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1 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS CLAUDINEI PARAZZI LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO CAPIVARI - SP 2013 1 CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS CLAUDINEI PARAZZI LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO CAPIVARI - SP 2013 Projeto de Pesquisa de Monografia de conclusão de curso apresentado ao curso de Ciências Contábeis da FACECAP/CNEC Capivari. Orientador: Prof. Ms Marco Antonio Armelin Orientador: Prof. Laerte Zotte Junior 2 AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, que é soberano em sabedoria, e a nossa família pelo incentivo e apoio recebido. Aos nossos colegas da turma dos formandos 2013 em Ciências Contábeis da Faculdade Cenecista de Capivari. A todos, Muito Obrigado 3 CLAUDINEI PARAZZI; LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO. A Importância da Auditoria nas Empresas Brasileiras. Projeto de Pesquisa de Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Ciências Contábeis. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 63 páginas, 2013. RESUMO Com um mundo globalizado as empresas buscam cada vez mais ferramentas para auxiliar os administradores nas tomadas das decisões, fazendo com que as empresas se tornem competitivas nesse mercado globalizado. Nesse trabalho abordaremos sobre a Auditoria contábil, uma ferramenta de suma importância que auxilia os administradores das empresas na tomada das decisões. Iniciamos o trabalho conhecendo a Contabilidade e suas características, quais informações ela fornece para a gerência da empresa. Na Auditoria contábil, encontramos duas vértices, a auditoria interna e externa. A auditoria interna é realizada por um funcionário da própria empresa, sendo de confiança da diretoria, está vinculado na empresa por contrato trabalhista continuado e sua intervenção é permanente envolvendo todas as atividades da empresa. Auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da evolução do sistema capitalista, é realizada por empresa contratada não tendo nenhum vinculo com a empresa contratante. A auditoria interna como a auditoria externa, passaram a ser um instrumento necessário e amplo de controle para os administradores. Através delas podemos fazer uma verificação da eficiência das atividades operacionais e identificar todos os processos internos e as políticas definidas pela diretoria, estão sendo seguidos efetivamente. Palavras- Chave: 1- Contabilidade; 2- Auditoria Contábil; 3- Auditoria Interna; 4- Auditoria Externa 4 ABSTRACT With a globalized companies increasingly seek tools to assist administrators in making decisions, causing companies to become competitive in the global market. In this paper we discuss about the accounting audit, a tool of paramount importance that assists corporate managers in decision making. We started work knowing Accounting and characteristics, which it provides information to company management. Audit in accounting, we find two vertices, the internal and external audit. Internal audit is conducted by an employee of the company, and confidence of the board, the company is bound by contract labor continued and is continuing Its intervention involving all company activities. External audit or independent audit emerged as part of the evolution of the capitalist system, is performed by the contractor having no relationship with the contractor internal audit and external audit, have become a necessary and comprehensive control for administrators. Through them we can do a check of the efficiency of operational activities and identify all internal processes and Internal audit and external audit , have become a necessary and policies defined by the Board , are being followed effectively. Keywords : 1 - Accounting ; 2 - Auditing ; 3 - Internal Audit 4 - External Audit 5 LISTA DE QUADROS Quadro 1. Diferença entre auditoria externa e auditoria interna ......................40 6 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS PIB Produto Interno Bruto CFC Conselho Federal de Contabilidade IBRACON Instituto Brasileiro de Auditores Independentes do Brasil CVM Comissão de Valores Imobiliários NBC Normas Brasileiras de Contabilidade 7 8 Sumário CAPIVARI - SP ........................................................................................................................ 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10 CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO..................................................... 11 1.1 – CARACTERAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 11 1.2 – APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ............................................... 13 1.3 – RELEVÂNCIA DO TRABALHO ...................................................................................... 14 1.3 - OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................ 15 1.5– OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 15 1.6 – METODOLOGIA ............................................................................................................ 16 1.7 – ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................................ 17 2 – A CONTABILIDADE NO BRASIL ........................................................................ 18 2.1 – HISTÓRIA DA CONTABILIDADE .......................................................................... 18 2.2 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE ........................................................................ 20 2.3 – OBJETIVOS DA CONTABILIDADE ........................................................................ 21 2.4 – ÀREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE .................. 23 2.5 – O PAPEL DO CONTADOR ....................................................................................... 25 3 - DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE ......... 29 3.1 - SOBREVIVÊNCIA E AVANÇO DA RECEITA DA ME E EPP ............................ 33 3.2 - AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE CRESCEM NA ECONOMIA .......................................................................................................................... 34 4 – CONCEITO E DEFINICÃO DE AUDITORIA. ........................................................... 35 4.1 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA........................................................................... 40 4.1.1 – AUDITORIA INTERNA ...........................................................................................40 4.1.2 - AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INTERNO .................................... 42 4.1.3 - NORMAS DE AUDITORIA INTERNA ................................................................. 43 4.2 - NORMAS DE AUDITORIA OPERACIONAL EXISTENTES ............................... 43 4.2.1 - NORMAS GERAIS ..................................................................................................... 43 4.2.2 - NORMAS DE EXAME E AVALIAÇÃO ............................................................... 43 4.2.3 - NORMAS DE RELATÓRIOS ............................................................................... 44 4.3 – AUDITORIA EXTERNA ............................................................................................ 44 4.3.1 - ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA ........................................................................... 44 4.3.2-AUDITOR, RECRUTAMENTO, CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO ............... 46 4.4 - PLANEJAMENTO DA AUDITORIA ....................................................................... 47 9 4.4.1 - COMO OBTER CONHECIMENTOS DA EMPRESA AUDITADA ..................... 47 4.4.2 - AUDITORIA PROCEDIMENTO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA ............................... 50 4.4.3 - REUNIÃO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA .............................................................. 51 4.4.4 - INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS DA EMPRESA.................................................... 