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o espaço e o meio ambiente

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Centro Universitário
Internacional Uninter
Laureci Muller, RU 12 44 625
PORTFÓLIO UTA
O ESPAÇO GEOGRÁFICO E O MEIO AMBIENTE
FASE II
CANOINHAS
2016
Centro Universitário
Internacional Uninter
Laureci Muller, RU 12 44 625
PORTFÓLIO UTA –
O ESPAÇO GEOGRÁFICO E O MEIO AMBIENTE
Trabalho apresentado a UTA –, O espaço geográfico e o meio ambiente, das disciplinas de Curso de Licenciatura em Geografia, História, Matemática e Letras da Faculdade Internacional de Curitiba. Coordenadora: Andréia Gusmão Nogueira
Tutora Presencial: Claudia R. Lima Nogueira
Centro Associado: Canoinhas
CANOINHAS
2016
OBJETIVO
Temos adquiridos durante milênios da nossa existências, conhecimentos que se acumulam e enriquecem nossa cultura, pois somos um povo miscigenado por diversas raças e costumes de um mesmo território vivendo em harmonia. Ainda temos resquícios de racismos e preconceitos, mas evoluímos cada dia sabendo dar a importância necessária, as manifestações culturais, temos o reconhecimento mundial, do valor da nossa cultura e nos identificamos e nos orgulhamos por essa gama de manifestações que embelezam e enriquecem nosso pais dando qualidade ao nosso modo de vida. Nosso povo de cor da pele, na altura, na forma dos olhos, no cabelo, no sexo e em muitas outras características físicas. Também escolhemos diferentes opções em nossas crenças religiosas, nossos valores, nossos modos de estabelecer os laços familiares, no modo como assumimos os papéis de homem e mulher e em tantos outros aspectos da organização da vida em sociedade. Temos diversidades nas características de nosso mundo subjetivo. Dentro de uma sociedade, ainda, o acesso às riquezas materiais e simbólicas resulta em diferentes possibilidades de organizar a vida. 
A diversidade cultural que existem entre o ser humano, é muito diferente de região pra região a linguagem, danças, vestuário e outras tradições como a organização da sociedade. A diversidade cultural é algo associado à dinâmica do processo associativo, com a diversidade que diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. Sendo práticas e ações sociais e culturais de representação de uma população em um mesmo território que seguem um padrão determinado no espaço tempo desse povo. Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e preenchem a sociedade.
INTRODUÇÃO
Território, Cultura e Representação.
A cultura é a expressão maior da diversidade entre povos e raças, regiões e territórios, em cada canto de território há uma manifestação de cultura como produto da herança histórica. Cultura local que interage com a cultura global por meio das mídias globais que tão rapidamente exercem influência e criam poder. Há, inegavelmente, uma associação entre economia, sociedade, cultura, poder. Trata-se, na verdade, de um somatório das atividades humanas em algum lugar do mundo. Até então, algumas dessas variáveis encontravam-se fechadas em sociedades arcaicas. Porém, as fronteiras do conhecimento e da informação abrem o grande baú das riquezas culturais em todas as territorialidades-mundo. A interação vai mesclando, formando novas manifestações culturais e artísticas; permanecem, ainda, assim, as tradições de suas identidades nacionais.
As concepções de território e de paisagens são abordagem cultural de um ponto de vista no qual se deve permear mais humanidade ao ler o espaço, isto é, considerar como os homens criam os territórios e paisagens, como atribuem para um significado e lhes dão sentido. Para isso devemos apreender que no espaço a materialidade está banhada de elementos materiais. Procurando refletir sobre essa dimensão humana e a cultural com o enfoque nos territórios culturais e na representação delas.
