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a importancia da auditoria nas empresas brasileiras

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1 
 
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE 
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP 
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS 
 
 
 
 
 
 
 
CLAUDINEI PARAZZI 
LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI - SP 
2013 
 
1 
 
CAMPANHA NACIONAL DAS ESCOLAS DA COMUNIDADE 
FACULDADE CENECISTA DE CAPIVARI - FACECAP 
 CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA NAS EMPRESAS BRASILEIRAS 
 
 
CLAUDINEI PARAZZI 
LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPIVARI - SP 
2013 
 
Projeto de Pesquisa de Monografia de 
conclusão de curso apresentado ao curso de 
Ciências Contábeis da FACECAP/CNEC 
Capivari. 
Orientador: Prof. Ms Marco Antonio Armelin 
Orientador: Prof. Laerte Zotte Junior 
 
 
 
2 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradecemos a Deus, que é soberano em 
sabedoria, e a nossa família pelo incentivo e apoio 
recebido. 
Aos nossos colegas da turma dos formandos 2013 
em Ciências Contábeis da Faculdade Cenecista de 
Capivari. 
 
 
 
A todos, 
Muito Obrigado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
CLAUDINEI PARAZZI; LUIS CARLOS RODRIGUES DE CAMARGO. A 
Importância da Auditoria nas Empresas Brasileiras. Projeto de Pesquisa de 
Monografia de Conclusão de Curso. Curso de Graduação em Ciências 
Contábeis. Faculdade Cenecista de Capivari – CNEC. 63 páginas, 2013. 
 
 
RESUMO 
 
 
Com um mundo globalizado as empresas buscam cada vez mais ferramentas 
para auxiliar os administradores nas tomadas das decisões, fazendo com que 
as empresas se tornem competitivas nesse mercado globalizado. 
Nesse trabalho abordaremos sobre a Auditoria contábil, uma ferramenta de 
suma importância que auxilia os administradores das empresas na tomada das 
decisões. 
Iniciamos o trabalho conhecendo a Contabilidade e suas características, quais 
informações ela fornece para a gerência da empresa. 
Na Auditoria contábil, encontramos duas vértices, a auditoria interna e externa. 
A auditoria interna é realizada por um funcionário da própria empresa, sendo 
de confiança da diretoria, está vinculado na empresa por contrato trabalhista 
continuado e sua intervenção é permanente envolvendo todas as atividades da 
empresa. 
Auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da evolução do 
sistema capitalista, é realizada por empresa contratada não tendo nenhum 
vinculo com a empresa contratante. 
A auditoria interna como a auditoria externa, passaram a ser um instrumento 
necessário e amplo de controle para os administradores. Através delas 
podemos fazer uma verificação da eficiência das atividades operacionais e 
identificar todos os processos internos e as políticas definidas pela diretoria, 
estão sendo seguidos efetivamente. 
 
Palavras- Chave: 1- Contabilidade; 2- Auditoria Contábil; 3- Auditoria Interna; 4- 
Auditoria Externa 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
With a globalized companies increasingly seek tools to assist administrators in 
making decisions, causing companies to become competitive in the global 
market. In this paper we discuss about the accounting audit, a tool of 
paramount importance that assists corporate managers in decision making. 
We started work knowing Accounting and characteristics, which it provides 
information to company management. 
Audit in accounting, we find two vertices, the internal and external audit. 
Internal audit is conducted by an employee of the company, and confidence of 
the board, the company is bound by contract labor continued and is continuing 
Its intervention involving all company activities. 
External audit or independent audit emerged as part of the evolution of the 
capitalist system, is performed by the contractor having no relationship with the 
contractor internal audit and external audit, have become a necessary and 
comprehensive control for administrators. Through them we can do a check of 
the efficiency of operational activities and identify all internal processes and 
Internal audit and external audit , have become a necessary and policies 
defined by the Board , are being followed effectively. 
 
Keywords : 1 - Accounting ; 2 - Auditing ; 3 - Internal Audit 4 - External Audit 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1. Diferença entre auditoria externa e auditoria interna ......................40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
 
PIB Produto Interno Bruto 
CFC Conselho Federal de Contabilidade 
IBRACON Instituto Brasileiro de Auditores Independentes do 
Brasil 
CVM Comissão de Valores Imobiliários 
NBC Normas Brasileiras de Contabilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 Sumário 
CAPIVARI - SP ........................................................................................................................ 1 
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 10 
CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO..................................................... 11 
1.1 – CARACTERAÇÃO DO PROBLEMA ................................................................ 11 
1.2 – APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TRABALHO ............................................... 13 
1.3 – RELEVÂNCIA DO TRABALHO ...................................................................................... 14 
1.3 - OBJETIVOS GERAIS ................................................................................................ 15 
1.5– OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................................ 15 
1.6 – METODOLOGIA ............................................................................................................ 16 
1.7 – ESTRUTURA DO TRABALHO........................................................................................ 17 
2 – A CONTABILIDADE NO BRASIL ........................................................................ 18 
2.1 – HISTÓRIA DA CONTABILIDADE .......................................................................... 18 
2.2 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE ........................................................................ 20 
2.3 – OBJETIVOS DA CONTABILIDADE ........................................................................ 21 
2.4 – ÀREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE .................. 23 
2.5 – O PAPEL DO CONTADOR ....................................................................................... 25 
3 - DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE ......... 29 
3.1 - SOBREVIVÊNCIA E AVANÇO DA RECEITA DA ME E EPP ............................ 33 
3.2 - AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE CRESCEM NA 
ECONOMIA .......................................................................................................................... 34 
4 – CONCEITO E DEFINICÃO DE AUDITORIA. ........................................................... 35 
4.1 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA........................................................................... 40 
4.1.1 – AUDITORIA INTERNA ...........................................................................................40 
4.1.2 - AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INTERNO .................................... 42 
4.1.3 - NORMAS DE AUDITORIA INTERNA ................................................................. 43 
4.2 - NORMAS DE AUDITORIA OPERACIONAL EXISTENTES ............................... 43 
4.2.1 - NORMAS GERAIS ..................................................................................................... 43 
4.2.2 - NORMAS DE EXAME E AVALIAÇÃO ............................................................... 43 
4.2.3 - NORMAS DE RELATÓRIOS ............................................................................... 44 
4.3 – AUDITORIA EXTERNA ............................................................................................ 44 
4.3.1 - ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA ........................................................................... 44 
4.3.2-AUDITOR, RECRUTAMENTO, CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO ............... 46 
4.4 - PLANEJAMENTO DA AUDITORIA ....................................................................... 47 
 
9 
 
4.4.1 - COMO OBTER CONHECIMENTOS DA EMPRESA AUDITADA ..................... 47 
4.4.2 - AUDITORIA PROCEDIMENTO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA ............................... 50 
4.4.3 - REUNIÃO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA .............................................................. 51 
4.4.4 - INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS DA EMPRESA.................................................... 51 
4.4.5 - PLANEJAMENTO DE HORAS..................................................................................... 51 
4.4.7 - REUNIÃO COM A GERÊNCIA DA EMPRESA ................................................... 53 
4.4.8 - INFORMAÇÕES A SEREM OBTIDAS DA EMPRESA .................................... 53 
4.4.9 – PLANEJAMENTO DE HORAS ............................................................................ 53 
5 – A RELAÇÃO ENTRE AUDITORIA INTERNA E AUDITORIA EXTERNA .............. 54 
5.1 – VANTAGENS DE UMA AUDITORIA NOS DIVERSOS SEGUIMENTOS ............ 58 
6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................ 61 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................ ......................................................61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 Este trabalho parte-se do breve estudo de um dos ramos da 
contabilidade, a auditoria. Para abordar o assunto, precisamos nos aprofundar 
sobre a contabilidade, sua história, como atividade, usuários, objetivos, ramos, 
o papel do contador, uma vez apresentado um pouco sobre a contabilidade 
falaremos sobre a importância da auditoria para as empresas brasileiras se 
fortalecerem no mercado competitivo e globalizado dos dias atuais. 
 A auditoria é um ramo da contabilidade pouca escolhida pelo profissional 
da contabilidade, é um mercado que necessita crescer e fortalecer-se, um 
profissional auditor seja ele interno ou externo, através de seus conhecimentos 
e serviços, é de fundamental importância para que a empresa consiga como 
resultado único o bem estar da entidade. 
 Hoje as empresas que utilizam esses serviços são as S/A de capital 
aberto, contudo as Micro-empresas e Empresas de pequeno porte devem 
buscar algo que possa ajudar sua contabilidade gerencial, e a auditoria faz 
exatamente isso, busca apontar através de informações detalhadas de cada 
setor, os erros, corrigindo-os e também os acertos para que a contabilidade se 
torne segura proporcionando ao administrador a confiança necessária para as 
tomadas de decisões. 
 A auditoria contábil é de fundamental importância para as empresas, 
pois o administrador pode descobrir que perdeu tempo e dinheiro sem ter um 
planejamento estratégico que auxilie e busque as decisões corretas para a 
empresa crescer. 
 A Auditoria na entidade demonstra uma perspectiva, uma visão, um 
posicionamento e o funcionamento atual do controle interno, cumprindo 
objetivos e metas nas diversas áreas proporcionando informações confiáveis, 
auxiliando a administração na elaboração do planejamento estratégico 
financeiro e gerencial, tornando a competitiva no mercado que hoje é exigente 
e globalizado. 
 
