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Semana 5 Mandado de Segurança

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO ...
MICRO INFORMÁTICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ número:..., com sede na rua..., número..., bairro…, na cidade…, no estado:..., CEP:..., representada por seu administrador, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu advogado constituído a que esta subscreve (procuração anexa), impetrar o presente
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO DE LIMINAR
pelo rito especial da Lei n. 12.016/2009, indicando como autoridade coatora o ESTADO X, por ato de ilegalidade cometido pelo DIREITOR DA SECRETARIA DE ARRRECADAÇÃO DO ESTADO, pelas razões de fato e de direito que passa a expor
I- DOS FATOS
A impetrante é contribuinte na relação jurídica tributária com o Estado X, desde (data). 
Ocorre que, os equipamentos (partes e peças) que estavam sendo transportados para empresa impetrante e que seriam utilizados em sua produção foram apreendidos. 
Segundo a Secretaria de Arrecadação Estadual a nota fiscal não registrava a diferença de alíquota devida ao FISCO e não teria, havido, portanto o recolhimento do imposto.
Na ocasião, houve o auto de infração e foi realizado o respectivo lançamento. Ressalta-se que, a impetrante tem uma encomenda para entregar e necessita dos equipamentos apreendidos.
II- DO DIREITO
Excelência, no presente caso, é claríssima a ofensa ao direito de propriedade do impetrante previstos no artigo 5º, XXII e artigo 170, ambos da Constituição Federal.
Isso porque, a abusiva intervenção da autoridade fiscal, apreendendo equipamentos indispensáveis para o exercício da atividade da impetrante, vem lhe causando a limitação de seus serviços, ferindo a dignidade, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, além do mais, tal abusiva atitude, representa autotutela do próprio direito.
Ademais, não é possível que a Administração Pública, impeça o exercício de atividades lícitas em detrimento do pagamento de débitos em seu favor. É o que dispõe a Súmula 70 do STF: “É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para a cobrança de tributo”.
No mesmo sentido a Súmula 323 do STF dispõe que “É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.” E Ainda a Súmula 547 do STF: “Não é lícito a autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais.”
Assim exposta, a conduta ora impugnada em juízo, é lesiva a direito líquido e certo da impetrante e há de ser afastada pelo Poder Judiciário.
Já se manifestou este E. Tribunal de Justiça que “A apreensão de mercadoria pela autoridade fiscal é autorizada apenas pelo tempo necessário à comprovação de possível ilícito fiscal e à lavratura do auto de infração. Após, é direito do proprietário a restituição do bem, não sendo admitida a retenção como meio coativo do pagamento da obrigação tributária” (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2007.059371-9, da Capital, rel. Des. Jânio Machado, j. 27-03-2008).
DO PEDIDO DE LIMINAR
Conforme o disposto no art. 7º, III da Lei n. 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se suspenda o ato que deu motivo ao pedido, quando houver fundamento relevante e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da medida, caso seja finalmente deferida.
O fumus boni iuris caracteriza-se, in casu, pelo abusivo ato impetrado pela autoridade coatora, porquanto não obervados os preceitos constitucionais do livre exercício da atividade profissional do contribuinte.
Da mesma forma, faz-se presente o periculum in mora, que no caso se revela pelo fato de que impetrante deixará de exercer suas atividades econômicas, causando sérios prejuízos não somente à ele, mas também à todos os seus clientes, tendo em vista que estará impossibilitada de cumprir com seus deveres comerciais.
Não resta dúvida, que existindo aparência de um bom direito a ser reclamado no processo principal e existindo fundado receio de que esse direito venha a sofrer lesão grave de difícil reparação, antes do julgamento do processo principal, ocorrem, certamente, os pressupostos retro mencionados, ante a situação eminentemente fática, demonstrando o risco de dano.
Nesta senda, presentes os requisitos, pede a Vossa Excelência. que, LIMINARMENTE, assegure a impetrante o direito de reaver seus equipamentos.
III- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer que Vossa Excelência conceda liminarmente a imediata liberação das peças e equipamentos apreendidos da impetrante, assim com a notificação da autoridade coatora para prestar as informações, nos termos do art.7º, inciso I da Lei n. 12,016/09, assim como a ciência do feito ao órgão de representação (art.7º, inciso II da Lei 12016.
Atribui-se à causa o valor de R$ ... (art.258 do CPC)
Termos em que
Pede deferimento.
(Local), (Data)
ADVOGADO
OAB Nº

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