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17‐11‐2009 1 Biologia Celular, 1º Semestre, 2009/2010 2Biologia Celular 17‐11‐2009 2 Via da secreção 1 - A síntese de proteínas com um sinal para o RE é completada no RER e as novas cadeias polipeptídicas ou são inseridas na membrana do RE ou atravessam a membrana dirigindo-se para o lúmen do RE. Algumas proteínas permanecem no RE.lúmen do RE. Algumas proteínas permanecem no RE. 3Biologia Celular Via da secreção 2 – As proteínas que não pertencem ao RE são movidas em vesículas de transporte que brotam do RE e que se fundem para formar novas cisternas do Complexo de Golgi-cis transporte para diante ou dianteiro (anterógrado) 4Biologia Celular 17‐11‐2009 3 Via da secreção 3 – Proteínas do lúmen do RE que foram erradamente endereçadas ou proteínas das membranas das vesículas que têm que ser reusadas (reciclagem proteica) são devolvidas ao RE através de vesículas de transporte transporte para trás ou (G )retrógrado (Golgi-RE). 5Biologia Celular Via da secreção 4 – Cada cisterna do cis- Golgi, com o seu conteúdo proteico, move- se da face cis para a face trans do complexo detrans do complexo de Golgi, por um processo não vesicular designado de maturação das cisternas. 5 – Vesículas do transporte retrógrado (trans-Golgi medial- Golgi cis-Golgi) movem as proteínasmovem as proteínas residentes no Complexo de Golgi para o compartimento adequado neste complexo. 6Biologia Celular 17‐11‐2009 4 Via da secreção 6 – Em todas as células, algumas proteínas solúveis movem-se para a superfície celular em vesículas decelular em vesículas de transporte e são continuamente secretadas secreção constitutiva. 7 – Em certos tipos de células, algumas proteínas solúveis são armazenadas em vesículas secretoras e são só libertadas depois da célula receber um sinalcélula receber um sinal hormonal ou um sinal nervoso apropriado secreção regulada. 7Biologia Celular Via da secreção 8 – Proteínas solúveis ou membranares endereçadas para os li ã idlisossomas são movidas em vesículas transportadoras que brotam do trans- Complexo de Golgi. No entanto, primeiro movem-se para o endossoma tardio e só depois para o lisossomadepois para o lisossoma. 8Biologia Celular 17‐11‐2009 5 Via da secreção 9 – As proteínas solúveis ou membranares extracelulares são b id í labsorvidas por vesículas que brotam da membrana plasmática endocitose As vesículas de transporte movem-se depois para os lisossomas onde são degradadas, passando primeiro pelosprimeiro pelos endossomas tardios. 9Biologia Celular Via de secreção Transporte de VSVG (glicoproteína viral) ligada à GFP (“green fluorescent protein”) através da via de secreção microscopia de fluorescência após transfecção de cultura de células com um gene híbrido que codifica ambas as proteínasum gene híbrido que codifica ambas as proteínas. 10Biologia Celular 17‐11‐2009 6 Biologia Celular, 1º Semestre, 2009/2010 Introdução Todas as células necessitam de se alimentar, comunicar e responder rapidamente a mudanças no seu ambiente.ambiente. Para completar esta tarefa as células ajustam continuamente a composição da membrana plasmática (essencialmente as proteínas). As células usam um elaborado sistema membranar interno para adicionar ou remover proteínas da superfície celular como:superfície celular como: Receptores Canais iónicos Transportadores 12Biologia Celular 17‐11‐2009 7 Introdução Através de um processo designado de exocitose, a via de secreção entrega proteínas, hidratos de p , carbono e lípidos na membrana plasmática ou no espaço extracelular. Pelo processo de endocitose, as células removem componentes da membrana plasmática e entregam-nos a compartimentos internos As células também usam a endocitose para capturar nutrientes importantes (vitaminas, lípidos, compartimentos internos – endossomas – onde podem ser reciclados (voltando à membrana plasmática) ou dirigidos para os lisossomas para degradação. p ( , p , colesterol e ferro). Estes nutrientes são importados juntamente com as macromoléculas às quais estão aderidos. 