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Exames bioquímicos Lipidograma (dosagem de lipídios sanguíneos – perfil lipídico): Colesterol total Valores de referência (método: enzimático automatizado) Ideais: até 200 mg/dl Limítrofes: 201 a 240 mg/dl Altos: acima de 240 mg/dl Colesterol – HDL: Valores de referência (método: enzimático automatizado): Masculino: acima de 35 mg/dl Feminino: acima de 45mg/dl Colesterol – LDL Valores de referência (método: fórmula de Friedwald): Ideais: até 130 mg/dl Limítrofes: até 160 mg/dl Altos: acima de 160 mg/dl Triglicerídeos Valores de referência (método: enzimático automatizado): Ideais: até 150 mg/dl Aumentados: acima de 200 mg/dl Homocisteína Valores normais: 5 -15 micromoles por litro (µmol/L) níveis ideais Valores anormais: 16-30 µmol/L níveis moderados 31-100 µmol/L níveis intermediários Maiores que 100 µmol/L níveis severos A homocisteína é um aminoácido não essencial produzido a partir do metabolismo normal (metabólito) do aminoácido essencial metionina. Ambos contêm enxofre (aminoácidos sulfurados). O metabolismo da homocisteína é realizado por várias vitaminas do complexo B que atuam como cofatores, destacando-se: folato (ácido fólico), vitamina B6 e B12. Logo, uma deficiência de tais micronutrientes na dieta pode levar a um prejuízo no metabolismo da homocisteína e à hiper-homocisteinemia. Níveis sanguíneos elevados de homocisteína têm sido ligados ao aumento do risco de doença coronariana prematura, derrame e tromboembolismo (coágulos sanguíneos venosos), mesmo entre pessoas que têm níveis normais de colesterol. Níveis anormais de homocisteína parecem contribuir para aterosclerose, devido ao seu efeito tóxico direto, que danifica as células que revestem o interior das artérias (células endoteliais). Ou seja, a homocisteína induz a expressão e secreção de substâncias nas células endoteliais que podem atrair monócitos e neutrófilos. Os monócitos aderem às células endoteliais, tornando-se resistentes e transformando-se em macrófagos que fagocitam a LDL oxidada. Ocorre a formação de estrias gordurosas que são fonte de radicais livres. Atualmente, os níveis séricos anormais de homocisteína são considerados fatores de risco independentes para doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e vasculares periféricas. Um estudo recente comparou 131 pacientes com bloqueios severos em duas artérias coronárias, 88 pacientes com bloqueios moderados de uma artéria coronária e outro grupo de indivíduos saudáveis sem doença cardíaca. Os pesquisadores acharam uma relação linear entre níveis sanguíneos de homocisteína e severidade dos bloqueios coronarianos. Para cada 10% de elevação da homocisteína, havia aproximadamente a mesma elevação no risco de desenvolver doença cardíaca coronariana severa. Outro estudo recente descobriu que mulheres pós-menopausadas com níveis elevados de homocisteína tinham uma incidência maior de doenças coronarianas. Outro estudo descobriu que os níveis de homocisteína eram muito maiores em pessoas que desenvolveram coágulos venosos do que em pessoas similares que não haviam desenvolvido. Já outro estudo descobriu que níveis elevados de homocisteína podem estar associados com o aumento do risco de derrame em pessoas que já têm doença coronariana.
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