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UNIVERSIDADE PAULISTA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO – ICSC CURSOS DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS VINÍCIUS BARBOSA SOUZA – D327CC-5 IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE ADM. E FINANCEIRO SÃO PAULO 2020 VINÍCIUS BARBOSA SOUZA – D327CC-5 IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA INTERNA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE ADM. E FINANCEIRO Estágio Curricular Supervisionado - Apresentado ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Ciências Contábeis sob orientação do Coordenador Mauricio Narciso. SÃO PAULO 2020 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 03 1. Apresentação da Organização ........................................................................... 04 1.1. Origem da Organização ...................................................................................... 04 1.2. Evolução da Organização ................................................................................... 04 1.3. Endereço .............................................................................................................. 04 1.4. Ramo de Atividade .............................................................................................. 05 1.5. Filiais .................................................................................................................... 05 1.6. Missão, Visão e Valores Capital Finance .......................................................... 05 1.7. Principais Concorrentes ..................................................................................... 05 1.8. Principais Serviços .............................................................................................. 06 1.9. Organização Geral da Organização .................................................................. 06 2. APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO ................................................. 07 2.1. Departamento de Auditoria .............................................................................. 07 2.2. Organograma Depto. Auditoria ........................................................................ 07 2.3. Descrição das Funções do Departamento ......................................................... 07 3. DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES EXERCIDAS ................................................. 08 4. CONTEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA ........................................ 09 4.1. Identificação do Problema da Área ................................................................... 09 4.2. Solução para o Problema Identificado .............................................................. 09 4.3. Objetivos .............................................................................................................. 11 4.3.1. Objetivo Geral .................................................................................................... 11 4.3.2. Objetivos Especificos .......................................................................................... 11 4.4. Fundamentação Teórica ..................................................................................... 11 4.4.1. Auditoria ............................................................................................................. 11 4.4.2. Auditoria Interna x Auditoria Externo ........................................................... 12 4.4.3. Objetivo da Auditoria Interna........................................................................... 13 4.4.4. Auditor Interno ................................................................................................... 14 4.4.5. Controle Financeiro nas Empresas ................................................................... 15 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 19 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 20 3 INTRODUÇÃO A evolução dos controles internos nas empresas é cada vez mais evidente sejam esses controles focados para a área financeira, administrativa ou operacional. De uma forma geral, as empresas estão vivendo em um ambiente em que, a cada momento, se deparam com novos desafios: um ambiente de incertezas, em que as margens de lucros são baixas, os concorrentes instalam-se ao lado e o mercado é infinitamente mais exigente e infiel. De acordo com Attie (2018), agregar valor é a palavra de ordem nas organizações, levando o administrador a repensar e reaprender as novas técnicas da administração moderna, na intenção de conseguir mais resultados utilizando cada vez menos recursos. O autor informa que auditoria interna, neste momento, tem um papel fundamental, pois através de técnicas e procedimentos específicos, procura auxiliar os administradores no processo gerencial. Pizo (2018) corrobora dizendo que geralmente, nas grandes organizações, onde as atividades tendem a ser mais complexas, se tem uma auditoria interna que é realizada por uma pessoa empregada pela organização, seja esta privada, estatal ou pública. A função desse profissional é, além de emitir um parecer sobre as demonstrações financeiras, verificar as estruturas de controles internos, contábeis e administrativos com a finalidade de aumentar a eficiência operacional e financeira e resguardar o patrimônio. O presente trabalho tem como objetivo, mostrar a relevância da auditoria interna como recurso de controle administrativo e financeiro da empresa, pois, ela tem um caráter consultivo e objetivo, visam subsidiar a administração da empresa, auxiliando seus gestores na tomada de decisão, avaliando controles, patrimônio, identificando riscos e sugerindo melhorias. 4 1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA Razão Social: Capital Finance Consultores Ltda. Nome fantasia: Capital Finance Consultores e Auditores CNPJ: 07.022.658/0001-43 1.1. ORIGEM DA ORGANIZAÇÃO A Capital Finance Consultores e Auditores foi fundada em 2010, fruto de uma ampla experiência, visão de mercado e foco em entregar soluções eficazes em consultoria e assessoria financeira. A empresa já nasceu grande. Grande no sonho, no histórico profissional e na bagagem dos profissionais; no desejo de se tornar relevante. O Grupo CF surgiu da motivação de criar uma empresa de auditoria de origem nacional para fazer diferente. Em um mercado predominado por empresas internacionais, a empresa acredita que é possível fazer a diferença e assim vem fazendo, por meio de uma ação mais efetiva de seus profissionais em campo, sempre com supervisão direta dos sócios. 1.2. EVOLUÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Não demorou e a empresa já havia acelerado os passos e criado diferentes projetos. Muito trabalho se seguiu e fez com que a companhia alcançasse reconhecimento principalmente pela qualidade de seus serviços. Novos sócios chegaram, parcerias foram estabelecidas e veio a certeza de que investir em talentos seria o futuro da empresa. O caminho natural foi a expansão, a organização abriu novas filiais e com o crescente desenvolvimento do mercado mobiliário brasileiro, e o aumento da procura das empresas pelo IPO – Initial Public Offering, a Capital Finance se preparou para assessorar as empresas que procuram essa forma de financiamento, preparando-apara a abertura de capital, transformando o conhecimento e experiência da empresa em resultados para seus clientes. A empresa batalhou, aprendeu e hoje fornece o suporte necessário para seus parceiros, pois entende suas necessidades e simplifica seu dia a dia. 1.3. ENDEREÇO Avenida Brigadeiro Luís Antônio, 2344 – Conjunto 53 – Jardim Paulista – São Paulo. CEP: -1402-000. 5 1.4. RAMO DE ATIVIDADE A Capital Finance fornece consultoria e auditoria para seus clientes, voltados para as atividades de? 70.20-4-00 - Atividades de consultoria em gestão empresarial, exceto consultoria técnica específica; 46.18-4-99 - Outros representantes comerciais e agentes do comércio especializado em produtos não especificados anteriormente 66.19-3-02 - Correspondentes de instituições financeiras 69.20-6-02 - Atividades de consultoria e auditoria contábil e tributária 74.90-1-04 - Atividades de intermediação e agenciamento de serviços e negócios em geral, 82.11-3-00 - Serviços combinados de escritório e apoio administrativo; 85.99-6-04 - Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial; 1.5. FILIAIS O Grupo Capital Finance está presente em todo território nacional e conta com a experiência de mais de 200 profissionais em 7 estados espalhados pelo Brasil, todos alinhados com o seu principal compromisso na excelência da prestação de serviços. 1.6. MISSÃO, VISÃO E VALORES DA CAPITAL FINANCE Missão: Prestar serviços de qualidade superando as expectativas e agregando valor aos nossos clientes. Visão: Ser reconhecido pelo mercado como referência em nossa atividade. Valores: Comprometimento com a ética e com o atendimento das necessidades e satisfação de nossos clientes. 1.7. PRINCIPAIS CONCORRENTES Os principais concorrentes da Capital Finance são: R&V Consultores e Auditores; PP&C Auditores Independentes Foco Auditores e Consultores; Dinnamyk Contabilidade, Auditoria, Consultoria e Perícia, 6 1.8. PRINCIPAIS SERVIÇOS A organização atende seus clientes na Auditoria contábil, operacional e de custos, avaliações Patrimoniais, due diligence, inventários de ativos, outsourcing de auditoria interna, assessoria imobiliária fornecendo serviços e soluções na área de crédito imobiliário para pessoas físicas e jurídicas, registro de todos os assuntos relacionados às áreas financeira, fiscal e contábil da sua empresa (Bookkeeping) garantindo ao cliente ter todas as transações documentadas e registradas