13Biologia Celular Introdução As proteínas viajam no espaço celular sem terem que atravessar as membranas transportadas de um compartimento a outro através de contentores de transporte envolvidos por membranas vesículas de transporte. Numa célula eucariótica, as vesículas de transporte estão continuamente a brotarem de uma membrana e a fundirem-se com outra, transportando componentes membranares e moléculas solúveis carga. 14Biologia Celular 17‐11‐2009 8 Introdução A via de secreção começa no retículo endoplasmático (RE), segue para o Complexo de Golgi e fchega à superfície celular. Existe ainda uma via lateral dirigida para os lisossomas. A via endocítica segue no sentido oposto, da membrana plasmática para o interior da célula.para o interior da célula. O fluxo de membranas é equilibrado pelo transporte retrógrado, que desloca algumas proteínas de volta ao compartimento de origem. 15Biologia Celular Introdução Via de secreção (transporte para diante ou dianteiro) – vermelho Via endocítica – verde Via retrógrada (transporte para trás) – azul 16Biologia Celular 17‐11‐2009 9 Transporte vesicular – grandes questões Qual o mecanismo de formação de uma vesícula transportadora? De que são formadas as vesículas De que são formadas as vesículas transportadoras? Como se explica o transporte selectivo de proteínas solúveis e proteínas membranares integrais através das vesículas? Porque razão uma determinada vesícula se funde apenas com um determinado compartimento alvo? Que características definem cada compartimento? Alguma combinação específica de marcadores moleculares existentes na face citosólica das membranas? Qual o mecanismo de fusão duma vesícula com o seu compartimento alvo? 17Biologia Celular Vesículas transportadoras A maior parte das vesículas transportadores formam-se de regiões especializadas dasregiões especializadas das membranas. Libertam-se como vesículas franjadas (“coated vesicles”), uma vez que apresentam uma cobertura distinta de proteínas na superfície citosólica. Antes de se fundirem com a Antes de se fundirem com a membrana alvo, esta cobertura é descartada é necessário que a superfície citosólica de ambas as membranas interaja directamente. 18Biologia Celular 17‐11‐2009 10 Vesículas franjadas A cobertura apresenta duas funções principais: Concentrar proteínas membranares específicas num agregado especializado, que origina a membrana da vesícula selecciona as moléculas que têm que ser transportadas. Indução de uma curvatura ç numa porção da membrana, que molda a formação da vesícula garante um tamanho e forma uniforme de cada tipo de vesícula. 19Biologia Celular Vesículas franjadas Estão caracterizados três tipos de vesículas franjadas, de acordo com as proteínas existentes na cobertura: Vesículas de clatrina Vesículas COPI COP refere-se a proteína de revestimento (“COat Protein”) Vesículas COPI COP refere se a proteína de revestimento ( COat Protein ) Vesículas COPII 20Biologia Celular 17‐11‐2009 11 Vesículas franjadas Cada tipo de vesículas franjadas é usado em passos distintos do transporte: Contudo existe uma grande variedade de vesículas franjadas e de funçõesfunções. ○ Exemplo: Diversos tipos de vesículas de clatrina cada uma especializada num passo específico do transporte vesicular. 21Biologia Celular Vesículas franjadas Em geral: As vesículas COPII transportam proteínas secretoras do RE para o compartimento intermediário RE-Golgi, e entre as várias cisternas do Complexo de Golgi. As vesículas COPI surgem do compartimento intermediário RE-Golgi e são responsáveis pelo transporte retrógrado. As vesículas de clatrina são responsáveis pelo transporte em ambas as direcções entre o trans-Complexo de Golgi, endossomas, lisossomas e membrana plasmática. 