Nos territórios culturais ou de representações, muitas vezes, sejam encaminhadas de forma enviesada e desprovida de um real entendimento do que seja a cultura, a identidade e as representações, é inegável que tal processo instiga um olhar mais apurado sobre as articulações que se processam entre território, cultura e representação. Assim articula uma dialética entre a construção material e a construção simbólica do espaço, que unifica num mesmo movimento processos econômicos, políticos e culturais. A compreensão explicitada destaca a importância das dimensões mais objetivas, permite também realçar, na análise dos territórios, os aspectos voltados para os elementos subjetivos e simbólicos enfatiza tal acepção ao afirmar que território é também objeto de operações simbólicas, as expressões culturais materializam-se no espaço e demonstram que a dimensão cultural talha os indivíduos, define os meios de se relacionarem, de organizarem o espaço e de se organizarem nele. Diante de tais considerações, evidenciam a relação entre território e cotidiano, dimensão territorial e dimensão cultural, ao mesmo tempo em que os discutem. No caso de paisagens culturais, o Brasil ainda carece de uma legislação específica. O Brasil assumiu o compromisso ético de proteger os bens inscritos na lista do Patrimônio Mundial, define-se o patrimônio cultural brasileiro e, no inciso são definidos os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico. Isso revela que a paisagem é percebida como um dos elementos centrais na cultura, um conjunto ordenado de objetos passível de ser interpretado, repetimos, como um texto e que atua como uma criadora de signos pelos quais um sistema social é transmitido, reproduzido, vivenciado e explorado.
A compreensão dessas relações permite afirmar que a apreensão dos vínculos entre território e cultura é de extrema importância para o olhar geográfico, às bases territoriais para muitos, pode parecer um contra senso falar em concepção idealista de território, tamanha a carga de materialidade que parece estar naturalmente incorporada ao termo. Não se trata, contudo, de discutir a primazia de uma ou de outra dimensão na análise do território, mas considerá-lo em sua totalidade, o que certamente suscita o reconhecimento e a importância de levar em conta tanto as dinâmicas materiais quanto as imateriais, quando. O território pode ser concebido a partir de múltiplas relações de poder, do poder mais material das relações econômico-políticas ao poder mais simbólico das relações de ordem mais estritamente cultural. Ao produzirem sentidos sobre a nação com os quais podemos nos identificar, as culturas nacionais constroem identidades, a questão da representação, seja na era pré-moderna ou em sociedades mais tradicionais, estava vinculada à tribo, à religião e à região em que as pessoas viviam.
No entanto, nas sociedades ocidentais, a identificação passa gradativamente à cultura nacional. Assim, como discurso para construção de sentidos que orientam nossas ações e concepções, inclusive de nós mesmos, a cultura nacional constitui-se em uma noção de cultura distintivamente moderna. A formação de uma cultura nacional pode criar padrões de alfabetização, generalizar uma língua dominante, manter instituições culturais nacionais, bem como um sistema educacional nacional. Contudo, as culturas nacionais devem ser pensadas como dispositivos discursivos que representam as diferenças como unidade ou identidade. Elas são atravessadas por profundas divisões e diferenças internas, sendo unificadas apenas através do exercício de diferentes formas de poder cultural. Mais uma vez, concordando com o que, ressalta-se a necessidade de considerar a intensa relação entre os elementos materiais e imateriais que compõem o processo de produção social. Reconhecendo a riqueza que o entrecruzamento de proposições teóricas possibilita, como organização do espaço, pode-se dizer que o território responde em sua primeira instância, a necessidades econômicas, sociais e políticas de cadasociedade e culturais, por isso, sua produção está sustentada pelas relações sociais que o atravessam. Sua função, porém, não se reduz a essa dimensão instrumental, sendo também um objeto de operações simbólicas, sendo projetada suas concepções de mundo. Levando em conta tais aspectos, território desdobra-se em territorialidade, conceito que tem sido utilizado para enfatizar as questões de ordem simbólica e cultural e o sentimento de pertencimento. 
Diferença de cultura território e representações.
