atingindo	“B”,	que	estava	no	local.	
	
DÚVIDA: Todo crime doloso aceita o dolo indireto eventual? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
O	 art.	 180,	caput,	 do	Código	Penal	prevê	o	 crime	de	 receptação	 simples	nos	 seguintes	
termos:	
	
Art.	 180	 -	 Adquirir,	 receber,	 transportar,	 conduzir	 ou	 ocultar,	 em	
proveito	próprio	ou	alheio,	coisa	que	sabe	ser	produto	de	crime,	ou	
influir	para	que	terceiro,	de	boa-fé,	a	adquira,	receba	ou	oculte:	
	
Pena	-	reclusão,	de	um	a	quatro	anos,	e	multa.	
	
A	expressão	“sabe”	exige	que	o	agente	possua	dolo	direto	de	adquirir	a	coisa	que	é	produto	
de	crime.	
	
Por	outro	lado,	a	receptação	qualificada,	prevista	no	art.	180,	§1º,	do	Código	Penal	tem	a	
seguinte	redação:	
	
Art. 180, §	1º	-	Adquirir,	receber,	transportar,	conduzir,	ocultar,	ter	
em	depósito,	desmontar,	montar,	remontar,	vender,	expor	à	venda,	ou	
de	 qualquer	 forma	 utilizar,	 em	 proveito	 próprio	 ou	 alheio,	 no	
exercício	de	atividade	comercial	ou	industrial,	coisa	que	deve	saber	
ser	produto	de	crime:	
	
Pena	-	reclusão,	de	três	a	oito	anos,	e	multa.		
	
Na	 receptação	qualificada,	 ao	contrário,	 admite-se	o	dolo	eventual,	 já	que	o	 tipo	penal	
utiliza	o	termo	“deve	saber”,	ou	seja,	o	agente	sabia	da	condição	ilícita	do	produto	ou,	ao	menos,	
deveria	saber	de	tal	procedência.	
	
DÚVIDA: A embriaguez na condução de automóvel gera presunção de dolo 
eventual em acidente de trânsito com resultado morte? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
Segundo	 o	 STJ	 (Info	 623),	 a	 embriaguez	 do	 agente	 condutor	 do	 automóvel,	 sem	 o	
acréscimo	 de	 outras	 peculiaridades,	 não	 pode	 servir	 como	 presunção	 de	 que	 houve	 dolo	
eventual1.	
 
1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O simples fato do condutor do veículo estar embriagado não gera a 
presunçãode que tenha havido dolo eventuala. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
alfaconcursos.com.br 
 
MUDE SUA VIDA! 
6 
 
	
Nesse	 sentido,	 para	 se	 configurar	 o	 dolo	 eventual	 na	 embriaguez	 ao	 volante,	 são	
necessários	outros	elementos	ao	caso	concreto.	
	
Por	exemplo,	o	agente,	além	de	bêbado,	dirige	na	contramão	e	em	alta	velocidade.	
	
DOLO ESPECÍFICO 
	
Em	regra,	os	tipos	penais	não	exigem	uma	finalidade	específica	do	agente,	ou	seja,	basta	
que	este	pratique	a	conduta	descrita	na	lei	para	que	haja	o	crime.	
	
Nesse	caso,	diz-se	que	o	tipo	penal	admite	o	chamado	dolo	genérico.	
	
Por	outro	lado,	determinados	tipos	penais	exigem	um	especial	fim	de	agir	do	agente,	o	
chamado	dolo	específico.	
	
Assim,	o	dolo	específico	ocorre	quando	o	agente	pratica	a	conduta	descrita	no	tipo	penal	
com	um	fim	específico	em	seu	agir.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	funcionário	público,	assina	seu	ponto	de	forma	britânica	e	
que	não	corresponde	a	sua	efetiva	jornada	de	trabalho.	
	
DÚVIDA: Nesse caso, é possível afirmar que “A” praticou o crime de falsidade 
ideológica descrito no art. 299 do Código Penal? 
	
A	resposta	é	DEPENDE.	
	
O	art.	299	do	Código	Penal	tem	a	seguinte	redação:	
	
Art.	299	 -	Omitir,	em	documento	público	ou	particular,	declaração	
que	 dele	 devia	 constar,	 ou	 nele	 inserir	 ou	 fazer	 inserir	 declaração	
falsa	ou	diversa	da	que	devia	ser	escrita,	com	o	 fim	de	prejudicar	
direito,	 criar	 obrigação	 ou	 alterar	 a	 verdade	 sobre	 fato	
juridicamente	relevante:	
	
Pena	 -	 reclusão,	 de	 um	 a	 cinco	 anos,	 e	 multa,	 se	 o	 documento	 é	
público,	e	reclusão	de	um	a	três	anos,	e	multa,	de	quinhentos	mil	réis	
a	cinco	contos	de	réis,	se	o	documento	é	particular.	
	
O	 crime	 de	 falsidade	 ideológica	 exige	 o	dolo	 específico,	 ou	 seja,	 não	 basta	 omitir	 ou	
inserir	 a	 informação	 falsa,	 tal	 conduta	 deve	 ter	 a	 finalidade	 de	 (“com	o	 fim	de”)	 prejudicar	
direito,	criar	obrigação	ou	alterar	a	verdade	sobre	fato	juridicamente	relevante.	
	