conforme determina a legislação em vigor, BPO Business Process Outsourcing/Recebíveis efetuando para o cliente atualização de recebimento, manutenção do Fluxo de Cobrança, emissão e retorno dos boletos, conciliação dos recebíveis, controle de recebíveis, acompanhamento periódico e atuação nas divergências, relatório com a situação dos recebíveis (Previsto x Realizado). Consultoria financeira dedicada a solucionar as demandas do negócio do cliente, foco no mercado imobiliário realizando para os clientes diagnósticos de empreendimentos, monitoramento de crédito e toda gestão financeira associada às obras dos mesmos, serviços de reestruturação e turnaround que compreendem um estudo avançado de toda história da empresa do cliente, o momento atual e os objetivos futuros, criando estratégias e táticas para negócio do mesmo alcançar seus objetivos. Também oferecem soluções de riscos e governança que garantem o controle total da sua operação de compliance, controles internos, mapeamento de riscos, plano de revisão de continuidade de negócios, mapeamento de riscos, plano de revisão de políticas e procedimentos, participação em conselhos de administração e relação com investidores. 1.9. ORGANOGRAMA GERAL DA CAPITAL FINANCE O escritório da Capital Finance possui 25 funcionários ao todo, que estão dividindo dentro das três áreas da organização: Auditoria, T.I. e Compliance. Figura 1 – Organograma Geral. Fonte: Autor. 7 2. APRESENTAÇÃO DA ÁREA DE ESTÁGIO 2.1. DEPARTAMENTO DE AUDITORIA O Estágio apresentado está sendo realizado dentro da área de auditoria da empresa Capital Finance, na função de Analista de Auditoria. 2.2. ORGANOGRAMA DEPTO. DE AUDITORIA O departamento de Auditoria possui 5 colaboradores, contando com o Gerente de Auditoria: Figura 2 – Organograma Equipe de Auditoria Externa. Fonte: Autora. 2.3. DESCRIÇÃO DAS FUNÇÕES DO DEPARTAMENTO Gerente de Auditoria: Responsável por planejar o cronograma de trabalho no cliente, coordenar verificando o andamento dos trabalhos da equipe semanalmente, formulação da revisão analítica da auditoria elaborada pela equipe, auxiliando na execução da auditoria dentro do cliente, ele tem contato direto com o cliente e organiza o que cada um na equipe vai analisar e revisa os papeis de trabalho da equipe, orientando a mesma no cumprimento da metodologia e minimização de riscos de auditoria. Analistas de Auditoria: Analisam a empresa dos clientes em todos os aspectos, consolidando as mesmas e sugerindo alterações. É feito o acompanhando da organização de estoque, sugestões de pontos de melhoria na segurança e organização do ambiente, testes substantivos, análise das conciliações de contas, bases utilizadas para o tratamento contábil das contas, auxiliam na elaboração dos relatórios sobre as situações encontradas advindas da análise verificação de extrato bancário e todos os documentos que comprovem a boa prática contábil ao longo do exercício. 8 3. DESCRIÇÃO DETALHADA DA FUNÇÃO EXERCIDA Tendo todas as documentações em mãos, o Analista de Auditoria começa a fazer a análise das conciliações dos controles internos da empresa, verificando nos valores atípicos a veracidade das informações e os tratamentos contábeis que devem ser aplicados nos casos. Encontrando divergências, o analista pontua as mesmas nos papeis de trabalho dele e faz uma análise mais detalhada para esclarecer se de fato existem falhas ou não conformidades. Após a verificação, se necessário o Analista faz apontamentos no seu papel de trabalho sobre os itens divergentes para depois sugerir mudanças nos processos ao cliente, através dos relatórios que serão elaborados para ele. O analista também faz os testes substantivos em estoques (inventário físico) e imobilizado dos clientes, fazendo tanto a análise de testes anteriores, como o acompanhamento da realização dos testes do exercício vigente, podendo comparar se o mesmo está seguindo um padrão e está sendo feito conforme estabelecido harmonizado com as normas internacionais de contabilidade. Também é responsável pela análise das conciliações e circularização, contas a receber e a pagar (circularização), intangível e resultado, livros fiscais, outras contas a receber e a pagar e folha de pagamento, conferindo praticamente todas as contas utilizadas pela empresa, que constam em sus demonstrações financeiras. 