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Título Via intravenosa Via intravenosa • A via intravenosa permite absorção e ação imediata ao administrar medicamento, fluidos, hemocomponentes, nutrição parenteral, diretamente na veia. • Possibilita a administração de medicamentos a pacientes inconscientes, com distúrbios gastrintestinais, deglutição prejudicada ou ainda quando se espera uma ação mais rápida do medicamento. A solução aquosa é indicada nessa via, sem restrição de volume para infusão. Punção venosa periférica Instalar cateter em trajeto venoso periférico: • coleta de sangue venoso; • infusão contínua de soluções; • administrac ̧ão de medicamentos; • manutenc ̧ão de uma via de acesso venosa; • administração intermitente de medicamentos (por meio da salinização do cateter). Medicamentos intravenosos • Bolus: administração IV realizada em até 1 min • Infusão rápida: administração IV realizada entre 1 e 30 min • Infusão lenta: administração IV realizada entre 30 e 60 min • Infusão contínua: administração IV realizada em tempo superior a 60 min, ininterruptamente (p. ex., a cada 6 h) • Infusão intermitente: administração IV realizada em tempo superior a 60 min, não contínua (p. ex., em 4 h, 1 vez/dia) Acesso venoso para infusão contínua • Para manter o acesso venoso, é mais apropriado o uso de dispo- sitivo venoso flexível do tipo cateter sobre agulha (jelco), que permita a movimentação do paciente. • Para infusões contínuas de curta permanência, pode-se utilizar o cateter agulhado (dispositivo intravenoso) Os cateteres rígidos podem lesar a camada íntima da veia, contribuindo para a ocorrência de complicações como flebite, formação de trombos e obstruções. Não devem ser inseridos em regiões de articulações, devido ao risco de infiltração e rompimento do vaso, além de prejudicar a mobilidade do paciente. Seu uso é restrito para punções intermitentes e administração de infusão em dose única. Seleção do cateter e sítio de inserção • Selecionar o cateter periférico com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido, nos componentes do fluido e nas condições de acesso venoso; • Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L, ou para qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L • Atender à necessidade da terapia intravenosa devem ser selecionados cateteres de menor calibre e comprimento de cânula; Cateteres com menor calibre causam menos flebite mecânica (irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. Um bom fluxo sanguíneo, por sua vez, ajuda na distribuição dos medicamentos administrados e reduz o risco de flebite química (irritação da parede da veia por produtos químicos). Seleção do cateter e sítio de inserção • Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços. As veias de membros inferiores não devem ser utilizadas a menos que seja absolutamente necessário, em virtude do risco de embolias e tromboflebites. • Considerar a preferência do paciente para a seleção do membro para inserção do cateter, incluindo a recomendação de utilizar sítios no membro não dominante. • Evitar região de flexão, membros comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (infiltração, flebite, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos planejados Seleção do cateter e sítio de inserção Preparo da pele Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente; Em caso de sujidade visível no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes da aplicação do antisséptico; O sítio de inserção do cateter intravascular não deverá ser tocado após a aplicação do antisséptico • Realizar fricção da pele com solução a base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopovidona – PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%; • Tempo de aplicação da clorexidina é de 30 segundos enquanto o do PVPI é de 1,5 a 2,0 minutos. Indica-se que a aplicação da clorexidina deva ser realizada por meio de movimentos de vai e vem e do PVPI com movimentos circulares (dentro para fora); • Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção; • A remoção dos pelos, quando necessária, deverá ser realizada com tricotomizador elétrico ou tesouras. Não utilize laminas de barbear, pois essas aumentam o risco de infecção Preparo da pele Procedimento da punção Confirme o paciente e o procedimento a ser realizado na prescrição médica/enfermagem Higienize as mãos Prepare o material necessário