22Biologia Celular 17‐11‐2009 12 Vesículas de clatrina O componente proteico principal destas vesículas é a própria clatrina. Cada subunidade de clatrina Cada subunidade de clatrina consiste de três cadeias polipeptídicas grandes (pesadas) e três pequenas (leves) formam uma estrutura com três “pernas” designada de “triskelion” trímeros individuais. Os vários “triskelion” juntam-se numa estrutura hexagonal e pentagonal em forma de cestopentagonal em forma de cesto convexo originam os “poços revestidos” (“coated pits”) na superfície celular das membranas. Os trímeros individuais determinam a geometria da cobertura de clatrina. 23Biologia Celular Estrutura da cobertura de clatrina Exemplo: Cobertura de clatrina composta por 36 trímeros individuais organizados numa rede de 12 pentágonos e 6 hexágonos, com as respectivas cadeias pesadas (C) e leves (D). Os domínios do terminal-N dos trímeros individuais estão expostos, formando um camada interna, visível em cada poço/abertura e onde se ligam outras proteínas. Esta cobertura é demasiado pequena para albergar uma vesícula membranar, mas todas as vesículas de clatrina são construídas de forma similar, com 12 pentágonos e um número muito maior de hexágonos (similar a uma bola de futebol). 24Biologia Celular 17‐11‐2009 13 Estrutura da cobertura de clatrina As proteínas adaptadoras são o outro componente principal das vesículas de clatrina. Estas proteínas formam um segunda camada discreta da cobertura, posicionada entre a camada de clatrina e a membrana. A função das proteínas adaptadoras é: Ligar a cobertura de clatrina à membrana da vesícula Polimerização da cobertura das vesículas.Polimerização da cobertura das vesículas. Capturar várias proteínas transmembranares, incluindo receptores transmembranares (receptores cargo) que por sua vez capturam moléculas cargo solúveis no interior da vesícula Recrutamento selectivo de moléculas cargo. 25Biologia Celular Estrutura da cobertura de clatrina Desta forma, um conjunto específico de proteínas transmembranares, juntamente com proteínas solúveis que interagem com elas sãointeragem com elas, são empacotadas em cada nova vesícula de clatrina. Existem vários tipos de proteínas adaptadoras. As que até agora foram melhor caracterizadas apresentam quatro subunidades proteicas distintas; outras são proteínas com uma única cadeiacom uma única cadeia. Cada tipo de proteína adaptadora é específico para um conjunto específico de proteínas receptoras formação de vesículas de clatrina distintas. 26Biologia Celular 17‐11‐2009 14 Estrutura da cobertura de clatrina 27Biologia Celular Estrutura das vesículas COPII A estrutura das vesículas COP é similar às vesículas de clatrina mas com uma cobertura commas com uma cobertura com composição proteica distinta. No caso das vesículas COPII a parte externa da cobertura é composta por proteínas Sec13/31 que se organizam numa estrutura simétrica esféricaesférica. A parte interna apresenta as proteínas Sec23/24. A proteína Sec24 apresenta alguns locais de ligação a receptores cargo. 28Biologia Celular 17‐11‐2009 15 Retrómeros - estrutura Nem todas as estruturas de revestimento são do tipo cesto.p Algumas coberturas – retrómeros – são conjuntos de proteínas bem mais complexos. Os retrómeros são montados nos endossomas e formam vesículas que devolvem receptores específicos do ácido hidrolase ao Complexo de Golgi. 29Biologia Celular Montagem e desmontagem da cobertura de clatrina O primeiro passo é a montagem da cobertura e consequente selecção das moléculas cargo a transportar na vesícula A montagem da cobertura introduz uma curvatura na membrana, que leva à formação de vesículas revestidas e com um tamanho uniforme. Após a formação da vesícula revestida a cobertura de clatrina é desmontada Após a formação da vesícula revestida a cobertura de clatrina é desmontada vesícula de transporte nua 30Biologia Celular 17‐11‐2009 16 Montagem e desmontagem da cobertura de clatrina Microfotografias TEM da formação de vesículas franjadas (vesículas revestidas) 31Biologia Celular Controlo da montagem das vesículas franjadas Para equilibrar o tráfego vesicular de um compartimento para outro as proteínas