 
11 
 
 
CAPÍTULO 1 – APRESENTAÇÃO DO TRABALHO 
 
 
1.1 – CARACTERAÇÃO DO PROBLEMA 
 
 
O mercado competitivo e globalizado faz as empresas a buscarem 
ampliar suas instalações operacionais e administrativas, investir no 
desenvolvimento tecnológico e no planejamento estratégico. 
Observa-se que para isso, segundo ALMEIDA (1996), as empresas 
passaram a necessitar de um volume de recursos que nem sempre é possível 
obter do resultado de suas atividades ou patrimônio de seus proprietários. A 
opção é captar recursos de terceiros através de instituições bancárias ou a 
abertura de seu capital social para novos investidores. 
O investidor por sua vez exige informações sobre a posição patrimonial 
e financeira, capacidade de gerar lucros e como efetua a administração de 
seus recursos. Informações que serão entregues através das Demonstrações 
Contábeis da empresa, sendo analisadas por um profissional com capacidade 
técnica que não tenha vinculo com a empresa em questão, surgindo assim à 
figura do auditor contábil. 
Segundo o IBRACON (NPC 27)1, "as demonstrações contábeis são 
uma representação monetária estruturada da posição patrimonial e financeira 
em determinada data e das transações realizadas por uma entidade no 
período findo nessa data. O objetivo das demonstrações contábeis de uso 
geral é fornecer informações sobre a posição patrimonial e financeira, o 
resultado e o fluxo financeiro de uma entidade, que são úteis para uma ampla 
variedade de usuários na tomada de decisões. As demonstrações contábeis 
também mostram os resultados do gerenciamento, pela Administração, dos 
recursos que lhe são confiados."(Zanluca, [2013]) 
Segundo Franco (2011), contabilidade é a ciência – ou, segundo alguns, 
a técnica – destinada a estudar e controlar o patrimônio das entidades, do 
 
1 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil; Norma e Procedimento de Contabilidade 
 
 
12 
 
 
ponto de vista econômico e financeiro, observando seus aspectos quantitativo 
e qualitativo e as variações por ele sofridas, com o objetivo de fornecer 
informações sobre o estado patrimonial e suas variações em determinado 
período, fornece as informações necessárias à avaliação da riqueza 
patrimonial e dos resultados produzidos por sua gestão. 
A contabilidade é essencial para as empresas e a auditoria é uma 
ferramenta valiosa para o fortalecimento e pretensões dentro do mercado 
globalizado. Como FRANCO (2007, p.28) comenta a definição da auditoria: 
 
 
“A técnica contábil que – através de procedimentos 
específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e 
documentos, inspeções, e na obtenção de informações e 
confirmações, relacionados com o controle do patrimônio de uma 
entidade – objetiva obter elementos de convicção que permitam julgar 
se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os 
princípios fundamentais e normas de Contabilidade e se as 
demonstrações contábeis deles decorrentes refletem adequadamente 
a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados do 
período administrativo examinado e as demais situações nelas 
demonstradas.” 
 
 
O Brasil é um país que busca o crescimento de sua economia, mas há 
fatos desfavoráveis como a considerável índice de corrupção, e o baixo número 
de empresas que possuem auditoria interna e externa. As empresas têm suas 
demonstraçõescontábeis e seu processo administrativo auditado por 
profissionais externos independentes. 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
1.2 – APRESENTAÇÃO E JUSTIFICATIVA DO TRABALHO 
 
 As empresas de pequeno porte e microempresas movimentam milhões e 
influenciam positivamente em empregos e no PIB – Produto Interno Bruto, por 
isso o Brasil necessita adquirir informações específicas sobre suas empresas. 
 A fiscalização sobre essas empresas não são suficientes, acarretando 
numa perda na apuração de seus resultados. Para que se haja uma economia 
forte, o país necessita de empresas qualificadas, estruturadas, capacitadas em 
concorrer globalmente com outras empresas. 
 Como escreveu Alberto Aggio (2007) apud Held e MacGrew, os 
investigadores da globalização: 
 
“Estes autores (2001), entendem que se poderia pensar a 
globalização não como um artifício ardiloso e incompreensível, mas 
como algo bastante reconhecível. Com a globalização evendiciou-se 
a dificuldade ou até o equivoco de se pensar separadamente os 
assuntos internos e externos dos países, em todos os âmbitos, por 
essa razão as principais tradições da política ocidental, tal como 
conservadorismo, o liberalismo e o socialismo, não conseguiram 
oferecer, até o momento, interpretações coerentes e tampouco 
respostas adequadas a um mundo marcado pela globalização”. 
 
Keedi (2007, p.47), descreveu em ABC do comércio exterior, que o país 
envolvido em enviar capitais para outro país, ou recebê-lo, tendem-se a ser um 
processo de conjunção de esforços para algo, esse processo nada mais é que 
globalizar o planeta e torná-lo único. 
Através de suas demonstrações contábeis a contabilidade é essencial 
para esse fortalecimento e credibilidade junto ao mercado, ainda mais se 
forem auditadas, o fisco, os investidores, os fornecedores, os bancos apoiarão, 
aquecendo a confiança entre as partes. 
O CFC – Conselho Federal de Contabilidade, IBRACON – Institutos 
Brasileiros de Auditores Independentes do Brasil, CVM – Comissão de Valores 
Imobiliários, dispõe de Normas, regras, para o profissional contábil se basear 
 
14 
 
 
em informações para obter um bom trabalho de auditor para obter assim 
qualidade com informações claras e objetivas. 
O intuito é buscar mais profissionais qualificados na contabilidade e na 
auditoria assim buscando uma economia fortalecida através das empresas 
competitivas mundialmente. 
 Portanto, neste trabalho trazer as normas, técnicas, procedimentos, 
teoria sobre a auditoria que ajudem os investidores, sócios e terceiros a ter 
uma visão da importância de obter em sua empresa uma auditoria interna e 
externa de qualidade confiando assim ao profissional contábil informações 
necessárias para estar prontos a enfrentar o mercado ajudando assim a 
economia brasileira, e obtendo lucros que é o significado de se ter uma 
empresa seja ela qual for o tamanho. 
 
 
1.3 – RELEVÂNCIA DO TRABALHO 
 O presente trabalho pode ser definido como relevante, pois busca 
esclarecimentos e aprofundamentos sobre os conceitos de auditoria, sua 
importância, seus benefícios, e reflexos nas empresas, bem como o interesse 
dos pesquisadores em estar se aperfeiçoando nos conhecimentos sobre o 
tema e a contribuição que o mesmo pode trazer. O profissional contábil que 
exerça a auditoria no Brasil precisa crescer como o próprio conhecimento das 
empresas sobre suas administrações contábeis, ainda as empresas não 
entendem o que é contabilidade e auditoria como ferramenta de gestão, sendo 
necessário, uma melhor comunicação entre profissionais contábeis, governo e 
empresas, principalmente as de pequeno porte e as microempresas que tem 
uma grande importância na economia do país. Portanto o presente trabalho 
busca transmitir a importância da Auditoria nas empresas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
1.3 - OBJETIVOS GERAIS 
 
Podemos definir como objetivos gerais do trabalho, a importância da 
busca das informações que sejam relevantes as pequenas empresas e médias 
empresas, que tenham acesso a este trabalho, buscando relatar a importância 
e a necessidade de se promover auditorias periódicas que possam mostrar 
possíveis desvios de condutas e maneiras de escrituração de fatos contábeis 
gerados pela movimentação de uma organização, com isso, buscando relatar 
ferramentas, conceitos e técnicas que possam possibilitar um maior 
conhecimento e aprofundamento no tema e assunto abordados. 
Podemos, portanto, dizer que o trabalho aqui desenvolvido, tem por 
escopo comentar sobre a necessidade da auditoria para as empresas de 
pequenos e médios portes e mostrar sua importância para um melhor 
aproveitamento das possibilidades contábeis. Como por exemplo, regime de 
apuração. 
 
