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Títulos de Crédito André Geia

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TÍTULOS DE CRÉDITO – Professor André Geia
Término do conteúdo programático do 6º Semestre... 
SOCIEDADE LIMITADA (artigos 1.052 ao 1.087 do CC)
Classificação:
A sociedade limitada pode ser classificada como hibrida ou mista, ela pode assumir feição de pessoas ou capital dependendo do perfil estabelecido no próprio contrato social, então, o contrato poderá dar maior rigidez ou maior flexibilidade. 
Responsabilidade dos sócios na sociedade limitada:
Art. 1.052. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social.
 O sócio responde solidariamente e limitadamente ao capital investido. Depois de integralizado cessa a responsabilidade pessoal do sócio. Enquanto integralizada, o sócio responde solidaria e limitadamente.
Ex: o sócio A não integralizou a sua cota parte, neste caso, o C e B responderão pela parte faltante. Se algum sócio não integralizar a sua cota, tanto ele quanto os outros respondem pela parte faltante. Então, neste caso, a responsabilidade fica limitada ao capital social. 
Art. 1.053. A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples.
Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
 Fonte subsidiária: qual é a fonte primária que se aplica a sociedade limitada (1.052 ao 1.087), quando esses artigos não respondem essa questão e o contrato é omisso no que diz respeito as fontes subsidiárias eu busco na sociedade simples as regras.
Agora o contrato poderá estabelecer em forma expressa, dizer que as fontes subsidiárias as leis estão previstas nas S/A. 
Art. 1.054. O contrato mencionará, no que couber, as indicações do art. 997, e, se for o caso, a firma social.
 O contrato social da sociedade limitada observará a estrutura do artigo 997 do código civil observadas as compatibilidades com as regras da sociedade limitada.
A regra do nome empresarial da sociedade limitada: firma social ou denominação. Sempre acrescido ao final do nome da expressão LTDA. Denominação: 
Art. 1.055. O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio.
§ 1o Pela exata estimação de bens conferidos ao capital social respondem solidariamente todos os sócios, até o prazo de cinco anos da data do registro da sociedade.
§ 2o É vedada contribuição que consista em prestação de serviços. (é vedada a possibilidade de sócio trabalho, o sujeito para ser sócio tem que entrar com capital, não há a presença de sócio trabalho)
Estabelece que o capital social da sociedade limitada é dividido por cotas e essas podem ser dividas de forma igual ou desigual. Pode dar-se também pelo valor das cotas, posso ter cotas valendo mais ou menos. 
Art. 1.057. Na omissão do contrato, o sócio pode ceder sua quota, total ou parcialmente, a quem seja sócio, independentemente de audiência dos outros, ou a estranho, se não houver oposição de titulares de mais de um quarto do capital social.
Parágrafo único. A cessão terá eficácia quanto à sociedade e terceiros, inclusive para os fins do parágrafo único do art. 1.003, a partir da averbação do respectivo instrumento, subscrito pelos sócios anuentes.
Como se dá a cessão de cotas? Se o contrato for omisso a cessão de cotas de sócio para sócios poderá ser feita sem audiência (anuência) dos demais. De sócio para terceiro pode ser feita desde que não haja oposição de mais de ¼ do capital social. 
O sócio para ceder as suas cotas para outro sócio ou para terceiro, nesse caso a afeição tem mais para pessoas ou cotas? Pessoas.
1.060 ao 1.065 da administração da sociedade limitada. 
Art. 1.060. A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em ato separado.
Parágrafo único. A administração atribuída no contrato a todos os sócios não se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade.
A pessoa tem que ser jurídica ou física? Alguns autores e pela própria redação diz que pode ser tanto natural ou jurídica. Já outros autores sustentam que a pessoa sócia ou não sócia tem que ser apenas a pessoa natural, pois casam a interpretação do artigo 1060 com o 1062, parágrafo 2º.
§ 2o Nos dez dias seguintes ao da investidura, deve o administrador requerer seja averbada sua nomeação no registro competente, mencionando o seu nome, nacionalidade, estado civil, residência, com exibição de documento de identidade, o ato e a data da nomeação e o prazo de gestão
Artigos 1.066 ao 1.070
Conselho fiscal: criou a facultatividade do conselho fiscal da sociedade limitada. Diferentemente do que ocorre nas leis das S/A onde na sociedade anônima é obrigatória. 
Por que o legislador na sociedade limitada essa faculdade? Por que desenvolve atividade de grande e pequeno porte, deixou assim aos sócios a possibilidade de criar ou não o conselho fiscal. 
Art. 1.066. Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal composto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no País, eleitos na assembleia anual prevista no art. 1.078.
§ 1o Não podem fazer parte do conselho fiscal, além dos inelegíveis enumerados no § 1o do art. 1.011, os membros dos demais órgãos da sociedade ou de outra por ela controlada, os empregados de quaisquer delas ou dos respectivos administradores, o cônjuge ou parente destes até o terceiro grau.
§ 2o É assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos membros do conselho fiscal e o respectivo suplente.
O conselho fiscal é órgão facultativo que pode ou não ser criado por deliberação dos sócios e ele é composto por no mínimo 3 membros, sócios ou não sócios desde que residentes no país.
Como será eleito? Desde que previsto no contrato, o conselho fiscal será eleito em assembleia anual dos sócios nos moldes do artigo 1078 do CC. Na cooperativa também tem sociedade limitada. 
Remuneração: os membros do conselho fiscal são remunerados, cuja a remuneração será fixada na assembleia de sócios que eleger os seus membros.
Das deliberações sociais: artigos 1.071 ao 1.080.
Os sócios nas sociedades resolvem as questões por meio de deliberações. Essas poderão ser adotadas por reuniões ou assembleias de sócios. Quando a sociedade tiver mais de 10 sócios as deliberações serão tomadas apenas em assembleia (pegar na gravação 01:35). O quórum necessário para as deliberações sociais: nesse caso devemos conciliar os artigos 1072 e 1076. 
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063, as deliberações dos sócios serão tomadas:
I - pelos votos correspondentes, no mínimo, a três quartos do capital social, nos casos previstos nos incisos V e VI do art. 1.071;
1º quórum: mais de ¾ do capital. Serve para o artigo 1071, V e VI.
V - a modificação do contrato social;
VI - a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação;
Art. 1.076. Ressalvado o disposto no art. 1.061 e no § 1o do art. 1.063, as deliberações dos sócios serão tomadas:
II - pelos votos correspondentes a mais de metade do capital social, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e VIII do art. 1.071;
Deve ser de mais da metade ...
