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Universidade Estadual de Santa Cruz Universidade Estadual de Santa Cruz Universidade Estadual de Santa Cruz Curso: CIÊNCIAS ECONÔMICAS Docente: OMAR COSTA Disciplina: ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO Discentes: Aline Freire, Danielle Conceição, Laiane Paiva, Yuri Quinto PREVIDÊNCIA E GÊNERO: Por que as idades de aposentadoria de homens e mulheres devem ser diferente? UESC AGOSTO 2017 O sistema de previdência brasileiro: características do modelo e relevância social; Previdência e gênero: um olhar sobre o diferencial de idade; Os argumentos pró-reforma e a persistência das desigualdades de gênero; As desigualdades no mercado de trabalho e reflexo sobre as mulheres; As desigualdades no trabalho doméstico não remunerado; Diferencial de idade: uma simulação; Considerações. INTRODUÇÃO CONCENTRAÇÃO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL( RGPS) X CONCENTRAÇÃO DO RENDIMENTO DO TRABALHO. DE ACORDO COM A PESQUISA DE ORÇAMENTO FAMILIAR: RENDIMENTOS DO TRABALHO POSSUI CONCENTRAÇÃO DE 0,577; RENDIMENTOS DO RGPS POSSUI CONCENTRAÇÃO 0,4695; PROTEÇÃO DOS OCUPADOS ENTRE 16 E 59 ANOS=70,4% EM 2014; PROTEÇÃO DE IDOSOS ACIMA DE 60 ANOS= 79% EM 2014. 1. O SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO: CARACTERÍSTICAS DO MODELO E RELEVÂNCIA SOCIAL 65 ANOS PARA HOMENS E 60 PARA MULHERES; 180 MESES DE CONTRIBUIÇÃO PARA A PREVIDÊNCIA SOCIALPARA AMBOS OS SEXOS; 60 PARA HOMENS E 55 PARA MULHERES: SUBORDINADA À COMPARAÇÃO DE UM TEMPO DE CONTRUIÇÃO PRESUMIDO DE 15 ANOS DE ATIVIDADE AGRICOLA EXERCIDA EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR; RECONHECIMENTO NO QUE TANGE A MULHER NO PAPEL DA MATERNIDADE 2.PREVIDÊNCIA E GÊNERO: UM OLHAR SOBRE O DIFERENCIAL DE IDADE ARGUMENTOS DA PEC 287/2016: DIFERENÇA DE EXPECTATIVA DE VIDA ENTRE HOMENS E MULHERES , COM APROXIMADAMENTE 7 ANOS A MAIS PARA AS MULHERES; CRENÇA QUE AS DEGUALDADES DE GÊNERO DIMINUIRAM SENSIVELMENTE; A IDEIA QU A “DUPLA JORNADA” DE TRABALHO DAS MULHERES SERIA CONTRABALANCEADA PELA JORNADA MAIS EXTENSA DE TRABALHO PRODUTIVO DOS HOMENS; PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NO MERCADO DE TRABALHO TEVE NOTÁVEL AMPLIAÇÃO. 3. ARGUMENTOS PRO-REFORMA E A PERSISTÊNCIA DAS DESIGUALDADES DE GÊNERO Aqui será apresentada algumas simulações a fim de relacionar trabalho reprodutivo e produtivo de mulheres e homens ao parâmetro de idade e contribuição previdenciária. Estas simulações apresentam apenas uma aproximação conservadora tendo em vista que os tempos dedicados a afazeres domésticos e cuidados afetam mais as mulheres que os homens. Diferencial de idade: uma simulação Mas como o excedente de trabalho feminino se relaciona ás regras atuais e futuras daprevidência social? Desigualdade da divisão de trabalho; Desigualdade salarial. Jornada Regular Jornada Total da Mulher Jornada Total do Homem Sobretrabalho Feminino Horas por semana 44 54,7 46,7 8 Horas por ano 2030 2.524 2156 368,1 Dias noano 365 454 388 66,2 Dias de trabalho no ano 230 319 253 66,2 Jornadas semanais e anuais de trabalho total (remunerado e não remunerado) dos ocupados segundo sexo e cálculo de sobretrabalho feminino. Uma mulher ocupada acima de 16 anos trabalha em média 66,2 dias a mais que um homem. Fonte: PNAD 2014 Simulação 1: De acordo com os dados da Previdência Social, as mulheres aposentadas pelo regime geral (RGPS), seja por tempo de contribuição ou idade, se aposentam em média tendo cumprido 22,4 anos de contribuição. Ao longo de uma vida laboral de 29,8 anos, uma mulher acumula em média 5,4 anos a mais de trabalho em relação a um homem. Isto porque realizou uma dupla jornada total de trabalho remunerado e não remunerado maior que a masculina. Simulação 2: A nova proposta do governo implicaria para homens e mulheres que se aposentarem pelas novas regras, um tempo de contribuição de, pelo menos, 25 anos cheios. O resultado justifica a manutenção da diferença de cinco anos nas idades de aposentadoria para homens e mulheres. Simulação 3: Diz respeito ao mercado detrabalho. As preocupações frente ao futuro da previdência social no Brasil, diante de fenômenos estruturais que afetam suas receitas e despesas são legitimas, assim como as preocupações quanto ás perdasda importância do emprego industriale de outros setores na economia. A flexibilização das lis trabalhistas, que ao precarizar oemprego fragiliza o financiamento da previdência. Para promover uma possível alteração no diferencial de idade entre homens e mulheres, seria necessário observar a redução das desigualdades de gênero em nossa sociedade. CONSIDERAÇÕES
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