9 4. CONTEXTUALIZAÇÃO PRÁTICA E TEÓRICA 4.1. INDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA DA ÁREA De acordo com Attie (2018), com o surgimento de grandes organizações e consequente a expansão dos mercados, surgiu a necessidade de estruturas empresariais internas mais consistentes, embasadas por normas, técnicas, e que utilize mecanismos de gestão e operação dos processos, com a finalidade de trazer melhorias para o controle interno e garantir eficiência na gestão corporativa. Segundo Almeida (2017) o setor contábil da empresa, já constitui um órgão de controle da empresa, principalmente ao controle financeiro e patrimonial. A auditoria interna, com relação ao controle financeiro, consiste em uma empresa, na avaliação e no controle dos movimentos contábeis, para averiguar se os procedimentos operacionais estãoem concordância com as normas referentes à preparação e a apresentação das informações financeiras durante o exercício contábil, é uma espécie de preparação e verificação para correção de eventuais desvios. Sendo assim, se já existem departamentos conceituados com o objetivo de acompanhar e controlar a empresa internamente, o estágio busca responder a seguinte questão: Qual a importância de a empresa obter uma outra auditoria interna como instrumento de controle financeiro em uma empresa de regulação de atividades econômicas? 4.2. SOLUÇÕES PARA O PROBLEMA IDENTIFICADO Na visão de Almeida (2017), a empresa, com as novas mudanças nas tendências administrativas, tem por necessidade enfatizar o cumprimento de normas e procedimentos internos, buscando o melhor desempenho possível dos seus diversos setores. Entretanto, tais procedimentos devem ter um acompanhamento competente, no sentido de verificar se estes estão sendo efetuados pelos empregados da empresa. Pereira (2018) informa que o controle administrativo ficou mais complexo com o crescimento das empresas, tanto em tamanho como em diversificação de atividades. Em face disto, o autor informa que aumentou a necessidade de um profissional que auxilie os gestores na supervisão das atividades visando salvaguardar seu patrimônio. Logo, A auditoria interna é concebida como uma atividade necessária à organização e se desenvolve a fim de auxiliar a gerência ativa, concedendo-lhe alternativas e colaborando no trabalho de controle, assessoria e administração. 10 Pizo (2018) discorre que objetivo geral da auditoria pode ser descrito, em linhas gerais, como o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. Em seu exame, o auditor, por um lado utiliza os critérios e procedimentos que lhe traduzem provas que assegurem a efetividade dos valores apostos nas demonstrações financeiras e, por outro lado, cerca-se dos procedimentos que lhes permitem assegurar a existência de valores ou fatos não constantes das demonstrações financeiras que sejam necessários para o seu bom entendimento. Attie (2018) define auditoria interna como sendo um processo de trabalho voltado para avaliação da rotina administrativa, com base na verificação dos procedimentos operacionais. Segundo Almeida (2017) a função da auditoria interna pode ser definida como: É a função organizacional responsável em emitir opinião conclusiva ou considerações a respeito das operações examinadas, avaliando os fluxos, sistemas, plano de controle interno e desempenho da organização ou de qualquer de seus segmentos, e auxiliando a alta administração e demais membros do corpo gerencial a executarem de maneira eficaz as responsabilidades afetadas. Conforme Pereira (2018) a auditoria interna é um sistema de controle contábil que acompanha e estuda os erros e fraudes através de técnicas de revisão constante de processos e acontecimentos. De acordo com Franco e Marra (2001) o controle é um conjunto de medidas adotadas pela empresa, que garantem o seu patrimônio, conferindo com exatidão os dados contábeis, permitindo dessa forma a eficiência operacional. Os autores afirmam que todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, fiscalização e verificação da administrativa, que permitem prever, observar, dirigir ou governar os acontecimentos que verificam dentro da empresa e que produzem reflexo em seu patrimônio devem ser periodicamente acompanhados. Logo, os autores ressaltam que o auditor interno constitui um suporte poderoso para a gestão na resposta às suas responsabilidades básicas de supervisão, salvaguarda dos ativos, confiabilidade dos registros financeiros e eficiência das operações, numa lógica de sistema de controle interno sadio. Pereira (2018) afirma que de responsabilidade do auditor controlar e fiscalizar procedimentos financeiros, operacionais e produtivos da organização, para evitar e/ou achar erros e falhas, que tragam prejuízos ao patrimônio da empresa. Por fim, após expor os objetivos das auditorias internas já existentes, é possível concluir então que, é importante que haja mais uma auditoria interna como instrumento de controle financeiro para as empresas, porque as existentes possuem outros objetivos, e se não houver uma auditoria para regular as atividades econômicas, poderá haver um descontrole 11 financeiros e patrimoniais da entidade, uma vez que os prováveis erros e/ou fraudes não serão acompanhados, o que pode aportar às potencialidades da empresa. 4.3. OBJETIVOS 4.3.1. OBJETIVO GERAL O objetivo Geral do trabalho é mostrar a relevância da auditoria interna como recurso de controle administrativo e financeiro para as empresas. 