III - pela maioria de votos dos presentes, nos demais casos previstos na lei ou no contrato, se este não exigir maioria mais elevada.
As deliberações que forem tomadas de acordo com as leis ou contratos vinculam tantos sócios dissidentes tanto ausentes. Já, as deliberações que forem tomadas de acordo com a lei ou contrato vinculam apenas aquele que aprovaram respondendo de forma ilimitada.
Ex: 10 sócios, na assembleia comparecem 6, 4 aprovam e 2 rejeitam. Tenho 4 ausentes, se a deliberação for de acordo com a lei ou contrato.
Títulos de Crédito
Nas relações negociais de cunho econômico reguladas pelo direito empresarial exigem no contato entre aspartes de uma confiança, de uma fidúcia, a permitir que os negócios se concretizem, uma vez que na grande maioria das vezes os pagamentos dessas operações não são feitos de imediato e em moeda corrente; de modo que, a questão ligada ao crédito é fundamental para as relações negociais. Para que o sujeito conceda crédito a outrem, parte-se do pressuposto que a obrigação será cumprida na forma convencionada, especialmente no que diz respeito ao preço, no valor econômico do negócio. Quanto maior for o risco do credor em receber seu crédito, maiores serão as exigências na concessão do crédito e inclusive e especialmente no que diz respeito aos juros. Nas relações ligadas ao direito empresarial de cunho econômico, não se realizam com o pagamento a vista, a grande maioria dos negócios realizados no direito empresarial de médio ou grande volume econômico, se realizam por meio de concessões de créditos, normalmente não à vista. É nesse cenário que aparecem os títulos de crédito como instrumento de facilitação e segurança jurídica na concessão de crédito.
A partir do momento que se introduz esse instrumento de credito nas relações pessoais, a moeda no elemento de troca passa a deixar de existir imediatamente. Mas as operações de médio e grande porte passam a dispor desse mecanismo comercial, nominada de título de credito. Nós temos outros instrumentos de relação comercial que é exatamente as chamadas moedas plásticas. Hoje com a era virtual, com os meios de troca eletrônicos, as operações comerciais se realizam de uma forma mais eficiente e segura do que aquela permitida pelos títulos de crédito. Outros títulos, são largamente utilizados pelas instituições financeiras, formalizam as operações de créditos por meio das cédulas, pois as cédulas fornecem ao credor instrumento legal da negociabilidade e segurança jurídica.
O sujeito pode ser credor de...
Um instrumento de crédito – para que faça valer esse crédito, terá que utilizar-se de um mecanismo processual um pouco mais complexo no aspecto probatório, sendo a ação seguindo o processo de conhecimento. Terá que provar o crédito por meio de todas as provas lícitas autorizadas pelo direito, especialmente da prova testemunhal, pois ele não tem o crédito materializado, sendo neste caso, a fase probatória será mais intensa, sendo diferente se ele já tivesse um documento de crédito. O juiz dará uma sentença de natureza condenatória que irá determinar ao devedor que pague ao credor a importância contida na sentença. Se o devedor não pagar a obrigação pecuniária, terá seus bens penhorados para a transformação em dinheiro.
Documento de crédito – ou seja, o crédito que ele possui já está materializado num documento; a questão probatória se tornará mais fácil, pois não precisa de uma instrução tão densa, prescindindo-se às vezes até de prova testemunhal. Na existência de um documento de crédito o procedimento que o credor vai usar para recebimento do seu crédito poderá ser: um processo de conhecimento, onde a fase instrutória é menos intensa; tudo para no final ter uma sentença de execução.
Ele é detentor de um credito, ou seja, o credito que ele possui já está materializada. A diferença é na questão probatória, ela não precisara de uma instrução densa, prescindindo às vezes da prova testemunhal. Aqui já nasceu algo além daquela simples existência.
Na existência então de um documento de credito o procedimento que o credor vai usar para recebimento de seu credito poderá ser um processo de conhecimento ou um processo de execução. A execução cabe quando ele já tem um título executivo judicial (sentença) ou quando ele tem um título executivo extrajudicial. Portanto aqui na existência de um documento de crédito, para e qual o procedimento, eu tenho que verificar se esse documento de credito é ou não título executivo. Se o documento de credito não for título executivo será necessário percorrer todas as etapas do processo de conhecimento para o final ter a sentença e tudo. Agora se o credor dispõe de um título executivo, precisa apenas distinguir se o título é judicial ou extrajudicial. 
Títulos de crédito – Qual procedimento judicial o credor dispõe para receber o crédito materializado num documento de crédito? Poderá ele dispor de dois procedimentos. O documento de crédito pode, portanto, permitir o credor, dispor de um processo de conhecimento ou de execução. Para que ele possa manejar ação de execução de documentos de crédito ele deve estar elencado no rol do que o código nominou de Título Executivo Extrajudicial, elencados no artigo 784 NCPC – sendo eles os títulos que já permitem ao credor dispor de imediato de uma ação executiva, portanto eu posso ter um credor com documento de crédito com ou sem força executiva; da mesma forma também poderá ter um título de crédito sem ou com força executiva, entretanto quando o Fábio Ulhoa Coelho afirma que os títulos de crédito possuem força executiva, nós entendemos que essa afirmativa esbarra em uma questão conceitual; portanto a força executiva não é elemento capaz de identificar e diferenciar um título de crédito de um documento de crédito. Porque ambos podem ter ou não força executiva, dependendo de constarem ou não no art. 784 NCPC.
Quais são os elementos que permitem identificar se tenho um título de crédito ou um documento de crédito. Título de crédito tem como distanciar de um documento de crédito. Documento pode ser negociado, só que os entraves legais ou formalidades para se transferir um documento de crédito são muito maiores de que um mecanismos para transferir um título de crédito. Se eu tenho um documento de crédito, para transferi-lo preciso observar um procedimento técnico mais complexo, que é a cessão civil de crédito. Agora, para transferir um título de crédito, mecanismos de transferência são mais informais, mas não ilegais.
Segurança Jurídica
O documento de crédito também tem segurança jurídica, mas a segurança que o título da ao credor é maior que um simples documento de crédito. Na medida em que o título circula, mais sujeitos aparecem como coobrigados, envolvidos na relação cambial, isso dá ao credor maior segurança de receber o crédito. A segurança advém de uma característica típica dos títulos de crédito que é a autonomia. Autonomia nada mais é que a desvinculação do título de crédito em relação a sua “ausa debendi’’ ou da causa do débito; isso significa que uma vez criado o título, em tese, discutir sobre o negócio que o gerou, o credor bastará dispor do título para receber o crédito. Não precisará mais provar a relação negocial que gerou o crédito.
