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TRABALHO TRIBUTÁRIO IOF

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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
PROFESSOR ROBERTO GIRÃO
Trabalho Acadêmico desenvolvido por:
Dácio Estevam Veras – mat.: 2014.01.218-581;
Vicente Ferreira Lima Filho – mat.: 2014.03.052-808;
Maria Gabriela de Melo – mat.: 2014.02.060-734;
Bruna de Freitas Costa Santos – mat.: 2013.08.141-564;
1. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS
1.1. ASPECTOS GERAIS
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), é previsto pela constituição Federal de 1988 no artigo 153,V, sendo da União a competência para a sua instituição. Ele incide sobre as operações de crédito (cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos…), câmbio, seguros e compra e venda de títulos e valores mobiliários.
O imposto possui natureza e função extrafiscal, pois possibilita a União intervir no funcionamento do mercado financeiro, aquecendo ou esfriando de acordo com a necessidade do mercado. A sua alíquota é alterada pelo Executivo através de decreto, não se sujeitando ao princípio da anterioridade comum, mas apenas ao princípio da noventena. 
Os contribuintes são quaisquer das partes na operação tributária e seu lançamento é feito por homologação.
O IOF ou imposto sobre operações financeiras é sucessor do antigo imposto do selo, substituindo com o advento da emenda constitucional n°18/65, tendo como função predominante a atuação extrafiscal, ajudando a regular a economia do país.
A título de exemplo o autor Ricardo Alexandre� diz que “O excesso de demanda esta gerando um surto inflacionário, uma das alternativas viáveis é o aumento de alíquota da IOF incidente sobre operações de crédito”. O que ele quis nos dizer é que, diante da desvalorização da moeda, uma das soluções é aumentar a alíquota do IOF e, com isso, o acesso ao crédito ficará reduzido, refletindo, em consequência, no consumo.
Sua arrecadação ocorre nas operações realizadas por instituições financeiras como bancos, pela Caixa Econômica, corretoras, lojas de câmbio, empresas de seguros privados, etc.
As alíquotas do IOF são proporcionais, isso quer dizer que varia de acordo com a natureza das operações financeiras. O decreto 6.339/2008 alterou as alíquotas do IOF no intuito de compensar a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras.
Uma observação relevante é que o saque em caderneta de poupança não gera a incidência de IOF. O Supremo Tribunal Federal, através do enunciado de súmula nº 664, decidiu que “é inconstitucional o inciso v do artigo 1°da lei 8033/90 que institui a incidência de imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros - IOF sobre saques e caderneta de poupança”.
É importante ressaltar que o princípio da legalidade tributária, no caso do IOF, comporta atenuação ou mitigação, haja vista a possibilidade de suas alíquotas serem modificadas ou instituídas por decreto do chefe do poder executivo, o que não se aplicando à base de cálculo.
O aumento das alíquotas do IOF, dentro dos limites legais, feito por ato administrativo, deve ser fundamentado e deve ser indicada a sua finalidade. Essa motivação deve sempre representar a política monetária.
No que diz respeito ao seu lançamento, este é feito por homologação, incumbindo ao sujeito passivo antecipar o pagamento sem prévio exame pela autoridade administrativa, cabendo esta, posteriormente, verificar o procedimento e, se for o caso, homologá-lo, podendo ainda lançar de ofício as diferenças.
1.2. IOF SOBRE AS OPERAÇÕES DE CRÉDITO
O doutrinador Eduardo Sabbag� conceitua operação de crédito como “uma prestação presente contra a promessa de uma prestação futura. É a contraprestação futura em troca de meios monetários do presente.”
A lei 6.306/2007, que regula o IOF, estabelece os parâmetros de incidência desse imposto sobre as operações de crédito, determinando, no seu artigo 3º, § 3º, as operações consideradas como operações de crédito, vejamos:
§ 3º A expressão “operações de crédito” compreende as operações de: 
I – empréstimo sob qualquer modalidade, inclusive abertura de crédito e desconto de títulos (Decreto-Lei nº 1.783, de 18 de abril de 1980, art. 1º, inciso I);
II – alienação, à empresa que exercer as atividades de factoring, de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo (Lei nº 9.532, de 1997, art. 58);
III – mútuo de recursos financeiros entre pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física (Lei nº 9.779, de 1999, art. 13).