4.3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar conceitos sobre auditoria; Caracterizar o processo decisório nas organizações; Ressaltar e identificar como a auditoria interna contribui no processo decisório. 4.4. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA 4.4.1. AUDITORIA Para Almeida (2017) a auditoria surgiu com a evolução do sistema capitalista, que trouxe a expansão do mercado e o acirramento da concorrência. Com o crescimento das organizações surge a necessidade de demonstrações contábeis confiáveis, para que futuros investidores e acionistas tenham uma posição patrimonial e financeira correta das empresas. Attie (2018) informa que etimologicamente a palavra “auditoria” tem a sua origem no verbo latino audire, que significa “ouvir”, e que conduziu à criação da palavra “auditor” (do latim auditore) como sendo aquele que ouve. Isto pelo fato de nos primórdios da auditoria os auditores tirarem as suas conclusões fundamentadamente com base nas informações verbais que lhes eram transmitidas. Silva (2009) define auditoria interna como sendo um processo de trabalho voltado para avaliação da rotina administrativa, com base na verificação dos procedimentos operacionais, levando em consideração o conjunto de normas e procedimentos da entidade, bem como os controles internos criados e implantados por ela, visando certificar a avaliação do sistema de controle interno. Segundo Pereira (2018) a auditoria pode ser conceituada, como um processo de exame sistemático sobre as atividades desenvolvidas por uma empresa ou um setor de atividade, com o objetivo de verificar se o que foi imposto nas normas é o mesmo praticado na realidade. 12 Em outras palavras, Attie (2018), informa que a auditoria tem como objetivo verificar se as demonstrações contábeis estão livres de distorções relevantes, levando em consideração aspectos econômico-financeiros e patrimoniais das entidades para que o auditor possa emitir um relatório de auditoria independente sobre as demonstrações. De acordo com Pereira (2018), há dois tipos de auditoria quanto a forma de intervenção, interna e independente ou externa. Contudo, embora as técnicas de trabalho sejam semelhantes há diferenças nos objetivos das mesmas. Enquanto na auditoria interna a finalidade é apoiar a administração da entidade, enquanto na auditoria independente o objetivo é emitir uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis. 4.4.2. AUDITORIA INTERNA X AUDITORIA EXTERNA Segundo Attie (2018), a auditoria externa é realizada por auditores independentes, ou seja, que não possuem vínculo com a empresa auditada, o objetivo principal é examinar as documentações e demonstrações contábeis para emitir um parecer sobre tais. Para essa é necessário um profissional formado em ciências contábeis. Diferente a auditoria externa, Attie (2018) informa que a auditoria interna é realizada por profissionais da própria empresa auditada, não necessariamente da área contábil. Attie (2018) explica que auditoria externa o objetivo principal é a veracidade dos dados, na interna o foco principal é averiguar o nível de segurança dos controles internos da organização,além de constatar a existência dos mesmos através dos processos de auditoria. O autor esclarece que constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objetivo a emissão do parecer sobre a adequação com que estes representam à posição patrimonial e financeira, o resultado das operações, as mutações do Patrimônio Líquido e as origens e aplicações de recursos da entidade auditada consoante as normas brasileiras de contabilidade. Subordinada aos interesses da alta administração, Pereira (2018) conta que a auditoria interna envolve investigações contábeis ou financeiras e a revisão de processos de natureza interna, bem como de políticas e regimentos estabelecidos pela empresa. O autor disserta que quem realiza essas atividades são os próprios funcionários da companhia. São eles que analisam os procedimentos, as práticas de controles internos, os regulamentos, além de avaliarem os registros. A ideia é melhorar os diferentes processos de rotina, atuar na correção de possíveis falhas e monitorar as atividades empresariais. Na auditoria interna o principal objetivo é encontrar meios para garantir o devido cumprimento dos regimentos, das normas e das políticas internas empresariais. Para tanto, a avaliação resulta em um relatório de recomendações de periodicidade permanente. 13 Na concepção de Pereira (2018) no caso da auditoria externa, o trabalho é realizado por auditores independentes, ou seja, empresas que têm alto conhecimento nesse tipo de análise e que oferecem um serviço específico. Esse procedimento tem o objetivo de tornar válidos os dados financeiros, patrimoniais e contábeis da empresa em um período em especial, garantindo aos acionistas e gestores uma maior segurança em relação ao empreendimento, bem como proteção aos ativos da companhia. O autor explica que na auditoria externa, o foco principal está em comprovar a veracidade dos dados. Para tanto, o documento final é um parecer técnico que pode ser feito periodicamente. 