51 4.4.5 - PLANEJAMENTO DE HORAS..................................................................................... 51 4.4.7 - REUNIÃO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA ................................................... 53 4.4.8 - INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS DA EMPRESA .................................... 53 4.4.9 – PLANEJAMENTO DE HORAS ............................................................................ 53 5 – A RELAÇÃO ENTRE AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA .............. 54 5.1 – VANTAGENS DE UMA AUDITORIA NOS DIVERSOS SEGUIMENTOS ............ 58 6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 61 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................ ......................................................61 10 INTRODUÇÃO Este trabalho parte-se do breve estudo de um dos ramos da contabilidade, a auditoria. Para abordar o assunto, precisamos nos aprofundar sobre a contabilidade, sua história, como atividade, usuários, objetivos, ramos, o papel do contador, uma vez apresentado um pouco sobre a contabilidade falaremos sobre a importância da auditoria para as empresas brasileiras se fortalecerem no mercado competitivo e globalizado dos dias atuais. A auditoria é um ramo da contabilidade pouca escolhida pelo profissional da contabilidade, é um mercado que necessita crescer e fortalecer-se, um profissional auditor seja ele interno ou externo, através de seus conhecimentos e serviços, é de fundamental importância para que a empresa consiga como resultado único o bem estar da entidade. Hoje as empresas que utilizam esses serviços são as S/A de capital aberto, contudo as Micro-empresas e Empresas de pequeno porte devem buscar algo que possa ajudar sua contabilidade gerencial, e a auditoria faz exatamente isso, busca apontar através de informações detalhadas de cada setor, os erros, corrigindo-os e também os acertos para que a contabilidade se torne segura proporcionando ao administrador a confiança necessária para as tomadas de decisões. A auditoria contábil é de fundamental importância para as empresas, pois o administrador pode descobrir que perdeu tempo e dinheiro sem ter um planejamento estratégico que auxilie e busque as decisões corretas para a empresa crescer. A Auditoria na entidade demonstra uma perspectiva, uma visão, um posicionamento e o funcionamento atual do controle interno, cumprindo objetivos e metas nas diversas áreas proporcionando informações confiáveis, auxiliando a administração na elaboração do planejamento estratégico financeiro e gerencial, tornando a competitiva no mercado que hoje é exigente e globalizado. 11 CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 1.1 – CARACTERAÇÃO DO PROBLEMA O mercado competitivo e globalizado faz as empresas a buscarem ampliar suas instalações operacionais e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e no planejamento estratégico. Observa-se que para isso, segundo ALMEIDA (1996), as empresas passaram a necessitar de um volume de recursos que nem sempre é possível obter do resultado de suas atividades ou patrimônio de seus proprietários. A opção é captar recursos de terceiros através de instituições bancárias ou a abertura de seu capital social para novos investidores. O investidor por sua vez exige informações sobre a posição patrimonial e financeira, capacidade de gerar lucros e como efetua a administração de seus recursos. Informações que serão entregues através das Demonstrações Contábeis da empresa, sendo analisadas por um profissional com capacidade técnica que não tenha vinculo com a empresa em questão, surgindo assim à figura do auditor contábil. Segundo o IBRACON (NPC 27)1, "as demonstrações contábeis são uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos recursos que lhe são confiados."(Zanluca, [2013]) Segundo Franco (2011), contabilidade é a ciência – ou, segundo alguns, a técnica – destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades, do 1 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; Norma e Procedimento de Contabilidade 12 ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo e qualitativo e as variações por ele sofridas, com o objetivo de fornecer informações sobre o estado patrimonial e suas variações em determinado período, fornece as informações necessárias à avaliação da riqueza patrimonial e dos resultados produzidos por sua gestão. A contabilidade é essencial para as empresas e a auditoria é uma ferramenta valiosa para o fortalecimento e pretensões dentro do mercado globalizado. Como FRANCO (2007, p.28) comenta a definição da auditoria: “A técnica contábil que – através de procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e documentos, inspeções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionados com o controle do patrimônio de uma entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os princípios fundamentais e normas de Contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas.” O Brasil é um país que busca o crescimento de sua economia, mas há fatos desfavoráveis como a considerável índice de corrupção, e o baixo número de empresas que possuem auditoria interna e externa. As empresas têm suas demonstraçõescontábeis e seu processo administrativo auditado por profissionais externos independentes. 13 1.2 – APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TRABALHO As empresas de pequeno porte e microempresas movimentam milhões e influenciam positivamente em empregos e no PIB – Produto Interno Bruto, por isso o Brasil necessita adquirir informações específicas sobre suas empresas. A fiscalização sobre essas empresas não são suficientes, acarretando numa perda na apuração de seus resultados. Para que se haja uma economia forte, o país necessita de empresas qualificadas, estruturadas, capacitadas em concorrer globalmente com outras empresas. Como escreveu Alberto Aggio (2007) apud Held e MacGrew, os investigadores da globalização: “Estes autores (2001), entendem que se poderia pensar a globalização não como um artifício ardiloso e incompreensível, mas como algo bastante reconhecível. Com a globalização evendiciou-se a dificuldade ou até o equivoco de se pensar separadamente os assuntos internos e externos dos países, em todos os âmbitos, por essa razão as principais tradições da política ocidental, tal como conservadorismo, o liberalismo e o socialismo, não conseguiram oferecer, até o momento, interpretações coerentes e tampouco respostas adequadas a um mundo marcado pela globalização”. Keedi (2007, p.47), descreveu em ABC do comércio exterior, que o país envolvido em enviar capitais para outro país, ou recebê-lo, tendem-se a ser um processo de conjunção de esforços para algo, esse processo nada mais é que globalizar o planeta e torná-lo único. Através de suas demonstrações contábeis a contabilidade é essencial para esse fortalecimento e credibilidade junto ao mercado, ainda mais se forem auditadas, o fisco, os investidores, os fornecedores, os bancos apoiarão, aquecendo a confiança entre as partes. O CFC – Conselho Federal de Contabilidade, IBRACON – Institutos Brasileiros de Auditores Independentes do Brasil, CVM – Comissão de Valores Imobiliários, dispõe de Normas, regras, para o profissional contábil se basear 14 em informações para obter um bom trabalho de auditor para obter assim qualidade com informações claras e objetivas. O intuito é buscar mais profissionais qualificados na contabilidade e na auditoria assim buscando uma economia fortalecida através das empresas competitivas mundialmente. Portanto, neste trabalho trazer as normas, técnicas, procedimentos, teoria sobre a auditoria que ajudem os investidores, sócios e terceiros a ter uma visão da importância de obter em sua empresa uma auditoria interna e externa de qualidade confiando assim ao profissional contábil informações necessárias para estar prontos a enfrentar o mercado ajudando assim a economia brasileira, e obtendo lucros que é o significado de se ter uma empresa seja ela qual for o tamanho. 