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PERCEPÇÃO Processos Psicológicos Básicos (PPB) – Parte 2 1º. Período Prof. Vinicius PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Capacidade de perceber a distância entre objetos, características tridimensionais. Importância na adaptação do homem ao meio. Como utilizamos esta habilidade? PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE A percepção de profundidade é parcialmente inata, como mostrou o experimento clássico de Gibson e Walk em 1960. No ser humano é evidente a partir dos 6 meses de idade, quando aprendem a engatinhar. Em alguns animais (pintinho, gato, cabra) é inato. Importância evolutiva. PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE A pesquisa sobre penhasco visual (Gibson e Walk, 1960) revelou que muitas espécies percebem o mundo em 3 dimensões no nascimento, ou pouco tempo depois. A esquiva dos bebês aumenta com a experiência. PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Organizamos as imagens que entram em nossas retinas em percepções tridimensionais. A visão dos objetos em 3 dimensões é denominada percepção de profundidade. A percepção de profundidade nos permite estimar a distância da profundidade em relação à nós. PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Como são processados os estímulos visuais, permitindo a percepção de profundidade? Duas formas: deixas binoculares de profundidade e deixas monoculares de profundidade PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas binoculares de profundidade Percepção de profundidade binocular – causada pela disparidade binocular (distância entre os dois olhos) Sobreposição da imagem retinal de cada olho Ex.: colocar o dedo na frente do rosto e observá- lo com cada olho, um por vez Utilidade principal: profundidade de objetos próximos a nós PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas monoculares de profundidade Oclusão: objetos próximos bloqueiam objetos distantes PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas monoculares de profundidade Tamanho relativo: objetos distantes projetam imagem retinal menor do que objetos próximos PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas binoculares de profundidade Perspectiva linear: linhas paralelas parecem convergir a distância PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas binoculares de profundidade Posição relativa ao horizonte: objetos abaixo do horizonte que aparecem mais altos no campo visual são percebidos como distantes. Objetos cima do horizonte que estão mais baixos no campo visual também PERCEPÇÃO DE PROFUNDIDADE Deixas de movimento para a percepção de profundidade: Paralaxe de movimentos: movimento relativo dos objetos de acordo com a distância do observador Aquela percepção de que, ao nos movimentarmos, o que está mais distante se move vagarosamente, e o que está mais perto se move mais rapidamente Percepção de Movimento Precisamos calcular o percurso dos objetos em movimento PERCEPÇÃO DE MOVIMENTO Como percebemos o Movimento? Do ponto de vista psicológico fazemos suposições de movimento. O cérebro computa o movimento com base na suposição de que os objetos que diminuem de tamanho estão se afastando (e não ficando menores), e os objetos que aumentam de tamanho estão se aproximando. Percepção de Movimento A medida que olhamos o percurso de um objeto em movimento, a imagem dele movimenta-se pela retina. Os olhos efetuam movimentos microscópicos para manter o objeto em foco. Comparamos o objeto em movimento ao seu fundo, que normalmente está parado. As vias neurais no cérebro combinam as informações das atividades dos músculos dos olhos, as mudanças da imagem da retiniana e o contraste do objeto em movimento com o seu fundo estacionário. Percebemos o objeto em movimento. Vias neurais diferentes no córtex processam informações sobre profundidade, movimento, formas e cores. Constâncias Perceptuais Tendência a perceber objetos, especialmente os que nos são familiares, como sendo constantes e imutáveis, apesar da mudança sensorial. Pode ser: Constância de Tamanho: percepção de que o objeto mantém o mesmo tamanho, apesar de uma mudança de sua imagem na retina. As dimensões desta mesa são diferentes? Constâncias perceptuais Constância de Forma: tendência a perceber objetos familiares como tendo uma forma fixa sem levar em conta a imagem que esses objetos projetam na retina. Ilusões perceptuais Quando percebemos erroneamente características reais de um objeto. Ilusão de Müller-Lyer: a percepção de profundidade faz com que se perceba um ângulo mais distante. Ilusões perceptivas Qual segmento parece mais longo? As linhas horizontais são paralelas? Você percebe este desenho como sendo plano? A familiaridade com a relação tamanho- distância em um mundo urbano de formas retangulares torna as pessoas mais suscetíveis à ilusão Müller-Lyer. Ilusão de Müller-Lyer Ilusões perceptivas Explicar ilusões exige uma compreensão acerca do modo como transformamos sensações em percepções significativas. Elas revelam o modo como nós normalmente organizamos e interpretamos nossas sensações. Revisão O que é sensação? O que é percepção? O que é figura-fundo? Sobre os princípios de agrupamento, o que é: Semelhança? Fechamento? Continuidade? Proximidade? O que é atenção? Atenção Atenção: como o cérebro seleciona quais estímulos sensoriais descartar e quais transmitir para níveis superiores de processamento Atenção Visual Teoria do reconhecimento automático: identificar automaticamente características primitivas (forma, cor, tamanho, etc.) Encontre o quadrado Encontre o objeto vermelho Encontre o maior objeto Atenção Visual Mas e quando a tarefa exige o reconhecimento de mais de uma característica? Procure o T vermelho Procure o X verde T T T T T T T T T TXX X X X X X XX X Atenção Visual Teoria de dois estágios do processamento visual Processamento começa com extração rápida de características elementares – mapeamento das informações visuais, com um mapa para forma, outro para cor, etc. Depois, os diferentes mapas são combinados - exigência da atenção Tempo de busca se torna maior – busca de conjunção (busca de mais de uma característica) Quanto mais características forem exigidas na busca, maior o tempo Atenção Auditiva Devido a atenção, torna-se difícil realizar duas tarefas simultâneas, especialmente quando as duas são do mesmo mecanismo Ex.: podemos ouvir rádio e dirigir tranquilamente, mas é difícil acompanhar duas conversas diferentes ao mesmo tempo Atenção Auditiva Teoria da Festa do Coquetel Atenção auditiva seletiva Capacidade de focar a atenção a um estímulo auditivo específico, mesmo que ele esteja mais distante do que outro mais próximo A pessoa é capaz de relatar o estímulo mais próximo, mas de forma precária Atenção Seletiva Teoria do Filtro: pessoas tem capacidade limitada de receber informações, por isso somente algumas são processadas em determinado momento Seleção inicial: somente estímulos importantes são selecionados pela atenção Mas será que os demais estímulos são realmente deixados de lado? Atenção Seletiva Seleção tardia: estudos mostram que se a estimulação ignorada for importante de alguma forma, ela é processada também Seleção de informações pela atenção não necessariamente elimina todos os demais estímulos que não estão sendo focados Estudos mostram que informações em que prestamos a atenção são processadas prioritariamente,mas as demais também são processadas, ainda que em nível menor
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