Conceito Legal de Título de Crédito
O conceito legal que foi positivado no artigo 887 CC toda a teoria até então conhecida sobre títulos de crédito. Conceito de Cesare Vivante: “título de crédito é documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo”.
Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Títulos de crédito e o N.C.C.
O código civil regula a matéria de título de crédito nos artigos 887 ao 926, temos o que chamamos de teoria geral dos títulos de crédito.
No código civil temos o perfil dos chamados títulos atípicos, pois não possuem um perfil típico.
Os títulos podem ser divididos em típicos e atípicos.
Qual lei aplicável em títulos de crédito? Temos primeiramente que visualizar se estamos diante de um título típico e atípico. Se estivermos diante de um título atípico, iremos buscar no código civil, pois ele faz a sua regulação; já os típicos, há uma lei própria que os regulam e teremos que verificar quais os regramentos que os regem.
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código.
O código civil se aplica aos títulos típicos somente quando a lei especial não regular a questão.
Para saber a regra que se aplica nos títulos típicos terá que primeiramente ir à lei especial, se a lei especial regular a matéria, nem haverá a necessidade deir até o código civil.
Basta para um título ser considerado típico, seguem as regras do artigo 889 CC caput.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
Atributos do título de crédito
Negociabilidade: diz respeito à perspectiva que as partes envolvidas na relação negocial, possuem de realizar negócio sem a circulação da moeda em espécie. Facilitar a circulação. Câmbio lembra troca. Títulos cambiais entram em cena para melhorar os negócios sem a circulação imediata da moeda.
 Permite maior celeridade e segurança nas relações creditícias.
Negociabilidade representada pela facilidade de circulação do crédito que o título representa. Assim, um título de crédito pode ser transferido mediante endosso (assinatura no verso do título, podendo o endosso, ser em preto quando declara o nome do beneficiado, e em branco quando não o faz)
Executividade: Segundo Ulhôa, seria um outro atributo dos títulos cambiais. Discordamos com esse atributo, uma vez que a executividade com advento do novo CC perdeu a sua identidade com os títulos de crédito. Tem títulos de crédito com força executiva e sem força executiva. Tem documento de crédito com força executiva e sem força executiva. Podemos observar que a força executiva não é um atributo exclusivo dos títulos de crédito, porque tem documento de crédito com força executiva. Art. 585 CC – traz as figuras dos títulos executivos extrajudiciais. E nesse rol temos os títulos de créditos, mas também temos os documentos de crédito. Exemplo: contrato de locação é título executivo extrajudicial.
 Permite procedimento judicial mais rápido e eficaz para recebimento do crédito.
Executividade representativa da garantia de cobrança mais ágil quando o credor resolve recorrer ao judiciário visando à satisfação do crédito. A executividade assegura uma maior eficiência para a cobrança do crédito representado.
Art. 887 – 926 CC – tratam dos títulos atípicos – embora títulos de crédito, não possuem força executiva.
Não concordamos com a tese que a executividade é um atributo dos títulos cambiais.
Segurança jurídica: é obvio que tanto o título de crédito quanto o documento de crédito fornecem ao credor uma certa segurança jurídica, mas quando estamos diante de um título de crédito essa segurança jurídica se mostra mais intensa na medida em que os institutos cambiais propiciam benefícios ou privilégios aos credores que não são encontrados no documento de crédito, exemplo: o aval – é uma garantia típica de um título de crédito que oferece ao credor maior perspectiva de recebimento do crédito do que aquela oferecida pela garantia pessoal numa obrigação de natureza civil.
CARACTERÍSTICAS OU PRINCÍPIOS
Cartularidade, literalidade e autonomia
Quando falamos de cartularidade em matéria cambial estamos falando da necessidade do título de crédito estar materializado num documento, para que o credor do título possa exercer os direitos inerentes do crédito. Deve o credor do título, exibir a cártula em original, diferentemente do que ocorre num documento de crédito. O documento de crédito para que possa ser cobrado, poderá inclusive se utilizar de uma cópia autenticada daquele documento em juízo. A cópia autenticada faz prova como se o credor estivesse com o original, já diante de um título de crédito, deve o credor para exercer o direito de crédito exibir a cártula em original, o banco só está obrigado a descontar o cheque se for apresentado o original, não adiantando em nada a cópia. Por que isso é uma exigência num título de crédito e não num documento de crédito? Em virtude da sua negociabilidade, pois é muito fácil por em circulação, exemplo: cheque.
A cartularidade é uma característica fundamental nos títulos de crédito, na atualidade ela tem sido a característica mais atacada, com a entrada no cenário negocial desse mundo virtual, nesses negócios feito por meio eletrônico, a cartularidade tem sido questionada como uma característica essencial dos títulos de crédito. Hoje um dos pontos que se tem discutido é sobre a questão da necessidade da cártula. O artigo 889 do CC.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
	Este dispositivo legal autorizaria a emissão de título sem a cartularização. Segundo a Ministra do STJ.
	Segundo o Géia, poderá ser papelizado o título embora as informações inseridas saiam de uma negociação virtual, mas essas negociações deverão ser formalizadas na escrituração do sujeito.
A discussão atual é de que - Pode prescindir-se ou não da cártula para que o sujeito credor possa exercer seus direitos de crédito?
No nosso ordenamento atual não há previsão de que se possa utilizar dessa posição.
http://www.stj.gov.br/portal_stj/publicacao/engine.wsp?tmp.area=398&tmp.texto=101267
Ler acórdão
Um título de crédito tem que gerar segurança, mas não gerar dúvida.
O título só é válido quando nele estiverem inseridos todos os seus requisitos essenciais.
Exemplo – súmula 370 do STJ 
SÚMULAS 
Apresentação do cheque pré-datado antes do prazo gera dano moral
Apresentar o cheque pré-datado antes do dia ajustado pelas partes gera dano moral. A questão foi sumulada pelos ministros da Segunda Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em votação unânime. O projeto que originou a súmula 370 foi relatado pelo ministro Fernando Gonçalves. 
A questão vem sendo decidida nesse sentido há muito tempo. Entre os precedentes citados, há julgados de 1993. É o caso do Resp 16.855. Em um desses precedentes, afirma-se que a “apresentação do cheque pré-datado antes do prazo estipulado gera o dever de indenizar, presente, como no caso, a devolução do título por ausência de provisão de fundos”. 
