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Devolutiva Prova Módulo Distúrbios Motores, Sensoriais e da Consciência 2010 1-A e 19-B) José Luiz, 50 anos, procedente de Sonora, trabalhador rural, dextro, apresentou quadro súbito de fraqueza assimétrica em MSE e MIE, desvio de rima labial para direita, associada perda de sensibilidade nestes membros e hemiface E, dificuldade para falar, e sonolência leve. Tem antecedente de HAS e hipercolesterolemia, em tratamento irregular, e tabagismo há 30 anos. Chegou ao PS da Santa Casa após 24 horas do início dos sintomas, sendo realizada TC de crânio evidenciando alteração sugestiva de isquemia em região fronto-têmporo-parietal direita. Com base nestes dados, assinale a alternativa CORRETA: A) O exame neurológico poderá mostrar uma hemiparesia esquerda incompleta com predomínio crural devido ao envolvimento do giro pré-central na superfície lateral do cérebro. Explicação: lesões do giro pré-central na superfície lateral do cérebro manifestam-se com hemiparesia completa (envolvimento da face) de predomínio braquio-facial, de acordo com o homúlculo de Penfield. B) O paciente apresentará hemi-hipoestesia tátil, térmica e dolorosa, com hipopalestesia e alteração de artrestesia, no hemicorpo esquerdo. Explicação: lesões corticais envolvendo o giro pós-central dão diminuição ou perda de todas as modalidades de sensibilidade contralateral à lesão: tátil, térmica, dolorosa e profunda (palestesia e cinético-postural). C) A dificuldade para falar nesta paciente é decorrente de uma afasia motora de Broca, por lesão da região frontal suprasilviana com perda de fluência, compreensão preservada e repetição ruim. Explicação: na afasia motora ocorre quando há comprometimento do hemisfério dominante, ou seja, o esquerdo. A dificuldade para falar neste paciente é uma disartria devido a paralisia facial central e paralisia central da língua (comprometimento dos tratos cortiço-nucleares). D) A imagem da TC de crânio deverá ser uma hiperdensidade na região fronto-temporal esquerda. Explicação: lesões isquêmicas na TC de crânio são hipodensas. E) O diagnóstico etiológico é um infarto aterotrombótico da artéria cerebral média direita, sendo que neste paciente é essencial o diagnóstico diferencial com hemorragia hipertensiva, empiema extradural e hematoma subdural agudo traumático. Explicação: não há história clínica para empiema extradural, hematoma subdural agudos traumáticos não é diagnóstico diferenciais porque não há história de trauma. 2-A e 17-B) Em relação à abordagem do paciente com acidente vascular cerebral (AVC), assinale a alternativa CORRETA: A) A fase crônica do AVC isquêmico aterotrombótico deve ser tratada com a associação de um antiagregante plaquetário e anticoagulação oral por um período de até 6 meses após o quadro agudo. Explicação: a anticoagulação não é utilizada rotineiramente todos os tipos infarto cerebral. Deve ser mantida no tratamento após a fase aguda em situações específicas, como infartos embólicos, AIT, vasculites cerebrais. B) A tomografia computadorizada de crânio deve ser solicitada para o diagnóstico de AVC apenas nos pacientes com suspeita de isquemia cerebral com mais de 24 horas de evolução. Explicação: a TC de crânio está indicada em todos os casos de suspeita de AVC, SEM EXCEÇÃO, porque não há como fazer um diagnóstico preciso, clinicamente, de um AVC isquêmico ou hemorrágico. C) Nos estágios agudos da hemorragia hipertensiva intracerebral há o risco de aumento do sangramento nos pacientes com pressão arterial sistêmica elevada. Nestas situações está indicado o uso antihipertensivos quando há PAS ≥ 140 mmHg. Explicação: a PAS entre 140 e 160 mmHg não deve ser reduzida no AVCH hipertensivo pelo risco de comprometer a perfusão cerebral devido ao