1.5– OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
 
Tomando como base a pergunta-problema: Qual a importância de uma 
auditoria e seus reflexos sobre as organizações que fazem uso dessa 
ferramenta?, Pode-se ainda destacar os seguintes objetivos específicos: 
 Relatar a importância da auditoria para as pequenas e médias 
empresas; 
 Destacar quais os possíveis reflexos de sua utilização sob os aspectos 
contábeis; 
 Relatar seus possíveis reflexos sobre a saúde financeira de uma 
organização; 
 Relatar os possíveis benefícios para a empresa que a utiliza em relação 
à sua credibilidade perante o mercado; 
 
 
 
 
16 
 
1.6 – METODOLOGIA 
 
 A metodologia do estudo se orientará pela pesquisa bibliográfica 
constituída de pesquisas atuais em artigos especializados, livros, sites de 
internet e legislações específicas. Conforme descreve Andrade (2003, p. 45): 
 
”A pesquisa bibliográfica se apresenta de várias fontes em forma de 
livros, revistas, publicações avulsas e imprensa escrita. Sua 
finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo que foi 
escrito sobre determinado assunto, com o objetivo de permitir ao 
cientista o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou 
manipulação de suas informações.” 
 
A pesquisa bibliográfica representa grandes contribuições culturais ou 
cientificas sobre determinado assunto, tema ou problema e permite ao 
pesquisador desenvolver através de outros estudos, um novo trabalho. 
A respeito da pesquisa exploratória Martins (2000, p. 38) proporciona 
maiores subsídios para a evolução da pesquisa e através das fontes 
adquiridas realizarem um estudo com maior aprimoramento de ideias e 
formulação de concepções. 
O estudo tem a finalidade de conhecer as contribuições cientificas sobre 
o tema, ao mesmo tempo em que contribui para a discussão e debate sobre a 
real contribuição da auditoria nas pequenas empresas. Portanto, o estudo teve 
o objetivo de analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes sobre o 
fenômeno pesquisado, com base descritiva das características apresentadas 
pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa. 
A pesquisa descritiva, conforme Andrade (2003, p. 124), “compreende 
os fatos observados, registrados, analisados e interpretados que dimensionam 
um estudo cientifico original. Descrever um fenômeno é antes de tudo 
observar a sua ação”. 
 
 
 
 
 
17 
 
 
Segundo descreve Martins (2000, p. 24), “a respeito da pesquisa 
descritiva, que ela tem a função de identificar e obter informações sobre as 
características de um determinado problema ou questão”. 
 
 
Conforme Barros (2002, p. 66) “a pesquisa descritiva, tem a função de 
demonstrar através de dados analíticos fenômeno estudado, com relação à 
conexão com outros, sua natureza e características. Quanto à natureza da 
pesquisa pode ser classificada como qualitativa na área de Ciências 
Econômicas”.1.7 – ESTRUTURA DO TRABALHO 
 
O presente trabalho esta dividido em seis capítulos, onde: no primeiro 
capítulo buscaremos apresentar caracterização do problema, apresentação e 
justificativa do trabalho, relevância do trabalho, objetivos gerais e específicos, 
metodologia e a estrutura do trabalho. No segundo capitulo apresentaremos a 
historia da contabilidade no Brasil, usuários da contabilidade, os objetivos da 
contabilidade, áreas de atuação do profissional de contabilidade e o papel do 
contador. No capítulo três apresentaremos a definição de microempresa e 
empresa de pequeno porte, sobrevivência e avanço da receita da ME e EPP, o 
crescimento das microempresas e empresas de pequeno porte na economia. 
No capitulo quarto abordaremos o conceito e definição de auditoria, a 
classificação da auditoria, normas de auditoria operacional existentes, origem 
e procedimentos da auditoria, no quinto capitulo as vantagens de uma 
auditoria nos diversos segmentos e por fim o sexto capitulo com as 
considerações finais do trabalho. Para a elaboração do trabalho buscamos 
uma fundamentação teórica dos temas abordados. 
 
 
 
 
18 
 
 
2 – A CONTABILIDADE NO BRASIL 
 
2.1 – HISTÓRIA DA CONTABILIDADE 
 
 Baseado nas colocações de IUDÍCIBUS (2006, p. 34): 
 
“alguns historiadores fazem remontar os primeiros sinais objetivos da 
existência de contas há aproximadamente 2.000 anos a.C. 
Entretanto, antes disto, o homem primitivo, ao inventariar o número 
de instrumento de caça e pesca disponíveis, ao contar seus 
rebanhos, ao contar suas ânforas² de bebidas, já estava praticando 
uma forma rudimentar de contabilidade”. 
 
 Não contendo a exata informação de quando começou de fato a 
contabilidade rudimentar Iudícibus (2006), comenta que provavelmente formas 
mais rudimentares de contagem de bens tenha sido realizadas bem antes de 
2000 a.C , por volta do quarto milênio antes de Cristo. 
 Sabe-se de relatos que as primeiras manifestações contábeis inventadas 
pelos contadores primitivos também inventou a linguagem escrita. Num 
mercado baseado de troca de mercadorias, a contabilidade servia para definir 
quanto alguém possuía de uma determinada mercadoria e qual o valor de 
troca dessa mercadoria em relação a outra, empiricamente iniciando a 
contabilidade. Com Leonardo Fibonacci e depois com o monge Luca Pacioli, 
divulgador das partidas dobradas, no século XV encerrou-se a fase empírica 
da contabilidade. 
 Para IUDÍCIBUS (2006, p. 36), “é neste período que, talvez pela primeira 
vez, a teoria avança com relação às necessidades e às reais complexidades 
das sociedades”. 
 
 O Brasil foi descoberto em 1.500, o novo país começaria a escrever uma 
parte da história da contabilidade, entretanto somente em 1770, que surge a 
primeira regulamentação da profissão contábil em terras brasileiras, quando 
Dom José, rei de Portugal, expede a carta de lei a todos os domínios lusitanos. 
 
19 
 
Neste documento, dentre outras regulamentações, fica estabelecida a 
obrigatoriedade de registro da matricula de todos os guarda-livros na junta 
comercial. Segundo Oliveira (2006, p. 3) “Ao guarda-livros faziam toda a 
contabilidade da firma escrituração, correspondências, contratos e distratos, 
preenchimento de cheques, pagamentos e recebimentos. 
 Ainda trabalhando as idéias de Iudícibus, Em 1870 acontece a primeira 
regulamentação brasileira da profissão contábil, por meio do Decreto imperial 
4475, assim reconhecendo oficialmente a Associação dos Guarda-Livros da 
Corte. Em 1915 é fundado o Instituto Brasileiro de Contadores Fiscais. No ano 
seguinte surgem a Associação dos Contadores de São Paulo e Instituto 
Brasileiro de Contabilidade, no Rio de Janeiro. Já em 1942 é realizado o 1˚ 
Congresso Brasileiro de Contabilidade e são lançadas as bases para a 
campanha pela regulamentação de contador e reforma do ensino comercial do 
Brasil. 
 A profissão deu grande passo na época quando Getulio Vargas chegou 
no poder em 1930, no ano seguinte com o Decreto Federal 20.158 
regulamenta a profissão e cria-se o curso de contabilidade. 
 Profissionais contábeis na época comemorou bastante a criação do 
Conselho Federal de Contabilidade (CFC), os brasileiros não perderam tempo 
tão logo instalado, o CFC atuava para cumprir a função para qual foi criado 
tomar providencias para a instalação e funcionamento dos Conselhos 
Regionais. 
 Conselho Regionais as primeiras ações eram direcionadas ao registro 
de profissionais, pouco tempo depois iniciou a fiscalização, hoje a fiscalização 
é tema de discussão em todas as reuniões de presidentes do Sistema 
CFC/CRCs. Os Conselhos Regionais de Contabilidade, atualmente, além de 
registrar e fiscalizar o exercício profissional, educação continuada, alguns em 
parcerias com o Conselho Federal e com universidades, oferecendo aos 
profissionais da Contabilidade condições de se qualificarem a e entenderem às 
exigências do mercado de trabalho, além de oferecerem à sociedade um 
serviço de qualidade. 
 
 
 
20 
 
2.2 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE 
 
 Na contabilidade existem usuários com ligação direta ou não com a 
empresa, os negócios das entidades, patrimônio, resultado que evoluem no 
período, obtendo assim os usuários da contabilidade que buscam informações 
contábeis e respostas, classificando em dois níveis de usuários: internos e 
externos. 
 Para Marion (2008, p. 25), “usuário pode ser considerado como qualquer 
pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados 
(normalmente fornecidos pela contabilidade) de uma entidade”. 
 Usuário Interno: são todas as pessoas ou grupos de pessoas 
relacionadas com a empresa e que tem facilidade de acesso às informações 
contábeis, tais como: 
 
 GERENTE: para tomada de Decisões; 
 FUNCIONÁRIOS: como interesse em pleitear melhorias; 
 DIRETORIA: para execução de planejamento organizacionais. 
 
