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Resumo Teorias Contemporaneas 2

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Resumo Teorias Contemporaneas 2
 	O Positivismo se baseia num certo empiricismo. A validação de tal conhecimento depende de uma correspondencia entre ele e o mundo observado. Isso é mais facil de identificar na fisica, nas ciencias naturais...mas para que isso opere tenho que acredtar que existe um mundo real (nem todos acreditam)
 	É necessario que haja a separação entre o que está sendo estudado e o sujeito que está pesquisando, de que a minha posição nesse processo é irrelevante, de mero observador. O segundo elemento é a unidade metodologica da ciencia. A crença de que podemos usar a mesma forma de introdução de conhecimento das ciencias naturais pra ciencias sociais. De que existe uma metodologia unica que pode ser aplicada para ambas (naturalismo). Por exemplo, o funcionamento da sociedade nao difere tanto do comportamento de uma floresta, dos átomos...a sociedade opera como um laboratorio.
 	A teoria da paz democratica é um exemplo da logica de investigação positivista e de produção do modelo dedutivo monologico. Se estabelece, de acordo com dados empiricos, uma relação entre democracia e guerra. Definiram os dois conceitos (democracia e guerra) e depois, definem a relação. Quando ha mais democracia, ha menos guerra. -> relação de causalidade e temporalidade
 	O terceiro elemento : se é possivel separar o sujeito do objeto, uma das consequencias fundamentais é que possamos separar os valores dos fatos que o sujeito estuda. Isso é menos relevante p ciencias naturais, mas é fundamental pras sociais. Que esse sujeito consiga se descolar desse mundo empirico, e pra isso é preciso acreditar que é possivel ter conhecimento neutro.
 	E Quais sao os problemas ? pq tantos autores criticaram as inflencias do positivismo nas r.i ? Uma das ideias é que o positivismo apresenta uma definição tao estreita do que seria a verdade e do melhor jeito de conhecer a verdade que acaba silenciando qualquer questionamento daquilo. Nao que esteja errado, mas é um problema termos esse valor de que é o ‘’melhor’’ ou o unico jeito de obter conhecimento. Até o realismo de morgenthau trazia a necessidade do empiricismo: é preciso entender o mundo como ele é, nao adianta depositar a forma como eu quero que ele seja. 
 	No realismo estrutural ha um excesso da abstração. Isso incomoda pois chega a um nivel que parece que é uma teoria que torna possivel falar de uma politica de destruição em massa como algo absolutamente natural -> um dos motivos pelos quais o realismo é saco de pancadas da matéria e dos autores. Em alguma medida o realismo estrutual tornou possivel a proliferação de uma logica de conflito tecnologico, como se isso fosse algo absolutamente natural e, temos derivações disso até hoje.
 	A influencia do positivismo foi criar ou sedimentar algumas concepções sobre a propria disciplina (auto-imagens, no termo do steve smith) -> essa coletania é bem famosa, marcou o movimento, é uma tentativa de dialogo entre os autores positivistas e essa nova corrente dos pós-positivistas, feministas, construtivistas etc.
 	Smith fala sobre como a influencia positivista legitimou uma determinada concepção da propria area das r.i. O positivismo olhou pro passado da disciplina e construiu determinadas narrativas sobre a evolução da discussão que desembocaram aqui nesse momento em que estamos. Quase como se projetassemos nosso lugar hoje a partir de uma leitura do passado.
 	A importância das auto-imagens é mostrar que, em alguma medida, nós tenhamos a postura de tentar identificar a critica positivista, onde autores e teorias conversam e onde discordam.
 	Dentro das auto-imagens, ha o embate entre os institucionalistas e os neorealistas, que consolidou o programa racionalista das r.i. Apesar do debate, algumas premissas fundamentais positivistas das r.i. não são questionadas, como a crença de que sao autores utilitarios, que a razao é a força motriz dos processos de interação, e da crença no conhecimento cientifico. Dessa forma, tanto realistas estruturais quanto institucionalistas tem como foco a produção da ordem. Os realistas estruturais vao dizer que a ordem se produz em função da estrutura e para os institucionalistas, essa ordem nao se produz apelas com a distribuição de capacidades, mas tbm por meio da institucinalização de alguns padroes de comportamento. Eles criam o conceito de regimes internacionais como sendo uma ideia que permite identificar esses mecanismos de institucionalização. 			 Regimes sao o conjunto de regras, normas e padroes de comportamento que estruturam nao so a forma como os atores agem no sistema mas que criam espectativas de como eles vao reagir em função de determinadas circunstancia. Cria-se oq esses autores vao chamar de uma sombra do futuro. Neorealistas vao dizer ‘’posso sair do regime’’ e os inst vao dizer nao é facil sair do regime, tem um custo. E por vezes o custo pra sair é mt maior do que o custo de permanecer, normalmente é.