 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9873eaad153c6c960616c89e54fe155a>. Acesso em: 
04/05/2020 
 
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MUDE SUA VIDA! 
7 
 
Nesse	sentido,	se	“A”	preencheu	sua	folha	de	ponto	de	forma	britânica,	mas	comparecia	
ao	 local	 de	 trabalho	 e	 cumpria	 sua	 jornada	normalmente,	 ainda	que	 em	horário	diverso	do	
registrado,	não	há	crime.	
	
	
	
DOLO GERAL OU ABERRATIO CAUSAE 
	
O	dolo	geral	é	conhecido	como	aberratio	causae	e	ocorre	quando	o	erro	recai	sobre	o	nexo	
causal.	
	
Dessa	 forma,	 o	 agente	 acredita	que	 alcançou	o	 resultado	pretendido	 com	 sua	 conduta	
inicial,	quando,	na	realidade,	este	é	obtido	a	partir	de	outro	nexo	causal.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	após	atirar	em	“B”,	atira	seu	corpo	no	rio.	Posteriormente,	
o	exame	necroscópico	aponta	que	“B”	morreu	afogado	e	não	em	decorrência	dos	tiros	sofridos.	
	
No	caso	concreto,	percebe-se	que	o	tiro	não	foi	a	causa	da	morte	(nexo	causal),	mas	uma	
conduta	posterior	do	agente,	em	momento	que	já	acreditava	ter	alcançado	o	resultado.	
	
A	conclusão	é	que	não	há	exclusão	do	dolo,	devendo	o	agente	responder	pelo	resultado	na	
modalidade	dolosa.	
	
DOLO DE 2º GRAU 
	
O	dolo	de	2º	grau	ocorre	quando,	em	razão	do	meio	escolhido	pelo	agente	para	praticar	
um	delito,	há	um	efeito	colateral	certo	ou	necessário	que,	também,	será	considerado	criminoso.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	com	o	intuito	de	matar	“B”,	planta	uma	bomba	na	aeronave	
em	que	aquele	iria	viajar.	
	
No	exemplo	acima,	a	explosão	da	bomba	acarretará	na	morte	não	só	de	“B”,	mas	de	todos	
os	passageiros	a	bordo	da	aeronave.	
	
Não	há	dúvidas	de	que	“A”	tinha	consciência	desse	resultado	colateral,	mas,	ainda	assim,	
aceitou	sua	consumação.	
	
Nesse	caso,	“A”	agiu	com	dolo	de	2º	grau	em	relação	aos	tripulantes	e	demais	passageiros	
e	com	dolo	de	1º	grau	em	relação	à	vítima	almejada,	“B”.	
DOLO 
GENÉRICO
Vontade
DOLO 
ESPECÍFICO
Vontade
Com 
finalidade 
específica
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MUDE SUA VIDA! 
8 
 
	
	
	
 
EXERCÍCIOS 
1. (SELECON/2019	–	Prefeitura	de	Niterói/RJ	–	Guarda	Civil)	 -	Paul	Polônio	é	motorista	
profissional	 e	 apreciador	 das	 corridas	 de	 alta	 velocidade.	 Conduzindo	 seu	 próprio	
automóvel,	tem	o	hábito	de	reunir-se	com	amigos	para	realizar	corridas	ilícitas	em	vias	
públicas	conhecidas	como	“rachas”.	Em	um	desses	eventos,	uma	das	pessoas	presentes	
vem	 a	 ser	 atingida	 pelo	 veículo	 conduzido	 por	 Paul,	 vindo	 a	 falecer.	 Nesse	 caso,	
aplicando-se	a	parte	geral	do	Código	Penal	e	adequada	interpretação	jurisprudencial,	o	
crime	ocorrido	deve	ser	caracterizado	como	doloso:		
	
a) direto	
b) aberto	
c) presente	
d) negligente	
e) eventual	
	
2. (CESPE	–	PC-PB)	–	Leandro,	pretendendo	causar	a	morte	de	José,	o	empurra	do	alto	de	
uma	escada,	caindo	a	vítima	desacordada.	Supondo	já	ter	alcançado	o	resultado	desejado,	
Leandro	pratica	nova	ação,	dessa	vez	realiza	disparo	de	arma	de	fogo	contra	José,	pois,	
acreditando	que	 ele	 já	 estaria	morto,	 desejava	 simular	um	ato	de	 assalto.	Ocorre	que	
somente	 na	 segunda	 ocasião	 Leandro	 obteve	 o	 que	 pretendia	 desde	 o	 início,	 já	 que,	
diferentemente	 do	 que	 pensara,	 José	 não	 estava	 morto	 quando	 foram	 efetuados	 os	
disparos.	
	
a) Crime	preterdoloso	
b) Dolo	eventual	
c) Dolo	alternativo	
d) Dolo	geral	
e) Dolo	de	2º	grau	
	
	
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 01: A assertiva é a letra E. 
 
DOLO DE 
2º GRAU
Efeito 
colateral 
necessário
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MUDE SUA VIDA! 
9 
 
No enunciado, resta claro que Paul Polônio assumiu o risco de produzir um 
acidente de trânsito com a prática do racha. 
 
Nesse sentido, quando ao gente não quer o resultado, mas assume o risco de 
produzi-lo, tem se o dolo indireto na modalidade eventual. 
 
	
COMENTÁRIO DA QUESTÃO 02: A assertiva é a letra D. 
 
Nesse caso, o agente acreditou que havia alcançado o resultado com sua 
primeira conduta (empurrão na escada), quando, na realidade, ocorreu com a 
segunda (disparo de arma de fogo). 
 
Assim, o contexto fático apresentado aponta a existência da aberratio causae, 
também conhecida como dolo geral. 
 
	
	
GABARITO 
1. E	
2. D

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