 O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna 
é alta-administração que pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a 
elaboração de relatórios específicos para auxiliar lhe na gestão do negócio. 
 Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de 
informação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, 
aplicações financeiras) compra e vendas no dia ou no período de tempo 
(semana, quinzena, mês etc..), de acordo com as necessidades 
administrativas. 
 Usuário Externo: são todas as pessoas ou grupos de pessoas sem 
facilidades de acesso direto às informações, mas que as recebem de 
publicações ou da entidade das Demonstrações, tais como: 
 BANCOS: interessados nas Demonstrações Financeiras a fim de 
analisar a concessão de financiamentos a medir a capacidade de 
retorno do capital emprestado; 
 CONCORRENTE: interessados em conhecer a situação da empresa 
para poder atuar no mercado; 
 
21 
 
 GOVERNO: que necessita obter informações sobre as receitas e as 
despesas para poder atuar sobre o resultado operacional no que 
concerne a sua parcela de tributação; 
 FORNECEDORES: interessados em conhecer a situação da entidade 
para poder continuar ou não as transações comerciais com a entidade, 
além de medir a garantia de recebimento futuro; 
 CLIENTES: interessados em medir a integridade da entidade e garantia 
de que seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo 
acordado. 
 
 Define MARION (2008, p. 26): 
 
“O objetivo principal da contabilidade, portanto, conforme a Estrutura 
Conceitual Básica da Contabilidade é o de permitir a cada grupo 
principal de usuários a avaliação da situação econômica e financeirada entidade, num sentido estático, bem como fazer inferências sobre 
suas tendências futuras”. 
 
2.3 – OBJETIVOS DA CONTABILIDADE 
 
 A Contabilidade tem o patrimônio das empresas como seu objeto de 
estudo e o seu objetivo é revelar como se encontra e quais os fatores que 
proporcionaram mutações ao mesmo, fornecendo assim, informações úteis à 
tomada de decisões. Nos Estados Unidos, por exemplo, as informações 
contábeis são produzidas principalmente para os pequenos e médios 
investidores, enquanto que no Brasil são destinadas principalmente ao Fisco, 
não havendo muita transparência nos demonstrativos contábeis. 
 
Segundo IUDÍCIBUS (2000, p. 19): 
 
“O estabelecimento dos objetivos da contabilidade pode ser feito na 
base de duas abordagens distintas: ou consideramos que o objetivo 
da contabilidade é fornecer aos usuários, independentemente de sua 
natureza, um conjunto básico de informações que, presumivelmente, 
 
22 
 
deveria atender igualmente bem a todos os tipos de usuários, ou a 
contabilidade deveria ser capaz e responsável pela a apresentação 
de cadastros de informações totalmente diferenciados, para cada 
tipo de usuário”. 
 
 Conforme Marion e Iudícibus (2000, p. 53): 
 
”O objetivo da contabilidade pode ser estabelecido como sendo o de 
fornecer informação estruturada de natureza econômica, financeira 
e, subsidiariamente física, de produtividade e social, aos usuários 
internos e externos à entidade da contabilidade”. 
 
 O dever de demonstrar a situação do patrimônio e o resultado do 
exercício de forma clara e precisa, e do tributo a ser recolhido dentro do prazo 
após encerramento do período rigorosamente de acordo com os conceitos, 
princípios e normas básicas é da contabilidade. O resultado apurado deve ser 
economicamente exato. 
 O objetivo básico dos demonstrativos financeiros é prover informação útil 
para a tomada de decisões econômicas. 
 Escrituração dos documentos fiscais em livros fiscais próprios ou 
registros auxiliares, para apurar e determinar o montante de apuração; 
 Preenchimento de guias de recolhimento, informando ao Setor 
Financeiro e de Contas a Pagar da entidade sobre o valor e os prazos de 
recolhimento, além de emitir e providenciar a entrega aos respectivos órgãos 
competentes dos formulários estabelecidos pela legislação pertinente; 
 Orientação fiscal para todas as unidades da empresa (filiais, fábricas, 
departamentos) ou das sociedades coligadas e controladas. A correta 
orientação fiscal e tributária para as demais unidades ou empresas pode 
representar relevantes economias com os impostos. Ex: o local da instalação 
da fábrica, ou mesmo o local de origem de determinadas matérias-primas, 
pode significar menor carga tributária; 
 Orientação, treinamento e constante supervisão dos funcionários do 
setor de impostos. 
 
 
 
23 
 
Para STRASSBURG (2004, p. 35): 
“diante dos conceitos expostos acima, percebe-se que o objetivo da 
contabilidade é o de fornecer subsídios, considerando as 
informações que possam ir de encontro ao foco dos usuários, ou 
seja, que possam satisfazer as suas necessidades no que tange à 
solução de seus problemas”. 
2.4 – ÀREAS DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE CONTABILIDADE 
 
 Conforme a COSIF-e (portal de contabilidade) coordenado por Américo 
Garcia Parada Filho, abaixo citamos os seguintes: 
Na empresa: 
 Planejador Tributário; 
 Analista Financeiro; 
 Contador Geral; 
 Auditor Interno; 
 Contador de Custos; 
 Atuário 
No ensino: 
 Professor; 
 Pesquisador; 
 Escritor; 
 Parecerista; 
 Conferencista. 
Como Autônomo: 
 Auditor Independente; 
 Consultor; 
 Empresário Contábil; 
 Perito Contábil; 
 Investigador de Fraudes. 
Em Órgão Público: 
 Contador Público; 
 Agente ou Auditor Fiscal; 
 Tribunal de Contas; 
 Oficial Contador; 
 Outros cargos públicos. 
 
24 
 
 
 Dentro dessas áreas citadas, destacamos uma área de grande auxilio 
para as empresas brasileiras a auditoria na área contábil ou fiscal como queira 
chama lá é de grande ajuda e auxilio nas tomadas de decisões e de 
planejamento estratégico. 
 Possui como meta a verificação dos registros contábeis, a fim de 
constatar a realidade da empresa, verificam-se também todos os 
procedimentos realizados de forma a avaliar a qualidade dos controles internos 
existentes e proceder averiguação se normas e regulamentos da legislação 
brasileiras e do mercado estão sendo obedecidas. 
 Segundo Jorge Luiz Rosa da Silva e outros (1995, p. 7), nesta área, 
colocam avaliações e exames, como segue: 
 Exatidão, fidedignidade, justeza, completabilidade, tempestividade, da 
apresentação e da publicação das Demonstrações Contábeis, de 
qualquer relatório formal ou institucional, de natureza orçamentária, 
financeira, contábil ou tributária; 
 Fidedignidade, integridade, adequação, confiabilidade e utilidade dos 
registros orçamentários, financeiros, econômicos e contábeis; 
 Correção, eficácia e adequação dos controles da guarda, da divulgação, 
do arquivo, dos meios de consulta e da informatização da documentação 
pertinente à área contábil, bem como das formas de identificação, 
classificação, comunicação e divulgação das respectivas informações; 
 Adequação e eficácia dos controles, registros e meios de proteção dos 
ativos e da comprovação de sua existência real, utilidade, ociosidade e 
economicidade, bem como a comprovação da autenticidade e 
completabilidade dos passivos; 
 Eficiência, eficácia e economicidade na utilização de recursos e na 
administração contábil-financeira e tributária de fundos e programas; 
 Cumprimento das políticas, procedimentos, normas legais e 
regulamentos, metas e objetivos compreendidos na área auditada; 
 Exame a avaliação das aplicações de recursos, observando o 
cumprimento de normas legais, institucionais e aspectos contratuais 
pertinentes; 
 
25 
 
 Avaliação do alcance dos objetivos das operações financeiras, 
investimentos, imobilizações, obrigações, despesas, receitas, fundos e 
programas, etc.; 
 Exame e avaliação das fontes de recursos, observando os aspectos 
econômicos acerca da tempestividade de sua aplicação; 
 Exame e avaliação da rentabilidade das aplicações e sua contribuição 
na formação do resultado da empresa; 
 Transparência, adequação e tempestividade das informações, 
particularmente em relação aos Princípios Fundamentais de 
Contabilidade; 
 Emissão de opinião sobre as Demonstrações Contábeis, fundos e 
programas e planos de natureza financeira, instituídos ou administrados 
pela empresa; 
 Assessoramento a Conselho Fiscal, em matéria compreendida no 
âmbito de sua específica; e 
 Acompanhamento dos trabalhos de auditoria independente. 
 
 Consegue a auditoria contábil visualizar a empresa como um todo, 
mostrando informações verdadeiras da real situação financeira da entidade, 
dando assim oportunidade aos gestores a possibilidade de tomada de decisão 
ou a um planejamento estratégico. 
 