para o procedimento em uma bandeja Leve o material ao quarto do paciente Explique o procedimento ao paciente Higienize as mãos Escolha o local de acesso venoso Verifique as condições das veias Calce as luvas de procedimento Mantenha o algodão embebido em álcool a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5% ao alcance das mãos Garroteie o local a ser puncionado em adultos: a aproximadamente 5 a 10 cm do local da punção venosa, para propiciar a visualização da veia; Solicite ao paciente que mantenha o braço imóvel Localize o acesso venoso (Figura 15.4) Procedimento da punção Faça a antissepsia da pele, no local da punção, utilizando algodão com álcool a 70% ou clorexidina alcoólica 0,5% Tracione a pele para baixo, com o polegar abaixo do local a ser puncionado; Introduza o cateter venoso na pele, com o bisel voltado para cima, em um ângulo aproximado de 30 a 45° e, após o refluxo de sangue no canhão, mantenha o mandril imóvel, introduza o cateter na veia e, em seguida, remova o mandril (Figura 15.5) Procedimento da punção Retire o garrote Conecte o dispositivo selecionado previamente preenchido com solução fisiológica Injete a solução fisiológica lentamente (permeabilize o acesso venoso) Observe se há sinais de infiltração no local da punção, além de queixas de dor ou desconforto do paciente; se houver, retire o cateter imediatamente Fixe o dispositivo com fita adesiva microporosa ou filme transparente Retire as luvas de procedimento Higienize as mãos Coloque a data e o horário da punção Oriente o paciente sobre os cuidados para a manutenção do cateter Recolha o material do quarto, mantendo a unidade organizada Descarte agulhas e perfurantes no recipiente de perfurocortantes e o restante em lixo adequado Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel-toalha e passe álcool a 70% Higienize as mãos Cheque e anote o procedimento realizado em impresso próprio. Após a administração: Retire o dispositivo de acesso venoso e comprima o local da punção com algodão seco, por alguns minutos. Observe se há sangramento persistente no local da punção e, nesse caso, mantenha a compressão. Faça um curativo no local da punção e oriente o paciente sobre os cuidados com o local; Inicie a infusão de soro (prescrito) e controle o gotejamento; Faça a salinização do cateter venoso periférico. Troca de cateter e sistemas Troca de cateter a) Cateteres venosos periféricos: Taxas de flebites para cateteres venosos periféricos são semelhantes para cateteres inseridos por 72h ou 96h, assim, recomendamos a troca rotineira a cada 96h, se possível; http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_w eb/modulo5/pre_corrente6.htm Cuidados com os líquidos e sistemas de infusão (equipo, bureta, extensor e torneirinha) - Usar técnica asséptica no preparo de soluções,administrar imediatamente após o preparo ou refrigerar se recomendado pelo fabricante; - Dar preferência a sistemas fechados de infusão; - Anti-sepsia com álcool 70% ao abrir frascos de soro e de medicamentos; - Observar: turvação, fendas e perfurações, vedação e perda de vácuo, data de validade; - Manter o sistema de infusão sempre fechado; - Administrar medicações em local próprio (injetor lateral, torneirinhas, extensões) com anti-sepsia prévia das conexões com álcool 70%; - Trocar equipos simples, buretas, extensões, torneirinhas e outros dispositivos a cada 72 horas e, sempre que ocorrer refluxo de sangue, no caso de infusões intermitentes, como antimicrobianos, sangue e hemoderivados, trocar imediatamente o sistema de infusão ou no máximo em 24h; - Trocar o sistema de infusão NPT a cada 24 horas. http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/rm_controle/opas_web/ modulo5/pre_corrente6.htm Equipo com injetor lateral Extensor de duas vias Torneirinha Estabilização Estabilizar o cateter significa preservar a integridade do acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e sua perda; A estabilização dos cateteres não deve interferir na avaliação e monitoramento do sítio de inserção ou dificultar/impedir a infusão da terapia; Dois tipos de estabilização dos cateteres periféricos: um cateter com mecanismo de estabilização integrado combinado com um curativo de poliuretano com bordas reforçadas ou um cateter periférico tradicional combinado a um dispositivo adesivo específico para estabilização Cobertura Os propósitos das coberturas são os de proteger