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Prof. Dr. Denis Silva Nogueira Alta Floresta – MT 2017 Sistemática Vegetal Definição Parte da Botânica que tem por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema, levando em consideração suas características morfológicas internas e externas, suas relações genéticas e suas afinidades. Compreende a: Identificação Determinação de um táxon (família, gênero, espécie, subespécie, etc.) como idêntico ou semelhante a outro já conhecido. Nomenclatura Emprego correto dos nomes das plantas. Classificação Ordenação das plantas em um táxon (Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie). 2 Sistemática Vegetal Nova Estuda o comportamento da planta, morfologia, anatomia, genética, ecologia, distribuição geográfica. Antiga Estudava a morfologia. 3 Unidades Sistemáticas 4 Reino Filo (Divisão) Classe Ordem Família Gênero Espécie Plantae ophyta ae ales aceae Zea Zea mays Terminação Sistemas de Classificação Compreendem três tipos: 5 Artificial • Primeiro sistema de classificação e se baseava num único caráter; • Ex.: Sistema sexual de Lineu – plantas diferentes eram ordenadas na mesma classe, só porque apresentavam o mesmo n° de estames. Natural • Baseado na afinidade natural (variadas características) das plantas; • Ex.: Jussieu – ordenou considerando o n° de cotilédones, estrutura das sementes e soma de caracteres vegetativos e reprodutores. Filogenético • Baseia-se na variabilidade das espécies, levando em consideração tanto os vegetais atuais como os de outras eras geológicas; • Firma-se na teoria da Evolução. Histórico dos Sistemas de Classificação Compreendem quatro períodos: 6 Período l Classificações baseadas no habitus das plantas Theophrastus (370 a.C.) Classificou os vegetais com base o hábito: árvore, arbusto, subarbusto e ervas (anuais, bianuais e perenes) e os tipos de inflorescências. Albertus Magnus (1193-1280) Reconheceu as diferenças entre Dicotiledôneas e Monocotiledôneas, com base na estrutura do caule. Histórico dos Sistemas de Classificação 7 Período l Classificações baseadas no habitus das plantas Otto Brunfels (1464-1534) Foi um dos primeiros herbalistas que descreveram e ilustraram plantas conhecidas na época (Livro Herbarium), principalmente as medicinais. Andrea Caesalpino (1519-1603) Primeiro taxonomista vegetal, pelo seu trabalho De Plantis. Histórico dos Sistemas de Classificação 8 Período l Classificações baseadas no habitus das plantas Jean Bauhin (1541-1631) Publicou Historia Plantaram Universalis – com 5.000 espécies de plantas. Primeiro botânico a distinguir categorias de gênero e espécies. John Ray (1628-1705) Primeiro a reconhecer a importância do embrião na Sistemática e a presença de 1-2 cotilédones nas sementes. Histórico dos Sistemas de Classificação 9 Período l Classificações baseadas no habitus das plantas Joseph Pitton de Tournefort (1656-1708) Desenvolveu um sistema de classificação fundamentado na forma das corolas. Histórico dos Sistemas de Classificação 10 Período II Sistemas artificiais baseados em caracteres numéricos Carl Von Linné - Lineu (1707-1778) Pai da taxonomia vegetal e zoológica, onde a classificação baseia-se no Sistema Sexual (n° de estames e sua posição na flor) e Classificação Binominal. Histórico dos Sistemas de Classificação 11 Período III Sistemas baseados nas formas de relações (geografia, clima e local) entre as plantas Naturais Michel Adanson (1727-1806) Promoveu a substituição de todas as classificações artificiais pelo sistema natural, e a descrição de táxons, mais ou menos equivalente às atuais. Jean B. A. P. M. Lamarck (1744-1829) Observou que modificações ambientais provocam modificações na estrutura dos órgãos, e que essas modificações têm caráter hereditário Histórico dos Sistemas de Classificação 12 Período III Sistemas baseados nas formas de relações (geografia, clima e local) entre as plantas Naturais De Jussieu (Antoine, Bernard e Joseph) (1686-1758) Dividiu as plantas de flores em Monocotiledôneas e Dicotiledôneas, e ressaltou as posições do ovário, a presença ou ausência de pétalas, porém, seu sistema nunca foi publicado. Histórico dos Sistemas de Classificação 13 Período III Sistemas baseados nas formas de relações (geografia, clima e local) entre as plantas Naturais Antoine Laurem de Jussieu (1763) Sobrinho de Bernard Jussieu, melhorou a classificação do tio. Classificou as plantas em Acotiledôneas, Monocotiledôneas e Dicotiledôneas. Termos hipógino, epígino e perígino. Augustin Pyrame de Candolle (1778-1841) Classificou 58.000 espécies de Dicotiledônea, agrupadas em 161 famílias em um das suas obras. Histórico dos Sistemas de Classificação 14 Período III Sistemas baseados nas formas de relações (geografia, clima e local) entre as plantas Naturais Wallace e Darwin Com as publicações de Wallace (teoria evolucionista) e Darwin (The origen of species by means of natural selection – 1850) o período dos sistemas naturais de classificação é finaliza. Histórico dos Sistemas de Classificação 15 Período lV Sistemas baseados em filogenia Estabelecem as relações filogenéticas entre as plantas e ancestrais August Wilhelm Eichler (1839-1887) Aceitou o conceito da evolução. Dividiu o Reino em Phanerogamae e Cryptogamae; tratou as algas separadamente dos