2.5 – O PAPEL DO CONTADOR 
 
 O contador ou profissional da contabilidade no Brasil sofre pressões, por 
causa das mudanças da mentalidade, da inovação, dos costumes, dos 
princípios, vindo de entidades e governo. Os contadores precisam cada vez 
mais da tecnologia para se adaptar ao dinamismo do mundo globalizado. 
 
 
 
 
 
26 
 
Conforme SAVIANI (1996, p. 16): 
 
“Os profissionais brasileiros (em geral) tem características de 
comportamento que prejudicam a busca de seu futuro profissional, ou 
seja, pouquíssima atualização bibliográfica; pouca leitura em jornaise 
em revistas de negócios; graduação como meta básica; a influência 
da TV na família brasileira; a empresa coordenando o futuro de cada 
um e planejamento pessoal e profissional inexistente”. 
 
 Define Zanluca (portal de contabilidade) “A contabilidade é uma enorme 
fonte de registro, interpretação e informação de dados empresariais, 
governamentais e de entidades do terceiro setor. Sua utilidade social é bem 
expressa pelo então presidente da França, Jacques Chirac, em seu discurso na 
sessão plenária de encerramento do XV Congresso Mundial de Contadores, 
em 1997: 
 
 "... A profissão contábil desempenha um papel fundamental na 
modernização e internacionalização de nossa economia. Isso porque 
vocês não se restringem a cuidar de contas. Vocês são conselheiros 
e, às vezes, confidentes das administrações de companhias, para 
que têm um importante papel a desempenhar, especialmente em 
assuntos sociais e tributários. Vocês orientam pequenas e médias 
empresas e sua administração, simplificando as alternativas, que 
ainda são demasiado complexas. Vocês desempenham, portanto, um 
papel no desenvolvimento das possibilidades de emprego, o que 
merece um especial registro de reconhecimento...". 
 
 Como descreve SOUTHWICK (1999, p. 19-20), sobre a função básica 
do contador que é gerenciar, gerar, transferir informações que sejam utilidades 
para os usuários, tomar decisões, isto é elaborado e construído por sistemas 
computadorizados. O profissional contábil deve buscar o conhecimento, a 
informação, para que não se enquadre em nenhumas das características 
negativas citadas por SAVIANI acima, e sigam os dez mandamentos para os 
negócios da próxima geração que são: 
 
 
27 
 
1- Molde à cultura e a ética de trabalho da empresa. Uma visão 
compartilhada e a cultura corporativa devem começar de cima. O CEO 
(Chief Executive Officer) deve inspirar a união das pessoas em nome de 
uma causa maior, gerindo e incrementando o cabedal de conhecimento 
da empresa. 
2- Manutenção de uma perspectiva atual. Faz-se necessário observar o 
lugar que cada empresa ocupa no mundo como efêmero e transitório, 
em vez de garantido e permanente. Essa visão permite que se aceite a 
própria mudança, como uma constante e se desenvolvam as qualidades 
necessárias para agentes de mudança e não para vitimas. 
3- Cultivando conhecimento. É importante que o comando da empresa seja 
distribuído por toda a organização, de forma que, a cada empregado, 
sejam delegados níveis mais altos de responsabilidade e de 
administração da informação – satisfazendo assim não apenas 
necessidades financeiras, mas também necessidades mais elevadas, 
como satisfação pessoal. 
4- Desenvolvimento de mind share (percepção que o consumidor tem de 
um produto ou marca). É a campanha planejada para influenciar os 
formadores de opinião. Para conquistar isso – e uma maior visibilidade 
no mercado – são complementadas as inovações do produto da 
empresa com ações de marketing de marca. Faça de si mesmo um líder 
de mercado conduzindo uma mudança de paradigma, estabelecendo um 
padrão, ou lançando-se como uma autoridade na área. 
5- Contra as estruturas formais e a favor de verdadeiras equipes. São 
formadas equipes para decidir como alocar os recursos, priorizar tarefas 
e determinar cronogramas de lançamentos dos produtos. A alta 
administração age de modo muito semelhante ao de um investidor de 
capitais, avaliando os méritos de projetos correlatos, atribuindo valores, 
selecionando equipes (ou, pelo menos, o líder da equipe) e 
determinando orçamentos e prazos. Esse conceito de equipe leva em 
consideração o alto nível de flexibilidade que é essencial na veloz 
indústria high-tech. 
6- Prioridade para o cliente, não para a tecnologia. As maiores empresas 
desenvolvem seus produtos para atender às verdadeiras necessidades 
 
28 
 
de seus clientes. Quando um projeto está pronto, os clientes são 
convidados a opinar e oferecer sugestões sobre sua concepção. 
7- Busca de parceiros, para funções e aquisições certas. As empresas de 
alta tecnologia tornaram-se mais voltadas para fora ao planejar 
relacionamentos com clientes, alianças potenciais e parceiros para 
fusões. Em caso de uma aquisição, os valores internos essenciais 
devem ser consolidados entre os parceiros do negócio. A empresa faz 
parte integrante de uma rede de relacionamentos, intensificando seu 
crescimento interno e externo. 
8- Enfrentamento do desconhecido. Mesmo que se esteja garimpando o 
próprio pedaço de chão, e pronto para a próxima corrida do outro que 
poderá ocorrer num local totalmente inesperado, talvez não seja 
possível prever o lugar exato de uma nove descoberta, mas a empresa 
estará apta a chegar a qualquer parte. 
9- Paranóia. O ambiente competitivo da indústria high-tech não deixa 
ninguém tranquilo. É importante saber que, assim que seja lançado um 
novo produto de sucesso, o empreendedor estará sujeito a uma horda 
de aspirantes a concorrentes e devendo-se estar preparado para agir. 
10-Velocidade e Determinação. A tecnologia e as empresas criadoras 
estarão reunidas para anunciar uma nova era em que as estruturas e os 
estilos administrativos se transformam a cada instante. Afinal, o que faz 
uma empresa seguir adiante é a sua visão de enfrentar as velozes 
mudanças do mercado, os avanços tecnológicos e as oportunidades de 
negócios que estão surgindo. 
 
 O espírito inovador é essencial para o profissional, ter mente aberta para 
as mudanças e buscar sempre algo a mais. 
 
 
 
 
 
29 
 
3 - DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO 
PORTE 
 
 No Brasil onde a legislação tributária é forte, definimos segundo a 
Receita Federal do Brasil – RFB através da Lei Complementar 123/06 e suas 
alterações que microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) 
define-se como segue: 
 Art. 3 º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se 
microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a 
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o 
empresário a que se refere o art. 966 da Lei n º 10.406, de 10 de janeiro de 
2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas 
Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde 
que: ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 
2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 
) 
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta 
igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e Redação 
dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção 
de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, 
receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual 
ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). Redação 
dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção 
de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o 
produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço 
dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não 
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. 
§ 2º No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, o limite a que se 
refere o caput deste artigo será proporcional ao número de meses em que a 
microempresa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, 
inclusive as fraçõesde meses. 
 
30 
 
§ 3º O enquadramento do empresário ou da sociedade simples ou empresária 
como microempresa ou empresa de pequeno porte bem como o seu 
desenquadramento não implicarão alteração, denúncia ou qualquer restrição 
em relação a contratos por elas anteriormente firmados. 
§ 4º Não poderá se beneficiar do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta 
Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12 desta Lei 
Complementar, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica: 
I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica; 
II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa 
jurídica com sede no exterior; 
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou 
seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos 
termos desta Lei Complementar, desde que a receita bruta global ultrapasse o 
limite de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital 
de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o limite de que trata o inciso II do caput deste 
artigo; 
V - cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa 
jurídica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
de que trata o inciso II do caput deste artigo; 
VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; 
VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica; 
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de 
desenvolvimento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento 
e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de 
títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, 
de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; 
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de 
desmembramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 
(cinco) anos-calendário anteriores; 
X - constituída sob a forma de sociedade por ações. 
§ 5º O disposto nos incisos IV e VII do § 4º deste artigo não se aplica à 
participação no capital de cooperativas de crédito, bem como em centrais de 
 