aumento da pressão intracraniana. Os bloqueadores de canais de cálcio são contra-indicados devido ao risco de queda rápida e não controlada da PA e pelo efeito adverso da medicação que resulta em aumento da pressão intracraniana (Adams, 2009) D) Entre as medidas para controle da hipertensão intracraniana estão: cabeceira elevada a 30º, hiperventilação controlada com manutenção da PCO2 entre 25 a 30 mmHg, administração de manitol 20% endovenoso na dose de 1 g/kg a cada 2 ou 3 horas e hemicraniectomia descompressiva. Explicação: estas medidas fazem parte dos protocolos de tratamento da hipertensão intracraniana no AVC (Adams, 2009) E) A realização de exames complementares como dosagem de homocisteína, antitrombina III, proteína C, proteína S, FAN, fator reumatóide, Ecocardiograma transesofágico, exame do LCR, devem ser realizados em todos os pacientes jovens (<45 anos) com hematoma extradural traumático. Explicação: estes exames devem ser solicitados nos casos de isquemia cerebral em pacientes jovens ou com etiologia indefinida. O diagnóstico de hematoma extradural traumático é feito com a TC de crânio (Adams, 2009). 3-A e 20-B) As doenças abaixo representam diferentes etiologias de AVC isquêmico e hemorrágico, EXCETO: A) aneurisma cerebral. B) fibrilação atrial. C) aterosclerose de aorta descendente. D) dissecção de artéria carótida interna. E) malformação artério-venosa cerebral. 4-A e 18B) Faça a correlação dos sinais neurológicos com a provável topografia da lesão: A) a4; b3; c1; d5; e6; f2 B) a3; b1; c6; d2; e4; f5 C) a4; b3; c1; d2; e5; f6 D) a3; b1; c4; d5; e2; f6 E) a5; b4; c1; d3; e6; f2 6 – paresia do olhar para baixof – bulbo 5 – estrabismo convergentee – mesencéfalo 4 – ataxia de trocod – ponte 3 – rigidez plásticac – nervo periférico 2 – reflexo faríngeo negativob – núcleos da base 1 – hiporreflexiaa – vermis cerebelar 5-A e 14-B) Assinale a alternativa que NÃO é diagnóstico diferencial para um paciente que tem como queixa principal um déficit de força muscular: A) Trombose de artéria cerebral média B) Tumor de hipófise C) Deficiência nutricional de vitamina B1 D) Esclerose lateral amiotrófica E) Infarto de pirâmide bulbar 6A e 15-B) Roberto, 23 anos, há 4 dias em tratamento de sinusite frontal e maxilar com amoxicilina 500 mg 8/8 h, há 1 dia teve recidiva da febre (38ºC), adinamia e hiporexia. Hoje teve início de cefaléia holocraniana de forte intensidade associada a vômitos e sonolência leve. Após atendimento médico recebeu diagnóstico de meningite. Em relação aos dados acima, assinale a alternativa CORRETA: A) A bactéria que predomina na maioria dos casos de meningite é o Staphylococcus aureus. As bactérias que predominam em 75% dos casos de meningite são: Streptococcus aures (pneumococo), Neisseria meningitidis e H. influenzae. B) A falta de resposta ao tratamento com amoxicilina e consequente infecção das meninges pela bactéria sugere que este paciente tenha uma imunodeficiência associada. A contaminação das meninges nos casos de doenças do ouvido médio ou seios paranasais pode ocorrer em indivíduos de todas as idades, não estando relacionado a imunodeficiência. C) Os sintomas apresentados pelo paciente são indicativos de formação de abscesso cerebelar. O abscesso cerebelar pode ser complicação de uma mastoidite e é acompanhado de manifestações clínicas decorrentes do comprometimento do cerebelo. D) O tratamento deve ser realizado com associação de cefalosporina de terceira geração com aminoglicosídeo, precedido por dexametasona 30 minutos antes da primeira dose, durante o período de 14 dias. O tratamento de escolha para infecções em indivíduos entre 18 e 50 anos, e com suspeita de pneumococos, é ceftriaxone (ou cefotaxime). (Adams, 2009; Nitrini, 2003) E) Este paciente pode apresentar alterações semiológicas como o sinal de Brudzinski, que é a flexão das pernas e das coxas em resposta à flexão passiva da cabeça. 