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Apego

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06/03/2014 
1 
Aula 
Teoria do Apego de Bowlby e 
Ainsworth 
Desenvolvimento I 
Carla Fernanda Sá 
Relação pais e filhos 
• Mãe  acalenta, aconchega, 
alimenta... 
• Bebê  chora, sorri, 
aconchega, olha para mãe... 
• Apego na nossa cultura 
define mãe “competente” e 
“incompetente” 
• Bebê cria imagem de si e do 
mundo 
• Sente-se importante aos 
olhos dos outros 
 
Aproximação e apego 
• Estudos de Lorenz (1903-
1989) 
• Fundador da ciência 
etológica 
• Padrão fixo de ação 
• Imprinting (1935) 
 
APEGO 
• J. Bowlby (1969) – Etólogo, psiquiatra e 
psicanalista 
• Apego é um tipo de vínculo no qual o 
senso de segurança de alguém está 
estritamente aligado a figura de apego. 
A segurança e o conforto 
experimentado na sua presença 
permite uma “base segura” , a partir do 
qual poderá se explorar o resto do 
mundo. 
• Segundo Bowlby o bebê tem uma 
propensão inata de para o contato com 
outro ser humano, que desempenhe 
função de proteção e fornecimento de 
alimentação, conforto e segurança. 
 
06/03/2014 
2 
Estudo do apego 
3 fases principais 
I. Estudos de Bowldy – trabalhos com primatas 
e crianças separadas dos pais (ex. hospitais e 
abrigos) 
II. Estudos de M. Ainsworth – lares de Uganda e 
Estudos de Baltimore (Situação Estranha) 
III. M. Main, Kaplan e George – estudos de nível 
de representação mental em adultos 
(entrevista de apego adulto – AAI) 
Comportamento de apego 
a) Iniciar interação com a mãe 
b) Resposta a iniciativas de interação com a mãe 
c) Comportamento a fim de evitar a separação 
d) Comportamento de reencontro após a 
separação 
e) Comportamento exploratório 
f) Comportamento de retirada, medo. 
Interação mãe e filho 
Mãe e 
filho 
Comportamento 
de apego 
Não 
cuidar 
Atividade lúdica 
e explorar 
cuidar 
APEGO 
• Fases de comportamento de apego: 
1. Orientações e sinais com discriminação limitada da 
figura do apego (0-3 meses). 
2. Orientações e sinais com discriminação dirigidos a 
uma ou mais figuras (3 a 6 meses). 
3. Manutenção de proximidade a uma figura 
discriminada por meio de locomoção ou de sinais (6 
em diante). 
4. Formação de uma parceria corrigida para a meta (9 
em diante) 
. 
 
06/03/2014 
3 
CONFIANÇA 
• Necessidade de confiança para saber se suas 
necessidades são atendidas. 
• Primeira crise de Erikson: confiança básica versus 
desconfiança básica. 
• Entre 0 e 18 meses. 
• O bebê desenvolve o senso de confiança nas pessoas 
e nos objetos de seu ambiente. 
• É preciso desenvolver um equilíbrio entre confiança 
(permite formar relacionamentos íntimos) e 
desconfiança (permite proteger) 
APEGO 
M. Ainsworth (1978) 
• Apego seguro: chora quando o principal 
cuidador ausenta-se, mas são capazes de 
obter conforto, demonstrando flexibilidade 
e resiliência. Ativamente vai em busca 
quando ele retorna. 
Obs: Mais relacionado a reação da criança 
quando o cuidador volta e não quando sai. 
• Apego evitativo: não são afetados 
(raramente chora) quando separado do 
principal cuidador e evita o contato quando 
ele retorna. 
 
APEGO 
• Apego ambivalente (resistente): fica 
ansioso antes de o principal cuidador sair, 
fica extremamente perturbado durante sua 
ausência e tanto busca quanto rejeita o 
cuidado quando ele retorna. 
• Apego desorganizado-desorientado: depois 
de ser separado de seu principal cuidador, 
apresenta comportamento contraditório 
quando ele retorna. (M. Main) 
 
O papel do temperamento e do 
ambiente 
• J. Bowby descreveu 2 tipos de fatores: 
temperamento e ambiente da criança 
(responsividade) 
• A adequações da educação entre pais e filhos 
pode ser a chave para entender a segurança 
do apego 
 
06/03/2014 
4 
Algumas barreiras ambientais para apego 
seguro 
• Depressão pós-parto 
• Atinge cerca de 14,5% das mães 
• Pode ser devido as quedas de estrógeno e progesterona 
• Mudanças ambientais contribuem 
• Menos sensíveis aos bebês 
• Interações menos positivas com os bebês 
• Menos propensas a reagir e interpretar o choro do 
bebê 
• Bebês podem desenvolver baixa responsividade ao 
mundo e menos confiança 
• Mudanças na atividade cerebral 
 