É o caso também do Resp 213.940, no qual o relator, ministro aposentado Eduardo Ribeiro, ressaltou que a devolução de cheque pré-datado por insuficiência de fundos que foi apresentado antes da data ajustada entre as partes constitui fato capaz de gerar prejuízos de ordem moral. 
A nova súmula ficou com a seguinte redação: “caracteriza dano moral a apresentação antecipada do cheque pré-datado”. 
A cartularidade é a característica do título que tem por base sua existência física ou equivalente, ou seja, o título tem que existir na sua essência como elemento efetivo e representativo do crédito. Assim, um título de crédito existe enquanto existir a sua cártula, ou seja, enquanto existir o próprio título impresso, não sendo admitido inclusive cópia para efeitos de execução da dívida. Daí decorre o axioma jurídico de que "o que não está no título não está no mundo".
B) Literalidade: não terá eficácia para a relação jurídica-cambial aqueles atos jurídicos não expressos na própria cártula. O que não se encontra consignado no título de crédito não produz efeitos cambiais (ex. Aval fora do título, quitação não constante do título). Diz o art. 901, parágrafo único do CC.
Parágrafo único. Pagando, pode o devedor exigir do credor, além da entrega do título, quitação regular.
Para que um título de crédito seja válido como tal é necessário que nele conste os seus requisitos essenciais, então não podem constar os requisitos do título fora da cártula, terá que materializar na própria cártula. Para que a obrigação cambial tenha valor no âmbito do direito comercial terá que estar materializada no título, exemplo: aval. O Avalista para se obrigar na qualidade de avalista, deverá assumir a obrigação no próprio título. Não se pode dar um aval, num documento separado, tal qual, se ocorre com a fiança. O fiador poderá assumir a obrigação tanto no documento, tanto em documento separado, exemplo: carta de fiança (garantia que fica separada do próprio contrato).
Aquilo que não constar na cártula, não gera efeitocambial.
Cartularidade e literalidade são características que se completam.
Aquilo que não for requisito do título de crédito e nele for inserido, não gerará efeito cambial, mas poderá gerar efeito no âmbito do direito civil, penal e etc.
Exemplo: O sujeito faz no verso da nota promissória um xingamento a alguém, sendo ele uma injúria. Esse tipo penal, não está no título, não está na carta? Sim, mas por não ser requisito do título de crédito não gera efeito no âmbito comercial, mas sim poderá gerar efeito no âmbito penal.
A literalidade carrega em si a formalidade e o rigor do que deve estar expresso no título de crédito, pois representa o conteúdo escrito no próprio documento. Só tem valor jurídico-cambial o efetivo escrito no título de crédito original, explicitando assim, de forma literal, a obrigação por ele representada. 
Em decorrência da literalidade, o devedor tem a garantida de que até à data do vencimento, não lhe será exigido obrigação cambiária em valor superior ao que está literalmente expresso documentalmente. Por outro lado, o credor tem a garantia de que o devedor, na data aprazada, lhe pagará a efetiva quantia expressa no título de crédito, sob pena de incorrer em obrigações adicionais, a exemplo de juros, multa e honorários advocatícios. 
Destacamos ainda que em virtude da literalidade, a quitação de um título deverá está expressa no próprio título de crédito. Assim como o aval só terá efeito jurídico-cambial se estiver assinado no próprio título.
C) AUTONOMIA: as relações representadas por um mesmo título de crédito são autônomas e independentes umas das outras. Cada assinatura no título faz surgir nova obrigação que se desvincula das demais. Cada parte assume obrigação para com o título de crédito. Se uma dessas relações for eivada de vícios, não comprometerá a outra.
Segundo a opinião do Geia a Autonomia é a principal característica dos títulos de crédito. Cada sujeito que assume uma obrigação no título assume uma obrigação autônoma, independente entre si, de tal forma que, o vício em uma obrigação não atingirá a validade da outra ou das outras obrigações.
A autonomia é a desvinculação do título de crédito em relação a causa que gerou a sua criação, bem como as demais obrigações cambiais que surgirem no título de crédito são autônomas e eventual vício em uma delas não atingirá a validade das demais, exatamente em virtude da autonomia cambial.
Alguns autores dividem a autonomia em duas partes:
Abstração: Diz respeito da desvinculação do título em relação a causa que gerou sua criação, ou seja, em relação ao negócio fundamental. Nos negócios fundamentais as regras são do direito civil.
Inoponibilidade das exceções penais aos terceiros de boa-fé: Nos negócios secundários aplica-se as regras do direito cambial.
A autonomia representa a independência das obrigações vinculadas a um mesmo título, ou seja, com a autonomia tem-se a desvinculação do título de crédito em relação ao negócio jurídico que motivou a sua criação. 
A autonomia gera direitos autônomos no campo processual. O título de crédito, uma vez colocado em circulação, mediante a sua transferência para um terceiro de boa-fé, o título se desvincula do negócio concreto que o originou, como forma de proteger tal terceiro de boa-fé e conferir segurança jurídica à circulação do crédito pelo título representado. 
Classificação dos Títulos de Crédito
Quanto à origem
1 - Atípicos: São aqueles que estão regulados pelo código civil. Dos artigos 887 ao 926 do CC; há o que chamamos de teoria geral dos títulos de crédito. Não tem um perfil próprio, não se tem um nome próprio. Qualquer documento de crédito que contenha os elementos do caput do artigo 889 deixa de ser um simples documento de crédito e passa a ser propriamente um título de crédito, mas um título genérico, pois qualquer documento que tiver esses requisitos serão considerados títulos.
2 - Típicos: São aqueles em que a lei especial estabelece um tipo próprio, um perfil próprio, características que irão identificá-lo e diferenciá-lo dos demais títulos de crédito. Exemplo: cheque, nota promissória, duplicata, letra de câmbio, cédulas de crédito – todos possuem um perfil próprio, que acabam dando a classificação de título típico. Aplica-se a lei especial, o código civil se aplica de forma subsidiária, desde que a lei especial nada prever e se for compatível.
a)Próprios – são aqueles que estabelecem uma obrigação de natureza pecuniária imediata, ou seja, a obrigação que o devedor tem que cumprir e o credor aceitar terá que ter natureza pecuniária, em moeda. Quando se emite uma nota promissória, terá que ser pega em dinheiro.
b)Impróprios – são aqueles que estabelecem uma obrigação de natureza diversa da pecuniária, sendo ela mediata. Exemplo: bilhete de passagem aérea.