O nosso território é de grande expansão com muitas forma de culturas e costumes diferenciados de cada religião, os estudos teóricos da Geografia Humanística, em sua vertente aliados às outras abordagens interdisciplinares, permitem proporcionar o aprofundamento na investigação e interpretação e estão compreendendo a valorização dos significados e valores construídos a partir de experiência, onde o próprio povo está disposto a ajudar a resgatar as culturas e representações que foram se perdendo ao longo dos tempos, trazendo uma grande experiência e força de vontade humana por meio de uma ciência da experiência e da reflexão, observando-se as coisas tal como elas se manifestam em sua pureza original. É a investigação daquilo que é genuinamente possível de ser descoberto e que está potencialmente presente, mas que nem sempre é visto, abandonando os conceitos pré-concebidos, ao que denomina alguns tabus que vieram sido trazidos ao longo da evolução. Uma das grandes contribuições do povo foi acreditar que poderia ser feito um mundo para ser vivido sem discriminação das culturas que representa o conjunto de coisas, valores, bens e mitos inerentes a um mundo subjetivo que poderia variar de pessoa para pessoa. Esta cultura pode ser vivida e construída a partir da troca de significações, no qual cada indivíduo com seus valores sociais e culturais é portador de uma representação de seu território. Esse processo de ensino-aprendizagem da população tem demonstrado olhares crítico e investigativo sobre uma cultura quase esquecida. Até as escolas já estão buscando incentivar os alunos a resgatar essas cultura do nosso território, onde as aula, cujas práticas conjuntas têm resultado em trabalhos e projetos com perspectivas reais do território e cultura de representações sendo gerador de significados, os quais configuram a construção do mundo vivido socialmente, subjetivo, derivado do contato com outras pessoas e o mundo vivido na cultura, construído um novo horizonte sobre cultura, abrindo assim discussão e aplicação em vários estudos de geógrafos humanistas. Onde destaca a importância dos lugares, do mundo vivido, dos significados e das representações, buscando uma concepção de mundo, diversa coisa positivista, e, relacionando de maneira integral o homem e seu ambiente. As relações do homem com o meio através de uma perspectiva vivencial e existencial convertem o espaço geográfico em um espaço vivido, no qual se fundamenta na observação participativa ou no trabalho de campo experimental, permitindo a descrição do mundo cotidiano da experiência imediata ao homem, da paisagem em que vive.
Essa carga de cultura veio a agrupar experiências ambientais em grupo, ou seja, em grupos de indivíduos que pelos motivos vejam, vivam, sintam o território em que se relacionam com ele, de caráter de utilidade de todo o fato cultural, sempre inscrito dentro de uma perspectiva prática, ativa e potencial, do qual se deriva uma explicação que só é satisfatória à medida que é aprofundada sobre a compreensão das intenções e das atitudes humanas. A fonte legítima do conhecimento é a explicação centrada sobre as experiências vividas cotidianamente e contextualizadas a partir dos instrumentos culturais que lhes são relativos. Fazendo uma a análise da cultura representativa nota-se uma postura de investigador, com o intuito de desvendar as relações espaciais simbólicas impressas pelos valores e sentimentos, assim como as representações que figuram, nesse território com tantas cultura e costumes diferentes. 
 É impossível tratar de cultura, representação sem introduzir os objetos e os lugares que definem esse território com diferentes maneiras de sentir ou mesmo viajam para lugares com imagens e sentimentos nesse complexos, compreendendo o que as pessoas sentem sobre o nosso território e cultura nos leva a um pais com muitos outro dentro dele mesmo. O nosso pais se torna uma dialética, pois dele emergem diversidades, desigualdades, tensões, confluências, acomodações e contradições em relação a economia em diferentes parte do nosso pais, prevalecendo uma heterogeneidade onde se aprofundam diferenças sociais internas e externas. Para falarmos um pouco de cultura representações pode se constituir em objeto fascinante, que foram escolhidos exemplos que manifestam o simbólico e a historicidade, de nosso pais entretanto, são símbolos poderosos do poder presidencial de um povo de várias etnias. São os casos de Casas Velha da Pontes, igrejas e na arquitetura majestosa dos casarios, festas e comidas que foram tombadas como patrimônio da humanidade, tem um significado simbólico intenso para um território e sua cultura.