1.3 – RELEVÂNCIA DO TRABALHO O presente trabalho pode ser definido como relevante, pois busca esclarecimentos e aprofundamentos sobre os conceitos de auditoria, sua importância, seus benefícios, e reflexos nas empresas, bem como o interesse dos pesquisadores em estar se aperfeiçoando nos conhecimentos sobre o tema e a contribuição que o mesmo pode trazer. O profissional contábil que exerça a auditoria no Brasil precisa crescer como o próprio conhecimento das empresas sobre suas administrações contábeis, ainda as empresas não entendem o que é contabilidade e auditoria como ferramenta de gestão, sendo necessário, uma melhor comunicação entre profissionais contábeis, governo e empresas, principalmente as de pequeno porte e as microempresas que tem uma grande importância na economia do país. Portanto o presente trabalho busca transmitir a importância da Auditoria nas empresas. 15 1.3 - OBJETIVOS GERAIS Podemos definir como objetivos gerais do trabalho, a importância da busca das informações que sejam relevantes as pequenas empresas e médias empresas, que tenham acesso a este trabalho, buscando relatar a importância e a necessidade de se promover auditorias periódicas que possam mostrar possíveis desvios de condutas e maneiras de escrituração de fatos contábeis gerados pela movimentação de uma organização, com isso, buscando relatar ferramentas, conceitos e técnicas que possam possibilitar um maior conhecimento e aprofundamento no tema e assunto abordados. Podemos, portanto, dizer que o trabalho aqui desenvolvido, tem por escopo comentar sobre a necessidade da auditoria para as empresas de pequenos e médios portes e mostrar sua importância para um melhor aproveitamento das possibilidades contábeis. Como por exemplo, regime de apuração. 1.5– OBJETIVOS ESPECÍFICOS Tomando como base a pergunta-problema: Qual a importância de uma auditoria e seus reflexos sobre as organizações que fazem uso dessa ferramenta?, Pode-se ainda destacar os seguintes objetivos específicos: Relatar a importância da auditoria para as pequenas e médias empresas; Destacar quais os possíveis reflexos de sua utilização sob os aspectos contábeis; Relatar seus possíveis reflexos sobre a saúde financeira de uma organização; Relatar os possíveis benefícios para a empresa que a utiliza em relação à sua credibilidade perante o mercado; 16 1.6 – METODOLOGIA A metodologia do estudo se orientará pela pesquisa bibliográfica constituída de pesquisas atuais em artigos especializados, livros, sites de internet e legislações específicas. Conforme descreve Andrade (2003, p. 45): ”A pesquisa bibliográfica se apresenta de várias fontes em forma de livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas informações.” A pesquisa bibliográfica representa grandes contribuições culturais ou cientificas sobre determinado assunto, tema ou problema e permite ao pesquisador desenvolver através de outros estudos, um novo trabalho. A respeito da pesquisa exploratória Martins (2000, p. 38) proporciona maiores subsídios para a evolução da pesquisa e através das fontes adquiridas realizarem um estudo com maior aprimoramento de ideias e formulação de concepções. O estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições cientificas sobre o tema, ao mesmo tempo em que contribui para a discussão e debate sobre a real contribuição da auditoria nas pequenas empresas. Portanto, o estudo teve o objetivo de analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes sobre o fenômeno pesquisado, com base descritiva das características apresentadas pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa. A pesquisa descritiva, conforme Andrade (2003, p. 124), “compreende os fatos observados, registrados, analisados e interpretados que dimensionam um estudo cientifico original. Descrever um fenômeno é antes de tudo observar a sua ação”. 17 Segundo descreve Martins (2000, p. 24), “a respeito da pesquisa descritiva, que ela tem a função de identificar e obter informações sobre as características de um determinado problema ou questão”. Conforme Barros (2002, p. 66) “a pesquisa descritiva, tem a função de demonstrar através de dados analíticos fenômeno estudado, com relação à conexão com outros, sua natureza e características. Quanto à natureza da pesquisa pode ser classificada como qualitativa na área de Ciências Econômicas”.1.7 – ESTRUTURA DO TRABALHO O presente trabalho esta dividido em seis capítulos, onde: no primeiro capítulo buscaremos apresentar caracterização do problema, apresentação e justificativa do trabalho, relevância do trabalho, objetivos gerais e específicos, metodologia e a estrutura do trabalho. No segundo capitulo apresentaremos a historia da contabilidade no Brasil, usuários da contabilidade, os objetivos da contabilidade, áreas de atuação do profissional de contabilidade e o papel do contador. No capítulo três apresentaremos a definição de microempresa e empresa de pequeno porte, sobrevivência e avanço da receita da ME e EPP, o crescimento das microempresas e empresas de pequeno porte na economia. No capitulo quarto abordaremos o conceito e definição de auditoria, a classificação da auditoria, normas de auditoria operacional existentes, origem e procedimentos da auditoria, no quinto capitulo as vantagens de uma auditoria nos diversos segmentos e por fim o sexto capitulo com as considerações finais do trabalho. Para a elaboração do trabalho buscamos uma fundamentação teórica dos temas abordados. 18 2 – A CONTABILIDADE NO BRASIL 2.1 – HISTÓRIA DA CONTABILIDADE Baseado nas colocações de IUDÍCIBUS (2006, p. 34): “alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da existência de contas há aproximadamente 2.000 anos a.C. Entretanto, antes disto, o homem primitivo, ao inventariar o número de instrumento de caça e pesca disponíveis, ao contar seus rebanhos, ao contar suas ânforas² de bebidas, já estava praticando uma forma rudimentar de contabilidade”. Não contendo a exata informação de quando começou de fato a contabilidade rudimentar Iudícibus (2006), comenta que provavelmente formas mais rudimentares de contagem de bens tenha sido realizadas bem antes de 2000 a.C , por volta do quarto milênio antes de Cristo. Sabe-se de relatos que as primeiras manifestações contábeis inventadas pelos contadores primitivos também inventou a linguagem escrita. Num mercado baseado de troca de mercadorias, a contabilidade servia para definir quanto alguém possuía de uma determinada mercadoria e qual o valor de troca dessa mercadoria em relação a outra, empiricamente iniciando a contabilidade. Com Leonardo Fibonacci e depois com o monge Luca Pacioli, divulgador das partidas dobradas, no século XV encerrou-se a fase empírica da contabilidade. Para IUDÍCIBUS (2006, p. 36), “é neste período que, talvez pela primeira vez, a teoria avança com relação às necessidades e às reais complexidades das sociedades”. O Brasil foi descoberto em 1.500, o novo país começaria a escrever uma parte da história da contabilidade, entretanto somente em 1770, que surge a primeira regulamentação da profissão contábil em terras brasileiras, quando Dom José, rei de Portugal, expede a carta de lei a todos os domínios lusitanos. 19 Neste documento, dentre outras regulamentações, fica estabelecida a obrigatoriedade de registro da matricula de todos os guarda-livros na junta comercial. Segundo Oliveira (2006, p. 3) “Ao guarda-livros faziam toda a contabilidade da firma escrituração, correspondências, contratos e distratos, preenchimento de cheques, pagamentos e recebimentos. Ainda trabalhando as idéias de Iudícibus, Em 1870 acontece a primeira regulamentação brasileira da profissão contábil, por meio do Decreto imperial 4475, assim reconhecendo oficialmente a Associação dos Guarda-Livros da Corte. Em 1915 é fundado o Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. No ano seguinte surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e Instituto Brasileiro de Contabilidade, no Rio de Janeiro. Já em 1942 é realizado o 1˚ Congresso Brasileiro de Contabilidade e são lançadas as bases para a campanha pela regulamentação de contador e reforma do ensino comercial do Brasil. A profissão deu grande passo na época quando Getulio Vargas chegou no poder em 1930, no ano seguinte com o Decreto Federal 20.158 regulamenta a profissão e cria-se o curso de contabilidade. Profissionais contábeis na época comemorou bastante a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os brasileiros não perderam tempo tão logo instalado, o CFC atuava para cumprir a função para qual foi criado tomar providencias para a instalação e funcionamento dos Conselhos Regionais. Conselho Regionais as primeiras ações eram direcionadas ao registro de profissionais, pouco tempo depois iniciou a fiscalização, hoje a fiscalização é tema de discussão em todas as reuniões de presidentes do Sistema CFC/CRCs. Os Conselhos Regionais de Contabilidade, atualmente, além de registrar e fiscalizar o exercício profissional, educação continuada, alguns em parcerias com o Conselho Federal e com universidades, oferecendo aos profissionais da Contabilidade condições de se qualificarem a e entenderem às exigências do mercado de trabalho, além de oferecerem à sociedade um serviço de qualidade. 