7A e 16-B) A tabela abaixo motra os resultados do exame do líquor em diferentes patologias do sistema nervoso. Faça a correlação decada alteração do LCR com a respectiva doença. Doenças: a) LCR na meningite bacteriana b) LCR na meningite viral c) LCR na síndrome de Guillain-Barré d) LCR na hemorragia subaracnóidea e) LCR normal A) a1; b3; c5; d2; e4 B) a5; b4; c1; d3; e2 C) a3; b1; c5; d2; e4 D) a1; b3; c4; d5; e2 E) a3; b1; c4; d5; e2 60 mg%90 mg%1000 hemácias/mm3 líquor xantocrômico 5 60 mg%100 mg%4 céls/mm34 20 mg%170 mg%550 céls/mm3 95% polimorfonucleares 3 60 mg%37 mg%2 céls/mm32 60 mg%40 mg%27 céls/mm3 90% linfomononucleares 1 GlicoseProteínasCélulasPatologia 8A e 2B) Nas doenças que afetam os nervos periféricos, a bainha de mielina é o componente mais suscetível da fibra nervosa. Assinale a alternativa CORRETA com os processos patológicos que comprometem: (1) a bainha de mielina primariamente, e (2) a bainha de mielina secundariamente à degeneração do axônio, respectivamente: A) Degeneração Walleriana; Desmielinização segmentar B) Desmielinização segmentar; Degeneração axonal C) Degeneração focal axôno-mielínica; Degeneração axonal D) Degeneração axonal; Desmielinização segmentar E) Desmielinização segmentar; Degeneração focal axôno-mielínica Desmielinização segmentar: é a degeneração focal da bainha de mielina com preservação do axônio. Degeneração Walleriana: pode ocorrer em muitas lesões dos nervos periféricos, é uma reação tanto do axônio, quanto da mielina distais ao sítio de interrupção de um axônio. Ocorre a desintegração do axônio e quebra da bainha de mielina distalmente à lesão. Degeneração Axonal: quando após a lesão axonal, o axônio degenera retrogradamente, do sítio mais distal da lesão para as porções mais proximais, com comprometimento do corpo neuronal. Ocorre em polineuropatias mais generalizadas, como as metabólicas. 9A e 6B) Arthur, 64 anos, advogado aposentado, queixa-se de dificuldade progressiva para andar há aproximadamente 1 ano. A filha refere que o paciente apresenta também um tremor em MSE que ele não percebe e está mais lento para realizar os movimentos, como levantar da cadeira, andar e realizar atividades de vida diárias. Nega outros sintomas. Antecedentes patológicos: HAS leve há 15 anos, em tratamento há 8 anos com captopril 50 mg 12/12 h. Exame neurológico: marcha em bloco, com bradicinesia global e assimétrica, pior do lado esquerdo, rigidez tipo roda denteada em MSE e MIE, tremor de repouso discreto em MSE. Com base nas informações acima, responda à alternativa CORRETA: A) O paciente apresenta uma síndrome parkinsoniana pela presença de marcha em bloco, bradicinesia e rigidez tipo roda denteada, porém a ausência de festinação e de instabilidade postural desde o início dos sintomas excluem o diagnóstico de doença de Parkinson idiopática. O diagnóstico de síndrome parkinsoniana é baseado na presença de bradicinesia associada um ou mais sintomas de: tremor de repouso, rigidez plástica ou instabilidade postural. B) A fisiopatologia do parkinsonismo é uma redução de dopamina na substância negra pars compacta, com diminuição da inibição da dopamina sobre a via indireta e redução da estimulação da via direta. O resultado é uma intensificação da atividade inibitória do globo pálido interno/substância negra pars reticulata sobre o tálamo e redução da atividade excitatória tálamo- cortical. C) Entre todas as causas de síndrome parkinsoniana, a etiologia mais provável da neste paciente é parkinsonismo medicamentoso, secundário ao uso crônico de captopril. As drogas que causam parkinsonismo secundário são: Drogas: Neurolépticos, Benzamidas, Bloqueadoes de