O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil. Aspectos como a culinária, danças, religião são elementos que integram a cultura de um povo. A diversidade cultural refere-se aos diferentes costumes de uma sociedade, entre os quais podemos citar: vestimenta, culinária, manifestações religiosas, tradições, entre outros aspectos. O Brasil, por conter um extenso território, apresenta diferenças climáticas, econômicas, sociais e culturais entre as suas regiões. As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais.
Nordeste
Os estados que compõem a região Nordeste são: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Esse complexo regional apresenta grande diversidade cultural, composta por manifestações diversificadas. Portanto, serão abordados alguns dos vários elementos culturais da região em destaque. O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Milhares de turistas são atraídos para o carnaval nordestino, que se caracteriza pela riqueza musical e alegria dos foliões.
Carnaval de Olinda
O coco também é conhecido por bambelô ou zamba. É um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro. É uma dança de roda ou de fileiras mistas, de conjunto, de pares, que vão ao centro e desenvolvem movimentos ritmados. O maracatu é originário de Recife, capital de Pernambuco, surgiu durante as procissões em louvor a Nossa Senhora do Rosário dos Negros, que batiam o xangô, (candomblé) o ano inteiro. O maracatu é um cortejo simples, inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma mistura de música primitiva e teatro. Ficou bastante conhecido no Brasil a partir da década de 1990, com o movimento manguebeat, liderado por Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, entre outros. O Reisado, ou Folia de Reis, é uma manifestação cultural introduzida no Brasil colonial, trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de natal e reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir do dia 24 de dezembro, saem os vários Reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. Os participantes dos Reisados acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino Jesus, em Belém. As festas juninas representam um dos elementos culturais do povo nordestino. Essa festa é composta por música caipira, apresentaçõesde quadrilhas, comidas e bebidas típicas, além de muita alegria. Consiste numa homenagem a três santos católicos: Santo Antônio, São João e São Pedro. As principias festas juninas da região Nordeste ocorrem em Caruaru (PE) e Campina Grande (PB).
Festa junina em Campina Grande (PB)
Bumba meu boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois é preciso ressuscitá-lo. O espetáculo é representado por um boi construído em uma armação de madeira coberta de pano colorido. Ao final, o boi é morto e em seguida ressuscitado. O frevo surgiu através da capoeira, pois o capoeirista sai dançando o frevo à frente dos cordões, das bandas de música. É uma criação de compositores de música ligeira, especialmente para o carnaval. Com o passar do tempo, o estilo ganhou um gingado composto por passos soltos e acrobáticos. Quilombo é um folguedo tradicional alagoano, tema puramente brasileiro, revivendo a época do Brasil Colônia. Dramatiza a fuga dos escravos que foram buscar um local seguro para se esconder na serra da Barriga, formando o Quilombo dos Palmares. A capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos e é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Rapidamente adquiriu adeptos nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. O instrumento utilizado durante as apresentações de capoeira é o berimbau, constituído de arco, cabaça cortada, caxixi (cestinha com sementes), vareta e dobrão (moeda).
Roda de Capoeira
A festa de Iemanjá é um agradecimento à Rainha do Mar. A maior festa de Iemanjá ocorre na Bahia, no Rio Vermelho, dia 2 de fevereiro. Todas as pessoas que têm “obrigação” com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. Nesse evento cultural há o encontro de todos os candomblés da Bahia. Levam flores e presentes, principalmente espelhos, pentes, joias e perfumes. Lavagem do Bonfim é uma das maiores festas religiosas populares da Bahia. É realizada numa quinta-feira do mês de janeiro. Milhares de romeiros chegam ao Santuário do Senhor do Bonfim, considerado como o Oxalá africano. Existem também promessas católicas de “lavagens de igrejas”, nas quais os fiéis lavam as escadarias da igreja com água e flores. Candomblé consiste num culto dos orixás que representam as forças que controlam a natureza e seus fenômenos, como a água, o vento, as florestas, os raios, etc. É de origem africana e foi introduzido no país pelos escravos negros, na época do Brasil colonial. Na Bahia, esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco, nomeia-se xangô, no Maranhão, tambor de menina.