 
Algumas barreiras ambientais para 
apego seguro 
• Estresse familiar 
• Ansiedade 
• Separação dos pais 
• Perda dos pais 
• Negligencia ou ausência de pessoas 
significativas (ex: orfanatos Romenos) 
Algumas barreiras ambientais para o 
apego seguro 
 
• Temperamento 
• Disposição característica de uma pessoa ou estilo de 
abordar e de reagir às situações. 
• É o como do comportamento, a forma como se faz. 
• Pesquisa: crianças fáceis, crianças difíceis e crianças de 
aquecimento lento 
• Segredo para adaptação saudável: grau de harmonia. 
• Grau de harmonia: grau de adaptação entre as 
demandas e os constrangimentos ambientais e o 
temperamento de uma criança. 
Ansiedade de separação 
• Ansiedade diante de estranhos: cautela diante 
de pessoas e lugares desconhecidos, 
demonstradas por alguns bebês durante a 
segunda metade do primeiro ano de vida. 
• Ansiedade de separação é demonstrada pela 
criança na ausência de um cuidador 
• Capacidade cognitiva: memória e 
reconhecimento de face. 
 
06/03/2014 
5 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO 
 Ansiedade inapropriada e excessiva em relação ao nível de desenvolvimento, 
envolvendo a separação do lar ou de figuras de vinculação, evidenciada por três (ou 
mais) dos seguintes aspectos: 
 
1. sofrimento excessivo e recorrente frente à ocorrência ou previsão de afastamento 
de casa ou de figuras importantes de vinculação 
2. preocupação persistente e excessiva acerca de perder, ou sobre possíveis perigos 
envolvendo figuras importantes de vinculação 
3. preocupação persistente e excessiva de que um evento indesejado leve à 
separação de uma figura importante de vinculação (por ex., perder-se ou ser 
sequestrado) 
4. relutância persistente ou recusa a ir para a escola ou a qualquer outro lugar, em 
razão do medo da separação 
5. temor excessivo e persistente ou relutância em ficar sozinho ou sem as figuras 
importantes de vinculação em casa ou sem adultos significativos em outros 
contextos 
 
6. relutância ou recusa persistente a ir dormir sem estar próximo a uma figura 
importante de vinculação ou a pernoitar longe de casa 
7. pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação 
8. repetidas queixas de sintomas somáticos (tais como cefaleias, dores abdominais, 
náusea ou vómitos) quando a separação de figuras importantes de vinculação 
ocorre ou é prevista. 
Apego e crianças com autismo 
• Primeiramente Kanner (1943), por meio de 
relatos, achava que as crianças não desenvolviam 
apego por seus pais. 
• Sigman e Ungerer (1984) pesquisaram e 
demonstraram presença de apego entre crianças 
com autismo e suas mães. 
• Sanini et al. (2008) tiveram o mesmo achado no 
Brasil, e investigou que a qualidade da expressão 
do apego (forma não convencional) é diferente 
de grupos de crianças típicas e crianças com 
síndrome de Down. 
Métodos alternativos de estudos 
• Questionário de classificação do apego 
(Waters e Diane, 1985) 
• Entrevista de apego adulto – AAI 
• Avaliação com base em protótipos 
 
 
 
Exemplo 
avaliação com base em protótipos 
• Protótipo 1: Características seguro 
Geralmente a pessoa não tem dificuldade de confiar nas pessoas, ou pedir ajuda em caso de necessidade. Tem 
um forte senso de quem ele é e seus sentimentos em relação a outros. Ao mesmo tempo, aceitar as diferenças 
nos outros, pensar ou sentir diferente. Tem alguns bons relacionamentos, o que é muito gratificante. Em geral, as 
relações com os outros são principalmente satisfatóriae não está ligado a sentimentos ruins ou ansiedade. Sinta-
se seguro de que o outro vai estar lá quando você precisar deles e é um pouco otimista sobre relacionamentos. 
• Protótipo 2: excessivamente dependente 
A pessoa é dependente da presença de outros e tendem a tornar-se dependente de outras pessoas. Busca 
aconselhamento e orientação de outros. Às vezes, permite que outros façam suas obrigações e 
responsabilidades, porque acho que são melhores que ele ou ela para resolvê-los. Às vezes se preocupa que o 
outro significativo pode mudar e ir embora. Seus próprios desejos de autonomia são suprimidas a fim de manter 
um relacionamento. 
• Protótipo 3: Instável nas suas relações 
A pessoa tem sentimentos extremos: Se você gosta de algo ou alguém de imediato ou não pode tolerar isso. Por 
um lado, você quer que o outro cuide de você, e por outro lado, não tolera quando os outros cumprem seus 
desejos. A pessoa se aborrece se alguém nega o que ela acha que merece. Quando você quer algo, você quer 
quase que imediatamente. Às vezes sente que a vida não vale a pena viver, especialmente quando se sente 
decepcionado com outros. A pessoa também tende a ter "alta" e "baixa" em seus sentimentos para com os 
outros. Como resultado, tende a mudar constantemente de amigos em vez de ficar com os mesmos amigos por 
muito tempo. 
 
