Buscar

Sociologia do Direito 2º Bim

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sociologia do Direito
Weber
Conceito de Poder: Somente se fala em poder nas relações pessoais. Sendo assim para Weber o poder significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Quando Weber fala em fundamento, ele refere-se a certos recursos necessários para a legitimação desse poder, portanto, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa ser o detentor do poder. Essa relação de poder existe em toda a relação social. 
Os recursos e fundamentos podem variar, gerando dessa forma, diferentes tipos de poder, por exemplo: Poder Político, Poder Econômico, Poder Eclesiástico e etc. Porém, deve-se ressaltar que no pensamento de Weber, poder difere de dominação.
Dominação segundo Weber é um caso especial de poder, é um estado de coisas pelo qual uma vontade “manifesta” do dominador e influir sobre os atos dos outros indivíduos. 
Poder é um conceito mais genérico enquanto Dominação é um conceito mais específico. Weber irá dizer que o conceito de poder é “Sociologicamente amorfo” enquanto o conceito de dominação aplica-se a casos muito mais específicos e concretos, isto é, a casos em que o predomínio da vontade de um sobre o outro se dá em uma relação de mando e obediência.
Weber pensa o poder dentro de uma relação social, sendo o Estado o detentor deste poder, e as pessoas legitimam o Estado para este poder ser legitimo, a fim de resolver os conflitos da sociedade para não ocorrer vingança, ou um estado de anomia social. O Estado impõe seu poder visando o bem comum, onde concede e aceita os comandos do detentor deste poder, desde que concorde entre eles com os fundamentos, não havendo qualquer tipo de interferência. 
É importante ressaltar que para Weber que em sua teoria do poder, para este funcionar, necessita ter legitimidade, sem esse requisito não há uma relação de poder, pois com essa relação garante a legitimidade, sendo o contrato social um exemplo de legitimidade.
Weber classifica 4 tipos puros de ação social:
Ação racional que visa fins
Ação racional que visa valores COMANDO X OBEDIÊNCIA
Ação tradicional
Ação afetiva Estado Cidadão
Weber classifica 3 tipos puros de poder legitimo:
Poder racional
Poder tradicional
Poder carismático
Poder Racional:
Exemplo: Obedecer ao semáforo é uma obediência racional. Baseia-se em regras criadas racionalmente e na fé que dominados depositam na validade das regras. É o tipo de dominação entre Estado X Cidadão. A base do funcionamento é a crença na legalidade das normas vigentes e na autoridade dos dominantes. Tanto essa forma quanto a tradicional pode ser rompida pela dominação carismática.
Poder Tradicional:
Exemplo: Filho obedece ao seu Pai, mesmo este estando errado ou não, respeitando sua autoridade de Pai, seguindo e obedecendo de acordo com a tradição. É uma obediência advinda da tradição, conformismo. Sendo o domínio de um patriarca ou rei.
Poder Carismático:
Confiança pessoal. Domínio carismático por heróis, líderes políticos, profetas. O carisma pode romper efetivamente os laços de outros tipos, como racional e tradicional, porém temporariamente. A tendência da carismática é tornar-se tradicional ou racional-legal. Sendo, portanto, obedecer por uma questão de carisma ao seu profeta\provedor em relação ao seu discípulo. Baseia-se no carisma e em relação a sua capacidade de mover pessoas. 
Weber defende que temos tendência de nos orientarmos mais pela paixão do que pela razão.
Distribuição de poder nas sociedades:
Weber diferencia: classe, partido e estamento.
Classe: Alocada a lógica de mercado.
Partido: o grupo que quer chegar ao poder, independentemente do meio, não tendo uma finalidade em seu discurso.
Estamento: Algum elemento que possui valor na comunidade. Não é riqueza, posse, dinheiro, seria a questão de honra, sobrenome, com destaque em valores na comunidade para então fazer parte deste estamento.
Ética Protestante e o Espírito Capitalista:
Weber escreve este livro com a finalidade de falar sobre as origens do capitalismo. Seu ponto de partida para caracterizar o capitalismo se sucedeu com o filosofo Martinho Lutero que pregou as criticas religiosas na porta da igreja católica, que criticava a instituição católica por usar seu poder para vender lugares no céu para a salvação de seus fiéis. 