20 2.2 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE Na contabilidade existem usuários com ligação direta ou não com a empresa, os negócios das entidades, patrimônio, resultado que evoluem no período, obtendo assim os usuários da contabilidade que buscam informações contábeis e respostas, classificando em dois níveis de usuários: internos e externos. Para Marion (2008, p. 25), “usuário pode ser considerado como qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados (normalmente fornecidos pela contabilidade) de uma entidade”. Usuário Interno: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com a empresa e que tem facilidade de acesso às informações contábeis, tais como: GERENTE: para tomada de Decisões; FUNCIONÁRIOS: como interesse em pleitear melhorias; DIRETORIA: para execução de planejamento organizacionais. O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é alta-administração que pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração de relatórios específicos para auxiliar lhe na gestão do negócio. Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações financeiras) compra e vendas no dia ou no período de tempo (semana, quinzena, mês etc..), de acordo com as necessidades administrativas. Usuário Externo: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidades de acesso direto às informações, mas que as recebem de publicações ou da entidade das Demonstrações, tais como: BANCOS: interessados nas Demonstrações Financeiras a fim de analisar a concessão de financiamentos a medir a capacidade de retorno do capital emprestado; CONCORRENTE: interessados em conhecer a situação da empresa para poder atuar no mercado; 21 GOVERNO: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de tributação; FORNECEDORES: interessados em conhecer a situação da entidade para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia de recebimento futuro; CLIENTES: interessados em medir a integridade da entidade e garantia de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado. Define MARION (2008, p. 26): “O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade é o de permitir a cada grupo principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeirada entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre suas tendências futuras”. 2.3 – OBJETIVOS DA CONTABILIDADE A Contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de estudo e o seu objetivo é revelar como se encontra e quais os fatores que proporcionaram mutações ao mesmo, fornecendo assim, informações úteis à tomada de decisões. Nos Estados Unidos, por exemplo, as informações contábeis são produzidas principalmente para os pequenos e médios investidores, enquanto que no Brasil são destinadas principalmente ao Fisco, não havendo muita transparência nos demonstrativos contábeis. Segundo IUDÍCIBUS (2000, p. 19): “O estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito na base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo da contabilidade é fornecer aos usuários, independentemente de sua natureza, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, 22 deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou a contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação de cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada tipo de usuário”. Conforme Marion e Iudícibus (2000, p. 53): ”O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira e, subsidiariamente física, de produtividade e social, aos usuários internos e externos à entidade da contabilidade”. O dever de demonstrar a situação do patrimônio e o resultado do exercício de forma clara e precisa, e do tributo a ser recolhido dentro do prazo após encerramento do período rigorosamente de acordo com os conceitos, princípios e normas básicas é da contabilidade. O resultado apurado deve ser economicamente exato. O objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil para a tomada de decisões econômicas. Escrituração dos documentos fiscais em livros fiscais próprios ou registros auxiliares, para apurar e determinar o montante de apuração; Preenchimento de guias de recolhimento, informando ao Setor Financeiro e de Contas a Pagar da entidade sobre o valor e os prazos de recolhimento, além de emitir e providenciar a entrega aos respectivos órgãos competentes dos formulários estabelecidos pela legislação pertinente; Orientação fiscal para todas as unidades da empresa (filiais, fábricas, departamentos) ou das sociedades coligadas e controladas. A correta orientação fiscal e tributária para as demais unidades ou empresas pode representar relevantes economias com os impostos. Ex: o local da instalação da fábrica, ou mesmo o local de origem de determinadas matérias-primas, pode significar menor carga tributária; Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do setor de impostos. 23 Para STRASSBURG (2004, p. 35): “diante dos conceitos expostos acima, percebe-se que o objetivo da contabilidade é o de fornecer subsídios, considerando as informações que possam ir de encontro ao foco dos usuários, ou seja, que possam satisfazer as suas necessidades no que tange à solução de seus problemas”. 2.4 – ÀREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE Conforme a COSIF-e (portal de contabilidade) coordenado por Américo Garcia Parada Filho, abaixo citamos os seguintes: Na empresa: Planejador Tributário; Analista Financeiro; Contador Geral; Auditor Interno; Contador de Custos; Atuário No ensino: Professor; Pesquisador; Escritor; Parecerista; Conferencista. Como Autônomo: Auditor Independente; Consultor; Empresário Contábil; Perito Contábil; Investigador de Fraudes. Em Órgão Público: Contador Público; Agente ou Auditor Fiscal; Tribunal de Contas; Oficial Contador; Outros cargos públicos. 24 Dentro dessas áreas citadas, destacamos uma área de grande auxilio para as empresas brasileiras a auditoria na área contábil ou fiscal como queira chama lá é de grande ajuda e auxilio nas tomadas de decisões e de planejamento estratégico. Possui como meta a verificação dos registros contábeis, a fim de constatar a realidade da empresa, verificam-se também todos os procedimentos realizados de forma a avaliar a qualidade dos controles internos existentes e proceder averiguação se normas e regulamentos da legislação brasileiras e do mercado estão sendo obedecidas. Segundo Jorge Luiz Rosa da Silva e outros (1995, p. 7), nesta área, colocam avaliações e exames, como segue: Exatidão, fidedignidade, justeza, completabilidade, tempestividade, da apresentação e da publicação das Demonstrações Contábeis, de qualquer relatório formal ou institucional, de natureza orçamentária, financeira, contábil ou tributária; Fidedignidade, integridade, adequação, confiabilidade e utilidade dos registros orçamentários, financeiros, econômicos e contábeis; Correção, eficácia e adequação dos controles da guarda, da divulgação, do arquivo, dos meios de consulta e da informatização da documentação pertinente à área contábil, bem como das formas de identificação, classificação, comunicação e divulgação das respectivas informações; Adequação e eficácia dos controles, registros e meios de proteção dos ativos e da comprovação de sua existência real, utilidade, ociosidade e economicidade, bem como a comprovação da autenticidade e