06/03/2014 
6 
• Protótipo 4: Excessivamente superprotetor 
A pessoa prefere cuidar mais dos outros a cuidar de si mesma. Sente grande simpatia por pessoas desvalorizadas 
ou pouco apreciadas, por isso é amigável para muitas pessoas que, provavelmente, não são realmente amigos. 
Sente-se ferida quando quer ajudar alguém, e esta recusa sua ajuda. Às vezes sente que os outros não apreciam o 
que ela faz e que oferece mais do que recebe. O papel principal na vida é cuidar de outras pessoas. 
• Protótipo 5: excessivamente autocontrolado 
Geralmente, a pessoa não é muito emotiva, e tenta realizar os seus problemas de forma racional. Não acha útil 
falar sobre sentimentos. Normalmente, a pessoa faz o seu trabalho corretamente, apesar de ser, por vezes, 
irritado ou frustrado. Às vezes, sente a necessidade de proximidade, mas ela (ele) realmente não pode mostrá-lo, 
por causa das expectativas imaginárias dos outros. Situações emocionalmente estressantes a sobre adaptar-se ou 
abandoná-las. Outras pessoas, por vezes o percebem como desajeitados, pouco espontâneos e reservados nos 
contatos sociais. 
• Protótipo 6: Excessivamente autônomo 
Para a pessoa é muito importante ser independente. Ele não gosta de dizer aos outros o que fazer ou não fazer. 
Aprecie o sentimento de cuidar de si mesma e não ser dependente dos outros. Não se importa com o que os 
outros fazem. A pessoa não gosta de se envolver em outras coisas ou ser cuidada por outra pessoa. Tenta evitar 
situações em que pode se sentir "paralisada" e incapaz de fazer o que precisa fazer para si mesmo. Não gosta de 
relacionamentos comprometidos, pois os experimenta como um perigo para a sua própria autonomia. 
• Protótipo 7: Emocionalmente Indiferente 
A pessoa não se importa com o que os outros pensam dela. Na verdade, gasta muito pouco tempo se 
preocupando com o que os outros podem estar sentindo ou pensando em geral. Não gosta quando suas ações 
são bloqueadas por regras ou outros obstáculos. Se algo é importante, não se preocupa como irá conseguir. Basta 
tentar encontrar uma maneira de alcançar seu objetivo. Outros são irrelevantes em sua vida. 
Efeitos a longo prazo do apego 
• Apego seguro  autônomo/ seguro, lembranças 
positivas da infância, um lembrança equilibrada de 
experiências difíceis 
• Apego evitativo ou desapegado  relato idealizado da 
infância, falha nessas memórias, quando relatadas as 
dificuldades, são minimizados. 
• Apego ambivalente  preocupado/ ansioso, relato de 
experiências confuso, vagas ou conflitantes. 
• Apego desorganizado-desorientado  desorganizado/ 
desorientado, relatos de eventos traumáticos ou de 
perdas importantes 
 
 
Efeitos a longo prazo do apego 
• Quanto mais seguro, melhor a qualidade dos relacionamentos com outros 
• Estudo com 70 crianças de 15 meses (Ahnert, 2004) 
I. Menos estresse ao se adaptar a uma creche 
II. Maior vocabulário e mais variado 
III. Interações mais positivas 
IV. Mais alegres 
V. Entre 3 e 5 anos, são mais curiosas, competentes, empáticas e resilientes e 
autoconfiantes 
VI. Na adolescência tendem a ter amizades mais íntimas e estáveis, e a ser mais 
ajustadas. 
VII. No adulto jovem, influência na qualidade do apego 
• Crianças de apego inseguro e evitativo são, ao contrários mais inibidas e 
negativas no 1 e 2 ano e mais dependente na fase escolar, aos 5 anos. Mais 
propensas a terem transtornos de conduta. 
• Apego desorganizado tem maior correlação com transtornos psiquiátricos aos 
17 anos

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