31 
 
compras, bolsas de subcontratação, no consórcio referido no art. 50 desta Lei 
Complementar e na sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta 
Lei Complementar, e em associações assemelhadas, sociedades de interesse 
econômico, sociedades de garantia solidária e outros tipos de sociedade, que 
tenham como objetivo social a defesa exclusiva dos interesses econômicos das 
microempresas e empresas de pequeno porte. 
§ 6º Na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte incorrer em 
alguma das situações previstas nos incisos do § 4º, será excluída do 
tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei Complementar, bem como 
do regime de que trata o art. 12, com efeitos a partir do mês seguinte ao que 
incorrida a situação impeditiva. ( Redação dada pela Lei Complementar nº 139, 
de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei 
Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 7º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de 
atividades, a microempresa que, no ano-calendário, exceder o limite de receita 
bruta anual previsto no inciso I do caput deste artigo passa, no ano-calendário 
seguinte, à condição de empresa de pequeno porte. 
§ 8º Observado o disposto no § 2º deste artigo, no caso de início de 
atividades, a empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, não 
ultrapassar o limite de receita bruta anual previsto no inciso I do caput deste 
artigo passa, no ano-calendário seguinte, à condição de microempresa. 
§ 9º A empresa de pequeno porte que, no ano-calendário, exceder o limite de 
receita bruta anual previsto no inciso II do caput fica excluída, no mês 
subsequente à ocorrência do excesso, do tratamento jurídico diferenciado 
previsto nesta Lei Complementar, incluído o regime de que trata o art. 12, para 
todos os efeitos legais, ressalvado o disposto nos §§ 9º-A, 10 e 12. ( Redação 
dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção 
de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 9º-A. Os efeitos da exclusão prevista no § 9º dar-se-ão no ano-calendário 
subsequente se o excesso verificado em relação à receita bruta não for 
superior a 20% (vinte por cento) do limite referido no inciso II do caput. 
(Incluído pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011) 
(Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011) 
 
32 
 
§ 10. A empresa de pequeno porte que no decurso do ano-calendário de início 
de atividade ultrapassar o limite proporcional de receita bruta de que trata o § 
2º estará excluída do tratamento jurídico diferenciado previsto nesta Lei 
Complementar, bem como do regime de que trata o art. 12 desta Lei 
Complementar, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. ( Redação 
dada pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção 
de efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 11. Na hipótese de o Distrito Federal, os Estados e os respectivos Municípios 
adotarem um dos limites previstos nos incisos I e II do caput do art. 19 e no art. 
20, caso a receita bruta auferida pela empresa durante o ano-calendário de 
início de atividade ultrapasse 1/12 (um doze avos) do limite estabelecido 
multiplicado pelo número de meses de funcionamento nesse período, a 
empresa não poderá recolher o ICMS e o ISS na forma do Simples Nacional, 
relativos ao estabelecimento localizado na unidade da federação que os houver 
adotado, com efeitos retroativos ao início de suas atividades. (Redação dada 
pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de 
efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 12. A exclusão de que trata o § 10 não retroagirá ao início das atividades se o 
excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte por 
cento) do respectivo limite referido naquele parágrafo, hipótese em que os 
efeitos da exclusão dar-se-ão no ano-calendário subsequente. ( Redação dada 
pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de 
efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 13. O impedimento de que trata o § 11 não retroagirá ao início das atividades 
se o excesso verificado em relação à receita bruta não for superior a 20% (vinte 
por cento) dos respectivos limites referidos naquele parágrafo, hipótese em que 
os efeitos do impedimento ocorrerão no ano-calendário subsequente. (Incluído 
pela Lei Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de 
efeitos – vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 14. Para fins de enquadramento como empresa de pequeno porte, poderão 
ser auferidas receitas no mercado interno até o limite previsto no inciso II do 
caput ou no § 2º, conforme o caso, e, adicionalmente, receitas decorrentes da 
exportação de mercadorias, inclusive quando realizada por meio de comercial 
exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta 
 
33 
 
Lei Complementar, desde que as receitas de exportação também não excedam 
os referidos limites de receita bruta anual. (Incluído pela Lei Complementar nº 
139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – vide art. 7º da Lei 
Complementar nº 139, de 2011 ) 
§ 15. Na hipótese do § 14, para fins de determinação da alíquota de que trata o 
§ 1º do art. 18, da base de cálculo prevista em seu § 3ºe das majorações de 
alíquotas previstas em seus §§ 16, 16-A, 17 e 17-A, será considerada a receita 
bruta total da empresa nos mercados interno e externo. (Incluído pela Lei 
Complementar nº 139, de 10 de novembro de 2011 ) (Produção de efeitos – 
vide art. 7º da Lei Complementar nº 139, de 2011 ). Fonte RFB. 
 
3.1 - SOBREVIVÊNCIA E AVANÇO DA RECEITA DA ME E EPP 
 
 O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – 
SEBRAE publicou em agosto de 2013 o boletim n˚ 12, onde comenta sobre 
Micro e pequenos varejistas que estão construindo um histórico cada vez mais 
longevo no país. Uma pesquisa recente do Serviço de Proteção ao Crédito e da 
Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas que alcançou negócios desse 
porte (69% possui até 9 funcionários; 61% tem apenas um único 
estabelecimento e 76% declararam ter rendimentos abaixo de R$ 754 mil por 
ano), indicou que de cada 10 comerciantes, 7 estão no mercado há mais de 
cinco anos. 
 
 Do total de entrevistados, 58% revelaram que pretendem contratar ou 
efetivar algum funcionário neste ano. Indicador muito próximo ao que revela a 
intenção deles em fazer investimentos ainda em 2013 (57%).Fonte: (SEBRAE). 
 De acordo com os entrevistados, os aspectos do atual cenário 
econômico que mais influenciarão positivamente o comércio varejista em 2013 
serão o aumento do poder de compra da classe média brasileira (89%), a 
queda nas taxas de juros (86%), as melhorias em infraestrutura urbana e o 
aumento do volume de crédito (78%). Não é difícil associar a estreita relação 
dos dois últimos aspectos com a Copa do Mundo FIFA 2014. Sede do mundial, 
com os investimentos em infraestrutura e a oferta de crédito para 
 
34 
 
financiamentos setoriais em plena ebulição, a cidade - centro de negócios do 
país – assiste ao crescimento da movimentação turística. 
 
3.2 - AS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE 
CRESCEM NA ECONOMIA 
 
 A pesquisa acima citada coloca as microempresas e empresas de 
pequeno porte em um cenário de competitividade em igualdade com as 
grandes empresas, as empresas brasileiras desenvolveram um padrão de 
relacionamento entre as organizações e o ambiente, houve uma aproximação 
entre as entidades, porque o mercado hoje é globalizado e assim perceberam 
que o crescimento solitário não é mais possível, hoje a união é a palavra chave 
do novo mercado. 
 A visão que a ME e a EPP estão buscando é a associação onde com 
intuito de se juntarem realizam um poder maior de garantias perante os 
fornecedores, exemplo disso é obter um preço competitivo, igualando as 
chances na concorrência no mercado com as grandes empresas. 
 Conquista essa palavra é outro ponto chave das pequenas e médias 
empresas brasileiras, pois possibilita que ganhe mercado a cada dia. 
 Segundo UDO, Strassburg (2004, p.43), a questão da economia as 
empresas terá primeiro “como meta a busca do lucro para remunerar o capital, 
seus sócios ou acionistas. O segundo terá como meta a busca de aplicação 
dos ganhos em melhoria da estrutura para poder atender à sociedade com 
qualidade e com preços acessíveis.” 
 Empresas de pequeno e médio porte possuem diversas atividades e 
estruturas flexíveis obtendo assim uma fácil adaptação a novas mudanças, 
valorizando flexibilidade e agilidade trazendo uma maior oportunidade nas 
inovações ocasionando a permanência no mercado dinâmico. 
 Tudo que a empresa busca em aperfeiçoamento este voltado a 
satisfação de seus clientes e associado é de extrema importância à melhoria e 
alta qualidade de produtos e serviços para a diferença em satisfazer o 
mercado. 
 
35 
 
 Outra forma de alcançar o crescimento é a competitividade entre os 
funcionários, uma vez estimulada aumenta a competição, ocasionando assim 
um aumento da produtividade, beneficio direto para a empresa. 
 
 Para STRASSBURG (2004, p. 44): 
 
 
“Na face do processo de gestão, serão desenvolvidas tanto as 
atividades que auxiliarão na busca pela otimização das decisões 
envolvidas como o negócio da empresa, quanto aquelas relacionadas 
ao planejamento, envolvendo o que será executado a curto e longo 
prazo, insto tudo amparado pelo controle, para que se possa realizar 
tudo, o mais próximo do planejado.” 
 
 
 
4 – CONCEITO E DEFINICÃO DE AUDITORIA. 
 
 A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, 
inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, 
relacionadas com o controle do patrimônio, objetivando mensurar a exatidão 
desses registros e das demonstrações contábeis. Os exames são efetuados de 
acordo com as normas de auditoria usualmente aceitas e incluem os 
procedimentos que os auditores julgarem necessários, em cada circunstância, 
para obter elementos de convicção, com o objetivo de comprovar se os 
registros contábeis foram executados de acordo com princípios fundamentais e 
normas de contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes 
refletem adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os 
resultados do período administrativo examinado e outras situações nelas 
demonstradas. 
 
