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Antígona

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Em tempos de conflito e busca por paz, em meados da década de 70, uma grande guerra entre dois povos estava por acontecer. Quatro irmãos, Ana Rosa e Ieda, que eram muito companheiras, e Pedro e Emílio, que viviam discutindo pois nunca chegavam em um acordo em relação a ditadura militar que estava acontecendo na época, Pedro era contra e Emílio a favor. 
(Pedro e Emílio começam a discutir) 
Até que um dia souberam que teriam que participar dessa tal guerra e decidiram não brigar mais por respeito ao próximo. 
(Pedro e Emílio recebem a intimação) 
PEDRO: - Certo Emílio, cansei de discutir, eu nunca vou concordar com sua opinião e você nunca vai concordar com a minha. 
EMILIO: - Tem razão Pedro, ainda mais agora que vamos guerrear, acho melhor esquecer isso por um tempo, lembrar que nos amamos e focar na guerra, porque ambos sabemos que podemos não sobreviver. 
PEDRO: - É verdade Emílio.
(Pedro e Emílio se abraçam e saem de cena) 
Depois de meses de preparo, chegou o dia da guerra, a matança foi muita, e vários protestos hippies aconteceram, e uma tragédia aconteceu por acidente, Pedro e Emílio acabaram se matando na hora da confusão causando tempos de tormento para suas irmãs. 
(Ana Rosa e Ieda recebem a notícia) 
ANA ROSA: - Não é possível! Não pode ser! Não! 
IEDA: (abraçando Ana e chorando) - Como isso pôde acontecer? Como? Porque Deus? Eles se amavam tanto... 
Horas depois da guerra, o ditador Carlos chamou toda a cidade para uma reunião, anunciando a morte de Pedro e Emílio. 
CARLOS: - Bem, mesmo depois da vitória, infelizmente tivemos aqueles que morreram como heróis nessa guerra. Emílio, uma pessoa que todos conheciam e que sempre honrou nosso povo, foi assassinado por um cruel homem... 
(Ana Rosa grita do meio da plateia interrompendo o ditador) 
ANA ROSA: - O que você está falando seu louco? Que mentira! 
(Todos se calaram e deram atenção a ela) 
ANA ROSA: - A verdade é que meu amado irmão Emílio, foi por acidente, assassinado por meu outro irmão Pedro na maldita confusão, mas como Pedro nunca foi a favor da ditadura, agora ele é considerado como um cruel homem. Seu egoísta! 
CARLOS: - Peguem-na! 
(Ieda puxa o braço de Ana e as duas saem correndo de lá) 
Saindo dali, Ana Rosa e Ieda descobrem que o único corpo que foi retirado do campo de batalha para ser enterrado foi o de Emílio, e o de Pedro continuou jogado proibido de receber uma sepultura. 
Sabendo disso, Ana e Ieda começam a discutir. 
ANA ROSA: - Ieda, como eles podem fazer isso com Pedro? De onde saiu tamanha injustiça? Não acha? 
IEDA: - Acho Ana, acho sim. 
ANA ROSA: - Ah, mas eu não vou deixar isso barato! Vou lá agora! Vou dar o que Pedro merece! 
Ana Rosa sai correndo em direção ao campo de batalha da guerra em busca do corpo de seu irmão e acaba sepultando ele ali mesmo, Ieda tenta impedir mas não consegue. 
No dia seguinte, Carlos recebe a notícia do túmulo e logo desconfia de Ana Rosa. 
CARLOS: - Como assim? Túmulo? Tragam-na até aqui agora! 
Logo após a ordem, Ana Rosa e Ieda foram levadas pelos cabelos até o ditador. 
CARLOS: - Aqui estão, as mulheres que querem ser gente! Então foram vocês que sepultaram aquele corpo mesmo depois da minha proibição, não foram? 
ANA ROSA: - Fui eu mesmo, não me envergonho disso, porque era o mínimo que Pedro merecia depois de tudo que ele passou! O que você fez não passa de uma injustiça! Mas Ieda não fez nada, inclusive tentou me impedir. 
CARLOS: - Ora, quem é você para julgar minhas atitudes? Sei o que faço! E você? Não participou mesmo desse ato ridículo? 
IEDA: - Não, não fiz nada, mas Ana não teve culpa, ela fez sem pensar! 
CARLOS: - Mas então sabia que ela iria fazer o túmulo? 
IEDA: - Sim, sabia, mas tentei impedir! 
CARLOS: - Então você é cúmplice! Pode punir ambas! Que sejam torturadas para aprenderem seu lugar e nunca mais me desobedecerem! 
Ana Rosa e Ieda acabaram sendo levadas para uma sala de tortura, onde usaram métodos de choques elétricos, afogamentos e pancadarias, por dias, até a morte.

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