Buscar

Acesso Venoso Periférico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Daniella	Machado
	 	 	 	 	 																 	 	 	 	 	 	 TURMA	XXVI	
 
 
HABILIDADES EM PROCEDIMENTOS IV: MÓDULO 2 
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO – FEBRE, INFLAMAÇÃO E 
INFECÇÃO 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE ICS 
Resistência a carbapenêmicos, essa ICS (Infecção da Corrente Sanguínea) está 
associada ao tempo prolongado de internação hospitalar. 
 
FISIOPATOGENIA 
Inicia uma colonização extraluminal (pele e depois formam biofilme), depois – à 
longa permanência – prevalece a colonização da via intraluminal. Ademais, outro 
mecanismo que contribuí para a contaminação é a infusão de soluções contaminadas 
(práticas inadequadas e falhas na injeção segura). A colonização da ponta do 
dispositivo por disseminação hematogênica pode ocorrer em pacientes com ICS. 
 
COMPOSIÇÃO DOS CATETERES 
Os cateteres devem ser radiopacos, não reutilizar o mesmo cateter caso tenha dado errado a tentativa. 
Os materiais comumente usados são o PTFE (politetrafluoretileno) ou poliuretano (mais flexível e associado a menor 
complicação infecciosa, com redução de flebites). 
*Ambiente quente (incubadora) dificulta a punção por deixar mais flexível. 
Os cateteres rígidos podem lesar a camada íntima da veia, contribuindo para a ocorrência de compilações 
(flebite, formação de trombos e obstruções). Não deve ser inserido em regiões de articulações, pelo risco de 
infiltração e rompimento do vaso, além de prejudicar a mobilidade do paciente. Sendo restrito o uso de 
articulações quando for punção intermitente e infusão em dose única. 
O silicone é usado em cateteres de longa duração (cateteres centrais de inserção periférica, cateteres 
tunelizados). Mais resistentes, mais flexibilidade e estabilidade (principalmente térmica, química e enzimática), 
porém apresenta resistência à pressão limitado, precisando de cuidados especiais quando usada em cateteres 
centrais de inserção periférica (PICC). 
 
RECOMENDAÇÕES PARA CATETERES PERIFÉRICOS 
 
HIGIENE DAS MÃOS 
Antes e após a inserção de cateteres e para qualquer tipo de manipulação dos dispositivos. Lavar as 
mãos com água e sabonete líquido se estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos 
corporais. Usar preparações alcoólicas se não estiverem visivelmente sujas. O uso de luvas não substitui a HM. 
Devendo ser realizada antes e após tocar o sítio de inserção do cateter, bem como antes e após a inserção, 
remoção e manipulação ou troca de curativo. 
 
SELEÇÃO DO CATETER E SÍTIO DE INSERÇÃO 
Selecionar o cateter com base no objetivo pretendido, na duração da terapia, na viscosidade do fluido, 
nos componentes do fluido e nas considerações de acesso venoso. 
Não use cateteres periféricos para infusão contínua de produtos vesicantes, para nutrição parenteral com 
mais de 10% de dextrose ou outros aditivos que resultem em osmolaridade final acima de 900 mOsm/L ou 
qualquer solução com osmolaridade acima de 900 mOsm/L. 
Selecionar cateteres com menor calibre e comprimento de cânula. Pois, causam menos flebite mecânica 
(irritação da parede da veia pela cânula) e menor obstrução do fluxo sanguíneo dentro do vaso. 
A agulha de aço deve ser usada somente para coleta de amostra sanguínea e administração de 
medicamentos de dose única. 
As veias de escolha para canulação periférica são as das superfícies dorsal e ventral dos antebraços, não 
usar as veias dos membros inferiores (risco de embolias e tromboflebites). Para pacientes pediátricos, selecionar 
as veias da mão, antebraço e braço. Para menores de 3 anos considerar veias da cabeça. 
Considerar preferência do paciente e sítio no membro não dominante. Evitar regiões de flexão, membros 
comprometidos por lesões como feridas abertas, infecções nas extremidades, veias já comprometidas (flebite, 
Acesso	Venoso	Periférico	–	Módulo	2	 	 	 	 	 	 	 													Daniella	Machado	
Habilidades	em	Procedimentos	IV	–	4º	período	UniEVANGÉLICA							 	 	 	 								TURMA	XXVI	
 
 2 
inflamação, necrose), áreas com infiltração e/ou extravasamento prévios, áreas com outros procedimentos 
planejados. 
 