A principal critica que Weber utilizou contra a igreja católica foi que esta não podia vender à salvação as pessoas, sendo influenciado por Lutero que pregava que um homem virtuoso era um homem que trabalhava, e somente um homem virtuoso e com vocação teria a vida eterna e seria salvo. 
Em consequência, Weber relacionou o capitalismo com a ética protestante, onde a partir dos fieis que começaram a trabalhar a fim de ter a salvação, gerar riquezas e não acumular seus bens que foi surgindo o capitalismo. 
Esta critica é aprofundada na Escola de Frankfurt.
Marx
O materialismo histórico de Marx:
O trabalho teórico de Karl Marx está fundamentado no que ele chamava de concepção materialista da história. Marx testemunhou o crescimento das indústrias e fábricas, o inchamento dos meios urbanos e o consequente aumento vertiginoso das desigualdades sociais. De acordo com a concepção materialista, fundamentada por Marx e Friedrich Engels, as mudanças sociais que se passam no decorrer da história de uma sociedade não são determinadas por ideias ou valores. Na verdade, essas mudanças são influenciadas pela realidade material, isto é, a situação econômica dos atores da sociedade em questão. No materialismo histórico, as respostas para os fenômenos sociais estão inseridas nos meios materiais dos sujeitos. 
O conceito de modos de produção, é um modelo representando a maneira que uma sociedade se organiza para sobreviver. Em outras palavras, trata-se das relações envolvidas no processo de construção e manutenção da estrutura econômica de uma sociedade. Nisso se insere o trabalho, em razão da produção de subsistência do trabalhador, e as consequentes divisões em função das condições materiais dos indivíduos.
“O modo de produção da vida material condiciona o processo a vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas pelo ao contrario, o seu ser social é que determina sua consciência.”
Neste período a revolução francesa fez com que houvesse uma quebra de paradigmas do antigo regime, nascendo um mundo moderno, uma sociedade que luta pela igualdade e a produção de mercadorias. Nessa nova sociedade há o voluntarismo, em que o homem determina seu destino e começa a construir sua própria historia.
Critica dos Socialistas:
Os socialistas utópicos fizeram uma critica a revolução francesa, argumentando que esta não fez com que o objetivo de igualdade, fraternidade e liberdade fosse cumprido. 
Neste período, começaram a aparecer situações de miséria e muita pobreza. O urbano supera o rural, a cidade se mecaniza e as pessoas da zona rural saem dos campos e vão as cidades para conseguir emprego, entretanto, não há o suficiente para todos, esse processo é caracterizado por êxodo rural. 
Começam a surgir as situações precárias de trabalho, como a exploração de mão de obra, acidentes de trabalho, doenças, horas exaustivas trabalhando, miséria, poucas condições de vida, salário precário, condições precárias. 
Mais Valia: O burguês criou a mais valia como instrumento de ganhar mais dinheiro nos mecanismos do sistema de trabalho, portanto, o proletariado ganhava o mínimo para sua subsistência, e os donos dos meios de produção ficavam com toda a riqueza produzida. 
Proposta do Manifesto Comunista:
Projeto este que Marx se empenhou a realizar, criticando a situação em que se encontrava o pais. Este projeto chamou a atenção de inúmeros trabalhadores com o intuito de mudaro sistema trabalhista. 
Marx criticou o filosofo Hegel, onde este defendia o idealismo e tinha uma crença que na historia o ponto de vista de valores iam se realizando na relação de razão e Deus, onde Hegel realiza uma análise da Revolução Francesa argumentando que esta não havia cumprido com o que prometeu. Marx contrapõe a critica de Hegel e argumenta que a Revolução Francesa não havia prometido nada, pois eram apenas ideias. 
Marx era realista, e acreditava que os homens faziam as coisas pautadas nas necessidades humanas, razão pela qual movia os homens, não seus ideais. Para o filosofo, bastava compreender os modos de produção para ter uma compreensão da historia. 
Marx classifica 3 grandes modos de produção:
Escravo
Feudal
Capitalismo
Escravo: Neste modelo, o trabalhador era considerado escravo, não sendo nada para a sociedade, portanto, era considerada a propriedade de alguém. Este trabalhava e não se preocupava com sua subsistência, pois seu dono já lhe garantia este “favor” como forma de pagamento pelo trabalho realizado. 