dacompartimento para outro, as proteínas da cobertura têm que ser montadas apenas quando é necessário efectuar o transporte. Muita deste controlo é efectuado por GTPases de recrutamento da cobertura: Exemplos: ○ Controlo da montagem da cobertura de clatrina nos○ Controlo da montagem da cobertura de clatrina nos endossomas ○ Controlo da montagem das coberturas COPI e COPII nas membranas do complexo de Golgi e RE. 32Biologia Celular 17‐11‐2009 17 Controlo da montagem das vesículas franjadas Muitos passos do transporte vesicular dependem de uma variedade de proteínas de ligação ao GTP. Estas proteínas funcionam como interruptores moleculares activas quando ligadas ao GTP e inactivas quando ligadas ao GDP. 33Biologia Celular Controlo da montagem das vesículas franjadas Existem duas classes principais de proteínas que regulam esta mudança:regulam esta mudança: GEF – factores de troca da guanina (“guanine nucleotide exchange factors”) que catalisam a troca de GDP por GTP GAP – proteínas activadoras da GTPase (“GTPase-activating proteins”) que inactivam as proteínas por hidrólise do GTP em GDP. 34Biologia Celular 17‐11‐2009 18 Controlo da montagem das vesículas franjadas As GTPases de recrutamento da cobertura são membros da família de GTPases monoméricas e incluem: Proteínas ARF – responsáveis pela montagem das coberturas COPIProteínas ARF responsáveis pela montagem das coberturas COPI e clatrina nas membranas do complexo de Golgi Proteínas Sar1 – responsáveis pela montagem da cobertura COPII na membrana do RE. 35Biologia Celular Formação de vesículas de clatrina A formação de vesículas de clatrina requere clatrina, proteínas de ligação ao GTP – ARF1 l d i tiARF1, e pelo menos dois tipos de proteínas adaptadoras. A formação efectua-se do seguinte modo: A ARF/GDP liga-se a proteínas da membrana de Golgi. Um GEF-ARF da membrana ti l t d GDPestimula a troca de GDP por GTP. 36Biologia Celular 17‐11‐2009 19 Formação de vesículas de clatrina A ARF/GTP inicia o processo, recrutando proteínas adaptadoras, que servem de locais de ligação dos receptores transmembranaresdos receptores transmembranares (GGA e AP1) e da clatrina. Após o destacamento da vesícula e durante o transporte, o GTP ligado à ARF é hidrolisado em GDP e o ARF1/GDP é libertado da membrana da vesícula. A perda do ARF1 e a acção de determinadas enzimas enfraquece a ligação do complexo de clatrina permite que chaperonas citosólicas dissociem a cobertura. 37Biologia Celular Formação de vesículas COPII As GTPases de recrutamento da cobertura são usualmente encontradas em elevadas concentrações no citosol num estado inactivo (ligado ao GDP). Quando é necessário formar uma vesícula COPII, uma Sar1-GEF (ou Sec12) embebida na membrana do RE liga-seao Sar1 citosólico libertação do GDP e ligação do GTP. No estado ligado ao GTP, a Sar1 expõe uma hélice anfifílica (mudança de conformação), que se insere no folheto citoplasmático da bicamada lipídica da membrana do RE. 38Biologia Celular 17‐11‐2009 20 Formação de vesículas COPII A Sar1 ligada à membrana recruta subunidades das proteínas da cobertura e iniciaproteínas da cobertura e inicia o processo de curvatura: A GTP-Sar1 liga-se a um complexo de duas proteínas da cobertura de COPII, Sec24/23. A Sec24 apresenta alguns locais distintos de ligação das caudas dos receptores de cargo. Outras GEFs e GTPases de recrutamento da cobertura funcionam de forma similar noutras membranas. 39Biologia Celular Formação de vesículas COPII A GTP-Sar1 também recruta as subunidades da cobertura da COPII propriamente ditada COPII propriamente dita (Sec13/31) para a membrana. Este recrutamento leva à formação de um “gomo” que incluem proteínas transmembranares específicas que entretanto se ligaramligaram. Um evento de destacamento liberta a vesícula franjada. 