PREPARO DA PELE 
Deve ser usado um cateter por tentativa de punção. Caso haja sujicidades visível no local da futura 
punção, removê-la com água e sabão antes do antisséptico. 
Técnica do no touch: não encostar na área após aplicação de antisséptico. Realizar fricção da pele com 
solução a base de álcool. O tempo de aplicação de clorexidina (movimentos de “vai e vem”) é de 30 segundos e 
o de PVPI (movimentos circulares) é de 1,5-2 minutos. 
Tricotomia com depilador elétrico ou tesouras. No máximo duas tentativas de punção periférico por 
profissional e 4 no total, pois múltiplas tentativas comprometem o vaso, aumentam custos e riscos de 
complicações. 
 
ESTABILIZAÇÃO 
Preservar integridade do acesso, prevenir o deslocamento do dispositivo e sua perda. Deve ser com uma 
técnica asséptica, não se deve usar fitas adesivas não estéreis e suturas. 
 
COBERTURAS 
Proteger o sítio de punção e minimizar a possibilidade de infecção por meio da interface entre a superfície 
do cateter e a pele, e de fixar o dispositivo no local para prevenir a movimentação do dispositivo com o dano ao 
vaso. A cobertura deve ser estéril, semioclusiva ou semipermeável. Deve ser trocada se houver suspeita de 
contaminação, quando suja, úmida, solta ou com integridade comprometida. Proteger com plástico o sítio de 
inserção e conexões no banho. 
 
FLUSHING E MANUTENÇÃO DO CATETER PERIFÉRICO 
Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes de cada infusão para garantir o 
funcionamento do cateter e prevenir complicações. Dessa forma, prevenisse a mistura de medicamentos 
incompatíveis. 
 
CUIDADOS COM O SÍTIO DE INSERÇÃO 
Avaliar o sítio de inserção do cateter periférico e áreas adjacentes quanto à presença de rubor, edema e 
drenagem de secreções por inspeção visual e palpação sobre o curativo intacto e valorizar as queixas do paciente 
em relação a qualquer sinal e desconforto (dor e parestesia). 
Pacientes críticos: pediátricos (duas vezes por turno), UTI (uma vez ao turno), qualquer idade sedado ou 
Déficit cognitivo (1-2h). 
 
REMOÇÃO DO CATETER 
Avaliar diariamente a necessidade de permanência do cateter. Remover o cateter periférico tão logo não 
haja medicamentos endovenosos prescritos e caso ele não tenha sido utilizado nas últimas 24h. O cateter inserido 
em caráter de emergência sem respeito a técnica asséptica deve ser trocado quanto antes. Remover o cateter 
se tiver suspeita de contaminação, complicações ou mau funcionamento. 
Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96h. Depende de outros 
fatores: avaliação rotineira e frequente das condições do paciente, sítio de inserção, integridade da pele e do 
vaso, duração e tipo de terapia prescrita, local de atendimento, integridade e permeabilidade do dispositivo, 
integridade da cobertura estéril e estabilização estéril. Os pacientes neonatais e pediátricos não devem trocar o 
cateter rotineiramente, mas devem ser submetidos as boas práticas 
 
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
 
DEFINIÇÃO 
Procedimento invasivo que visa a administração de fluidos, administração de medicação, 
hemocompentes, Coleta de Exames Laboratoriais, além da manutenção de um acesso venoso. 
Profissionais: enfermeiros e técnicos de enfermagem. 
Objetivos: garantir administração efetiva de medicação endovenosa e livre de iatrogenias e coletar sangue. 
 
Acesso	Venoso	Periférico	–	Módulo	2	 	 	 	 	 	 	 													Daniella	Machado	
Habilidades	em	Procedimentos	IV	–	4º	período	UniEVANGÉLICA							 	 	 	 								TURMA	XXVI	
 
 3 
CONTRAINDICAÇÕES 
Locais que apresente lesões de pele, flebite e edema. 
Membros com déficit motor e/ou sensitivo ou com fístula arteriovenosa. 
Membro superior homólogo à mastectomia com ressecção de linfonodos. 
Em casos de distúrbios graves de coagulação. 
 