Quanto à natureza
 Abstrato: (não causal) pode ser criado em qualquer causa obrigacional, ou seja, a lei não determina uma causa especifica para sua emissão. Exemplos: cheque, nota promissória e letra de câmbio.
O Título pode ser criado em qualquer causa obrigacional, ou seja, o título pode ser criado em qualquer situação legal, pode ser criado em qualquer ato negocial desde que, a origem seja licita. 
 Causal: somente pode ser emitido se ocorrer o fato (causa) que a lei elegeu como possível para sua emissão (duplicata mercantil: compra e venda mercantil a prazo)
É aquele que só pode ser criado segundo a causa prevista em lei. A duplicata está regulada na lei 5474/68 é um título tipicamente causal, pois na lei diz que a duplicata somente pode ser criada em duas causas legais que são: compra e venda mercantil a prazos ou prestação de serviço. Então, não poderei emitir duplicata em outra situação. 
Classificação Tradicional da Doutrina
Quanto ao modelo
Livre – Quando for necessário que ele contenha apenas os requisitos legais que se chama de fundo ou conteúdo. Não precisará observar uma forma prevista em lei, basta que se tenha os requisitos de conteúdo. A nota promissória quanto ao modelo ela é considerada livre, pois não se tem forma.
Vinculado – Quando além dos requisitos de conteúdo ou de fundo, necessita também o título conter requisitos de forma. Exemplo: Cheque, duplicata mercantil.
Quanto à estrutura
 Ordem de pagamento: o emitente (sacador) dá uma ordem de pagamento a outrem (sacado) para que este pague a um terceiro (tomador). Exemplos: cheque, letra de câmbio.
O emitente não é o devedor principal do título, normalmente ele emite o título para que outro o pague. Quando se emite um cheque o principal devedor do título será o banco, se dá uma ordem de pagamento ao banco, para que ai sim, pague o beneficiário do título. Quando o banco não pagar o cheque estará o emissor coobrigado a pagar o valor.
O devedor principal é sempre o sacado e não o emitente.
 Promessa de pagamento: o emitente (subscritor) promete pagar ao favorecido (credor) determinada quantia consignada no título. Exemplo: nota promissória.
O emitente do título é o próprio devedor, quando eu emito eu prometo pagar alguém, no caso a nota promissória. Quando eu emito a nota promissória estou dizendo ao beneficiário dela que irei pagá-lo naquela data consignada no título.
Quanto à circulação ou transferência da titularidade
Podem funcionar sob duas formas: Ao portador ou Nominativo:
 Ao portador: são aqueles que, por não identificarem seu credor, são transmissíveis por mera tradição. Por força da Lei 8.021/90 os títulos ao portador têm que identificar o seu beneficiário.
É aquele onde não há identificação do credor. Será credor do título quem estiver na posse do título, uma vez que não há menção de quem é seu beneficiário. 
Ele circula pela simples tradição, pela simples entrega de um título de um sujeito para outro já que se trata de um bem móvel, sem a necessidade de realização de qualquer outro ato cambial. O único título ao portador hoje possível é o cheque até R$100,00, todos os demais títulos, inclusive o cheque acima de R$100,00 devem ser nominativos.
 Nominativos: identificamo seu credor e sua transferência pressupõe, além da tradição, a prática de outro ato jurídico. Subdividem-se em: “a ordem” circulam pela tradição e mediante endosso e “ não a ordem” circulam pela tradição e mediante cessão civil. 
Como o próprio termo diz: é aquele que indica a pessoa do beneficiário, ou credor do título. No caso do título nominativo, nós podemos dividir em: com cláusulas à ordem e não à ordem. Para circular o título nominativo, não basta a simples tradição do título. Além da tradição terá que realizar outro ato cambial, sendo ele a cláusula à ordem terá que fazer o endosso; se ele for não à ordem o ato cambial é a cessão civil (transferência de um direito a outrem, se ele for de crédito será cessão de crédito), há uma série de formalidades para que se realize. A cessão é um ato de natureza não cambial ou civil, que exige uma série de formalidades que não aparecem no endosso, que é um ato tipicamente cambial; não há endosso em documento que não seja tipificado como título de crédito, já o contrário não é verdade, pois a cessão de crédito poderá ocorrer tanto no título como no documento. Num título quando ele tiver cláusula não à ordem.
Endosso
É a forma de transmissão de título de crédito nominativo com cláusula à ordem. É efetuado mediante a assinatura do proprietário do título no próprio instrumento de crédito.
Endosso é um meio de transferência (translativo) dos títulos de crédito nominativos com cláusula à ordem. 
A inclusão de cláusula não à ordem impede a circulação do título?
R. Não, pois ele poderá circular por meio de cessão civil, ao passo que o endosso por ser um ato tipicamente cambial ele prima pela informalidade, mas não pela legalidade.
Art. 910. O endosso deve ser lançado pelo endossante no verso ou anverso do próprio título.
§ 1º Pode o endossante designar o endossatário, e para validade do endosso, dado no verso do título, é suficiente a simples assinatura do endossante.
§ 2º A transferência por endosso completa-se com a tradição do título.
§ 3º Considera-se não escrito o endosso cancelado, total ou parcialmente.  não poderá cancelar um endosso dado.
Figura
Endossante: o alienante do crédito documentado. 
 O endossante é quem efetua o endosso transferindo o título de crédito a outrem. 
Endossatário: o adquirente do título, ou seja, a pessoa quem ele é transferido. 
 O endossatário é o sujeito a quem o título de crédito é transferido. Exemplo: eu tenho um devedor e um credor do título, uma nota promissória, quem é que poderá efetuar o endosso do título é o credor. 
Com o endosso o endossante deixa de ser credor do título e o endossatário toma então essa função.
Efeitos
O endosso pode gerar dois efeitos importantes. O principal e o primeiro é transferir o título de crédito do endossante para o endossatário.
O segundo é gerar ou não coobrigação em endossante e endossatário. O endosso gera ou não obrigação entre eles? Para isso tem que verificar se o título é típico. Se o título for atípico, aplica-se a regra do artigo 914 do CC. Nesse artigo diz, salvo disposição em contrário, o endossante não é garantidor do endossatário. 
Nos títulos típicos teremos que verificar o que diz a lei especial, se a lei especial estabelece regra expressa ou se é omissa. Na letra de câmbio o endossante é coobrigado ou não com a endossatário? Depende do que a lei especial estabelecer. 