Candomblé
A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais variados assuntos: desafios, histórias ligadas à religião, política, ritos ou cerimônias. É o estilo literário com o maior número de exemplares no mundo. Para os nordestinos, a Literatura de Cordel representa a expressão dos costumes regionais. A culinária do Nordeste é bem diversificada e destaca-se pelos temperos fortes e comidas apimentadas. Os pratos típicos são: carne de sol, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão-verde, canjica, tapioca, peixes, frutos do mar, etc. As frutas também são comuns, como por exemplo: manga, araçá, graviola, ciriguela, umbu, buriti, cajá e macaúba. O artesanato da região Nordeste é muito variado, destacam-se as redes tecidas, rendas, crivo, produtos de couro, cerâmica, madeira, argila, as garrafas com imagens produzidas de areia colorida, os objetos feitos a partir da fibra do buriti, entre outros.
Região Norte
A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa. As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, em Belém (PA); e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi-bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas. Outros elementos culturais da região Norte são: o carimbó, o congo ou congada, a folia de reis e a festa do divino. A influência indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. Outros alimentos típicos do povo nortista são: carne de sol, tucupi (caldo da mandioca cozida), tacacá (espécie de sopa quente feita com tucupi), jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta-de-cheiro, picadinho de jacaré e mussarela de búfala são muito populares. As frutas típicas são: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti. Os estados que compõem a região Norte do Brasil são: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Essa é a maior região brasileira em extensão territorial (3.853.397,2 km²), corresponde a aproximadamente 42% do território nacional e seu contingente populacional é de 15 milhões de habitantes, composto por indígenas e imigrantes: gaúchos, paranaenses, paulistas, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos. Todos esses fatores contribuem para a pluralidade cultural, composta por diversas danças, crenças, comidas, festas, dentre outros aspectos que integram a cultura de um povo. Os índios realizam inúmeros rituais, cada tribo expressa sua crença e tradição, havendo diferenciação nos elementos culturais. Em suas celebrações, os índios normalmente, se pintam e usam vários acessórios, por motivos de vaidade ou questões religiosas.
Celebração indígena
O Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas realizadas no Brasil e no mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da cidade de Belém, capital do estado do Pará, ato representado por um grandioso espetáculo em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus. A Festa do Divino é de origem portuguesa. Uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo. Os festejos iniciam-se após a quaresma, com a saída da bandeira do Divino. A bandeira é vermelha e possui uma pomba branca, além de várias fitas coloridas. Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância, realizado na região Norte. A Folia de Reis é uma manifestação cultural muito comum nos estados que compõem a referida região, na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo, encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados relacionados a essa festa, afirmam que sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, simbolizando a comemoração do nascimento de Cristo.
Os Três Reis Magos
Na cidade de Taguatinga, localizada no sul do estado do Tocantins, as Cavalhadas acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual inicia-se com a benção do sacerdote aos cavalheiros, juntamente com a entrega das lanças usadas nos treinamentos para a batalha ao imperador, simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador. É a representação de uma batalha de cunho religioso entre mouros e cristãos, na qual estes últimos acabam vencendo, e ocorre a submissão dos mouros ao cristianismo. O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica no que se refere à religiosidade. É popular em toda a região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. A congada é a representação da coroação do rei e da rainha, eleitos pelos escravos, e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. O término ocorre na igreja com a realização do batizado dos infiéis. O Boi-Bumbá é uma vertente do Bumba Meu Boi, muito praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, correspondendoà primeira expressão de teatro popular brasileiro. O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do Boi-Bumbá, realizado desde 1913. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho) e o Boi Caprichoso (azul), sendo destinadas a elas três horas para cada apresentação. São três noites de apresentação, nas quais são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais, como: lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos. Anualmente, aproximadamente 35 mil pessoas prestigiam essa manifestação cultural.
Festival de Parintins
O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São produzidos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.
