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Função Produção é a relação que indica a quantidade máxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo, a partir da utilização de uma determinada quantidade de fatores de produção, e mediante a escolha do processo de produção mais adequado. Analisando o conceito do fator de produção, temos: Curto Prazo: diz respeito ao período de tempo em que pelo menos um dos fatores de produção empregados na produção, é fixo. Produtividade é a relação entre a quantidade de produto produzido ou colhido (expressos em kg/ha ou tonelada/ha) e o fator de produção variável em curto prazo, sabendo-se que, portanto, a área de produção mantém-se fixa, em determinado período. Longo Prazo: é definido como sendo o período de tempo em que todos os fatores de produção são variáveis. No longo prazo o tamanho da empresa pode mudar. Como o longo prazo é o período em que todos os insumos podem variar inclusive o tamanho da empresa, isso dá origem aos conceitos de economias (ou rendimentos) de escala. A Produtividade média do trabalho (PMeN) é a relação entre a produção total (Qt) e o número de trabalhadores (N) na produção da empresa. Matematicamente, esse conceito – expresso por: PMeN = (Qt/N) – calcula quanto, em média, cada trabalhador participa do nível de produção total. Enquanto a produtividade margi- nal do trabalho (PMgN) é a variação da produção (ΔQt) obtida pela variação no emprego do fator trabalho (ΔN); matematicamente, temos: PMgN = (ΔQt / ΔN). Essa fórmula significa quantas unidades a mais do produto tenderão a ser produzidas na medida em que se contrate um trabalhador a mais no processo de produção. Essa lei se refere ao que acontece com a produção de uma firma caso só ocorra a mudança ou variação da quantidade de um dos fatores de produção, enquanto o outro permanece fixo. Essa lei informa que inicialmente os acréscimos do fator de produção variável ao produto (ou à produção) serão crescentes (estágio I) e irão tornar-se a partir de certo ponto decrescentes (estágio II), até chegarem a um ponto de máxima produção (estágio III), podendo inclusive tornar-se negativos, segundo os gráficos a seguir, derivados do quadro anterior. Analisando o custo de produção: A “ Lei da Produtividade Marginal Decrescente”, descreve a taxa de mudança na produção de uma firma quando se varia a quantidade de apenas um fator de produção. “Aumentando-se a quantidade de um fator de produção variável em iguais incrementos por unidade de tempo, enquanto a quantidade dos demais fatores se mantém fixa, a produção total aumentará, mas a partir de certo ponto os acréscimos resultantes no produto se tornarão cada vez menores. Continuando o aumento na quantidade utilizada do fator variável a produção alcançará um máximo podendo, então, decrescer”. O formato das curvas de Pmg e Pme dá-se em virtude da lei dos rendimentos decrescentes: “ao aumentar o fator variável, sendo dada a quantidade de um fator fixo, a Pmg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, decresce, até tornar-se negativa”. Essa lei é válida para uma análise de curto prazo, quando for mantido um fator fixo. Se observarmos atentamente, atinge-se um ponto mínimo; isto significa que há saturação da utilização do fator fixo. Após este ponto, os custos são cres- centes, pois a contratação de maior quantidade do fator variável tende a não trazer aumentos proporcionais de produção; portanto, o custo total cresce em proporções cada vez maiores, e os custos médios e marginal passam a ser cres- centes. A todo esse processo tem-se o que os economistas definem como a Lei dos Custos Crescentes (em curto prazo). Como complementação, é importante destacar que, quando o custo margi- nal for igual ao custo médio (total ou variável), a curva de custo marginal estará cortando o ponto de mínimo dessa curva de custo médio. Por essa discussão, portanto, segundo Vasconcellos e Garcia e conforme o gráfico anterior, desta- ca-se que: • Se o custo marginal superar o custo médio (total e variável), o custo médio estará crescendo; • Se o custo marginal for inferior ao médio, o custo médio estará decrescendo. A análise da produção em longo prazo considera que todos os fatores de produção (mão-de-obra, capital, instalações, matériasprimas) variam. Ou seja, em longo prazo não existem fatores fixos de produção. Supondo apenas dois fatores de produção, a mão-de-obra (N) e o capital (K), tem a função produção q = f (N,K), com ambos os fatores variáveis. Essa função de produção pode ser representada por uma curva chamada isoquanta. “ Uma isoquanta é uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos, que resultam no mesmo volume de produção. Ou seja, a isoquanta expressa os vários métodos ou processos alternativos de produção, que proporcionam a mesma quantidade produzida”. Sabendo-se que o comportamento dos custos de longo prazo está relaciona- do ao tamanho ou à dimensão (da planta de produção) para poder operar nesse espaço de tempo, a curva de custo médio total em longo prazo tende também a ter um formato em U. Essa forma se refere ao que já estudamos na Teoria da Produção em Longo Prazo e que se chama de economias (tamanhos) de escala, em que todos os fatores de produção estão variando. A respeito de custos de produção, cabe destacar que, embora as curvas de custo médio de longo e de curto prazo tenham o mesmo perfil – em U –, elas diferem no sentido de que o formato em curto prazo se deve à chamada Lei dos Rendimentos Decrescentes (ou Custos Crescentes), a uma dada planta (ou escala) de produção. Por sua vez, o formato da curva de longo prazo do CMeLP se deve aos rendimentos de escala, quando varia o tamanho da empresa. Referências: Tavares, Antônio Elder de Oliveira. Microeconomia. Material Acompanhamento da aula para 2 avaliação. Disponível em: < http://www.campossalles.edu.br/FAC2007/CSallesMicro%202%202007.pdf >, acessado em 04/06/2016. Trabalho de Microeconomia AV2 Função Produção Nome: Rafael Carneiro Silva Matrícula: 2016.02.601011 Niterói Junho/2016