Se a lei como no caso diz que é garantidor, aplicará a lei especial, mas se ele for omissa aplica-se o artigo 914 do CC.
Art. 914. Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título.
§1º Assumindo responsabilidade pelo pagamento, o endossante se torna devedor solidário.
§2º Pagando o título, tem o endossante ação de regresso contra os coobrigados anteriores.
O Endosso parcial é NULO!!
Modalidades de Endosso
Endosso pode ser dividido em endosso em branco e em preto.
Endosso em branco: é aquele que não identifica a figura do endossatário. O endosso em branco transforma o título nominativo em ao portador. É quando se faz apenas uma assinatura atrás. Quando não identifica o endossante.
Endosso em preto: é quando além de assinar atrás você anota ‘’pagar ao Marcelo’’. Quando identifica o endossatário.
Endosso Impróprio: Não se vislumbram os efeitos ordinários do endosso. Por isso são denominados impróprios. Temos três espécies de endosso ordinário:
1º) Endosso mandato: Mandato lembra procuração. O endossatário é um mero mandatário do endossante. Ou seja, o endossatário não é considerado credor do título, portanto, com endosso mandato não se opera a transferência do título de crédito como ocorre no endosso próprio, o endossante continua como sendo o credor do título e o endossatário, mero mandatário, que na qualidade de mandatário, irá receber o crédito em nome do endossante. Só se permite a realização de novo endosso por mandato, portanto em regra o endossatário somente poderá realizar outro endosso mandato.
Falecimento do endossante: não revoga o endosso mandato conferido, como ocorre ordinariamente no contrato de mandato (cairá na prova). Se o endossatário é um mero cobrador, não poderá ser cobrado contra ele vícios da relação anterior. 
2º) Endosso caução (garantia), pignoratício ou penhor: É uma forma de endosso, onde o endossante irá dar um título em garantia do cumprimento de uma obrigação principal. Não se presume, terá que estar expresso. Só se permite novo endosso por mandato.
3º) Endosso póstumo: É aquele que ser realiza após o vencimento do título ou do seu protesto, mas qual efeito importante? O endosso vai ter um significado nos títulos típicos, em que a lei estabelece coobrigação entre endossante e endossatário. Endosso nos títulos atípicos, pelo artigo 914 não gera coobrigação entre endossante e endossatário. Não precisa fazer distinção se é antes ou depois do vencimento. Enquanto o endosso no vencimento geraria a coobrigação nos títulos típicos, onde a lei cria regra própria, se neste caso o endosso é realizado após o vencimento do título, ou seja, postumamente, não haverá coobrigação entre endossante e endossatário.
04-05-2017
AVAL
É uma garantia que um terceiro dá em favor da solvabilidade de um título de crédito. Ou seja, quando o avalista assina um título de crédito, estará ele se coobrigando com a obrigação pecuniária nele contida, passando a ser, um coobrigado solidário com o título de crédito. O avalista garante o título de crédito e não a pessoa do avalizado. Outro aspecto importante é a forma de sua materialização, diz o código civil que o aval dado no anverso do título, ou seja, em sua frente, bastará a assinatura do avalista para a sua vinculação como coobrigado do título de crédito; já no verso do título, além da assinatura deverá ser identificado o ato realizado, exemplo – “avalista”, “aval”, “avalizado”. Nas duas circunstâncias deve ser identificada a pessoa, o que não precisa se identificar na frente é o ato, mas a assinatura é obrigada. O código civil estabelece para os títulos atípicos, que é vedado o aval parcial, sendo que, ou o aval é total ou ele não poderá existir. Se o aval for típico, poderá ser omisso, aplica-se o código civil; se for expresso, aplicará lei especial.
Fiança x Aval
Na fiança é necessária a formalização da obrigação do fiador, por escrito.
Terá que formalizar as obrigações que ele está garantindo.	
No aval basta o lançamento de sua assinatura no título.
A Fiança é um contrato acessório.
Quando o sujeito dá a fiança ele garante a obrigação pessoal do afiançado. O Aval é autônomo.
A obrigação do avalista é autônoma a obrigação do avalizado. 
Na fiança a responsabilidade é subsidiária.
O que pode acontecer é a possibilidade de por cláusula expressa, o fiador responder solidariamente, mas se o contrato for omisso o fiador responde subsidiariamente a obrigação principal do afiançado, significa dizer que o fiador, poderá indicar bens do afiançado, para só depois, a obrigação recair sobre os seus bens.No aval é sempre solidária.
Será o avalista sempre solidário. Não se pode estabelecer por cláusula a subsidiariedade.
A fiança é dada para garantir contratos.
Não há fiança em título de crédito	O aval é dado para garantir títulos de crédito.
A fiança pode ser dada no próprio contrato ou em documento separado. O aval pode ser dado no próprio título ou em seu alongamento
A fiança é garantia pessoal
O fiador garante a obrigação pessoal do afiançado. O aval é garantia do título;
O aval garante o título e não a pessoa do avalizado.
Tanto para a fiança quanto para o aval é necessária a outorga do cônjuge. Se o marido for o avalista, ou fiador, a esposa terá que dar a outorga uxória, sendo a esposa a avalista, o marido terá que dar a outorga marital. Não o tento, será o aval ou a fiança nula.
PROTESTO
É a apresentação pública do título ao devedor, para o aceite, devolução ou para o pagamento. É necessário para garantir direito de regresso contra o sacador (letra de câmbio), endossantes e de seus avalistas. Para cobrança do título contra o aceitante, emitente e seus avalistas o protesto é facultativo.
Podemos dividi-lo em três aspectos:
Protesto por falta de aceite: tem por finalidade evidenciar que o sacado de uma letra ou de uma duplicata, recusou-se a efetuar o aceite do título. O aceite é a concordância do sacado de cumprir com a obrigação consignada num título de crédito. Então se o sacado se recusa a dar o aceite, como eu credor, posso comprovar essa recusa? Não, terá que realizar um ato formal que se chama protesto, que nada mais é do que o protesto por falta de aceite.
Protesto por falta de devolução: Como o próprio termo já indica, tem a finalidade de comprovar para o sacador de uma duplicata que a mesma foi emitida e remetida ao sacado que não devolveu o título ao seu legítimo credor. 
Protesto por falta de pagamento: além de tornar pública a inadimplência do devedor, também, tem por objetivo constituir o devedor em mora e permitir que o credor possa executar o endossante e os seus avalistas, assim podemos afirmar que o protesto por falta de pagamento será facultativo quando o credor, em regra, for executar o devedor principal e o seu avalista, já quando for executar os coobrigados os endossantes e os avalistas dos endossantes e na letra de câmbio o sacador.