Destacam-se os trabalhos artesanais indígenas, muito utilizados como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajás são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado. O capim dourado é muito utilizado pelos artesãos tocantinenses, é uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites e suplast. Hoje são confeccionados aproximadamente 50 tipos de produtos, com uma característica peculiar - todos com formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada. 
Artesanato realizado com capim dourado
A culinária é influenciada pela cultura indígena, baseada na mandioca e em peixes. A carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus, o tacacá é tomado direto na cuia indígena, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao tucupi, do Pará. Outros elementos da culinária nortista são: tapioca, farofas, canjica, mingau, mundico-e-zefinha (doce de cupuaçu com queijo de Marajó, feito com o leite de búfala), ariá (espécie de rabanete), etc.
Centro-Oeste
A região Centro-Oeste é composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e pelo Distrito Federal. Sua cultura é bem diversificada, com elementos da cultura indígena, dos imigrantes paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. As principais manifestações culturais no estado de Goiás são: a Procissão do Fogaréu e as Cavalhadas. A Procissão do Fogaréu ocorre na cidade de Goiás durante as comemorações da Páscoa, realizadas na quarta-feira da Semana Santa. Esse evento simboliza a busca e a prisão de Cristo. Atrai aproximadamente 10 mil turistas, sendo o único lugar do Brasil que realiza essa manifestação cultural. Em Pirenópolis, ocorre uma das mais significativas Cavalhadas do Brasil, é uma apresentação teatral ao ar livre que representa uma batalha medieval entre cavalheiros cristãos (vestidos de azul) e cavalheiros mouros (vestidos de vermelho). Essa é uma das principais atrações turísticas da Festa do Divino de Pirenópolis.
Cavalhadas em Pirenópolis
Outro elemento da cultura goiana é o tear manual, que em muitos lugares tornou-se peça de museu. No entanto, em alguns municípios goianos ainda são encontradas tecelãs confeccionando várias peças de tecido, agora valorizadas pelo turismo. A culinária destaca-se pelos pratos típicos, como a galinhada com pequi e guariroba, o empadão goiano e os diversos frutos do cerrado. 
O Mato Grosso apresenta como manifestação cultural o cururu, que pode ser dançado ou em forma de desafio entre violeiros. A dança é realizada somente por homens em círculos, ao som da viola de cocho, o reco-reco e o ganzá. Já os desafios são feitos por dois repentistas, e o tempo é determinado pelo público. É um evento realizado, principalmente, durante as festas do Divino e de São Benedito.
Cururu
Outros elementos da pluralidade cultural do Mato Grosso são: Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho. Destacam-se como elementos da culinária mato-grossense: o bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isael e farofa de banana. O artesanato é bem diversificado, destacam-se os objetos produzidos através da cerâmica, as redes bordadas, as bolsas elaboradas com capim-dourado, a viola-de-cocho, entre outros. Os elementos culturais do Mato Grosso do Sul apresentam grande semelhança com os do Mato Grosso. Destacam-se as danças, como o cururu, siriri e guarani. As festas juninas são comemoradas com apresentações de quadrilhas, numa tentativa de resgate folclórico. A culinária recebe bastante influência do Paraguai, desse país vem o gosto pelo mate gelado, ou tererê. Também de influência paraguaia, são as chipas (espécie de pão de queijo) e a sopa paraguaia. De origem boliviana, as saltenas, pastéis assados e recheados com frango, são outro prato de grande importância da culinária estadual. Destacam-se também na culinária local: o arroz carreteiro com guariroba, pamonha de milho verde e os pratos à base de peixes. O Distrito Federal tem sua população composta por imigrantes de todas as regiões do Brasil, esse fato interfere diretamente na sua construção cultural. Apresenta grande diversidade na culinária, sotaques, costumes, comidas típicas e músicas. São principalmente nordestinos, goianos, mineiros e paulistas, os responsáveis pela caracterização cultural do Distrito Federal.