4.4.3. OBJETIVO DA AUDITORIA INTERNA De acordo com Pereira (2018), a auditoria interna objetiva: Examinar a integridade e fidedignidade das informações financeiras e operacionais, e os meios utilizados para aferir, localizar, classificar e comunicar essas informações; Examinar os sistemas estabelecidos, para certificar a observância às políticas, planos, leis e regulamentos; Examinar os meios usados para a proteção dos ativos, se necessário comprovar sua existência real; Verificar se os recursos são empregados de maneira eficiente e econômica; Examinar operações e programas e verificar se os resultados são compatíveis com os planos e se estas operações e esses programas são executados de acordo com o que foi planejado; Comunicar o resultado do trabalho de auditoria e certificar que foram tomadas as providências necessárias a respeito de suas descobertas. Segundo Almeida (2017), as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), os procedimentos de auditoria interna estão relacionados aos exames técnicos, aplicação de testes de observância e testes substantivos, os quais permitem ao auditor interno estabelecer suas conclusões e recomendações por meio do relatório possuindo o resultado das informações auditadas. Attie (2018) o auditor interno tem por função obter, analisar, interpretar e documentar as informações físicas, contábeis, financeiras e operacionais para fornecer suporte aos resultados do trabalho. Pereira (2018) afirma que a auditoria interna tem como função auxiliar o setor de contabilidade a obter uma visão integrada de todo o processo de gestão e constatar deficiências resultantes de erros, falhas ou fraudes cometidas ao longo de um período estipulado ou de forma contínua durante os processos contábeis realizados. 14 Almeida (2017) informa que em países como o Brasil, em que apenas recentemente se deu a devida importância aos sistemas de controle, ainda não é bem difundido o verdadeiro significado de controle interno. Attie (2018) as vezes, imagina-se ser o controle interno sinônimo de auditoria interna. É uma ideia totalmente equivocada, pois a auditoria interna equivale a um trabalho organizado de revisão e apreciação dos controles internos, normalmente executado por um departamento especializado, ao passo que o controle interno se refere a procedimentos de organização adotados como planos permanentes da empresa. Para Almeida (2017) o controle interno representa em uma organização o conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada dos negócios da empresa Carota (2017) registra que: controles internos devem ser entendidos como qualquer ação tomada pela administração (assim compreendida tanto a alta administração como os níveis gerais apropriados) para aumentar a probabilidade de que os objetivos e metas estabelecidas sejam atingidos. A alta administração e a gerência planejam, organizam, dirigem e controlam o desempenho de maneira a possibilitar uma razoável certeza de realização. Na realidade, estas definições reconhecem que um sistema de controle interno se projeta além das questões diretamente relacionadas com as funções dos departamentos de contabilidade e de finanças. Sendo assim, sem o perfeito conhecimento do que foi planejado, é improvável que se faça um controle interno adequado. Pizo (2018) o controle interno é essencial para efeito de todo o trabalho de auditoria e, assim, a existência de um satisfatório sistema de controle interno reduz a possibilidade de erros e irregularidades. Essa indicação está incorporada nas normas de auditoria e reforça a importância do estudo e da avaliação do sistema de controle das empresas, pelo auditor, com base na determinação da natureza, extensão e oportunidade dos exames a serem aplicados. Note-se que a suposição é de que a probabilidade de erros e irregularidades é reduzida, não eliminada. Dado esse fato, procedimentos de auditoria podem ser restringidos, mas nunca eliminados pela confiança que se tenha no sistema de controles internos. 