40Biologia Celular 17‐11‐2009 21 Fosfoinositídeos (PIP) O fosfoinositol (fosfolípido membranar) apresenta importantes funçõesimportantes funções reguladoras: Pode sofrer rápidos ciclos de fosforilação e desfosforilação em posições específicas do inositol (cabeça polar) produzindo vários tipos de fosfoinositídeos (“phosphoinositides”, PIPs). E t i t ã é lt t Esta interconversão é altamente compartimentalizada: ○ Organelos diferentes apresentam cinases PI e PIP e fosfatases PIP específicas. 41Biologia Celular Fosfoinositídeos (PIP) Muitas proteínas envolvidas em passos distintos do transporte vesicular contêm domínios que sevesicular contêm domínios que se ligam com elevada especificidade à cabeça polar de PIPs particulares. A produção de um tipo particular de PIP recruta proteínas contendo o domínio de encaixe correspondente. As proteínas que se ligam ao PIP As proteínas que se ligam ao PIP de seguida regulam a formação de vesículas assim como outros passos do transporte membranar. 42Biologia Celular 17‐11‐2009 22 Regulação do destacamento das vesículas franjadas À medida que a cobertura de clatrina (igual para COPI e COPII) cresce proteínasCOPII) cresce, proteínas citoplasmáticas solúveis, incluindo a dinamina, juntam-se numa estrutura tipo anel à volta do “pescoço” da vesícula. A dinamina contém um domínio de ligação a fosfoinositídeos que amarra a proteína à membrana, e um domínio GTPase que regula a taxa de destacamento das vesículas franjadas. 43Biologia Celular Regulação do destacamento das vesículas franjadas O processo de destacamento junta os dois folhetos não citosólicos, levando à sua fusãofusão. Para a execução desta tarefa a dinamina recruta outras proteínas que conjuntamente com a dinamina, ajudam a dobrar a membrana: Por distorção directa da bicamada lipídica Por mudanças na composição Por mudanças na composição lipídica através do recrutamento de enzimas modificadoras de lípidos. A fusão resulta no destacamento das vesículas franjadas. 44Biologia Celular 17‐11‐2009 23 Libertação da cobertura de clatrina Depois da libertação da membrana, a vesícula perde rapidamente a cobertura de clatrina. Após o destacamento da vesícula e durante o transporte, o GTP ligado à ARF é hidrolisado em GDP e o ARF1/GDP é libertado da membrana da vesícula. Também, uma fosfatase do PIP remove o PIP da membrana, enfraquecendo a ligação às proteínas adaptadoras. Adicionalmente uma chaperona Hsp70 Adicionalmente, uma chaperona Hsp70 citosólica funciona como uma ATPase (activada por uma auxilina), usando a energia da hidrólise do ATP para remover a cobertura de clatrina. 45Biologia Celular Libertação da cobertura COPII Após a libertação das vesículas COPII, a GTPase Sar1 com aGTPase Sar1 com a ajuda de uma das subunidades da cobertura hidrolisa a Sar1 GTP em Sar1 GDP. Esta hidrólise modifica a conformação da Sar1 a cauda hidrofóbica saia cauda hidrofóbica sai da membrana e consequentemente inicia-se a desmontagem da cobertura COPII. 46Biologia Celular 17‐11‐2009 24 Formação e destacamento das vesículas COPI Papel da ARF na montagem e desmontagem da cobertura COPI 47Biologia Celular Vesículas franjadas - resumo Biologia Celular 48 17‐11‐2009 25 Endereçamento das vesículas e dos seus componentes De forma a que as vesículas de transporte movam proteínas específicas de um p p compartimento para outro, as vesículas têm que discriminar entre as proteínas membranares e entre as solúveis, aceitando apenas as proteínas cargo que devem avançar para o próximo compartimento No processo de c r at ra da No processo de curvatura da membrana dadora, a cobertura da vesícula também selecciona as proteínas a serem transportadas. 49Biologia Celular Endereçamento das vesículas e dos seus componentes O primeiro mecanismo de selecção é pela ligação directa de sequênciasdirecta de sequências específica – sinais de seriação – na porção citosólica de proteínas cargo membranares. Proteínas solúveis no lúmen dos organelos são seleccionadas por ligaçãoseleccionadas por ligação aos domínios luminais de certas proteínas cargo membranares. 