Canais de Cálcio (cinarizina, flunarizina), amiodarona, lítio. D) Entre as doenças que são classificadas dentro da síndrome parkinsoniana, o diagnóstico mais provável neste paciente é Parkinsonismo Plus, devido à evolução temporal dos sintomas e a presença de sinais neurológicos como a assimetria da bradicinesia e da rigidez do tipo roda denteada, que são característicos de doença de Parkinson atípica. Este paciente tem sinais e sintomas da doença de Parkinson. Parkinsonismo Plus = Doenças neurológicas degenerativas que têm entre os sinais e sintomas a síndrome parkinsoniana, associados a distúrbios cerebelares, autonômicos, piramidais, de neurônimo motor inferior ou de motricidade ocular extrínseca. E) o tratamento da síndrome parkinsoniana deve ser iniciado com agonistas dopaminérgicos e anticolinérgicos. O uso da levodopa nas fases iniciais da doença tem contraindicação absoluta devido às complicações motoras decorrentes do uso desta medicação. A levodopa está indicada para todos os pacientes com doença de Parkinson, porém seu início pode ser retardado em pacientes mais jovens devido às complicações motoras da medicação. 10A e 3B) Em relação às ataxias, responda a alternativa CORRETA: A) O exame neurológico não é capaz de diferenciar, isoladamente, os diferentes tipos de ataxia. As ataxias sensitiva, cerebelar, vestibular e frontal podem ser diferenciadas pelas alterações características da semiologia neurológica. B) A presença de nistagmo que tem a fase rápida batendo para o mesmo lado da lesão, tendência de queda ipsilateral e marcha em estrela sugere ataxia vestibular decorrente de uma lesão periférica. Na vestibulopatia periférica há um desequilíbrio do tônus vestibular, o lado bom predomina sobre o lado comprometido, então há um tônus maior no sentido bom-ruim, o que faz um desvio tônico dos olhos para o lado da lesão (fase lenta do nistagmo) e uma sacada de correção para o outro lado (fase rápida). Portanto, o nistagmo bate no sentido contrário ao da lesão, por exemplo, lesão à direita, o nistagmo tem a fase rápida batendo para a esquerda. C) Ataxia sensitiva por lesão do funículo posterior da medula espinhal resulta em: ausência de artrestesia, apalestesia, marcha talonante, todos ipsilaterais à lesão, e sinal de Romberg ausente. O sinal de Romberg é presente nas ataxias sensitivas, são as únicas ataxias que têm o sinal de Romberg verdadeiro. D) Romberg ausente, marcha com base alargada, tendência de queda para a direita, dismetria, disdiadococinesia e decomposição de movimentos à direita são sugestivos de lesão de hemisfério cerebelar ipsilateral. E) A presença de nistagmo horizontal multidirecional batendo para a direita e para a esquerda dá o diagnóstico de vestibulopatia de causa central, exceto nos casos de vertigem de posicionamento paroxística benigna. O nistagmo da VPPB é vertical para cima e rotatório, desencadeado pelas manobras diagnósticas e bate no sentido da “orelha de baixo”. 11A e 5B) Nas fases iniciais da doença de Alzheimer podemos encontrar as manifestações clínicas abaixo, EXCETO: A) déficit de memória recente B) apraxia ideomotora C) espasticidade D) desorientação temporal E) reflexos axiais da face exaltados 12A e 12B) Juliana, 19 anos, em tratamento de epilepsia do lobo temporal, foi admitida no pronto socorro apresentando crise epiléptica do tipo tônico-clônico generalizada. Durante o primeiro atendimento recebeu diazepam seguido de hidantalização (dose de ataque e manutenção de fenitoína) e doses adicionais de diazepam, porém persistiu com as crises. Assinale a alternativa correta em relação à sua conduta? A) Fenobarbital EV, se ausência de resposta, intubação orotraqueal (IOT) + midazolan EV B) Aumentar a dose de manutenção de fenitoína, se ausência de resposta, IOT + fenobarbital EV C) Midazolan EV, se ausência de resposta, IOT + coma barbitúrico D) IOT + fenobarbital EV, se ausência de resposta, propofol EV E) Repetir diazepam e fenitoína, se persistência das crises, IOT + coma com fenobarbital EV. 13A e 13B) Assinale a alternativa CORRETA: A) O fenobarbital atua na condutância de íons, interferindo no transporte de sódio através da membrana neuronal. agonista do ácido gama-aminobutírico (GABA).B) Hepatotoxicidade, ganho excessivo de peso, queda de cabelo, irregularidade menstrual e ovários policísticos são efeitos adversos do uso da fenitoína. ácido valpróico. C) Valproato, claritromicina, eritromicina, fluoxetina e haloperidol são exemplos de drogas que aumentam as concentrações de carbamazepina. D) A associação de valproato e carbamazepina na gestação aumenta a incidência de efeitos teratogênicos das medicações, como a espinha bífida. a associação diminui a inicência de espinha bífida. E) A fenitoína é o tratamento de escolha para as síndromes epilépticas generalizadas. O tratamento de escolha é o ácido valpróico. 14A e 10B) Em relação à fisiopatologia das epilepsias, assinale a alternativa CORRETA: A) A hiperatividade dos neurônios do córtex motor e sensitivo primário é capaz de gerar descargas elétricas assincrônicas anormais representadas por surtos de potenciais de ação. Descargas elétricas síncronas anormais. B) A hiperatividade neuronal é mediada pelo excesso de GABA ou pela falta de glutamato. Excesso de glutamato e falta de GABA. C) As crises focais podem se propagar para as regiões ipsilaterais do cérebro, porém não se propagam para o hemisfério contralateral, portanto não há alteração da consciência. D) A perda da consciência é decorrente de comprometimento do sistema reticular ativador ascendente no tronco encefálico, ou quando há envolvimento das vias talâmicas na geração de descargas difusas. E) As crises epilépticas focais e generalizadas são geradas a nível cortical focal e podem se propagar focalmente para parte de um hemisfério ou generalizadamente para ambos hemisférios cerebrais. Hiperatividade neuronal síncrona, mediada principalmente pelo glutamato ou pela falta de GABA (ácido gama-aminobutírico), que pode se originar focalmente em um hemisfério cerebral (crises focais) ou em ambos hemisférios (crises generalizadas). 15) Afonso, 6 anos, há 2 meses apresentando episódios de parestesias em hemiface esquerda, seguidas de movimentos clônicos de face e lábios à direita, com alguns episódios de envolvimento do membro superior direito, sem alteração do nível de consciência, de duração de aproximadamente 1 minuto. As crises são principalmente noturnas. Sua mãe teve epilepsia na infância. Tem desenvolvimento neuropsicomotor normal, sem alterações ao exame neurológico. Exames de neuroimagem normais. O diagnóstico provavelmente são: A) Epilepsia de ausência infantil B) Síndrome de West C) Epilepsia do lobo frontal D) Epilepsia mioclônica E) Epilepsia benigna da infância com pontas centro-temporais (Rolândica). 16) Paciente, 37 anos, sexo feminino, evoluiu com eclampsia na 37ͣ semana de gestação, realizada cesariana de urgência, após a recuperação anestésica evoluiu com rebaixamento do nível de consciência apresentando ausência de abertura ocular, flexão inespecífica ao estímulo doloroso e emissão de sons incompreensíveis. Qual sua pontuação na escala de coma de Glasgow? A) 8 B) 7 Abertura ocular: 1 C) 9 Resposta verbal: 2 D) 6 Resposta motora: 4 E) 5 17) Paciente, 40 anos, sexo masculino, apresentou súbito rebaixamento do nível de consciência, ao chegar ao PS seu exame físico evidenciou pupilas médias e fixas com reflexo fotomotor negativo, hiperventilação mantida e manobra dos olhos de boneca negativa na direção vertical e horizontal. O diagnóstico topográfico