4.4.4. AUDITOR INTERNO Conforme Carneiro (2013) o auditor interno constitui um suporte poderoso para a gestão na resposta às suas responsabilidades básicas de supervisão, salvaguarda dos ativos, 15 confiabilidade dos registros financeiros e eficiência das operações, numa lógica de sistema de controle interno sadio. De acordo com Pereira (2018) é de responsabilidade do auditor controlar e fiscalizar procedimentos financeiros, operacionais e produtivos da organização, para evitar e/ou achar erros e falhas, que tragam prejuízos ao patrimônio da empresa. Segundo Attie (2018) o auditor interno pode ser empregado da empresa auditada ou pode ser terceirizado, possui menor grau de independência, executa auditoria contábil, operacional, de gestão, de qualidade, de processos, de produtos e outros. O autor informa que todo profissional de auditoria devem ser Bacharel em Ciências Contábeis, devidamente registrados no Conselho Regional de Contabilidade. Nesse sentido, Pereira (2018) afirma que os auditores internos precisam ter o conhecimento e as habilidades para realizar suas funções na empresa, tendo como base a legislação vigente, para efetuar as etapas necessárias em uma auditoria interna. Conforme Almeida (2017) o Código de Ética da Auditoria determina que ações e resultados da auditoria interna sejam de responsabilidade do auditor, sendo intransferível, possuindo ele a responsabilidade pelos serviços prestados. O autor complementa que o auditor interno, deve atuar, com funcionários da organização para fazer os levantamentos necessários, que venham contribuir para o melhor desempenho da empresa, apresentando os relatórios aos setores que se entenderem necessários. O conceito, a interpretação e a importância do controle interno envolvem imensagama de procedimentos e práticas que, em conjunto, possibilitam a consecução de determinado fim, ou seja, controlar. De acordo com Attie (2018), o controle interno tem cinco objetivos básicos: A salvaguarda dos interesses da empresa; A precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais; Propiciar uma estrutura operacional eficiente para que se alcance a eficácia das organizações; O estímulo à eficiência operacional; e A aderência às políticas existentes. 4.4.5. CONTROLE FINANCEIRO NAS EMPRESAS Controle financeiro, segundo Pizo (2018), é a observação das informações colhidas sobre as receitas e as despesas de uma organização, durante um tempo determinado, com o 16 objetivo de auxiliar ao gestor nas tomadas de decisões referentes às atividades operacionais, de investimento e de financiamento. De acordo com Caggiano e Figueiredo (2017) o controle financeiro tem como objetivo “apurar os somatórios de ingressos e de desembolsos financeiros em determinado momento, prognosticando se haverá excedente ou escassez de caixa, em função do nível desejado pela empresa. Silva (2009) define como um conjunto de responsabilidades exercidas pelos administradores financeiros diante de uma empresa. São várias as tarefas, tais como administração do caixa, previsões, orçamento, administração do credito, análise do investimento e captação de recursos, objetivando sempre a riqueza aos seus proprietários acionistas, é o que nos diz o manual do Sebrae. Caggiano e Figueiredo (2017) afirmam que um bom planejamento financeiro requer um bom administrador, que acredite neste planejamento, pois a sobrevivência e o crescimento da empresa no qual ele está regendo, é a garantia da permanência da sua empresa no mercado cada vez mais competitivo, pois muitos fracassam de forma precoce, por não querer seguir regras ou acham irrelevantes certos procedimentos. Segundo Attie (2018), um sistema de auditoria interna de controle financeiro é relevante para a gestão empresarial. Através deste controle, que os gestores empresariais poderão examinar os ativos, adquirindo informações confiáveis, que irão contribuir no procedimento de execução das operações financeiras, com o intuito de facilitar na tomada de decisão. Já que Pizo (2018), destaca que na constatação de uma má administração, não existindo um planejamento estruturado, acarretará em uma grande dificuldade em administrar novos recursos para a sobrevivência de uma organização, pois são poucos os recursos disponíveis aos gestores que na maioria das vezes, não possuem reserva de capital para bancar as dificuldades que encontram ao longo da vida da empresa. Attie (2018) afirma que ausência de um adequado gerenciamento de custos, possibilita que muitas empresas encerrem suas atividades, sem que seus proprietários possam sequer identificar as causas. E completa dizendo que um eficiente controle de custos pode proporcionar benefícios concretos a uma empresa, como conhecimentos da rentabilidade da empresa e definição da política de preços. No ramo empresarial e importantíssimo o conhecimento do resultado. Sendo ele negativo ou positivo dentro da empresa, se faz necessário fazer a análise de resultados, com 17 isso tomar as decisões nas margens e lucratividade e realização de novos investimentos. E para isso ocorrer e de suma importância o conhecimento. Caggiano e Figueiredo (2017) dizem que controle contribui para o acompanhamento das entradas e saídas da empresa, saber os valores e contribuições. Ter plena consciência dos lucros ou prejuízos em cada período, não precisamente ser mensal mas no mínimo anual. Cabe também ressaltar que serve para alterar na porcentagem sobre os produtos e ou serviços, quando pensar em ter lucro e na verdade apenas está pagando o produto sem