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Processo Civil IV

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Questão: Ao iniciar o cumprimento de sentença envolvendo obrigação de pagar, o credor pretende que seja penhorado um bem imóvel do devedor, avaliado em R$ 1.000.000,00 (um milhão de Reais), para pagamento de uma dívida de apenas R$ 10.000,00 (dez mil Reais). O devedor, por meio do seu patrono, peticiona ao juízo informando que possui um veículo automotor avaliado em R$ 30.000,00 (trinta mil Reais), valor que é mais compatível com o do débito, requerendo a substituição do bem penhorado em atenção ao princípio do menor sacrifício ao executado. Indaga-se: deve ser deferido o pleito do executado? 
R: Sim, pois atende ao princípio do menor gravame para o executado conforme previsto no CPC. Se houver outro meio de execução o devedor pode escolher o menos gravoso para ele. 
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Questão: No curso de uma ação de indenização e antes da sentença de 1o grau, o réu vendeu seus dois únicos imóveis por R$ 100.000,00 (cem mil reais), os quais constituíam a totalidade de seu patrimônio. Julgado procedente o pedido, com sentença transitada em julgado, o autor pretende receber o valor da indenização fixado pelo Juiz, ou seja, R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considerando o enunciado acima, distinga os institutos da fraude à execução e da fraude contra credores, e, num segundo momento, indique os caminhos processuais adequados para que o exequente, na prática, possa receber seu crédito. 
R: A fraude contra credores é tratada no CC, e a fraude à execução está no CPC. Contra credores é quando o devedor está se desfazendo dos bens, se tornando insolvente para que o credor não consiga satisfazer o crédito, a ação cabível é a Ação Pauliana para anular os atos que geraram a insolv6encia do devedor, reintegrando seu patrimônio para que seja atingido. A Fraude à Execução é mais grave, ocorre durante o curso do processo (art. 792, CPC e Súmula 375), trata-se de ato atentatório à dignidade da justiça. 
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Questão: Adalberto ajuizou uma ação em face da Seguradora Porto Bello pleitean do o recebimento do seguro de vida realizado pelo seu tio Marcondes. Alega na inicial que a seguradora, de forma injustificada, se negou a pagar a indenização sob o argumento de que o segurado agiu de má-fé ao não informar que realizara uma cirurgia de coração 10 anos antes da assinatura do contrato. Após a instrução o juiz julgou procedente o pedido para condenar a Seguradora a pagar a respectiva indenização em valor a ser apurado em fase de liquidação. Diante do caso concreto indaga-se: 
a) Qual é a modalidade de liquidação de sentença mais adequada ao caso concreto? É possível modificar a sentença em fase de liquidação? 
R: Em razão da morte de alguém o mais adequado é a liquidação por arbitramento, caso não houvesse a morte e em razão de fatos novos seria aplicada a liquidação pelo procedimento comum. Não é possível modificar a sentença em fase de liquidação, somente em Apelação.
b) Como deverão proceder as partes caso discordem do valor apurado na liquidação? 
R: Em caso de não concordarem cabe às partes ingressar com Recurso de Agravo de Instrumento. 
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Questão: Juca Cipó ingressa em juízo com ação de cobrança em desfavor de Sinhozinho Malta, que, citado pelo correio, quedou-se inerte, vindo, em consequência, o pedido autoral a ser julgado procedente, com a condenação do réu ao pagamento de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). Iniciado por Juca Cipó o cumprimento de sentença, após a segurança do juízo, Sinhozinho Malta oferece impugnação, na qual alega a nulidade de sua citação na fase cognitiva. O juiz, então, acata a impugnação de Sinhozinho Malta. 
Qual seria o recurso cabível contra esta decisão judicial? 
R: A impugnação tem natureza de decisão interlocutória. Nesse caso cabe o Agravo de Instrumento. 