O Código Tributário Nacional, no seu artigo 63, inciso I, no que concerne ao IOF sobre operações de crédito, traz como fato gerador a entrega total ou parcial do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado.
A lei reguladora do IOF, também determina o momento em que se considera ocorrido o fato gerador, vejamos:
Art. 3º O fato gerador do IOF é a entrega do montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do interessado (Lei nº 5.172, de 1966, art. 63, inciso I).
§ 1º Entende-se ocorrido o fato gerador e devido o IOF sobre operação de crédito: 
I – na data da efetiva entrega, total ou parcial, do valor que constitua o objeto da obrigação ou sua colocação à disposição do interessado;
II – no momento da liberação de cada uma das parcelas, nas hipóteses de crédito sujeito, contratualmente, a liberação parcelada;
III – na data do adiantamento a depositante, assim considerado o saldo a descoberto em conta de depósito;
IV – na data do registro efetuado em conta devedora por crédito liquidado no exterior; 
V – na data em que se verificar excesso de limite, assim entendido o saldo a descoberto ocorrido em operação de empréstimo ou financiamento, inclusive sob a forma de abertura de crédito;
VI – na data da novação, composição, consolidação, confissão de dívida e dos negócios assemelhados, observado o disposto nos §§ 7º e 10 do art. 7º; 
VII – na data do lançamento contábil, em relação às operações e às transferências internas que não tenham classificação específica, mas que, pela sua natureza, se enquadrem como operações de crédito. 
Os contribuintes do IOF são as pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito. No caso de alienação de direitos creditórios resultantes de vendas a prazo a empresas de factoring, o contribuinte é o alienante, sendo pessoa física ou jurídica. 
São responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional, as instituições financeiras que efetuarem operações de crédito, as empresas de factoring adquirentes do direito creditório e a pessoa jurídica que conceder o crédito, nas operações de crédito correspondentes a mútuo de recursos financeiros.
Nas operações de crédito, o IOF será cobrado à alíquota máxima de um vírgula cinco por cento ao dia sobre o valor das operações de crédito e a sua base de cálculo irá variar de acordo com a operação de crédito realizada.
A alíquota será reduzida a zero na operação de crédito, quando figurar como tomadora uma cooperativa; quando realizada entre cooperativa de crédito e seus associados; na exportação, bem como no amparo à produção ou estímulo à exportação; quando a operação de crédito dor rural, destinada a investimento, custeio e comercialização; quando realizada por caixa econômica, sob garantia de penhor civil de jóias, de pedras preciosas e de outros objetos; quando realizada por instituição financeira, referente a repasse de recursos do Tesouro Nacional, destinados a financiamento de abastecimento e formação de estoques reguladores; quando realizada entre instituição financeira e outra instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil, desde que a operação seja permitida pela legislação vigente; quando o tomador for estudante, realizada por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES; quando efetuada com recursos da Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME; quando realizada ao amparo da Política de Garantia de Preços Mínimos - Empréstimos do Governo Federal – EGF; quandorelativa a empréstimo de título público, quando esse permanecer custodiado no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC, e servir de garantia prestada a terceiro na execução de serviços e obras públicas; quando efetuada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ou por seus agentes financeiros, com recursos daquele banco ou de fundos por ele administrados; quando relativa a adiantamento de salário concedido por pessoa jurídica aos seus empregados, para desconto em folha de pagamento ou qualquer outra forma de reembolso; quando relativa a transferência de bens objeto de alienação fiduciária, com sub-rogação de terceiro nos direitos e obrigações do devedor, desde que mantidas todas as condições financeiras do contrato original; quando realizada por instituição financeira na qualidade de gestora, mandatária, ou agente de fundo ou programa do Governo Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, instituído por lei, cuja aplicação do recurso tenha finalidade específica; quando relativa a adiantamento sobre o valor de resgate de apólice de seguro de vida individual e de título de capitalização; quando relativa a adiantamento de contrato de câmbio de exportação; quando relativa a aquisição de ações ou de participação em empresa, no âmbito do Programa Nacional de Desestatização; quando resultante de repasse de recursos de fundo ou programa do Governo Federal vinculado à emissão pública de valores mobiliários; quando relativa a devolução antecipada do IOF indevidamente cobrado e recolhido pelo responsável, enquanto aguarda a restituição pleiteada, e desde que não haja cobrança de encargos remuneratórios; quando realizada por agente financeiro com recursos oriundos de programas federais, estaduais ou municipais, instituídos com a finalidade de implementar programas de geração de emprego e renda; quando relativa a adiantamento concedido sobre cheque em depósito, remetido à compensação nos prazos e condições fixados pelo Banco Central do Brasil; quando realizada por instituição financeira referente a repasses de recursos obtidos no exterior, em qualquer de suas fases; quando realizada por instituição financeira, com recursos do Tesouro Nacional, destinada ao financiamento de estocagem de álcool etílico combustível, na forma regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional ou quando realizada por uma instituição financeira para cobertura de saldo devedor em outra instituição financeira, até o montante do valor portado e desde que não haja substituição do devedor.