Protesto
O protesto se mostra facultativo quando o credor pretender executar o devedor principal e seus avalistas. Já quando o credor também pretender executar os coobrigados que são, os endossantes e seus avalistas e na letra de câmbio o sacador, o protesto se torna obrigatório.
Observação – para o credor requerer a falência do devedor o protesto também obrigatório. O artigo 202, III estabelece que o protesto cambial interrompe a prescrição, uma vez protestado o título o prazo prescricional começa a fluir novo prazo a partir daí então.
Frustração do protesto quando for indevido, pode ser por três circunstâncias:
Por defeito do protesto: Falta de intimação do devedor em irregularidade no edital. Diz respeito ao protesto em si. Exemplo: se eu tirar um protesto no local diverso na praça de pagamento do título, se fizer em local diverso, haverá um vício do protesto.
Por defeito do título reconhecido por sentença: Cheque falso, duplicata fria. O vício não está no protesto, mas sim no próprio título.
Pelo pagamento do título protestado, com anuência do credor: efetuado o pagamento do título o protesto será baixado.
LETRA DE CÂMBIO
(Decreto nº 2.044/1908 e Decreto nº 57.663/1966)
É um título típico, pois tem seu perfil previsto na lei. Quanto a natureza o título é abstrato, pois pode ser criado em qualquer atividade negocial; quanto ao modelo, ele é considerado livre, pois para sua existência basta apenas que contenha os seus requisitos de fundo, sem a necessidade de observar uma forma determinada, tal qual ocorre no cheque; quanto ao meio de circulação obrigatoriamente deverá identificar a figura do credor, não podendo ser emitida ao portador; a letra de câmbio é por natureza legal, título à ordem e portanto se transfere mediante endosso, para que a letra de câmbio se transfira com efeito de cessão civil deverá ela conter cláusula expressa não à ordem.
O endosso parcial em qualquer título de crédito é nulo; já na letra de câmbio gera coobrigação apenas se a lei disser. 
O endosso transfere todo o título ao endossatário, de modo que ele fique de todo o crédito escrito na cártula, sendo de endosso próprio.
Como fica o aval na letra de câmbio.
É uma garantia que um terceiro dá em favor de um título de crédito. Todas as questões do aval se aplicam a letra de câmbio, mas há uma peculiaridade, é vedado o aval parcial nos títulos atípicos; já nos títulos típicos depende do que a lei especial dizer, se for omissa, aplica-se o código civil, ou seja, também é vedado o aval parcial, já na lei especial diz que é possível o aval parcial segundo artigo 30 do decreto 57.663/1966. Na frente do título serão necessárias a assinatura e a identificação do avalista, já no verso será necessário a assinatura, a identificação e a descrição do ato. A letra de câmbio tipicamente caracterizada à ordem de pagamento dada por alguém para que outro efetue o pagamento em favor de um terceiro.
Na letra de câmbio também pode ocorrer o endosso impróprio, tendo três figuras, sendo: endosso mandato, caução e póstumo.
A letra de câmbio é uma ordem de pagamento. Têm-se três figuras distintas que nascem de sua criação: 
Sacador: aquele que dá a ordem de pagamento, que determina que certa quantia seja paga por outra pessoa.
Sacado: para quem a ordem é dirigida, o destinatário da ordem, que deverá, dentro das condições estabelecidas realizar o pagamento ordenado.
Tomador: favorecido da ordem de pagamento, é o credor da quantia mencionada no título.
A letra de câmbio poderá ser uma forma de pagamento à vista ou a prazo.
Quando o sacado efetua o aceite, ele se vincula ao título na qualidade de devedor principal se comprometendo a pagá-lo no prazo e na forma convencionada no título.
Se o sacado não der o aceite, ele não se vincula ao título e desta forma não estará obrigado a pagá-lo.
O tomador comprovará que procurou o sacado para aceite e este se recusou a aceitar o título por meio do protesto por falta de aceite.
O protesto por falta de aceite serve para demonstrar o não aceite do sacado, para permitir que o tomador se volte contra o sacador e gerará o vencimento antecipado do título, salvo se no título não constar cláusula não aceitável. 
A função da cláusula não aceitável é: não permitir que o título seja protestado por falta de aceite antes do seu vencimento e desta forma evitar o vencimento antecipado caso não haja o aceite pelo sacado.
Na letra de câmbio poderá ter o aceite total ou recusa total, mas poderá haver uma terceira hipótese que é o aceite parcial.
Requisitos da Letra de Câmbio
Art. 1º, anexo I Lei 57.663/66
Expressão “letra de câmbio” no título em língua empregada na relação.
Mandato puro e simples, não sujeito a nenhuma condição, de pagar quantia determinada.
Nome do sacado (identificação)
O lugar de pagamento ou a indicação de um lugar ao lado do nome do sacado, o qual será tomado como lugar do pagamento e como domicílio do sacado.
Nome do tomador, não se admitindo letra de câmbio sacada ao portador.
A expressão tem duas finalidades: a primeira delas é identificar o tipo de título de crédito tratado, todo título típico tem no seu corpo o tipo a que se refere, assim ocorre na letra de câmbio que tem a expressão letra de câmbio e outros. A letra de câmbio também tem a finalidade de identificar a língua que será empregada na relação do título. Se a expressão letra de câmbio estiver na língua portuguesa, será utilizado a língua portuguesa, e etc. O segundo requisito mandato puro e simples, a letra é uma ordem de pagamento sendo que um está mandando outrem pagar o título, sendo uma ordem incondicional, sendo que não poderá condicionada, seja suspensiva ou resolutiva de pagar uma quantia determinada num valor determinado na letra.(pegar com alguém falta matéria). Nome do sacado, pois o sacado não tem obrigação de dar o aceite, se o sacado der o aceite ele se vincula ao pagamento como devedor principal, mas se ele não der o aceite ele não estará vinculado ao título, pois o aceite é facultativo.
Lugar de pagamento (não é requisito essencial):
Na ausência de local de pagamento, a lei diz que o lugar de pagamento ou a indicação de um lugar ao lado do nome do sacado, o qual será tomado como lugar do pagamento e como domicílio do sacado.
Nome do tomador:
 Não posso emitir uma letra ao portador, terá ela que ser nominativa. Não poderei criar um título ao portador, mas poderei transformar o portador por meio do endosso em branco, eu transformo um título nominativo em ao portador.