completabilidade dos passivos; Eficiência, eficácia e economicidade na utilização de recursos e na administração contábil-financeira e tributária de fundos e programas; Cumprimento das políticas, procedimentos, normas legais e regulamentos, metas e objetivos compreendidos na área auditada; Exame a avaliação das aplicações de recursos, observando o cumprimento de normas legais, institucionais e aspectos contratuais pertinentes; 25 Avaliação do alcance dos objetivos das operações financeiras, investimentos, imobilizações, obrigações, despesas, receitas, fundos e programas, etc.; Exame e avaliação das fontes de recursos, observando os aspectos econômicos acerca da tempestividade de sua aplicação; Exame e avaliação da rentabilidade das aplicações e sua contribuição na formação do resultado da empresa; Transparência, adequação e tempestividade das informações, particularmente em relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade; Emissão de opinião sobre as Demonstrações Contábeis, fundos e programas e planos de natureza financeira, instituídos ou administrados pela empresa; Assessoramento a Conselho Fiscal, em matéria compreendida no âmbito de sua específica; e Acompanhamento dos trabalhos de auditoria independente. Consegue a auditoria contábil visualizar a empresa como um todo, mostrando informações verdadeiras da real situação financeira da entidade, dando assim oportunidade aos gestores a possibilidade de tomada de decisão ou a um planejamento estratégico. 2.5 – O PAPEL DO CONTADOR O contador ou profissional da contabilidade no Brasil sofre pressões, por causa das mudanças da mentalidade, da inovação, dos costumes, dos princípios, vindo de entidades e governo. Os contadores precisam cada vez mais da tecnologia para se adaptar ao dinamismo do mundo globalizado. 26 Conforme SAVIANI (1996, p. 16): “Os profissionais brasileiros (em geral) tem características de comportamento que prejudicam a busca de seu futuro profissional, ou seja, pouquíssima atualização bibliográfica; pouca leitura em jornaise em revistas de negócios; graduação como meta básica; a influência da TV na família brasileira; a empresa coordenando o futuro de cada um e planejamento pessoal e profissional inexistente”. Define Zanluca (portal de contabilidade) “A contabilidade é uma enorme fonte de registro, interpretação e informação de dados empresariais, governamentais e de entidades do terceiro setor. Sua utilidade social é bem expressa pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em seu discurso na sessão plenária de encerramento do XV Congresso Mundial de Contadores, em 1997: "... A profissão contábil desempenha um papel fundamental na modernização e internacionalização de nossa economia. Isso porque vocês não se restringem a cuidar de contas. Vocês são conselheiros e, às vezes, confidentes das administrações de companhias, para que têm um importante papel a desempenhar, especialmente em assuntos sociais e tributários. Vocês orientam pequenas e médias empresas e sua administração, simplificando as alternativas, que ainda são demasiado complexas. Vocês desempenham, portanto, um papel no desenvolvimento das possibilidades de emprego, o que merece um especial registro de reconhecimento...". Como descreve SOUTHWICK (1999, p. 19-20), sobre a função básica do contador que é gerenciar, gerar, transferir informações que sejam utilidades para os usuários, tomar decisões, isto é elaborado e construído por sistemas computadorizados. O profissional contábil deve buscar o conhecimento, a informação, para que não se enquadre em nenhumas das características negativas citadas por SAVIANI acima, e sigam os dez mandamentos para os negócios da próxima geração que são: 27 1- Molde à cultura e a ética de trabalho da empresa. Uma visão compartilhada e a cultura corporativa devem começar de cima. O CEO (Chief Executive Officer) deve inspirar a união das pessoas em nome de uma causa maior, gerindo e incrementando o cabedal de conhecimento da empresa. 2- Manutenção de uma perspectiva atual. Faz-se necessário observar o lugar que cada empresa ocupa no mundo como efêmero e transitório, em vez de garantido e permanente. Essa visão permite que se aceite a própria mudança, como uma constante e se desenvolvam as qualidades necessárias para agentes de mudança e não para vitimas. 3- Cultivando conhecimento. É importante que o comando da empresa seja distribuído por toda a organização, de forma que, a cada empregado, sejam delegados níveis mais altos de responsabilidade e de administração da informação – satisfazendo assim não apenas necessidades financeiras, mas também necessidades mais elevadas, como satisfação pessoal. 4- Desenvolvimento de mind share (percepção que o consumidor tem de um produto ou marca). É a campanha planejada para influenciar os formadores de opinião. Para conquistar isso – e uma maior visibilidade no mercado – são complementadas as inovações do produto da empresa com ações de marketing de marca. Faça de si mesmo um líder de mercado conduzindo uma mudança de paradigma, estabelecendo um padrão, ou lançando-se como uma autoridade na área. 5- Contra as estruturas formais e a favor de verdadeiras equipes. São formadas equipes para decidir como alocar os recursos, priorizar tarefas e determinar cronogramas de lançamentos dos produtos. A alta administração age de modo muito semelhante ao de um investidor de capitais, avaliando os méritos de projetos correlatos, atribuindo valores, selecionando equipes (ou, pelo menos, o líder da equipe) e determinando orçamentos e prazos. Esse conceito de equipe leva em consideração o alto nível de flexibilidade que é essencial na veloz indústria high-tech. 6- Prioridade para o cliente, não para a tecnologia. As maiores empresas desenvolvem seus produtos para atender às verdadeiras necessidades 28 de seus clientes. Quando um projeto está pronto, os clientes são convidados a opinar e oferecer sugestões sobre sua concepção. 7- Busca de parceiros, para funções e aquisições certas. As empresas de alta tecnologia tornaram-se mais voltadas para fora ao planejar relacionamentos com clientes, alianças potenciais e parceiros para fusões. Em caso de uma aquisição, os valores internos essenciais devem ser consolidados entre os parceiros do negócio. A empresa faz parte integrante de uma rede de relacionamentos, intensificando seu crescimento interno e externo. 8- Enfrentamento do desconhecido. Mesmo que se esteja garimpando o próprio pedaço de chão, e pronto para a próxima corrida do outro que poderá ocorrer num local totalmente inesperado, talvez não seja possível prever o lugar exato de uma nove descoberta, mas a empresa estará apta a chegar a qualquer parte. 9- Paranóia. O ambiente competitivo da indústria high-tech não deixa ninguém tranquilo. É importante saber que, assim que seja lançado um novo produto de sucesso, o empreendedor estará sujeito a uma horda de aspirantes a concorrentes e devendo-se estar preparado para agir. 10-Velocidade e Determinação. A tecnologia e as empresas criadoras estarão reunidas para anunciar uma nova era em que as estruturas e os estilos administrativos se transformam a cada instante. Afinal, o que faz uma empresa seguir adiante é a sua visão de enfrentar as velozes mudanças do mercado, os avanços tecnológicos e as oportunidades de negócios que estão surgindo. O espírito inovador é essencial para o profissional, ter mente aberta para as mudanças e buscar sempre algo a mais. 29 3 - DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE No Brasil onde a legislação tributária é forte, definimos segundo a Receita Federal do Brasil – RFB através da Lei Complementar 123/06 e suas alterações que microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) define-se como segue: Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. § 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as fraçõesde meses. 