Além da alíquota reduzida, pode haver isenção do IOF quando tratar-se de operações de crédito para fins habitacionais, inclusive a destinada à infraestrutura e saneamento básico, relativos a programas ou projetos que tenham a mesma finalidade; quando a operação for realizada mediante conhecimento de depósito e warrant, representativos de mercadorias depositadas para exportação, em entreposto aduaneiro; quando a operação se der com recursos dos Fundos Constitucionais de Financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO); quando a operação for efetuada por meio de cédula e nota de crédito à exportação; nas operações em que o tomador de crédito seja a entidade binacional Itaipu; quando a operação for realizada para a aquisição de automóvel de passageiros, de fabricação nacional, com até 127 HP de potência bruta (SAE); quando a operação for contratada pelos executores do Gasoduto Brasil-Bolívia, diretamente ou por intermédio de empresas especialmente por eles selecionadas para esse fim, obedecidas as condições previstas no Acordo entre os Governos da República Federativa do Brasil e da República da Bolívia; nas operações em que os tomadores sejam missões diplomáticas e repartições consulares de carreira ou quando a operação for contratada por funcionário estrangeiro de missão diplomática ou representação consular.
1.3. IOF SOBRE AS OPERAÇÕES DE SEGURO
O teto da alíquota do IOF sobre operações de seguro é de 25%. Na prática, os percentuais são bem inferiores. Para seguros privados de assistência à saúde, a alíquota é de 2%. Em casos de resseguro, seguro obrigatório, seguro vinculado a financiamento de imóvel, exportação e transporte internacional, entre outras modalidades, não há incidência de IOF.
A alíquota no imposto na contratação de seguro de vida, acidentes pessoais e de trabalho é de 4% para contratos firmados a partir de 1º de setembro de 2004 a 31 de agosto de 2005. Para contratos realizados de 1º de setembro de 2005 a 31 de agosto de 2006, é de 2%. Para os contratos de seguros de vida, acidentes pessoais e de trabalho celebrados após 31 de agosto de 2016, não há incidência de IOF. Nas demais operações de seguros, a alíquota do IOF é de 7%.
O imposto tem previsão normativa no artigo 150, § 1º, da Constituição da República Federativa do Brasil (CFRB), que permite a alteração de sua base de cálculo (BC) e a elevação de suas alíquotas com vigência já a partir da publicação do ato alterador, não se aplicando, portanto, os princípios da anterioridade comum e da anterioridade nonagesimal (ou noventena).
Ocorre o fato gerador do IOF nas operações de seguro, tornando o imposto devido, no ato do recebimento, total ou parcial, do prêmio.
São contribuintes do IOF nas operações de seguro as pessoas físicas ou jurídicas seguradas.
A responsabilidade pela cobrança do IOF sobre as operações de seguro e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional, as seguradoras ou as instituições financeiras a quem estas encarregarem a cobrança do prêmio.