 
 
 
 
36 
 
 Segundo, CREPALDI, Silvio Aparecido (2007, p.3): 
 
“O desenvolvimento da profissão do contador na atividade de 
auditoria foi estruturado, fundamentalmente, na necessidade que 
tinham os usuários da informação contábil de contar co m uma 
opinião independente e objetiva que agregasse credibilidade e 
confiabilidade às manifestações que gerência faz, por meio das 
demonstrações contábeis, sobre a situação econômica e financeira 
da entidade.” 
 
 
 Para FRANCO, Hilário (2011, p. 31) [...] é a auditoria que dá 
credibilidade às demonstrações contábeis e as informações nelas contidas. 
Embora a auditoria não se destine especificamente à descoberta de fraudes, 
erros ou irregularidades praticadas por administradores ou funcionários, ela 
frequentemente apura tais fatos, através dos procedimentos que lhes são 
próprios. 
 No Brasil o reconhecimento formal da auditoria iniciou-se em São Paulo, 
há cerca de 30 anos, através do Instituto de Contadores Públicos do Brasil. 
Mas, Santi (1998, p.19), ressalva que “apesar de formalmente organizada em 
26 de março de 1957, quando formado o Instituto dos Contadores Púbicos do 
Brasil, em São Paulo, a auditoria foi oficialmente reconhecida apenas em 
1.968, por ato do Banco Central do Brasil”. 
 
 A evolução do arregimento dos auditores é citado por Sá (1998), 
seguindo a ordem cronológica abaixo: 
 
- Em 1971 algumas associações se uniram e formaram o Instituto de 
Auditores Independentes do Brasil, entidade que foi reconhecida pela 
resolução 317, do Conselho Federal de Contabilidade, em 1972, e 
pela Resolução 220, do Banco Central do Brasil, no mesmo ano; 
- Em 1977 surgiu em Brasília a Ordem dos Auditores Independentes 
do Brasil; 
- Em 1976 com a Lei n˚ 6385, de 07/12/1976, o registro de auditores 
para o Mercado de Capitais passou a ser de responsabilidade da 
Comissão de Valores Mobiliários; 
 
37 
 
- Posteriormente, o Instituto dos Auditores Independentes, IAIB, 
transformou-se no IBRACON – Instituto Brasileiro de Contabilidade. 
 
 O conceito de auditoria vem evoluindo, deixou de se limitar ao campo de 
simples verificação e passou a ter outras importantes funções, abrangendo 
todo o organismo da empresa e da sua administração. 
 
 Sá (1998, p.25) define auditoria da seguinte forma: 
 
A auditoria é uma tecnologia contábil aplicada ao sistemático exame 
dos registros, demonstrações e de quaisquer informes ou elementos 
de consideração contábil, visando a apresentar opiniões,conclusões, 
criticas e orientações sobre situações ou fenômenos patrimoniais da 
riqueza aziendal, pública ou privada, quer ocorridos, quer ocorrer ou 
prospectados e diagnosticados. 
 
 
 Como se observa através do conceito acima, a auditoria vai além da 
verificação e passa ao regime da orientação, da interpretação e até da previsão 
de fatos. 
 Para Gil (1996, p.13): 
 
“a auditoria é função organizacional de revisão, avaliação e emissão 
de opinião quanto ao ciclo administrativo (planejamento/ execução/ 
controle) em todos os momentos ambientais das entidades”. 
 
 Definições apresentadas, desde as que limitavam a auditoria como 
fiscalizadora até as mais recentes que lhe atribui outras funções, a função de 
verificação da veracidade das informações contidas nas demonstrações 
contábeis permanece. 
 Ao realizar uma auditoria, deve o profissional buscar as normas da 
auditoria, dentro dos postulados da contabilidade por uma questão de 
hierarquia lógica. As informações sobre o patrimônio da entidade devem ser 
analisadas e avaliadas, a auditoria constitui-se num complemento 
indispensável para que a contabilidade alcance plenamente sua finalidade. 
 
38 
 
 Normas de auditoria entende-se que são regras estabelecidas pelos 
órgãos reguladores da profissão contábil, embora muitas vezes as normas de 
auditoria confundam-se em meros guias de orientação geral, essas normas 
gerais são semelhantes em todos os países, justamente por não serem 
especificas é sim gerais, variando apenas o grau detalhamento concluído da 
evolução profissional. O auditor em sua função será crescente a 
responsabilidade por ele assumida no continuo agigantamento das empresas, 
a influência que traz na economia da sociedade e das nações. 
 O Brasil está a décadas de atraso perante os Estados Unidos sobre 
normas de auditoria, entretanto, IBRACON, CVM, Banco Central do Brasil, 
Conselho Federal de Contabilidade e a Superintendência de Seguros Privados, 
elaboram novas normas, que estão em vigor. 
 Para fins das Normas de Auditoria vigentes no Brasil e no que se refere 
a seu significado no parecer dos auditores, a expressão "Princípios 
Fundamentais de Contabilidade" é um termo técnico-contábil que compreende 
os princípios, convenções, regras, normas e procedimentos que definem as 
práticas contábeis aceitas num período determinado. Incluem, assim, os 
parâmetros ou princípios de aplicação geral, como também as práticas e 
procedimentos detalhados. Tais Princípios Fundamentais de Contabilidade 
proporcionam regras de avaliação e apresentação das informações contábeis. 
 Dentro desse espírito, os Princípios Fundamentais de Contabilidade são 
aqueles vigentes e aceitos pela profissão contábil em nosso país, considerados 
como tais os constantes das Resoluções do Conselho Federal de 
Contabilidade e dos pronunciamentos do IBRACON. Outros organismos, tais 
como a Comissão de Valores Mobiliários, o Banco Central do Brasil, a 
Superintendência de Seguros Privados etc., emitem normas reguladoras às 
instituições sujeitas às suas regras. Tais normas devem ser avaliadas pelos 
auditores quanto à sua consonância em relação aos Princípios Fundamentais 
de Contabilidade. O julgamento do auditor, a opinião do auditor de que as 
demonstrações contábeis representam adequadamente a posição patrimonial e 
financeira, o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as 
origens e aplicações de recursos de uma entidade, de acordo com os 
Princípios Fundamentais de Contabilidade, deve ser baseada no seu 
julgamento de que: 
 
39 
 
 As práticas contábeis utilizadas são de aceitação geral e apropriadas às 
circunstâncias; 
 As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, contêm 
informações suficientes sobre assuntos que possam afetar seu uso, 
entendimento e interpretação; 
 As informações apresentadas nas demonstrações contábeis estão 
classificadas e agrupadas de uma maneira apropriada. 
 O julgamento do auditor e a expressão, em sua opinião, de que 
"representam adequadamente" consideram as demonstrações contábeis 
tomadas em conjunto e tal julgamento e opinião devem ser formados em 
relação a padrões preestabelecidos, que, no caso, são os Princípios 
Fundamentais de Contabilidade. Tais princípios reconhecem que a 
contabilização das transações requer o uso de aproximações e estimativas, 
sujeitas a um julgamento profissional fundamentado, pois muitos itens, nas 
demonstrações contábeis, não podem ser avaliados com precisão. Portanto, 
quando o auditor se refere à adequação da apresentação, não pretende que 
seja absoluta. Antes, o auditor está declarando que, dentro de uma margem 
razoável de tolerância, as demonstrações contábeis estão sendo apresentadas 
numa base apropriada para o conjunto de atividades da entidade. 
 Os Princípios Fundamentais de Contabilidade estão estabelecidos para 
permitir ao auditor compreensão e formação de sua opinião. Há, todavia, 
diversas circunstâncias particulares que requerem do auditor um julgamento 
quanto à aceitação de determinadas práticas contábeis. Especificar as 
circunstâncias em que determinada prática contábil, dentre outras práticas 
alternativas, deve ser aplicada, é função de órgãos que possuam autoridade e 
competência para estabelecer princípios contábeis. Quando, em determinadas 
circunstâncias, os critérios para aplicação de uma, entre as práticas contábeis 
alternativas, não tiverem sido estabelecidos, o auditor pode concluir que mais 
de uma prática contábil é apropriada para aquelas circunstâncias. O auditor 
deve reconhecer, entretanto, que pode haver casos para os quais a escolha e 
aplicação de uma prática contábil específica, dentre alternativas, pode tornar 
errônea a interpretação das demonstrações contábeis no seu conjunto. 
 
40 
 
 Na ausência de práticas contábeis estabelecidas, o auditor deverá 
considerar outras fontes possíveis, tais como: 
 Pronunciamentos de aceitação geral emitidos por outras associações 
profissionais reconhecidas, como é o caso do International Accounting 
Standards Committee (IASC); 
 Práticas específicas de um determinado tipo de atividade; 
 Normas legais ou regulamentares definidas por órgãos reguladores; 
 Legislação tributária. 
 Se, todavia, houver conflitos geradores de discrepâncias ou divergências 
entre as normas contábeis determinadas por órgãos reguladores ou pela 
legislação tributária em relação aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, 
o auditor independente deve considerar tais divergências como desvios aos 
princípios contábeis aceitáveis e expressar parecer com a ressalva necessária, 
já que sua opinião tem como base e padrão os Princípios Fundamentais de 
Contabilidade. 
 