Data e local do saque:
 Teremos o local de emissão como requisito não essencial e data de emissão como requisito não essencial. Local de emissão não é essencial, pois na sua ausência presume-se que o título foi emitido no local ao lado do nome do sacador.
Assinatura do sacador (requisito essencial):
 É requisito essencial pois é ele quem o cria.
Época do vencimento (requisito não essencial):
 Na falta de vencimento, presume que o título é pagável à vista. A letra de câmbio comporta quatro vencimentos diferentes: à vista, o título será à vista em duas circunstâncias, a primeira delas, quando não tiver vencimento consignado no título, ou, quando nela tiver inscrita a expressão à vista; data certa, a data estará especificada, dia, mês e ano; à certa do termo de vista irei expressar na letra qual será o termo, a partir do qual fluirá o período para vencimento do título, se for a certo termo de vista o termo será a data do aceito; à certa do termo de data, a data será a data de emissão.
Prescrição da Letra de Câmbio
A letra de câmbio apresenta três datas de prescrições distintas:
3 anos do vencimento contra o devedor principal e avalista 
 o devedor principal é o sacado desde que dê o aceite. 
1 ano do protesto para com os coobrigados: sacador, endossantes e seus avalistas;
 O protesto para executar os coobrigados que são o sacador, endossantes e avalistas dos endossantes será esse protesto obrigatório, salvo se no título constar causa sem despesas. Se o título tiver cláusula sem despesas, neste caso o protesto para execução dos coobrigados se torna facultativo e a prescrição de 1 ano fluirá a partir do vencimento do título.
6 meses do pagamento para ação de regresso.
 Aquele sujeito que pagou o título terá 6 meses da data do pagamento via regresso para ter aquilo que pagou.
NOTA PROMISSÓRIA
A nota promissória é um título de crédito que se caracteriza por ser uma promessa de pagamento, diferentemente da letra de câmbio que é uma ordem de pagamento. Quem emite a promissória se compromete a pagar um terceiro que é denominado de beneficiário. Notas promissórias, temos ordinariamente duas figuras: que são o emitente (devedor ou subscritor) é o sujeito que vai fazer a promessa a outrem; já o beneficiário que é o credor da promessa, não pode ser ao portador. Tem que ser obrigatoriamente nominativa.
Assim como a letra de câmbio a nota está regulada no artigo 1º ao 74º do anexo 1 do Decreto n 2044/1908 e no decreto 57663/1966 do anexo 1.
Requisitos da Nota Promissória
1º Requisito: Expressão nota promissória no corpo do título. 
 Todo título típico tem no seu corpo o título pelo qual ele é identificado. Então a expressão serve para, primeiro - identificar o título; segundo - identificar a letra que será usada na sua redação.
2º Requisito: Promessa incondicional de pagar quantia determinada. 
 A nota promissória não pode ser vinculada a condição suspensiva ou resolutiva. O título terá que ser líquido (representa o valor concreto), certo e exigível.
3º Requisito: Nome do beneficiário. Não permite promissória ao portador.
 Não pode ser emitida ao portador, pois terá que ter alguém indicado.
4º Requisito: Data do saque.
 É a data de emissão do título, quando o título foi criado.
5º Requisito: Local do saque ou local de emissão.
 É um requisito não essencial, porque na ausência do local do saque ou de emissão, presume-se que o título foi emitido no local anotado ao lado do nome do emitente, que também será tomado como local do seu domicílio.
6º Requisito: Assinatura do emitente e sua identificação.
 Requisito essencial.
Requisitos não essenciais: data e local de pagamento (na omissão será pagável à vista no local do saque).
A partir de: 
Classificação dos títulos de créditos 
Endosso 
Aval
Letra de Câmbio
Nota Promissória
CHEQUE
Modalidades
Cheque visado: O sacado vai destacar da conta do sacador o valor do cheque.
Cheque administrativo: O emitente é o próprio banco.
Cheque cruzado: é aquele que recebe duas barras transversais no corpo do cheque. A sua função é fazer com que o cheque seja pago mediante operação contábil (debitando na conta do emitente e creditando na conta do favorecido). Cruzamento especial ou em preto é aquele que há a inserção das duas barras transversais e entre elas a menção de um banco, só posso debitar no banco mencionado entre as barras. Cruzamento em branco, eu posso depositar em qualquer banco.
Cheque para ser levado em conta: entre as barras transversais há a expressão “para ser creditado em conta” ou eu coloco banco, agência e conta e significa que o cheque só pode ser creditado na conta daquele favorecido impedindo o endosso do título.
Prazo de apresentação e pagamento do cheque
A lei estabelece que o cheque deve ser apresentado para pagamento no prazo de trinta (da praça) dias ou sessenta (fora da praça) dias do prazo da sua emissão. Será cheque da praça quando coincidir o local de emissão com o local de pagamento; quando o local de pagamento for diverso do local de emissão será fora da praça.
O que ocorre se apresentar fora do prazo
Perda do direito creditício contra coobrigados do cheque, ou seja, endossante e avalistas de endossantes, em qualquer hipótese Em relação ao emitente terá problema se deixar de ter fundos na conta por motivo alheio a vontade do emitente. 
Se o motivo do pagamento for dado pelo próprio emitente, isso não tira do credor a possibilidade de execução do título, desde que não prescrito.
Em relação aos coobrigados
Um cheque apresentado fora do prazo para sua apresentação pode ser pago pelo sacado, desde que não prescrito, excetuadas as situações acima elencadas.
Prescrição do Cheque
O cheque prescreve em seis meses após o prazo de apresentação para pagamento. O direito de regresso de um coobrigado contra outra, contra o devedor principal ou seu avalista prescreve em 6 meses contados do pagamento.
Cheque pré-datado – é aquele que conta como data de emissão uma data presente, e convencionado como data de pagamento, uma data futura, independentemente desta data, conta-se 30 dias.
Cheque pós datado – é aquele que embora emitido em uma data presente, a data de emissão nele consignada é uma data futura, por exemplo, hoje 04/06/12 eu coloco 04/08/12 – isso alterará a prescrição. 
Se o cheque pós-datado for apresentado antes da data nele indicada, para efeito de prescrição conta-se a data de sua apresentação e não a de sua emissão.
Se o cheque for apresentado dentro do prazo de apresentação, conta-se a partir daí mais 6 meses, se for apresentado após o termino do prazo de apresentação, a partir daí, será contado mais 6 meses independente do dia em que ele for apresentado.

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