50Biologia Celular 17‐11‐2009 26 Endereçamento das vesículas e dos seus componentes 51Biologia Celular Endereçamento das vesículas e dos seus componentes Um segundo conjunto de proteínas (pequenas proteínas que ligam GTP), proteínas Rab, participam no endereçamento das vesículas para a membrana alvo apropriada. A t í R b t à f íli d GTP (t l As proteínas Rab pertencem à mesma superfamília de GTPases (tal como a Sar1 e a ARF) e apresentam cerca de 60 membros, em que cada proteína Rab está associada com uma ou mais membranas da via de secreção ou endocítica e em que cada organelo apresenta pelo menos uma proteína Rab na superfície citosólica. 52Biologia Celular 17‐11‐2009 27 Endereçamento das vesículas e dos seus componentes No estado inactivo (Rab-GDP) a proteína encontra-se ligada a outra proteína (inibidor de dissociação da p ( ç Rab-GDP, GDI) que a mantém solúvel no citosol. No estado activo (Rab-GTP) a proteína encontra-se associada com a membrana de um organelo ou de uma vesícula de transporte. Na membrana a GDI é libertada da Rab-GDPs por factores deRab GDPs por factores de deslocação da GPI. De seguida por acção das Rab-GEFs a Rab-GDP é transformada em Rab-GTP. 53Biologia Celular Endereçamento das vesículas e dos seus componentes Como as GEFs estão localizadas em membranas específicas e actuam em membros específicos da família Rab são em parte responsáveis pela formação deRab, são em parte responsáveis pela formação de complexos Rab-GTP nos locais correctos da membrana. A inserção na membrana resulta de uma mudança de conformação que permite a interacção com a superfície proteica de uma vesícula transportadora particular e a inserção da âncora isoprenoide (lipídica) hidrofílica na membrana da vesícula. 54Biologia Celular 17‐11‐2009 28 Endereçamento das vesículas e dos seus componentes Na membrana as proteínas Rab ligam-se a outras proteínas efectores Rab, que facilitam o transporte vesicular, a acostagem ao compartimento alvo e a fusão, e ainda a v-SNAREs essenciais na fusão. A estrutura dos efectores Rab varia grandemente devido às diferentes funções que desempenham. Uma proteína Rab diferente organiza outras proteínas efectoras e t-SNAREs na membranaalvo. 55Biologia Celular Endereçamento das vesículas e dos seus componentes 56Biologia Celular 17‐11‐2009 29 Endereçamento das vesículas e dos seus componentes A mesma proteína Rab pode ligar efectores múltiplos. A montagem das proteínas Rab e seus efectores numa membrana é cooperativa e resulta na formação de porções membranares especializadas. Exemplo: Rab5, que se encontra na membrana endossomal e que medeia a captura de vesículas de clatrina que chegam da membrana plasmática. A Rab5 recruta proteínas de acostagem filamentosas para apanharem ías vesículas. 57Biologia Celular Fusão membranar Após a ancoragem na membrana alvo, a vesícula descarrega a sua carga através de fusão membranar. A fusão membranar requer um aproximar das duas membranas (até 1,5 nm de distância) que resulta num fluxo de lípidos de uma camada lipídica para outra. Proteínas SNARE (ou SNAREs) catalisam as reacções de fusão membranar no transporte vesicular. Estas proteínas fornecem igualmente um local adicional de especificidade no transporte, ajudando a assegurar que apenas as vesículas correctamente endereçadas é que se fundem. 58Biologia Celular 17‐11‐2009 30 Fusão membranar Existem pelo menos 35 SNAREs diferentes numa célula animal, cada uma associada a um organelo particular das vias de secreção e endocíticas. E t t í t b i t j t Estas proteínas transmembranares existem em conjuntos complementares v-SNAREs encontrados nas membranas vesiculares e t-SNAREs nas membranas alvo. 59Biologia Celular Fusão membranar Uma v-SNARE é uma única cadeia polipeptídica, enquanto uma t-SNARE é composta por 2 ou 3 proteínas. As v-SNAREs e t-SNAREs apresentam domínios helicais característicos e quando uma v-SNARE interage com uma t-característicos, e quando uma v-SNARE interage com uma t- SNARE, os domínios helicais de uma proteína enrolam-se nos das outra proteína, formando um feixe estável com4 hélices complexo trans-SNARE que aproxima as duas membranas. As SNAREs foram bem caracterizadas em neurónios, onde medeiam a ancoragem e fusão das vesículas sinápticas na p membrana plasmática dos nervos terminais durante o processo de libertação de neurotransmissores. 