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Economia do Setor Público - 1Bimestre

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ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO
Intervenção do Governo na Economia
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ANTECEDENTES TEÓRICOS
Adam Smith 
mínima intervenção do governo nos assuntos econômicos e no mercado;
Mão invisível;
Laissez- faire;
Intervenção no mercado somente quando fossem violadas as leis e a justiça, e quando buscassem interesses próprios a qualquer custo.
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FUNÇÕES DO ESTADO SEGUNDO SMITH
Defesa nacional;
Justiça
Serviços públicos;
Manutenção da soberania
	Defesa nacional e soberania relacionam-se a tarefas que tenham por finalidade garantir a liberdade e a independência do país perante outras nações.
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DAVID RICARDO
Defendendo interesses dos capitalistas, acreditava que o mercado deveria caminhar livremente;
Liberdade individual = máximo de bem-estar social;
Economia tem um processo de auto-regulação;
Intervenção do Estado seria um entrave ao desenvolvimento econômico, prejudicando o processo natural de acumulação de capital;
Os impostos representariam uma transferência dos recursos ao Estado, tornando-se um gasto improdutivo;
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DAVID RICARDO
As despesas públicas deveriam restringir-se ao mínimo possível para financiar algumas funções residuais do Estado;
Minimizar os impactos dos tributos sobre o processo de acumulação;
Tributos deveriam recair mais sobre os rendimentos individuais do que no processo produtivo;
Capitalismo traria harmonia de interesses de modo que todos obteriam o máximo de benefícios, sem a necessidade de interferência do governo.
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LEON WALRAS
A livre concorrência conduziria ao dinamismo auto regulador da Economia
O governo deveria atuar nos mercados onde não houvesse a livre concorrência;
As três classes fundamentais (proprietários de terra, trabalhadores e capitalistas) trabalhariam em harmonia;
Haveria estabilidade entre a oferta e demanda por bens e serviços, maximizando a utilidade de troca e de produção.
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ALFRED MARSHALL
A produção em larga escala, decorrente da eficiência produtiva, criaria monopólios e oligopólios, favorecendo um grupo em detrimento do outro;
Para regulamentar e controlar a ação desses agentes, entendia ser necessário a intervenção do Estado.
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JOHN STUART MILL
O governo deveria assumir a responsabilidade por atividades de interesse geral, pois o setor privado não teria interesse em fazê-lo;
O governo deveria prover estradas, escolas, hospitais, asilos e outros serviços públicos;
Função do Estado: prover a melhoria da qualidade de vidas da população.
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A. C. PIGOU
O que determinaria a participação do governo na economia seria um balanço entre o custo marginal da retirada de recursos dos indivíduos via tributação e o retorno marginal da satisfação (benefícios) oriundos da prestação de serviços pelo governo.
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JOHN MAYNARD KEYNES
Crise do sistema capitalista;
Altos níveis de desemprego;
Falência do capitalismo harmônico e do mercado auto-regulador;
Necessidade de incorporar ações do governo como forma de estabilizar a economia;
Laissez-faire (busca de interesses individuais), não atingiriam os objetivos coletivos;
O bem-estar e o progresso econômico dependeria do capitalismo ser dirigido inteligentemente, onde o poder estatal fosse o regulador, sem podar as iniciativas individuais;
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JOHN MAYNARD KEYNES
O Estado deveria tomar decisões de controle da moeda, do crédito e do investimento, eliminando os grandes males econômicos do seu tempo:
Desigualdade de riqueza;
Desemprego;
Decepção de expectativa dos empresários;
Redução da eficiência e da produção.
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JOHN MAYNARD KEYNES
O controle da oferta e da demanda por moeda e dos juros não seria suficiente para se obter a completa estabilização e pleno emprego dos recursos;
O Governo deveria aumentar seus gastos em obras públicas, onde não haveria interesse do setor privado, para gerar investimentos;
Desta forma promoveria o bem-estar da sociedade, e contribuiria para elevar a renda nacional;
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KARL MARX
A ação do Estado é uma função paliativa dos conflitos e resultados negativos gerados pelo próprio processo capitalista;
Manutenção da classe dominante;
Escola da Escolha Pública: o Estado deve ter participação mínima (Estado Mínimo), restringindo ao setor privado muitas ações desenvolvidas pelo próprio Estado;
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QUEM É O ESTADO?
É a instituição que organiza a ação coletiva dos cidadãos de cada Estado-nação, através da Constituição Nacional, e de todas as demais instituições legais ou jurídicas que cria ou legitima, e que fazem parte constitutiva dele próprio. 
É nessa qualidade que o Estado moderno desempenha o papel econômico fundamental de institucionalizar os mercados, e, mais amplamente, de promover o desenvolvimento econômico do país e a segurança econômica de cada um de seus cidadãos.
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ESTADO-NAÇÃO
É o ente político soberano no concerto das demais nações, o Estado é a organização dentro desse país com poder de legislar e tributar a respectiva sociedade;
O estado é portanto uma organização com poder extroverso (com coercibilidade) sobre a sociedade que lhe dá origem e legitimidade, e o sistema jurídico dotado de coercibilidade sobre todos os membros desse Estado nacional.
Dentro do Estado, existe um aparelho, ou organização estatal, e um sistema institucional normativo constituído por leis relativamente permanentes e por políticas públicas transitórias;
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ESTADO-NAÇÃO
O próprio Estado enquanto aparelho é uma instituição organizacional, ao passo que as instituições que ele cria para regular a vida social são instituições puramente normativa;
O Estado é a forma através da qual a sociedade busca alcançar seus objetivos políticos fundamentais:
A ordem ou estabilidade social;
A liberdade;
O bem-estar;
Justiça social.