Região Sudeste
Os principais elementos da cultura regional são: festa do divino, festejos da páscoa e dos santos padroeiros, congada, cavalhadas, bumba meu boi, carnaval, peão de boiadeiro, dança de velhos, batuque, samba de lenço, festa de Iemanjá, folia de reis, caiapó. A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, pão de queijo, feijão-tropeiro, carne de porco, feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho, virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza, etc. Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo são os estados que integram a região Sudeste do Brasil. As manifestações culturais são muito diversificadas, com grandes influências dos povos indígenas, africanos, europeus e asiáticos. Entre os vários elementos da cultura do Sudeste, estão: Carnaval – festa popular comemorada em todo o Brasil. No Rio de Janeiro é realizado o carnaval mais famoso do mundo, e atrai turistas brasileiros e estrangeiros para prestigiarem os desfiles das escolas de samba.
Desfile de escolas de samba no carnaval
Batuque – dança africana que representa um ritual de fertilidade, sendo difundida nas cidades do interior paulista. A dança é realizada através de uma fileira de homens que fica a 15 metros de distância das mulheres, e, ao iniciar o ritual, os homens e as mulheres dão a “umbigada”, ou seja, o ventre da mulher bate na barriga do homem. Samba de Lenço – é considerado o ancestral do samba cosmopolita. A utilização do lenço é uma forma de devoção a São Benedito. Apresenta aspectos similares ao jongo e o batuque. Sua dança é de origem africana, podendo ser praticada tanto no meio urbano (samba de salão) quanto na zona rural (samba de roda, samba campineiro e samba de lenço). Folia de Reis ou Reisado – folguedo que ocorre no período do natal, de 24 de dezembro a 6 de janeiro, dia dedicado aos Santos Reis. A formação das folias difere-se conforme o lugar, normalmente são grupos de rapazes que realizam uma cantoria. Os instrumentos utilizados são: cavaquinho, violão, pandeiro, pistão e tantã. É um costume de origem portuguesa em comemoração à festa do Divino ou dos Reis Magos.
Folia de Reis
Congada – a congada consiste na luta do Bem contra o Mal. O Bem é representadopelos cristãos, o Mal é o grupo de mouros. O Bem usa roupa azul, e o mal, vermelha. Há lutas, embaixadas, cantos, e sempre os cristãos vencem os mouros, que são batizados. E, todos juntos, fazem a festa em louvor a São Benedito, padroeiro dos negros em todo o Brasil. Ticumbi – consiste numa vertente da congada, praticada somente no Espírito Santo. São negros com trajes brancos e fitas coloridas. É uma manifestação guerreira dramática. Dança de São Gonçalo – dança de origem portuguesa. É composta por duas fileiras, uma de homens e outra de mulheres, na qual as moças se vestem de branco, rosa ou azul. Cada fileira é encabeçada por dois violeiros que ditam o ritmo da dança. Os dançarinos ficam dando “voltas” que recebem nomes especiais, como marca passo, parafuso e casamento. Festa de Iemanjá – muito popular no Nordeste, em especial na Bahia, a Festa de Iemanjá é uma homenagem à principal entidade feminina do Candomblé, Umbanda e Macumba. Nessa manifestação cultural os devotos levam presentes (perfumes, bebidas flores, etc.) para a Rainha do Mar.
Festa de Iemanjá
A culinária do Sudeste brasileiro é bem diversificada, e apresenta elementos da culinária indígena, dos escravos africanos e dos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os principais pratos típicos da região estão: feijoada, feijão-tropeiro, farofa, cuscuz paulista, pizza, moqueca capixaba, angu, frango com quiabo, pão de queijo, cachaça de alambique, entre outros.
 
 Região Sul 
 
Fortemente influenciada pela cultura dos imigrantes europeus, a região Sul do Brasil apresenta grande pluralidade cultural. Os estados integrantes são: o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os imigrantes europeus começaram a chegar ao fim do século XIX e contribuíram para o desenvolvimento econômico da região, baseado na pequena propriedade rural de policultura. Essa região apresenta elementos culturais dos índios (primeiros ocupantes do território), espanhóis e portugueses (colonizadores), negros (escravos). Posteriormente, os imigrantes alemães, italianos, açorianos, eslavos, japoneses, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Sul do Brasil.