30 § 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados. § 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-calendário anteriores; X - constituída sob a forma de sociedade por ações. § 5º O disposto nos incisos IV e VII do § 4º deste artigo não se aplica à participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de 31 compras, bolsas de subcontratação, no consórcio referido no art. 50 desta Lei Complementar e na sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei Complementar, e em associações assemelhadas, sociedades de interesse econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das microempresas e empresas de pequeno porte. § 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em alguma das situações previstas nos incisos do § 4º, será excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12, com efeitos a partir do mês seguinte ao que incorrida a situação impeditiva. ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 7º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. § 8º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. § 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de receita bruta anual previsto no inciso II do caput fica excluída, no mês subsequente à ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12, para todos os efeitos legais, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12. ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 9º-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do limite referido no inciso II do caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011) 32 § 10. A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início de atividade ultrapassar o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 2º estará excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12 desta Lei Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e os respectivos Municípios adotarem um dos limites previstos nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 20, caso a receita bruta auferida pela empresa durante o ano-calendário de início de atividade ultrapasse 1/12 (um doze avos) do limite estabelecido multiplicado pelo número de meses de funcionamento nesse período, a empresa não poderá recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, relativos ao estabelecimento localizado na unidade da federação que os houver adotado, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. (Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 12. A exclusão de que trata o § 10 não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) do respectivo limite referido naquele parágrafo, hipótese em que os efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente. ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 13. O impedimento de que trata o § 11 não retroagirá ao início das atividades se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por cento) dos respectivos limites referidos naquele parágrafo, hipótese em que os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-calendário subsequente. (Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 14. Para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o limite previsto no inciso II do caput ou no § 2º, conforme o caso, e, adicionalmente, receitas decorrentes da exportação de mercadorias, inclusive quando realizada por meio de comercial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta 33 Lei Complementar, desde que as receitas de exportação também não excedam os referidos limites de receita bruta anual. (Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) § 15. Na hipótese do § 14, para fins de determinação da alíquota de que trata o § 1º do art. 18, da base de cálculo prevista em seu § 3ºe das majorações de alíquotas previstas em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, será considerada a receita bruta total da empresa nos mercados interno e externo. (Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ). Fonte RFB. 3.1 - SOBREVIVÊNCIA E AVANÇO DA RECEITA DA ME E EPP O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE publicou em agosto de 2013 o boletim n˚ 12, onde comenta sobre Micro e pequenos varejistas que estão construindo um histórico cada vez mais longevo no país. Uma pesquisa recente do Serviço de Proteção ao Crédito e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas que alcançou negócios desse porte (69% possui até 9 funcionários; 61% tem apenas um único estabelecimento e 76% declararam ter rendimentos abaixo de R$ 754 mil por ano), indicou que de cada 10 comerciantes, 7 estão no mercado há mais de cinco anos. Do total de entrevistados, 58% revelaram que pretendem contratar ou efetivar algum funcionário neste ano. Indicador muito próximo ao que revela a intenção deles em fazer investimentos ainda em 2013 (57%).Fonte: (SEBRAE). De acordo com os entrevistados, os aspectos do atual cenário econômico que mais influenciarão positivamente o comércio varejista em 2013 serão o aumento do poder de compra da classe média brasileira (89%), a queda nas taxas de juros (86%), as melhorias em infraestrutura urbana e o aumento do volume de crédito (78%). Não é difícil associar a estreita relação dos dois últimos aspectos com a Copa do Mundo FIFA 2014. Sede do mundial, com os investimentos em infraestrutura e a oferta de crédito para 34 financiamentos setoriais em plena ebulição, a cidade - centro de negócios do país – assiste ao crescimento da movimentação turística. 3.2 - AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE CRESCEM NA ECONOMIA A pesquisa acima citada coloca as microempresas e empresas de pequeno porte em um cenário de competitividade em igualdade com as grandes empresas, as empresas brasileiras desenvolveram um padrão de relacionamento entre as organizações e o ambiente, houve uma aproximação entre as entidades, porque o mercado hoje é globalizado e assim perceberam que o crescimento solitário não é mais possível, hoje a união é a palavra chave do novo mercado. A visão que a ME e a EPP estão buscando é a associação onde com intuito de se juntarem realizam um poder maior de garantias perante os fornecedores, exemplo disso é obter um preço competitivo, igualando as chances na concorrência no mercado com as grandes empresas. Conquista essa palavra é outro ponto chave das pequenas e médias empresas brasileiras, pois possibilita que ganhe mercado a cada dia. Segundo UDO, Strassburg (2004, p.43), a questão da economia as empresas terá primeiro “como meta a busca do lucro para remunerar o capital, seus sócios ou acionistas. O segundo terá como meta a busca de aplicação dos ganhos em melhoria da estrutura para poder atender à sociedade com qualidade e com preços acessíveis.” Empresas de pequeno e médio porte possuem diversas atividades e estruturas flexíveis obtendo assim uma fácil adaptação a novas mudanças, valorizando flexibilidade e agilidade trazendo uma maior oportunidade nas inovações ocasionando a permanência no mercado dinâmico. Tudo que a empresa busca em aperfeiçoamento este voltado a satisfação de seus clientes e associado é de extrema importância à melhoria e alta qualidade de produtos e serviços para a diferença em satisfazer o mercado. 35 Outra forma de alcançar o crescimento é a competitividade entre os funcionários, uma vez estimulada aumenta a competição, ocasionando assim um aumento da produtividade, beneficio direto para a empresa. Para STRASSBURG (2004, p. 44): “Na face do processo de gestão, serão desenvolvidas tanto as atividades que auxiliarão na busca pela otimização das decisões envolvidas como o negócio da empresa, quanto aquelas relacionadas ao planejamento, envolvendo o que será executado a curto e longo prazo, insto tudo amparado pelo controle, para que se possa realizar tudo, o mais próximo do planejado.” 4 – CONCEITO E DEFINICÃO DE AUDITORIA. A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis. Os exames são efetuados de acordo com as normas de auditoria usualmente aceitas e incluem os procedimentos que os auditores julgarem necessários, em cada circunstância, para obter elementos de convicção, com o objetivo de comprovar se os registros contábeis foram executados de acordo com princípios fundamentais e normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do período administrativo examinado e outras situações nelas demonstradas. 