A base de cálculo do IOF sobre os seguros é o valor dos prêmios pagos pelo segurado.
A isenção do IOF nas operações de seguro aplica-se, ainda, aos organismos internacionais e regionais de caráter permanente de que o Brasil seja membro e aos funcionários estrangeiros de tais organismos, nos termos dos acordos firmados.
Caso o IOF não seja pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação, o imposto deverá ser recolhido com o acréscimo de:
Juros de mora equivalente à taxa referencial Selic, para títulos federais, acumulada mensalmente, calculados a partir do 1º (primeiro) dia do mês subsequente ao do vencimento da obrigação até o último dia do mês anterior ao do pagamento e de 1% (um por cento) no mês do pagamento;
Multa de mora, calculada à taxa de 0,33% (trinta e três centésimos por cento), por dia de atraso, limitada a 20% (vinte por cento). A multa da mora será calculada a partir do 1º (primeiro) dia subsequente ao do vencimento do prazo previsto para o pagamento ou recolhimento.
1.4. IOF SOBRE AS OPERAÇÕES DE CÂMBIO
As operações de câmbio, segundo o Banco Central do Brasil (Bacen), são as operações de troca de moeda de um país pela moeda de outro país. 
Quando um brasileiro viaja para o exterior e precisa da moeda estrangeira, o agente autorizado pelo Bacen a operar no mercado de câmbio recebe do brasileiro a moeda nacional (Real) e lhe entrega a moeda estrangeira, caracterizando uma venda. De igual forma, se um estrangeiro quer converter a moeda estrangeira em reais, o agente autorizado a operar no mercado de câmbio compra a moeda estrangeira e entrega ao estrangeiro os reais correspondentes.
Por estarem sujeitas à incidência do IOF, o fato gerador ocorre na entrega da moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este.
São considerados contribuintes os compradores ou os vendedores de moeda estrangeira nas operações relativas às transferências financeiras para o exterior ou do exterior, respectivamente. As transferências financeiras compreendem os pagamentos e recebimentos em moeda estrangeira, independentemente da forma de entrega e da natureza das operações. 
São responsáveis pela cobrança do IOF e pelo seu recolhimento ao Tesouro Nacional as instituições autorizadas a operar em câmbio.
Nas operações de câmbio, a base de cálculo do IOF é o montante em moeda nacional, recebido,entregue ou posto à disposição, correspondente ao valor, em moeda estrangeira, da operação de câmbio, e a alíquota máxima do IOF é de 25% (vinte e cinco por cento), podendo ser reduzida nos seguintes percentuais:
I - sobre o valor ingressado no País decorrente de ou destinado a empréstimos em moeda com os prazos médios mínimos de até noventa dias: cinco por cento;
II - nas operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior efetuada por seus usuários, observado o disposto no inciso III: dois por cento; 
III - nas operações de câmbio destinadas ao cumprimento de obrigações de administradoras de cartão de crédito ou de bancos comerciais ou múltiplos na qualidade de emissores de cartão de crédito decorrentes de aquisição de bens e serviços do exterior quando forem usuários do cartão a União, Estados, Municípios, Distrito Federal, suas fundações e autarquias: zero;
IV - nas demais operações de câmbio: zero. 
Há também casos em que pode haver a isenção do IOF sobre as operações de câmbio, notadamente, quando realizada para pagamento de bens importados; nas operações em que o comprador ou o vendedor da moeda estrangeira seja a entidade binacional Itaipu; quando contratada pelos executores do Gasoduto Brasil-Bolívia, diretamente ou por intermédio de empresas especialmente por eles selecionadas para esse fim, obedecidas as condições previstas no Acordo entre os Governos da República Federativa do Brasil e da República da Bolívia; quando realizada para pagamento de bens importados destinados aos empreendimentos que se implantarem, modernizarem, ampliarem ou diversificarem no Nordeste e na Amazônia e que sejam considerados de interesse para o desenvolvimento destas regiões, segundo avaliações técnicas específicas das respectivas Agências ou Superintendências de Desenvolvimento, até 31 de dezembro de 2010; nas operações em que os compradores ou vendedores da moeda estrangeira sejam missões diplomáticas e repartições consulares de carreira; bem como quando a operação for contratada por funcionário estrangeiro de missão diplomática ou representação consular.