neste caso é: A) Bulbo B) Ponte C) Mesencéfalo D) Diencéfalo E) Supratentorial bilateral 18) O intervalo mínimo entre duas avaliações e os testes confirmatórios para o diagnóstico de morte encefálica em um adulto devem ser, respectivamente: A) 12 horas; 2 EEGs ou angiografias cerebrais com intervalos de 12 horas cada B) 6 horas; 1 EEG, potencial evocado ou angiografia cerebral C) 6 horas; 1 EEG seguido após 6 horas por angiografia cerebral D) 12 horas; 1 EEG E) 24 horas; 1 EEG seguido após 24 horas por angiografia cerebral 19) Claudete, 55 anos, queixa-se de dor tipo queimação há aproximadamente 1 ano, de início na região plantar dos pés, simétrica, evoluindo para pernas, e há 3 meses apresenta o sintoma nas mãos, com piora durante a noite. Tem antecedente de HAS e DM em uso de antihipertensivos e hipoglicemiante oral. O exame neurológico evidenciou reflexo aquileu abolido bilateralmente, reflexos estilorradial e patelar + simétricos. Hipoestesia tátil, térmica e dolorosa tipo bota e luva, palestesia diminuída na região distal de MMII. Força muscular preservada. Assinale a alternativa CORRETA: A) Esta paciente apresenta quadro clínico, sinais e sintomas compatíveis com polirradiculoneurite desmielinizante aguda. B) O diagnóstico laboratorial deve ser baseado nos resultados da biópsia de nervo periférico. C) São diagnósticos secundários nesta paciente: hipotireoidismo e deficiência de vitamina B12. D) Além do controle glicêmico, a conduta deverá incluir o tratamento sintomático com anti-inflamatórios não hormonais e analgésicos opióides. E) São diagnósticos diferenciais nesta paciente: deficiência de vitamina B12, mononeuropatia múltipla, polineuropatia paraneoplásica. 20) Maria Regina, 25 anos, apresentando fraqueza muscular proximal e ptose palpebral, que piora com movimentos repetitivos e esforço físico e melhora com o repouso, e à eletroneuromiografia foi evidenciado progressivo decréscimo na amplitude do potencial de ação do músculo durante a estimulação repetitiva a 3 Hz. O diagnóstico mais provável é: A) Distrofia muscular de Becker B) Miopatia por hipotireoidismo C) Miastenia Gravis D) Polimiosite E) Síndrome de Guillain-Barré 21) A figura abaixo representa um corte axial da medula espinhal. Diferentes estruturas anatômicas estão numeradas de 1 a 6. Responda às questões abaixo. A) Quais as diferenças clínicas e semiológicas entre as lesões com comprometimento das estruturas 2 e 6? (0,5) VENTRAL DORSAL Fasciculações podem estar presentesAusência de fasciculações Reflexo cutâneo-plantar, quando presente, em flexãoSinal de Babisnki presente HiporreflexiaHiperreflexia, exceto na fase aguda Flacidez e hipotonia dos músculos afetados. Ausência do sinal do Canivete Espasticidade com aumento de tônus muscular e sinal do Canivete, exceto na fase aguda Atrofia muscular acentuada, acima de 70% da massa total A atrofia muscular é leve e difusa e decorrente do desuso Dependendo do nível da lesão, músculos individuais podem ser afetados Os músculos são afetados em grupos, nunca individualmente 6 = Neurônio motor inferior2 = Neurônio motor superior 21) B) Nomeie as estruturas 3 e 4 e 5 e descreva as manifestações clínicas da lesão destas estruturas, levando-se em consideração o lado (ipsilateral ou contralateral). (0,5) 3 = Fascículo cuneiforme – sua lesão resulta em perda da sensibilidade cinético-postural e vibratória em membro superior ipsilateral à lesão. 4 = Fascículo grácil – sua lesão resulta em comprometimento da marcha (talonante), perda da sensibilidade cinético-postural e vibratória em membro inferior ipsilateral à lesão. 5 = Corno posterior da medula espinhal – sua lesão resulta em perda de todas as modalidades de sensibilidade do mesmo lado da lesão. 