36 Segundo, CREPALDI, Silvio Aparecido (2007, p.3): “O desenvolvimento da profissão do contador na atividade de auditoria foi estruturado, fundamentalmente, na necessidade que tinham os usuários da informação contábil de contar co m uma opinião independente e objetiva que agregasse credibilidade e confiabilidade às manifestações que gerência faz, por meio das demonstrações contábeis, sobre a situação econômica e financeira da entidade.” Para FRANCO, Hilário (2011, p. 31) [...] é a auditoria que dá credibilidade às demonstrações contábeis e as informações nelas contidas. Embora a auditoria não se destine especificamente à descoberta de fraudes, erros ou irregularidades praticadas por administradores ou funcionários, ela frequentemente apura tais fatos, através dos procedimentos que lhes são próprios. No Brasil o reconhecimento formal da auditoria iniciou-se em São Paulo, há cerca de 30 anos, através do Instituto de Contadores Públicos do Brasil. Mas, Santi (1998, p.19), ressalva que “apesar de formalmente organizada em 26 de março de 1957, quando formado o Instituto dos Contadores Púbicos do Brasil, em São Paulo, a auditoria foi oficialmente reconhecida apenas em 1.968, por ato do Banco Central do Brasil”. A evolução do arregimento dos auditores é citado por Sá (1998), seguindo a ordem cronológica abaixo: - Em 1971 algumas associações se uniram e formaram o Instituto de Auditores Independentes do Brasil, entidade que foi reconhecida pela resolução 317, do Conselho Federal de Contabilidade, em 1972, e pela Resolução 220, do Banco Central do Brasil, no mesmo ano; - Em 1977 surgiu em Brasília a Ordem dos Auditores Independentes do Brasil; - Em 1976 com a Lei n˚ 6385, de 07/12/1976, o registro de auditores para o Mercado de Capitais passou a ser de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários; 37 - Posteriormente, o Instituto dos Auditores Independentes, IAIB, transformou-se no IBRACON – Instituto Brasileiro de Contabilidade. O conceito de auditoria vem evoluindo, deixou de se limitar ao campo de simples verificação e passou a ter outras importantes funções, abrangendo todo o organismo da empresa e da sua administração. Sá (1998, p.25) define auditoria da seguinte forma: A auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos de consideração contábil, visando a apresentar opiniões,conclusões, criticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer ocorrer ou prospectados e diagnosticados. Como se observa através do conceito acima, a auditoria vai além da verificação e passa ao regime da orientação, da interpretação e até da previsão de fatos. Para Gil (1996, p.13): “a auditoria é função organizacional de revisão, avaliação e emissão de opinião quanto ao ciclo administrativo (planejamento/ execução/ controle) em todos os momentos ambientais das entidades”. Definições apresentadas, desde as que limitavam a auditoria como fiscalizadora até as mais recentes que lhe atribui outras funções, a função de verificação da veracidade das informações contidas nas demonstrações contábeis permanece. Ao realizar uma auditoria, deve o profissional buscar as normas da auditoria, dentro dos postulados da contabilidade por uma questão de hierarquia lógica. As informações sobre o patrimônio da entidade devem ser analisadas e avaliadas, a auditoria constitui-se num complemento indispensável para que a contabilidade alcance plenamente sua finalidade. 38 Normas de auditoria entende-se que são regras estabelecidas pelos órgãos reguladores da profissão contábil, embora muitas vezes as normas de auditoria confundam-se em meros guias de orientação geral, essas normas gerais são semelhantes em todos os países, justamente por não serem especificas é sim gerais, variando apenas o grau detalhamento concluído da evolução profissional. O auditor em sua função será crescente a responsabilidade por ele assumida no continuo agigantamento das empresas, a influência que traz na economia da sociedade e das nações. O Brasil está a décadas de atraso perante os Estados Unidos sobre normas de auditoria, entretanto, IBRACON, CVM, Banco Central do Brasil, Conselho Federal de Contabilidade e a Superintendência de Seguros Privados, elaboram novas normas, que estão em vigor. Para fins das Normas de Auditoria vigentes no Brasil e no que se refere a seu significado no parecer dos auditores, a expressão "Princípios Fundamentais de Contabilidade" é um termo técnico-contábil que compreende os princípios, convenções, regras, normas e procedimentos que definem as práticas contábeis aceitas num período determinado. Incluem, assim, os parâmetros ou princípios de aplicação geral, como também as práticas e procedimentos detalhados. Tais Princípios Fundamentais de Contabilidade proporcionam regras de avaliação e apresentação das informações contábeis. Dentro desse espírito, os Princípios Fundamentais de Contabilidade são aqueles vigentes e aceitos pela profissão contábil em nosso país, considerados como tais os constantes das Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade e dos pronunciamentos do IBRACON. Outros organismos, tais como a Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil, a Superintendência de Seguros Privados etc., emitem normas reguladoras às instituições sujeitas às suas regras. Tais normas devem ser avaliadas pelos auditores quanto à sua consonância em relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade. O julgamento do auditor, a opinião do auditor de que as demonstrações contábeis representam adequadamente a posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos de uma entidade, de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve ser baseada no seu julgamento de que: 39 As práticas contábeis utilizadas são de aceitação geral e apropriadas às circunstâncias; As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, contêm informações suficientes sobre assuntos que possam afetar seu uso, entendimento e interpretação; As informações apresentadas nas demonstrações contábeis estão classificadas e agrupadas de uma maneira apropriada. O julgamento do auditor e a expressão, em sua opinião, de que "representam adequadamente" consideram as demonstrações contábeis tomadas em conjunto e tal julgamento e opinião devem ser formados em relação a padrões preestabelecidos, que, no caso, são os Princípios Fundamentais de Contabilidade. Tais princípios reconhecem que a contabilização das transações requer o uso de aproximações e estimativas, sujeitas a um julgamento profissional fundamentado, pois muitos itens, nas demonstrações contábeis, não podem ser avaliados com precisão. Portanto, quando o auditor se refere à adequação da apresentação, não pretende que seja absoluta. Antes, o auditor está declarando que, dentro de uma margem razoável de tolerância, as demonstrações contábeis estão sendo apresentadas numa base apropriada para o conjunto de atividades da entidade. Os Princípios Fundamentais de Contabilidade estão estabelecidos para permitir ao auditor compreensão e formação de sua opinião. Há, todavia, diversas circunstâncias particulares que requerem do auditor um julgamento quanto à aceitação de determinadas práticas contábeis. Especificar as circunstâncias em que determinada prática contábil, dentre outras práticas alternativas, deve ser aplicada, é função de órgãos que possuam autoridade e competência para estabelecer princípios contábeis. Quando, em determinadas circunstâncias, os critérios para aplicação de uma, entre as práticas contábeis alternativas, não tiverem sido estabelecidos, o auditor pode concluir que mais de uma prática contábil é apropriada para aquelas circunstâncias. O auditor deve reconhecer, entretanto, que pode haver casos para os quais a escolha e aplicação de uma prática contábil específica, dentre alternativas, pode tornar errônea a interpretação das demonstrações contábeis no seu conjunto. 