Feudal: Neste modelo, o trabalhados era considerado servo, não tinha terra mas trabalhava na terra de seu senhor feudal, para obter sua subsistência. O Senhor feudal cedia uma parte do seu feudo para seu servo trabalhar e colher seu próprio alimento.
Capitalismo: Neste modelo, o trabalhador era considerado proletariado, onde se encontrava sozinho e não possuía ninguém para cuida-lo, mantê-lo ou oferece-lhe terra. Este vive na miséria, pois seu trabalho era precário e não possuía condições suficientes para uma vida boa. 
Para Marx a base material é como funciona a sociedade. Os homens são produto da maneira em que se relaciona com a sociedade, e ela quem vai determinar como cada qual individuo irá agir dependendo de como essa sociedade se determina. 
Marx classifica a sociedade com dois elementos estruturais:
Superestrutura: É característico de um plano intangível, sendo um sistema de pensamento que não possui autonomia própria. A consciência do homem esta presente devido a sua subsistência, sua necessidade. São superestruturas instancias políticas, jurídicas, ideias, valores, visão de mundo, toda produção simbólica. 
Infraestrutura: É o conjunto das relações de produção a economia, trabalho, toda produção material, modo de produção. 
OBS: A superestrutura é determinada pela infraestrutura. Para Marx o produto do trabalho é desigual mesmo distribuído (mais valia) ocorrendo a divisão da sociedade em classes. 
Ideologia: Para Marx é um conjunto de ideias que da sentindo a uma realidade. 
* O direito e a justiça encontram-se na superestrutura.
Conceitos da Escola de Frankfurt:
1º Geração Adorno e Horkheim: Interfere entre Estado X Sociedade.
- Razão instrumental: Usada com a finalidade da ciência tecnológica, entretanto, não faz com que as pessoas pensem.
- Indústria Cultural: Toda a cultura, ideias, filmes, músicas, influencias pela mídia.
2º Geração Habermas: Uma razão ética
- Esfera pública
- Razão comunicativa
2º Geração Hanna Arendt: Banalidade do mal
O grande ponto de partida da escola de Frankfurt foi que os filósofos buscam estudar a teoria do Marx. Ela surgiu entre guerras, época que surgiu o nazismo. A escola tenta explicar o holocausto e as barbáries cometidas naquela época, ela nasceu de uma herança marxista.
Estado Moderno
Toda a estrutura do estado moderno é racional, tendo em vista que é necessário ser “bom” para todos, afastando aspectos religiosos, pessoais, costumes. Seguiam-se de princípios que levariam a despersonalização do poder. Transforma o Direito em uma máquina jurídica, e esta pode levar a desumanização dos homens. 
Sergio B. Holanda, fala que a diversidade cultural era bom, entretanto, o discurso geral na época era de que não era bom, onde necessita ser somente um padrão. Sergio usa como exemplo o tipo ideal:
Homem Aventureiro X Homem trabalhador
(península ibérica) (norte da Europa)
- Desleixado, preguiçoso - Planeja, inventa
- Possui capacidade de adaptação - Não possui capacidade de adaptação
Homem Cordial
1º Cordialidade - não é uma coisa boa, ele quer dizer com homem cordial.
“O Estado não é uma adaptação do circulo de família [...] Só pela transgressão da ordem doméstica e familiar, é que nasce o Estado e que o simples individuo se faz cidadão”. Pag 101
- A sociedade brasileira possui dificuldade de substituir a velha ordem baseada em laços de afeto e de sangue (pessoal) pela nova ordem fundada em princípios abstratos (impessoal).
Público X Privado – Há certa dificuldade de a sociedade lidar com esses conceitos.
Publico: Estado
Privado: Família e empresa
- Quando a ordem da família invade a ordem publica, se forma corrupção. Quando a ordem privada começa a intervir com suas ideias ao publico. No caso da família é o neopotismo.
Sergio B. Holanda, propõe que o homem cordial é baseado nos afetos e não na razão – na impessoalidade, e sim, portanto, na pessoalidade. Os laços de afeto devem se sobrepor aos laços impessoais. Quanto mais afetividade e pessoalidade, mais corrupção, injustiças. O principio da afetividade se sobrepõe ao principio da racionalidade.

Outros materiais

Outros materiais