rentabilidade. Como demonstrar a importância dos controles financeiros das microempresas para empresários da região, para que sejam conscientes na administração do planejamento de suas finanças dentro de cada período e que seus resultados sejam finalizados para que possa tomar suas decisões em períodos de curto, médio e longo em relação ao desempenho das atividades ou vendas dos produtos e seus custos. Mas não basta planejar sem realizar seus lançamentos de controles e finanças Para Pizo (2018), controlar as finanças da empresa requer um tempo dos empresários sim, para que seja disponibilizado um tempo diário e suficiente para saber o que está acontecendo com os números, se está positivo ou negativo. Sem anotações ou lançamentos, é possível tirar conclusões. O autor informa que é importante saber se o gestor está no rumo certo ou teria que realinhar sobre os objetivos traçados anteriormente. Pizo (2018) esclarece que utilizando planilhas de controle no setor de finanças, as empresas têm, com esta ferramenta, informações corretas e importantes, pois pode-se sinalizar e até eliminar gastos desnecessários ou ganhar tempo para quitar os seus compromissos sem prejudicar a “saúde” da empresa. Caggiano e Figueiredo (2017) informam que no momento da compra com os fornecedores, saber aplicar os recursos financeiros disponíveis na negociação, se pode comprar à vista ou a prazo, dependendo da disponibilidade dos recursos em caixa é uma importante decisão da empresa, por conta da alocação das obrigações de curto e longo prazo. Segundo Pizo (2018) ter disciplina e não dispensar o controle financeiro, levando a sério a todos os detalhes, certamente o sucesso será duradouro. Hoje apesar de alguns percursos no meio do caminho, usar uma ferramenta de controle está mais fácil que as primeiras empresas que já controlavam através de cardex, fichinhas, caderno de anotações, e tantos outros recursos utilizados antigamente. Por fim, Attie (2018) conclui que o planejamento e uma ferramenta indispensável na organização das empresas se querem estar a par da situação da lucratividade, pois e nesta premissa, que as decisões serão tomadas diante da maximização dos resultados e diminuição 18 de riscos futuros. O autor complementa que a ajuda de todos os departamentos também se faz necessárias, pois cada setor pode corrigir os erros através de micro setorização dos problemas, desde o ponto inicial e ajuda a ter uma visão de como está a situação da empresa. Ainda segundo Attie (2018), a delegação ou cooperação dos colaboradores e essencial, pois eles se sentem motivados e realmente colaborados para que a empresa tenha o sucesso com a ajuda de todos, assim, através de todos, integrados, pode-se ampliar o lucro, e saber antecipadamente em que época a empresa está mais vulnerável. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho teve como objetivo, abordar o tema de auditoria, que está relacionado com a área de estágio, identificando a importância da auditoria interna como instrumento de controle financeiro na regulação de atividades econômicas. Após a análise das informações apresentadas através da base teórica, foi possível concluir que normalmente os departamentos de auditoria existem para analisar a parte mais operacional da empresa e até mesmo legal, não verificando a parte financeira que também é muito importante, uma vez que diz respeito da solvência da organização. Por isso, ter uma área de auditoria interna ou um auditor contábil voltado para as atividades econômicas em si, traz maior riqueza de informações sobre a saúde financeira e alocação dos recursos e aplicação de ativos, fazendo com as tomadas de decisões que envolvem o tema sejam mais assertivas, o que consequentemente aumenta o seu valor no mercado e sua competitividade. O trabalho contribuiu para que houvesse um conhecimento mais profundo sobre a auditoria, tema muito evidente dentro da contabilidade e uma das profissões mais procuradaspelos bacharéis. Essa contribuição gerou mais conhecimento, que será levado para o resto da vida pessoal e profissional da autora do trabalho. 20 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria - Abordagem Moderna e Completa. 9ª Ed. São Paulo Atlas 2017. ATTIE, William. Auditoria. Conceitos e Aplicações. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2018. PEREIRA, Alexandre Demétrius. Auditoria Das Demonstrações Contábeis - 2ª Ed. São Paulo: Saraiva. 2018 CAGGIANO, Paulo César; FIGUEIREDO, Sandra. Controladoria - Teoria e Prática. São Paulo: Atlas. 2017. PIZO, Frank. Mapeamento de Controles Internos SOX - Práticas de Controles Internos sobre as Demonstrações Financeiras. São Paulo: Atlas. 2018. SILVA, Moacir Marques da. Curso de auditoria governamental: de acordo com as normas internacionais de auditoria pública aprovadas pela INTOSAI. São Paulo. Atlas: 2009
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