40 Na ausência de práticas contábeis estabelecidas, o auditor deverá considerar outras fontes possíveis, tais como: Pronunciamentos de aceitação geral emitidos por outras associações profissionais reconhecidas, como é o caso do International Accounting Standards Committee (IASC); Práticas específicas de um determinado tipo de atividade; Normas legais ou regulamentares definidas por órgãos reguladores; Legislação tributária. Se, todavia, houver conflitos geradores de discrepâncias ou divergências entre as normas contábeis determinadas por órgãos reguladores ou pela legislação tributária em relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, o auditor independente deve considerar tais divergências como desvios aos princípios contábeis aceitáveis e expressar parecer com a ressalva necessária, já que sua opinião tem como base e padrão os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 4.1 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA 4.1.1 – AUDITORIA INTERNA A auditoria interna tem por objetivo examinar a integridade, adequação e eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais da entidade. Crepaldi (2007, pg. 25), define, auditoria interna: “uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações, como um serviço prestado à administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da analise e avaliação de eficiência de outros controles. É executada por um profissional ligado à empresa ou por uma seção própria para tal fim, sempre em linha de dependência da direção empresarial”. 41 A Auditoria Interna é realizada por funcionários da própria empresa, sendo os mesmos de confiança da diretoria, estão vinculados na empresa por contrato trabalhista continuado e sua intervençãoé permanente, envolvem todas as atividades da empresa, fazendo uma verificação constante dos controles internos, manipulação de valores e a execução de rotinas administrativas. O auditor deve possuir conhecimentos além da contabilidade, pois ele se envolve nas diversas fases do negócio da empresa que julga ser útil a administração. Seu trabalho é acompanhar à administração e lhe fornecer informações periódicas no que tange: À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e operacionais; À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos determinando o grau de atendimento; À salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de todas as espécies; A avaliação da qualidade e desempenho na execução das responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos doados administrativos originados na empresa; À recomendação de melhorias operacionais. Ajudando a Administração a eliminar inconvenientes ao desempenho da gestão, o auditor interno perde sua independência por ser empregado da empresa, pois fica clara sua submissão aos administradores da empresa. A diretoria deve propiciar ao auditor livre acesso as informações, registros, propriedades e ao pessoal que possam estar envolvidos com o assunto em exame. 42 4.1.2 - AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INTERNO Informar e assessorar a administração e desincumbir-se das responsabilidades de maneira condizente com o Código de Ética do Instituto dos Auditores Internos; Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais facilidade os objetivos da auditoria em benefício das atividades da empresa. Apesar do auditor interno trabalhar com todas as atividades da empresa, o mesmo não tem responsabilidade direta nem autoridade sobre as atividades que examina, portanto, as revisões e avaliações feitas pelo mesmo não eximem outras pessoas da empresa das responsabilidades que lhes cabem. Para Crepaldi (2007, pg. 26,27): “O posicionamento da função de auditoria interna na estrutura organizacional e o apoio dado a esta função pela administração são os principais determinantes de sua amplitude e valor. O responsável pelas atividades de auditoria interna deve, portanto, reportar-se a um executivo cuja autoridade seja suficiente para assegurar uma ação efetiva, com respeito aos assuntos levantados e recomendações efetuadas. A objetividade é essencial à função de auditoria.” A NBC P 3 refere-se as normas profissionais do auditor interno, quanto a sua competência técnico-profissional: 3.1.1 – O Contador, na função de auditor interno, deve manter o seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação aplicável à Entidade. 43 4.1.3 - NORMAS DE AUDITORIA INTERNA Pela diversidade dos projetos desenvolvidos na área e das abordagens de cada trabalho especificamente, a criação de normas para auditoria operacional não é fácil. Os auditores abordam assuntos muitas vezes delicados e até controvertidos, sendo assim é de suma importância que o mesmo trabalhe segundo um conjunto de normas capazes de proporcionar estruturação e previsibilidade. A aplicação das normas auxilia o auditor a manter a alta qualidade do trabalho frente as pressões sofridas pela Diretoria. 4.2 - NORMAS DE AUDITORIA OPERACIONAL EXISTENTES 4.2.1 - NORMAS GERAIS Os auditores devem ter, no conjunto, proficiência profissional para se desincumbirem das tarefas a eles confiadas; A organização de auditoria e os auditores, individualmente, não devem ter sua independência prejudicada, mantendo-a nas atitudes e na aparência; Devem exercer zelo profissional ao fazer a auditoria e preparar o relatório; O auditor deve comunicar qualquer limitação imposta ao escopo do exame. 4.2.2 - NORMAS DE EXAME E AVALIAÇÃO O trabalho deve ser adequadamente planejado e supervisionado e corroborado por papéis de trabalho corretamente feitos; Deve-se obter evidencia suficiente, competente e relevante, que proporcione uma base razoável para o parecer do auditor; 44 O auditor deve estar atento para possíveis circunstâncias de fraude, abuso e atos ilegais. 4.2.3 - NORMAS DE RELATÓRIOS Os relatórios devem ser feitos por escrito e revisados na forma de rascunho pelo setor auditado e pelos dirigentes que solicitaram a auditoria; Os relatórios devem ser objetivos, imediatos e oportunos; Os relatórios devem apresentar dados exatos e fidedignos e os fatos descobertos de maneira convincente, clara, simples, concisa e competente; Os relatórios devem conter realizações dignas de nota a enfatizar principalmente as melhorias, em vez das críticas. 4.3 – AUDITORIA EXTERNA 4.3.1 - ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA A Auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da evolução do sistema capitalista. No início as empresas eram fechadas e pertenciam a grupos familiares, com a expansão do mercado e o acirramento da concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução de custos, tornando mais competitivos seus produtos e serviços no mercado. Para processar todas as mudanças seria necessário um volume de recursos impossível de ser obtido por meio das operações lucrativas da empresa ou do patrimônio dos sócios, sendo assim obrigadas a captar 45 recursos de terceiros: empréstimos bancários em longo prazo, emissão de debêntures, abri seu capital social para novos acionistas. A respeito da auditoria externa, comenta Almeida (2003, p. 26): [...] Como medida de segurança contra a possibilidade de manipulação das informações, os futuros investidores passaram a exigir que essas demonstrações fossem examinadas por um profissional independente da empresa e de reconhecida capacidade técnica. Esse profissional, que examina as demonstrações contábeis da empresa e emite sua opinião sobre estas, é o auditor externo ou auditor independente (2003, p.26). O auditor externo não é um funcionário da empresa, e não pode ser, pois sua principal atividade é emitir um parecer e/ou opinião independente, ele é um prestador de serviço à empresa que o contratou. O auditor externo é chamado também de “auditor independente”, sobre isso relata MARTINS E MORAIS, 2003, P27: “[..] apesar de os auditores internos manterem um grau de independência relativamente às atividades que examinam, para preservar a sua objetividade, associa- se o termo “independente” ao auditor externo” Almeida (2003, p.33) cita os principais motivos que levam uma empresa a contratar um auditor externo ou independente: - Obrigação legal (companhias abertas, fundos de pensão, seguradoras e quase todas as entidades integrantes do SFN); - Como medida de controle interno tomada pelos acionistas, proprietários ou administradores da empresa; - Imposição de algum banco para ceder empréstimo; 46 - Imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima; - A fim de atender às exigências do próprio estatuto ou contrato social da companhia ou empresa; - Para efeito de compra da empresa (o futuro comprador necessita
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