O IOF será cobrado na data da liquidação da operação de câmbio, devendo ser recolhido ao Tesouro Nacional até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da cobrança ou do registro contábil do imposto. 
1.5. IOF SOBRE AS OPERAÇÕES COM TÍTULOS MOBILIÁRIOS
O IOF no que se refere a operações relativas a títulos ou valores mobiliários foi instituído pela lei 5.143/1966 e é regulamento pelo decreto 6.306/2007. Serão analisados os aspectos gerais deste tema no presente trabalho. 
O seu fato gerador se dá na aquisição, na cessão, resgate, na repactuação ou até no pagamento para liquidação de títulos e valores mobiliários, está elencado na lei 5.172/1966, art. 63 inciso IV, Lei nº 8.894/1994, art. 2º, inciso II, alíneas a e b e Decreto nº 6.306/2007, art. 25.
O IOF se torna devido após a ocorrência do fato gerador que ocorre no ato das operações quais sejam: aquisição, cessão, resgate, repactuação e pagamento. (Decreto 6.306/2007, art. 25 parágrafo 1º). A abrangência do fato gerador é sobre qualquer operação das elencadas anteriormente, no que independe de sua qualidade ou forma jurídica de constituição do beneficiário da operação ou de seu titular. 
Abrange ainda os fundos de investimentos e as carteiras de títulos mobiliários, fundos ou programas mesmo que não tenham personalidade jurídica e ainda as entidades de previdência privada. (Decreto nº 6.306/2007, art. 25 parágrafo 2º e decreto 6.613/2008).
Os contribuintes do IOF são:
Os adquirentes de títulos ou valores mobiliários e os titulares de operações financeiras (Decreto-Lei nº 1.783/1980, art. 2º).
As instituições financeiras e as demais instituições autorizadas a funcionar pelo banco central do Brasil. 
A base de cálculo do IOF é o valor de aquisição, cessão, resgate, repactuação de títulos e valores mobiliários, abrangendo ainda quaisquer operações consideradas como renda fixa. De acordo com o Decreto lei nº 6.306/2007 os responsáveis pela cobrança e recolhimento ao tesouro nacional, são as instituições autorizadas a comprar e operar títulos e valores mobiliários bem como as bolsas de valores, de mercadorias, entre outras instituições financeiras autorizadas.
Ainda figura como responsáveis a que liquidar a operação por meio da SELIC ou da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos – CETIP, bem como o administrador do fundo de investimentos, o intermediador de recursos junto a clientes, entre outros.
Quanto a alíquota o IOF será cobrado a alíquota máxima de 1,5% ao dia das operações sobre títulos e/ou valores mobiliários, ainda existe a possibilidade de diminuição no valor da alíquota no caso de Resgate antecipado onde o valor da alíquota será o de 0,5% ao dia, sobre o valor de resgate de quotas de fundos de investimento constituídos sob qualquer forma, na hipótese de o investidor resgatar quotas antes de completado o prazo de carência para crédito dos rendimentos. Nesse caso, o IOF ficará limitado à diferença entre o valor da quota, no dia do resgate, multiplicado pelo número de quotas resgatadas, deduzido o valor do imposto de renda, se houver, e o valor pago ou creditado ao quotista.
Há uma possibilidade da alíquota zero que ficam sujeitas as operações de titularidade das instituições financeiras e das demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, das carteiras dos fundos de investimento e dos clubes de investimento, do mercado de renda variável, inclusive as realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e entidades assemelhadas.
Os benefícios elencados acima não se aplicam às operações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos predeterminados, realizadas nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, bem como no mercado de balcão.
Sobre a cobrança O IOF será cobrado na data da liquidação financeira da operação, e no caso de repactuação, na data da ocorrência do fato gerador. E o seu recolhimento será ao Tesouro Nacional até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da cobrança ou do registro contábil do imposto.
��
	� ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário esquematizado. 10. ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2016, p. 596.
��
	� SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário. 8. ed. 2016, p. 1263.

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