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Questão: Repelidos Embargos de Devedor com fundamento em sua intempestividade, apresenta o Executado petição avulsa, intitulando- a como Objeção de Não Executividade (também conhecida como Exceção de Pré-Executividade), denunciando a nulidade do título. Deve tal pleito, inobstante a rejeição dos Embargos, ser admitido ao exame do órgão judicial? Se admissível a referida peça, teria a apresentação da mesma efeito suspensivo? 
R: Deve ser admitido por envolver matéria de ordem pública, isto é, a exigibilidade do título executivo, com base no modelo constitucional do devido processo legal. Embora não tenha previsão clara no CPC, é um mecanismo de defesa aceito pela doutrina e jurisprudência, que possibilita ao executado apresentar, por meio de petição, matéria que o magistrado possa pronunciar de ofício. Em princípio não suspende a execução, mantendo-se o mandado de penhora enquanto pendente de exame. 
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Questão: Determinado credor instaurou processo de execução, lastreado em título executivo extrajudicial, em face de um incapaz, que se encontra regularmente representado nos autos. A penhora recaiu sobre um determinado bem e não foram oferecidos embargos à execução. Como o exequente não manifestou interesse na adjudicação, o magistrado determinou a expropriação por alienação em leilão judicial. No segundo leilão, o bem constricto recebeu um lance equivalente a 75% do valor da avaliação, o que gerou a assinatura no auto de arrematação. Imediatamente, o executado peticionou ao juízo, postulando o reconhecimento da ineficácia da arrematação, uma vez que o bem foi expropriado por preço vil. Já o credor, por sua vez, ponderou que, de acordo com o art. 891, parágrafo único, do C PC, a arrematação teria sido perfeitamente válida. Indaga-se: como deve decidir o magistrado? 
R: Deve o magistrado decidir na forma do art. 896, do CPC, que dispõe sobre imóvel de incapaz que não alcança pelo menos 80% da avaliação, onde o juiz confiará o bem à guarda e administração de depositário idôneo, adiando a alienação por prazo não superior a 1 ano. Portanto, a arrematação não foi válida. 
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Após a vigência do NCPC, Rodolfo promove execução em face de Matheus e Lucas objetivando o reconhecimento de determinada quantia. A citação de ambos foi realizada regularmente e não foram localizados bens passíveis de penhora. Diante desta situação o magistrado suspendeu o processo pelo prazo de 1 ano. Findo este período e, também tendo sido ultrapassado o prazo prescricional da obrigação, os executados peticionaram ao juízo requerendo o desarquivamento do processo e à pronúncia da prescrição intercorrente. Devidamente intimado, o exequente se posiciona em sentido contrário, ao argumento de que esta suspensão deveria permanecer sine die, ou seja, indefinidamente, até que sejam localizados bens passíveis d e constrição judicial. Como deverá se posicionar o magistrado quanto ao tema? 
R: Quando o executado não possuir bens penhoráveis, suspende-se a execução (art. 921, III, do NCPC) pelo prazo de 1 ano (art. 921, § 1°, do NCPC). Passado 1 ano, e não for encontrado bens penhoráveis ( art. 921, § 2°, do NCPC), o juiz ordenará o arquivamento dos autos, que serão desarquivados para prosseguimento da execução se a qualquer tempo for encontrado bens penhoráveis (art. 921, § 3°, do NCPC). Passado 1 ano sem a manifestação do exequente, começa a correr o prazo de prescrição intercorrente (art. 921, § 4°, do NCPC) que é, aquela que se opera mesmo na fluência do procedimento jurisdicional, nos casos de inércia do titular do direito nos termos dos artigo s 921, §4º, combinado com art. 924, V, ambos do NCPC. Trata-se de uma sentença com resolução de mérito de acordo com o art. 487, I, do NCPC.