o sítio de punção e minimizar a possibilidade de infecção, por meio da interface entre a superfície do cateter e a pele, e de fixar o dispositivo no local e prevenir a movimentação do dispositivo com dano ao vaso. Qualquer cobertura para cateter periférico deve ser estéril, podendo ser semioclusiva (gaze e fita adesiva estéril) ou membrana transparente semipermeável; RECOMENDAÇÃO DA ANVISA - 2017 Cobertura Cobertura não deve ser trocada em intervalos pré-estabelecidos; A cobertura deve ser trocada imediatamente se houver suspeita de contaminação e sempre quando úmida, solta, suja ou com a integridade comprometida. Manter técnica asséptica durante a troca; Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho SE COBERTURA ESTÉRIL Flushing e manutenção do cateter periférico Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir complicações Realizar o flushing antes de cada administração para prevenir a mistura de medicamentos incompatíveis Utilizar solução de cloreto de sódio 0,9% isenta de conservantes para flushing e lock dos cateteres periféricos. Não utilizar água estéril para realização do flushing e lock dos cateteres Usar o volume mínimo equivalente a duas vezes o lúmen interno do cateter mais a extensão para flushing: 5 ml para periféricos e 10 ml para cateteres centrais. Avaliar a permeabilidade e funcionalidade do cateter utilizando seringas de diâmetro de 10 ml para gerar baixa pressão no lúmen do cateter e registrar qualquer tipo de resistência Cuidados com o sítio de inserção Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, edema e drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente em relação a qualquer sinal de desconforto, como dor e parestesia. A frequência ideal de avaliação do sítio de inserção é a cada quatro horas ou conforme a criticidade do paciente: a) Pacientes de qualquer idade em terapia intensiva, sedados ou com déficit cognitivo: avaliar a cada 1 – 2 horas. b) Pacientes pediátricos: avaliar no mínimo duas vezes por turno. c) Pacientes em unidades de internação: avaliar uma vez por turno. Remoção do cateter A avaliação de necessidade de permanência do cateter deve ser diária. Remover o cateter periférico tão logo não haja medicamentos endovenosos prescritos e caso o mesmo não tenha sido utilizado nas últimas 24 horas. O cateter periférico instalado em situação de emergência com comprometimento da técnica asséptica deve ser trocado tão logo quanto possível. Remover o cateter periférico na suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento. Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96 h. A decisão de estender a frequência de troca para prazos superiores ou quando clinicamente indicado dependerá da adesão da instituição às boas práticas recomendadas nesse documento, tais como: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, integridade da cobertura estéril e estabilização. Remoção do cateter Complicações COMPLICAÇÃO DESCRIÇÃO AVALIAÇÃO Infiltração Líquido IV entra no tecido subcutâneo em torno da local da punção venosa Pele ao redor do cateter tensa, pálida, fria ao toque, edematosa; pode estar dolorida em caso de aumento na infiltração ou extravasamento; a infusão pode desacelerar ou parar Extravasamento Fármaco vesicante (prejudicial ao tecido) entra nos tecidos Flebite Inflamação da camada interna de uma veia Vermelhidão, sensibilidade, dor, calor ao curso da veia começando no local de acesso; possível lista vermelha e/ou cordão palpável ao longo da veia Infecção local Infecção no ponto de entrada do cateter na pele durante a infusão ou após a remoção do cateter IV Calor, vermelhidão, inchaço na pele ao redor do ponto de entrada do cateter, possível secreção purulenta Hemorragia no local da punção Exsudação ou infiltração lenta e contínua de sangue no sangue no local da punção venosa Sangue fresco evidente no local da punção venosa, às vezes se acumulando sob o membro REFERENCIAS BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde/Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Brasília: Anvisa, 2017. CARMAGNANI M.I.S.[et. al.]Procedimentos de enfermagem : guia prático. -- 2. ed. -- Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 2017. 330 p. POTTER, P.; STOCKERT , Patricia A.; HALL, Amy (Coord.). Fundamentos de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.1391 p. Título Obrigado!
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