22) A figura abaixo representa um corte axial do mesencéfalo a nível dos colículos superiores. A imagem quadriculada indica a localização de uma lesão isquêmica. Direito Esquerdo 22) A) Qual o nome das estruturas mesencefálicas indicadas pelos números 1, 4, 7, 8 e 9? (0,5) 1 = aqueduto cerebral 4 = núcleo do nervo oculomotor (III par craniano) 7 = substância negra 8 = base do pedúnculo cerebral 9 = nervo oculomotor B) Como será o exame neurológico de um paciente com uma lesão isquêmica representada pela imagem quadriculada na figura acima? (0,5) Hemiplegia esquerda Midríase direita Ptose palpebral direita Estrabismo divergente por paralisia do músculoreto medial à direita Paralisia do olhar para cima no olho direito Paresia do olhar para baixo no olho direito 23) Responda às seguintes questões: A) Defina crise epiléptica, epilepsia e estado de mal epiléptico. (0,5) Crise epiléptica: manifestação epiléptica causada pela atividade neuronal excessiva no cérebro, usualmente autolimitada, focal ou generalizada. A crise epiléptica isolada não permite o diagnóstico de epilepsia. Epilepsia: neurológica crônica envolvendo crises epilépticas recorrentes. O diagnóstico de epilepsia é dado para indivíduos que apresentaram 2 ou mais crises epilépticas nos últimos 12 meses na ausência de febre, intoxicação por álcool, drogas ou abstinência. Estado de mal epiléptico: crise epiléptica, com duração de 30 minutos ou mais, ou crises repetidas sem recuperação da consciência entre as crises. B) Descreva as características semiológica das crises tônico-clônico generalizadas e crises de ausência atípica. (0,5) Crises tônico-clônico generalizada: perda abrupta da consciência, contração tônica dos 4 membros, grito epiléptico (expulsão do ar através da glote fechada), seguida de contração clônica, podendo apresentar apnéia, liberação esfincteriana, sialorréia, mordedura de língua, período pós-ictal com sonolência e confusão mental. Crises de ausência atípicas: menor comprometimento da consciência, com início e término menos abruptos e tono muscular frequentemente alterado. Não são desencadeadas pela hiperpnéia. 24) Paciente, 25 anos, sexo masculino, vítima de traumatismo cranioencefálico na cidade de Jardim, chegou ao serviço de emergência de um hospital local apresentando ao exame neurológico de entrada: rebaixamento do nível de consciência com abertura ocular ausente, emissão de sons incompreensíveis e postura em decorticação. Durante o transporte em ambulância para a Santa Casa de Campo Grande evoluiu com piora clínica, com pupilas anisocóricas, midríase e reflexo fotomotor negativo à direita. Ao chegar ao PS, as pupilas estavam midriáticas, associadas a apnéia e flacidez de membros, sem resposta aos estímulos dolorosos (Glasgow 3), sendo realizada avaliação para diagnóstico de morte cerebral. A) Defina a alteração pupilar encontrada no exame da paciente durante o transporte em ambulância e explique o seu significado. (0,4) Pupila uncal à direita, significa lesão do III nervo craniano devido a herniação uncal. B) Quais devem ser as alterações do exame neurológico desta paciente para que ela possa receber o diagnóstico de morte encefálica? (0,6) - Glasgow 3: ausência de resposta ocular, verbal e motora à estimulação dolorosa, podendo ocorrer respostas medulares. - Ausência de resposta pupilar fotomotora, pupilas mediofixas ou midriáticas. - Ausência de reflexos corneanos - Ausência de respostas vestíbulo-oculares - Ausência de respostas oculocefálica - Ausência de reflexos axiais da face, mandibular e faríngeo. - Reflexo cutâneo plantar irrelevante, quando há Babinski positivo significa que houve comprometimento do trato corticoespinhal. - Ausência de resposta ao teste de apnéia: ausência de drive respiratório com PCO2 de 60 mmHg.
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