60Biologia Celular 17‐11‐2009 31 Fusão membranar Julga-se que os complexos trans-SNARE catalisam a fusão membranar usando amembranar usando a energia libertada aquando do entrelaçar das cadeias em hélice. O complexo trans- SNARE aproxima as duas membranas, ao mesmo tempo que expelemesmo tempo que expele moléculas de água da interface entre as duas membranas. 61Biologia Celular Fusão membranar As moléculas lipídicas nos dois folhetos fluem entre as membranas para formar uma haste conectorauma haste conectora. Os lípidos dos outros dois folhetos contactam uns com os outros e formam uma nova bicamada lipídica, que alarga a zona de fusão (hemifusão, ou meia fusão). A ruptura da nova bicamada lipídica completa a reacção de fusão. 62Biologia Celular 17‐11‐2009 32 Exocistos Alguns tipos específicos de fusão podem envolver locais especializados na membrana plasmática – exocitose. Muitos tipos de exocitose ocorrem em Muitos tipos de exocitose ocorrem em complexos proteicos específicos – exocistos. A estrutura dos exocistos ainda não é bem conhecida, mas a sua montagem necessita a interacção sequencial entre oito proteínas localizadas quer na vesícula transportadora quer na membrana alvo. Algumas proteínas de ligação ao GTP (e.g. Rab) também estão associadas aos exocistos. 63Biologia Celular Controlo da fusão membranar As proteínas Rab regulam a disponibilidade das proteínas SNARE e por isso exercem mais um nível de controlo. As t-SNAREs das membranas alvo estão muitas vezes associadas a proteínas inibidoras que têm que ser libertadas para que as t-SNARE funcionem. As proteínas Rab e os seus efectores accionam a libertação das proteínas inibidoras SNARE estão concentradas e são activadas na localização correcta da membranada membrana. Para o transporte vesicular funcionar correctamente, as vesículas têm que incorporar as proteínas SNARE e Rab apropriadas. 64Biologia Celular 17‐11‐2009 33 Reciclagem das SNARE Para que as proteínas SNARE possam voltar a funcionar, os complexos que formam têm que ser desmontados, antes que se inicie uma nova ronda de transporte. Uma proteína designada NSF mais duas proteínas acessórias (-U a p ote a des g ada S a s duas p ote as acessó as ( SNAP é uma delas) catalisam o processo de desmontagem. A NSF é uma ATPase que usa a energia da hidrólise do ATP para desenlaçar os domínios helicais entre as proteínas SNARE emparelhadas. Esta necessidade de reactivação mediada pelo NSF ajuda a prevenir que as membranas de se fundirem indiscriminadamente. Ainda não se sabe como é que é controlada a actividade das NSF, mas é provável que os efectores Rab estejam envolvidos no processo. 65Biologia Celular Vesículas transportadoras Constituição de uma vesícula transportadora durante o seu processo de formação no compartimento dador (a) e fusão com o compartimento alvo (b) 66Biologia Celular 17‐11‐2009 34 Fusão membranar 67Biologia Celular Fusão das vesículas transportadoras 1 - Uma proteína Rab ligada por uma âncora lipídica a uma vesícula p secretora liga-se a um efector Rab na membrana plasmática atraca a vesícula transportadora no membrana alvo apropriada 68Biologia Celular 17‐11‐2009 35 Fusão das vesículas transportadoras 2 – Uma proteína v-SNARE (neste caso VAMP) interage com os domínios citosólicos da t- SNARE (neste caso sintaxina SNAP 25) fe SNAP-25) forma-se um complexo trans-SNARE muito estável, que aproxima ambas as membranas; 3 – As duas membranas fundem- se. 4 – A NSF conjuntamente com a proteína -SNAP liga-se ao complexo trans-SNARE,complexo trans SNARE, levando à sua dissociação. Nesta altura a Rab-GTP é hidrolisada em Rab-GDP e dissocia-se do efector Rab. 69Biologia Celular
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