Rio Grande do Sul
Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse estado.
Entre as principais características culturais do gaúcho estão: a bombacha, o lenço, o poncho, e o chimarrão.
Chimarrão
A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial. Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).
	Paraná
Apresenta aspectos culturais dos imigrantes alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura do estado.
As principais festas culturais do Paraná são: cavalhada, congada, dança ou fandango de São Gonçalo, festa da cerejeira, festa do Divino, coroação de Nossa Senhora, festa de São Benedito, entre outras. Um dos pratos típicos do Paraná é o barreado, um cozido de carne, prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima, uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.
Barreado Santa Catarina
Em Santa Catarina há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia, além da arquitetura, os imigrantes do velho continente contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca. Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi. A Oktoberfest, em Blumenau (SC), é uma festa de origem alemã, tradicional festa da cerveja. Esse evento atrai milhares de turistas. Oktoberfest outro elemento da cultura de Santa Catarina é a dança de fitas, uma tradição milenar, o qual consiste num pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita, cujas figurações se atém ao ato de trançá-las, girando e dançando em torno do mastro central. Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado, sendo uma espécie de tourada. O boi, preso a uma vara com corda, investe num boneco até o esgotamento. Outras vezes, soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.
Essa é a cultural e representação de um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Assim podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até as mais diferentes crenças e costumes. Tudo isso se torna a identidade cultural que pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade da qual ele faz parte, essa sociedade.
CONCLUSÃO
Tudo isso só pode acontecer verdadeiramente se participarmos de um mundo cultural, se partilharmos um conjunto de referências sociais, a sociedade se organiza a seu modo de viver coletivamente, criam modos de organizar sua vida política, de se relacionar com o meio ambiente, com a cultura e as representações de um povo de farias cultura, de trabalhar, distribuir e trocar as riquezas que produzem para transformar uma território mais prospero e com menos dificuldade para as novas gerações. Mesmo com uma grande diferença os povos desenvolveram linguagens, e gírias diferentes de cada região, manifestações artísticas e religiosas, mitologias, valores morais, vestuários e moradias. Assim, a pluralidade cultural indica, antes de tudo, um acúmulo de experiências humanas que é patrimônio de todos nós, pois pode enriquecer nossa vida ao nos ensinar diferentes maneiras de existir socialmente e de criar o futuro. Sendo a cultura brasileira um grande conjunto de culturas, que sintetizam as diversas etnias que formam o povo brasileiro. Por essa razão, não existe uma cultura brasileira homogênea, e sim um mosaico de diferentes vertentes culturais que formam, juntas, a cultura do Brasil.
 O desafio da Pluralidade Cultural é respeitar os diferentes grupos e culturas que compõem o mosaico étnico brasileiro e mundial, incentivando o convívio dos diversos grupos e fazer dessa característica um fator de enriquecimento cultural, sendo um pais que respeita as diferenças, e valoriza a própria identidade cultural e regional. Também luta por um mundo em que o respeito às diferenças seja a base de uma visão de mundo cada vez mais rica para todos nós. Todas as culturas humanas criaram modos de viver coletivamente, de organizar sua vida política, de se relacionar com o meio ambiente, de trabalhar, distribuir e trocar as riquezas que produzem. Ao se inserirem na economia e cultura em uma sociedade, as organizações culturais vêm modificando suas estruturas, organização interna, estratégias e lógica de ação, visando à eficiência e adaptação para a sobrevivência nesse território de grandes culturas de diferentes raças.
BIBLIOGRAFIA
CORRÊA, R. L.; ROSENDAHL, Z. (Org.). Introdução à geografia cultural. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. 224 p.
Revista Geografia e Pesquisa, Ourinhos, v. 4, n. 2, p. 45-68.
www.bussolaescolar.com.br/ www.infoescola.com/ 
http://www.geoplan.net.br/material_didatico/Schier_2003_conceito%20de%20paisagem.pdf

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