 	É um debate entre duas correntes acerca de como se produz ordem no sistema, que partem de premissas relativamentes comuns, de que os Estados sao racionais, de que sao os atores mais importantes do sistema, mas que discordam sobre o lugar das instituições e dos mecanismos de cooperação como sendo relevantes ou nao pra produção de estabilidade.
 	Sobre os pos positivistas é importante frizar que é um campo tao heterogeneo. O que os une é contra quem eles estao falando -> tem um inimigo comum mas constroem essas criticas de jeitos bem diferentes (exemplo : nem todas as feministas sao reflexivistas, algumas sao positivistas)
 	Um outro debate nas auto-imagens diz respeito a uma pergunta importante : quem é o sujeito nas ri ? nao só no sentido de quem age, mas tbm de quem é o sujeito de direitos no plano internacional, os Estados ou os indivíduos. Alem disso, ha os fundacionistas e anti-fundacionistas. Essa parte das auto-imagens fala sobre a dificuldade de sair de sua bolha e dialogar com outras noções de mundo. Hoje mesmo vivemos esse contexto da dificuldade do dialogo. 
 	. Uma pergunta fundamental é como escolhemos entre diferentes teorias ? Como tomamos uma posição de julgar entre uma e outra ? (um exemplo atual é a frase ‘’bandido bom é bandido morto’’. Contra a idea de que toda vida tem valor absoluto, e nao relativo. Mas como saber qual ‘’opinião’’ escolher ?)
 	São valores em conflito e a resposta não é simples. Em comunidades politicas, temos constituições q definem o que deve ser feito, o que é ‘’certo’’ e ‘’errado’’ e, quando temos que balancear, nos seguramos nesse poder, judiciario. No campo teorico, temos q fazer um exercicio similar. Abordagens que partem de valores antagonicos. Devemos criar mecanismos para nos posicionarmos. O debate entre fundacionistas e anti fundacionistas tem a ver com a resposta dessa pergunta : Como julgamos as teorias ? Para alguns autores existe um fundamento, a partir do qual podemos avaliar as diferenças (os positivistas sao fundacionistas. Eles vao dizer q o criterio de avaliação das teorias é sua capacidade de produzir um conheciento valido e relevante). Eles acreditam q existe umc criterio a partir do qual podemos julgar. Mas tem autores dizer que nao, nao existe esse criterio. até porque eles acham acreditam que o mundo externo inexiste. Por exemplo, como saber se o conhecimento q produzo sobre essa cadeira é valido se eu sequer acredito que ela existe ? Esse questionamento traz a idea de que toda vez que opto por ler um problema a partir de uma determinada visao, eu estou tomando uma postura normativa.
 	Devemos então nos colocar em um lugar de ceticismo. Desconfiando por um lado de qualquer narrativa que nos de uma visao simplificada da area e de qualquer narrativa que nos venda que uma unica resposta é possivel. E esse lugar cetico requer que também façamos uma escolha e sejamos responsaveis por ela. Nós faremos essas escolhas, racionais e emocionais. Temos diferentes teoricos e formas de escrita etc...que mobilizam os nossos dejesos e afetos e tem convencimentos também. É importante construirmos umajustificação do porquê estamos tomando essas decisões. 
 	Positivismo : Problematização da falta de coordenação entre teoria e prática. O texto diz que as teorias do mainstream das Relações Internacionais possuem vácuos, pois silenciam algumas questões, como por exemplo, o advento do nazismo no pós primeira guerra mundial e a ocorrência do Holocausto. Existem temáticas que as teorias positivistas são incapazes de abordar por não aceitarem a dimensão social como realmente relevante para a produção de conhecimento. No texto de Smith diz que o positivismo segue determinadas epistemologias. Suas primícias são a unidade da ciência, a auto evidência da sociedade, a regularidade do mundo social e o empirismo

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