4.1 CLASSIFICAÇÃO DA AUDITORIA 
 
4.1.1 – AUDITORIA INTERNA 
 
 A auditoria interna tem por objetivo examinar a integridade, adequação e 
eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis, financeiras 
e operacionais da entidade. 
 
 Crepaldi (2007, pg. 25), define, auditoria interna: 
 
“uma atividade de avaliação independente dentro da empresa, que se 
destina a revisar as operações, como um serviço prestado à 
administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio 
da analise e avaliação de eficiência de outros controles. É executada 
por um profissional ligado à empresa ou por uma seção própria para 
tal fim, sempre em linha de dependência da direção empresarial”. 
 
41 
 
 
 
 A Auditoria Interna é realizada por funcionários da própria empresa, 
sendo os mesmos de confiança da diretoria, estão vinculados na empresa por 
contrato trabalhista continuado e sua intervençãoé permanente, envolvem 
todas as atividades da empresa, fazendo uma verificação constante dos 
controles internos, manipulação de valores e a execução de rotinas 
administrativas. 
 O auditor deve possuir conhecimentos além da contabilidade, pois ele se 
envolve nas diversas fases do negócio da empresa que julga ser útil a 
administração. Seu trabalho é acompanhar à administração e lhe fornecer 
informações periódicas no que tange: 
 
 À aplicabilidade e adequação de controles internos, financeiros e 
operacionais; 
 À extensão do cumprimento das diretrizes, planos e procedimentos 
determinando o grau de atendimento; 
 À salvaguarda dos ativos quanto à escrituração, guarda e perdas de 
todas as espécies; 
 A avaliação da qualidade e desempenho na execução das 
responsabilidades delegadas determinando a fidelidade dos doados 
administrativos originados na empresa; 
 À recomendação de melhorias operacionais. 
 
 Ajudando a Administração a eliminar inconvenientes ao desempenho da 
gestão, o auditor interno perde sua independência por ser empregado da 
empresa, pois fica clara sua submissão aos administradores da empresa. A 
diretoria deve propiciar ao auditor livre acesso as informações, registros, 
propriedades e ao pessoal que possam estar envolvidos com o assunto em 
exame. 
 
 
 
42 
 
4.1.2 - AS RESPONSABILIDADES DO AUDITOR INTERNO 
 
 Informar e assessorar a administração e desincumbir-se das 
responsabilidades de maneira condizente com o Código de Ética do 
Instituto dos Auditores Internos; 
 Coordenar suas atividades com a de outros, de modo a atingir com mais 
facilidade os objetivos da auditoria em benefício das atividades da 
empresa. 
 
 Apesar do auditor interno trabalhar com todas as atividades da empresa, 
o mesmo não tem responsabilidade direta nem autoridade sobre as atividades 
que examina, portanto, as revisões e avaliações feitas pelo mesmo não 
eximem outras pessoas da empresa das responsabilidades que lhes cabem. 
 
 Para Crepaldi (2007, pg. 26,27): 
 
“O posicionamento da função de auditoria interna na estrutura 
organizacional e o apoio dado a esta função pela administração 
são os principais determinantes de sua amplitude e valor. O 
responsável pelas atividades de auditoria interna deve, 
portanto, reportar-se a um executivo cuja autoridade seja 
suficiente para assegurar uma ação efetiva, com respeito aos 
assuntos levantados e recomendações efetuadas. A 
objetividade é essencial à função de auditoria.” 
 
 A NBC P 3 refere-se as normas profissionais do auditor interno, quanto a 
sua competência técnico-profissional: 
 
3.1.1 – O Contador, na função de auditor interno, deve manter o seu 
nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado das 
Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, 
especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à 
profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação 
aplicável à Entidade. 
 
 
43 
 
4.1.3 - NORMAS DE AUDITORIA INTERNA 
 
 Pela diversidade dos projetos desenvolvidos na área e das abordagens 
de cada trabalho especificamente, a criação de normas para auditoria 
operacional não é fácil. 
 Os auditores abordam assuntos muitas vezes delicados e até 
controvertidos, sendo assim é de suma importância que o mesmo trabalhe 
segundo um conjunto de normas capazes de proporcionar estruturação e 
previsibilidade. A aplicação das normas auxilia o auditor a manter a alta 
qualidade do trabalho frente as pressões sofridas pela Diretoria. 
 
4.2 - NORMAS DE AUDITORIA OPERACIONAL EXISTENTES 
 
4.2.1 - NORMAS GERAIS 
 
 Os auditores devem ter, no conjunto, proficiência profissional para se 
desincumbirem das tarefas a eles confiadas; 
 A organização de auditoria e os auditores, individualmente, não devem 
ter sua independência prejudicada, mantendo-a nas atitudes e na 
aparência; 
 Devem exercer zelo profissional ao fazer a auditoria e preparar o 
relatório; 
 O auditor deve comunicar qualquer limitação imposta ao escopo do 
exame. 
 
4.2.2 - NORMAS DE EXAME E AVALIAÇÃO 
 
 O trabalho deve ser adequadamente planejado e supervisionado e 
corroborado por papéis de trabalho corretamente feitos; 
 Deve-se obter evidencia suficiente, competente e relevante, que 
proporcione uma base razoável para o parecer do auditor; 
 
44 
 
 O auditor deve estar atento para possíveis circunstâncias de fraude, 
abuso e atos ilegais. 
 
 
4.2.3 - NORMAS DE RELATÓRIOS 
 
 Os relatórios devem ser feitos por escrito e revisados na forma de 
rascunho pelo setor auditado e pelos dirigentes que solicitaram a 
auditoria; 
 Os relatórios devem ser objetivos, imediatos e oportunos; 
 Os relatórios devem apresentar dados exatos e fidedignos e os fatos 
descobertos de maneira convincente, clara, simples, concisa e 
competente; 
 Os relatórios devem conter realizações dignas de nota a enfatizar 
principalmente as melhorias, em vez das críticas. 
 
4.3 – AUDITORIA EXTERNA 
 
4.3.1 - ORIGEM DA AUDITORIA EXTERNA 
 
 A Auditoria externa ou auditoria independente surgiu como parte da 
evolução do sistema capitalista. No início as empresas eram fechadas e 
pertenciam a grupos familiares, com a expansão do mercado e o acirramento 
da concorrência, houve a necessidade de a empresa ampliar suas instalações 
fabris e administrativas, investir no desenvolvimento tecnológico e aprimorar os 
controles e procedimentos internos em geral, principalmente visando à redução 
de custos, tornando mais competitivos seus produtos e serviços no mercado. 
 Para processar todas as mudanças seria necessário um volume de 
recursos impossível de ser obtido por meio das operações lucrativas da 
empresa ou do patrimônio dos sócios, sendo assim obrigadas a captar 
 
45 
 
recursos de terceiros: empréstimos bancários em longo prazo, emissão de 
debêntures, abri seu capital social para novos acionistas. 
 
 
 
A respeito da auditoria externa, comenta Almeida (2003, p. 26): 
 
[...] Como medida de segurança contra a possibilidade de 
manipulação das informações, os futuros investidores 
passaram a exigir que essas demonstrações fossem 
examinadas por um profissional independente da empresa e de 
reconhecida capacidade técnica. Esse profissional, que 
examina as demonstrações contábeis da empresa e emite sua 
opinião sobre estas, é o auditor externo ou auditor 
independente (2003, p.26). 
 
 O auditor externo não é um funcionário da empresa, e não pode ser, 
pois sua principal atividade é emitir um parecer e/ou opinião independente, ele 
é um prestador de serviço à empresa que o contratou. 
O auditor externo é chamado também de “auditor independente”, sobre 
isso relata MARTINS E MORAIS, 2003, P27: 
 
 “[..] apesar de os auditores internos manterem um grau 
de independência relativamente às atividades que 
examinam, para preservar a sua objetividade, associa-
se o termo “independente” ao auditor externo” 
 
 
 Almeida (2003, p.33) cita os principais motivos que levam uma empresa 
a contratar um auditor externo ou independente: 
 
- Obrigação legal (companhias abertas, fundos de pensão, seguradoras e 
quase todas as entidades integrantes do SFN); 
- Como medida de controle interno tomada pelos acionistas, proprietários ou 
administradores da empresa; 
- Imposição de algum banco para ceder empréstimo; 
 
46 
 
- Imposição de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima; 
- A fim de atender às exigências do próprio estatuto ou contrato social da 
companhia ou empresa; 
- Para efeito de compra da empresa (o futuro comprador necessita

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