MATERIAIS 
Bandeja 
Medicamento prescrito 
Luvas de procedimento 
Cateter intravenoso periférico (jelco ou Scalp) 
 Multivias (nocaso da utilização de jelco) 
Antisséptico 
Bolas de algodão 
Garrote 
Fixador estéril para cateter periférico 
 
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO 
Reunir material na bandeja. 
Higienizar as mãos, conforme protocolo de Higienização das Mãos/CCIRAS. 
Inserir na seringa a etiqueta de identificação do medicamento. 
Levar a bandeja para leito do medicamento. 
Explicar o procedimento ao paciente. 
Selecionar o local de acesso mais adequado com vistas à indicação e condição do paciente. 
Selecionar o tipo de dispositivo e calibre, levando em consideração idade e condição da rede venosa. 
Para melhor visualização da rede venosa, garrotear 1-15 cm acima do local de inserção proposto (membro 
superior acima das fossas antecubital). 
Em caso de sujicidades visível, no local da futura punção, removê-la com água e sabão antes do 
antisséptico. 
Realizar fricção da pele com solução base de álcool: gliconato de clorexidina > 0,5%, iodopo-vidona – 
PVP-I alcoólico 10% ou álcool 70%. Aguarde a secagem espontânea do antisséptico antes de proceder à punção. 
Tracionar a pele com o polegar abaixo do local a seu puncionado para minimizar a mobilidade da veia. 
Introduzir o cateter venoso na pele, com bisel voltada pra cima, a u ângulo de 15º a 30º, até a cateterização 
do vaso. 
Ao visualizar o refluxo sanguíneo na câmara, reduzir o ângulo e introduzir por 0,5 cm e estabilizar o cateter 
com uma mão paralelamente à pele. 
Soltar o garrote. 
Introduzir o cateter enquanto retira gradualmente a agulha-guia/mandril. 
Após a retirada total da agulha-guia, conectar o equipo previamente preparado. 
Fixar de forma que não interfira na visualização e avaliação do local. 
Retirar o material utilizado e desprezar o perfurocortante em local adequado. 
Identificar o acesso venoso periférico (nome de quem realizou a punção e calibre do dispositivo). 
Observar alguma alteração ao administrar a medicação, caso seja identificado interromper a 
administração e comunicar ao Enfermeiro do Setor ou Médico responsável. 
Higienizar as mãos. Realizar a anotação corretamente e checar medicação realizada. 
 
OBSERVAÇÕES 
Em adultos, as veias de escolha para canulação periférica são as de superfícies dorsal e ventral dos 
antebraços. As veias do membro interior não devem ser utilizadas, pelo risco de embolias e tromboflebites. 
Um novo cateter periférico deve ser utilizado a cada tentativa de punção no mesmo paciente. 
Atentar para sinais flogísticos, flebite, infiltração subcutânea, notificando os eventos em impressos 
disponibilidades pela Segurança do Paciente e Registrar em Prontuário. 
Rolos de fita adesivas não estéreis podem ser facilmente contaminados com microrganismos 
patogênicos. 
Rotineiramente o cateter periférico não deve ser trocado em um período inferior a 96h. Realizar o flushing 
e aspiração para verificar o retorno sanguíneo a cada infusão para garantir o funcionamento do cateter e prevenir 
complicações. 
 
Acesso	Venoso	Periférico	–	Módulo	2	 	 	 	 	 	 	 													Daniella	Machado	
Habilidades	em	Procedimentos	IV	–	4º	período	UniEVANGÉLICA							 	 	 	 								TURMA	XXVI	
 
 4 
 
BIBLIOGRAFIA 
Caderno 4, capítulo 3 – Medidas de Prevenção de Infecção da Corrente Sanguínea. 
ACESSO VENOSO PERIFÉRICO 
Potter, 2013; capítulo 23 (administração de medicamentos parenterais), p. 541. 5ª ed. 
http://biblioteca.cofen.gov.br/cateteres-perifericos-novas-recomendacoes-anvisa-garantem-seguranca-
assistencia/ 
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hu-univasf/acesso-a-
informacao/normas/protocolos-institucionais/Punodeacessovenosoperifrico.pdf 
https://www.fvgcirurgiaplastica.com.br/blog/tipos-de-
anestesia#:~:text=Enquanto%20na%20raquianestesia%20o%20anestésico,primeiras%20horas%20após%20a
%20cirurgia.

Outros materiais