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Questão: Em determinado processo, o magistrado fixou astreintes diárias para compelir o devedor a cumprir obrigação de entrega de coisa, o que não ocorreu no prazo estabelecido. Levando em consideração que o valor acumulado das astreintes está próximo de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais) e que o conteúdo econômico discutido no processo é de no máximo R$ 20.000,00 (Vinte Mil Reais), a parte ré peticiona requerendo a redução do valor retroativamente. Ocorre que a exequente, por seu turno, sustenta que este montante de R$100.000,00 (Cem Mil Reais) já integra o seu patrimônio. Vindo os autos conclusos para decisão, o magistrado percebe, na ambiência de seu gabinete, que o CPC fornece um tratamento inconclusivo quanto ao tema astreintes. Em determinada norma, por exemplo, autoriza que o magistrado possa alterar ou mesmo excluir o valor das multas, mas apenas para aquelas vincendas (art. 537, par. 1º), o que contraria entendimento jurisprudencial. Por outro lado, em outro momento, deixa o tema um tanto vago (art. 806, par. 1º), nada dispondo se a revisão do valor pode ser realizada em caráter retroativo. 
Indaga-se: Como decidir? O valor das astreintes poderia ser reduzido ex tunc? E, para os casos de fixação desta multa, não seria melhor simplesmente o magistrado fixar multa de incidência única, em valor mais substancial, para que a mesma realmente possa funcionar como fator coercitivo? 
R: Trata-se de questão controvertida. Existem duas correntes; 
1ª Corrente: O Valor da multa pode ser reduzido, mas a eficácia dessa decisão será ex nunc pois o valor acumulado já integra o patrimônio do credor da prestação. 
2ª Corrente: Entende que a decisão pode ter caráter retroativo, ex tunc, pois se assim decidiu é porque o juiz percebeu que este mecanismo executivo estava sendo ineficiente para atingir os seus fins. 
Para resolver a questão dos valores que vão se acumulando em razão da multa diária ou semanal poderia o juiz fixar Astreintes de incidência única o que não resultaria obrigatoriamente em valor menor, pelo contrário, poderia ser ainda mais expressivo.
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Questão. Maurício promove execução por título extrajudicial em face da Fazenda Pública, para cumprimento de obrigação de fazer, observando o disposto entre o art. 815 e art. 821 do CPC. Esta, ao ser citada, aduz em sua defesa que há error in procedendo, eis que tem a prerrogativa de ser executada por modelo próprio estatuído no art. 910 do NCPC. A quem assiste razão? 
R: O argumento da Fazenda não assiste razão, uma vez que o procedimento do art. 910 é para quantia certa, e no caso em tela trata-se de obrigação de fazer. 
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Questão: Geisa, servidora pública estadual, promove demanda em face da Fazenda Pública que se encontra vinculada, pleiteando o pagamento de determinada importância em dinheiro, que lhe foi indevidamente descontada em sua remuneração. A demanda se processa regularmente, tendo sido proferida sentença favorável condenando a ré ao pagamento. Na etapa de cumprimento e, diante da demora na executada em liquidar a sua obrigação sujeita a pagamento por meio de precatório, a exequente peticiona ao juízo requerendo que seja aplicada a multa de 10%, prevista no art. 523, parágrafo 1º, do CPC. Este pleito deve ser deferido? 
R: Não, não se aplica multa de 10% em face da Fazenda Pública, porque ela é citada para apresentar embargos ou impugnação, pois a Fazenda tem um procedimento próprio. 
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Questão: O CPC prevê que, na execução por título extrajudicial por dívida alimentar, é possível oficiar o empregador do executado para que o mesmo efetue o desconto em folha de pagamento, o que coincide com o modelo do CPC-73. Contudo, o mesmo inova ao prever que o descumprimento pelo empregador gera a prática de crime de desobediência (art. 912, par. 1º). Ocorre que a lei de alimentos já possui tipo penal específico para esta situação (art. 22, parágrafo único, Lei 5.478/68), não tendo o mesmo sido revogado pelo CPC/2015, ao contrário de diversas outras normas (art. 1.072). Qual tipo penal deve prevalecer? 
R: Crime de desobediência está no Código Penal e é de menor potencial ofensivo. Prevalece a norma específica que é a Lei Especial de Alimentos, pois o CPC é norma geral.

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