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ELEMENTOS DO ESTADO
Materiais:
População  elemento humano;
Território  porção limitada do globo terrestre;
Formais:
Ordenamento jurídico  conjunto de normas emanadas pelo Estado;
Governo soberano  organização necessária para o exercício do poder;
Bem comum  Estado existe para realizar o bem comum.
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FUNÇÕES DO ESTADO CONTEMPORÂNEO
Normativa, ordenadora ou legislativa  instituir e dinamizar uma ordem jurídica;
Jurisdicional ou disciplinadora  cumprir e fazer cumprir as normas próprias dessa ordem, resolvendo os conflitos de interesse;
Executiva ou administrativa  cumprir essa ordem, administrando os interesses coletivos, gerindo os bens públicos e atendendo às necessidades gerais.
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DISTRIBUIÇÕES DAS FUNÇÕES DO ESTADO PELOS RESPECTIVOS PODERES
Função Normativa
Poder Legislativo
Função Jurisdicional
Poder Judiciário
Função Executiva
Poder Executivo
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AGENTES ECONÔMICOS
POPULAÇÃO
EMPRESAS
ESTADO
SETOR EXTERNO
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MOTIVOS QUE LEVAM O ESTADO A PARTICIPAR DA ECONOMIA
DESEMPREGO
CRESCIMENTO DA RENDA PER CAPITA
MUDANÇAS TECNOLÓGICAS
MUDANÇAS POPULACIONAIS
EFEITOS DA GUERRA
FATORES POLÍTICOS E SOCIAIS
MUDANÇAS NA PREVIDÊNCIA SOCIAL
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO
O Estado vai atuar em função das falhas de mercado, ou seja, influência da ação privada na alocação dos bens e serviços à sociedade, e necessidade de uma instituição que garanta aos indivíduos acesso a serviços básicos;
a) Função alocativa: está associada ao fornecimento de bens/serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado.
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO
Bens públicos são aqueles que podem ser usufruídos por todas as pessoas, independente do pagamento de qualquer preço. Ex.: vias públicas (aquelas sem pedágios, é claro), praias, iluminação pública, etc. O bem para ser considerado público não precisa ser fornecido necessariamente pelo Estado, mas tem que ter as características de não-rivalidade e não-exclusão do consumo
Empresas privadas podem fornecer bens públicos; o importante é que o Estado financie esse fornecimento na íntegra, de modo que o consumo
do bem não esteja condicionado a nenhuma prestação pecuniária por parte do consumidor.
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO
Existem também os chamados bens meritórios ou semi-públicos, que apesar de ser passível de exclusão pelo mecanismo de mercado e de rivalidade, são imprescindíveis para a mínima condição de vida do cidadão, que por merecimento, devem ser atendidos, seja pelo Estado ou pelo mercado, como o acesso a saúde e educação, por meio da oferta de hospitais e escolas públicas.
Bens Privados são todos aqueles que, sendo ofertados pelo setor privado sem financiamento ou com financiamento apenas parcial por parte do Estado, ou mesmo sendo ofertados pelo Estado, exigem o pagamento de um preço pelo consumidor.
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SÃO EXEMPLOS DE FALHAS DE MERCADO:
1. Monopólios naturais: quando uma só empresa consegue ofertar um bem ou serviço a um mercado inteiro a um custo menor do que duas ou mais empresas;
Um monopólio natural surge quando há economias de escala para toda faixa relevante de produção. Um número maior de empresa leva a uma menor produção por empresa e a um custo total médio mais elevado.
Exemplo : distribuição de água.
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SÃO EXEMPLOS DE FALHAS DE MERCADO:
2. Externalidades (negativas e positivas): ações de determinada unidade poderão acusar perdas ou ganhos nas ações de outras unidades;
3. Mercados incompletos (não oferta de determinado bem ou serviço);
4. Falhas de informação;
5. Ocorrência de desemprego e inflação.
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO
b)Função distributiva: governo funciona como agente redistribuídor de renda ao tributar, retirar recursos dos segmentos mais ricos da sociedade e transferi-los para os segmentos menos favorecidos.
c) Função estabilizadora: intervenção do Estado na economia para alterar o comportamento dos níveis de preços e emprego.
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FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO
Os instrumentos típicos para execução da função estabilizadora são classificados em fiscais e monetários:
Instrumentos fiscais (política fiscal): compras e vendas governamentais, política tributária.
Instrumentos monetários (política monetária): controle da oferta de papel-moeda, depósitos compulsórios do setor financeiro, taxa de juros.
d)Função de crescimento econômico: que diz respeito às políticas que permitem aumentos na formação de capital.
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O ESTADO COMO AGENTE PREPONDERANTE NA ECONOMIA
Expansão da participação do Estado  nas atividades econômicas não visou reduzir espaço do setor privado
Ampliação da intervenção foi inevitável:
Setor privado relativamente pequeno
Necessidade de enfrentar crises econômicas internacionais
Controle da participação do capital estrangeiro em setores de utilidade pública e recursos naturais
Promover a industrialização rápida de um país atrasado
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O ESTADO COMO AGENTE PREPONDERANTE NA ECONOMIA
Diversas formas de intervenção visando aumento do investimento:
Concessão de subsídios ao setor privado
Financiando os esforços de investimentos privados em setores estratégicos
Investindo diretamente em setores de infra-estrutura e utilidade pública
Agindo como importante fonte de demanda para o setor privado

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