fungos; separou Bryophyta, Pteridophytos e Phanerogamae (Angiospermae e Gimnospermae). Adolph Engler (1844-1930) Semelhante a de Eichler, porém mais detalhada. Subdivide Angiospermas, baseando-se no embrião (Di ou Monocotiledonar), persistência da raiz principal, nervação das folhas, n° de segmentos do cálice e corola, presença ou ausência de bainha. Histórico dos Sistemas de Classificação 16 Período lV Sistemas baseados em filogenia Estabelecem as relações filogenéticas entre as plantas e ancestrais Charles Bessey (1845-1915) • A evolução tanto pode ser uma progressão como uma regressão dos caracteres; • A evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo; • Árvores e arbustos são mais primitivos que ervas; • Ervas perenes são mais antigas que as anuais; • Dicotiledôneas são mais primitivas que as Monocotiledôneas; • Folhas simples são mais primitivas que compostas; • Plantas dióicas são mais recentes que monóicas; Histórico dos Sistemas de Classificação 17 Período lV Sistemas baseados em filogenia Estabelecem as relações filogenéticas entre as plantas e ancestrais Charles Bessey • Flores solitárias são mais antigas que as inflorescências; • Flores apétalas deviram-se de petalíferas; • Flor actinomorfa é mais primitiva que zigomorfa; • Hipogina é mais antiga que perigina e epigina a mais avançada; • Gineceu de muitos carpelos procedeu o de poucos carpelos; • Sementes com endosperma e embrião pequenos são mais primitivos que as sem endosperma e embrião bem desenvolvido; • Numerosos estames indicam maior primitividade; • Anteras livres indicam mais primitividade. Histórico dos Sistemas de Classificação 18 Período lV Sistemas baseados em filogenia Estabelecem as relações genéticas entre as plantas e ancestrais Arthur Cronquist (1968) • Classificação baseada em caracteres anatômicos, presença ou ausência de endosperma, composição química, morfologia dos órgãos reprodutores, etc.; • Procurou comparar e interpretar estruturas,que considerou primitivas e, assim, dividiu as Magnoliophyta em Magnoliatae e Liliatae; • Considerou as Monocotiledôneas derivadas das Di; • Pela simplicidade na organização, sua classificação tornou-se a mais didática. Histórico dos Sistemas de Classificação 19 Período lV Sistemas baseados em filogenia Estabelecem as relações filogenéticas entre as plantas e ancestrais The Angiosperm Phylogeny Group “Grupo de Filogenia das Angiospérmicas” APG I (1998), APG II (2003) e APG III (2009), APG III (2016) • Classificação baseada em Morfologia e S e q u ê n c i a s d e D N A n u c l e a r e mitocondrial; Histórico dos Sistemas de Classificação 20 Artificial Natural Filogenético Praticidade; Classificação rápida e fácil de ser realizada. Agrupar os organismos segundo sua máxima semelhança. Procura inferir a origem e relacionamento evolutivo dos grupos. Utilizava o mínimo possível de caracteres. Utilizava maior n° possível de caracteres. Utiliza caracteres derivados para reconhecer ancestrais comuns. Sistemas Objetivos Características Aspectos evolutivos para a conquista do ambiente terrestre 21 Troca gasosa pelos estômatos Presença de cutícula Células- guarda abrem e fecham de acordo com as condições Relação simbiótica com fungos – absorção de nutrientes Esporófito dominante Absorção de água pelas raízes Presença de traqueídes Spermatophyta 22 Produção de lenho (xilema secundário) Presença de sementes Gimnosperma s Sementes nuas Com semente s protegida s e Flores Angiospermas Spermatophyta 23 Produção de lenho (xilema secundário) Presença de sementes Gimnospermas Sementes nuas Com sementes protegidas e Flores Angiospermas Ernst Haeckel SISTEMÁTICA VEGETAL 2. Artificial (Início do século XVIII) ● Sistema classificava as plantas apenas pelo aspecto morfológico de fácil reconhecimento ● Defendia a IMUTABILIDADE DAS ESPÉCIES ● Linnaeus, C. F. 1707-1778 - Propôs o sistema de nomenclatura binomial usado até os dias de hoje. - Baseado em poucas características morfológicas florais - “As espécies são tantas quantas desde o início que foram criadas pelo Onipotente” Linnaeus 1753: species plantarum ou espécies vegetais - Nomes em latim, escritos em itálico ou sublinhados - Nome genérico: Tapirira - Epíteto específico: guianesis - Nome do autor que descreveu a espécie (geralmente abreviado) - Ex: Tapirira guianesis Aubl., Tapirira obtusa (Benth.) J.D. Mitch., Matayba guianensis Aubl. SISTEMA BINOMIAL DE CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES ● Também conhecido com “sistema sexual” de classificação” ● Cunhou o termo “criptogamia” para a classe de plantas sem flores. ● O QUE É UMA ESPÉCIE? - Subespécies ou variedades: Cabralea canjerana subsp. canjerana (Adr. Juss.) Penn., Cabralea canjerana subsp. polytricha (Adr. Juss.) Penn. - Espécime tipo ou Holótipo : Exemplar em herbário , publicação de artigo científico - Informações contidas em uma exsicata CATEGORIA TÁXON COGUMELO ALGA MARINHA MILHO Domínio Eukarya Eukarya Eukarya Reino Fungi Protista Plantae Filo (Divisão) Basidiomycota Chlorophyta Anthophyta Classe Basidiomycetes Chlorophyceae Monocotiledones Ordem Agaricales Dasycladales Comelinales Família Agaricaceae Dasycladaceae Poaceae Gênero Agaricus Acetabularia Zea Espécie Agaricus bisporus Acetabularia acetabulum Zea mays ● Primeiro CINB há mais de 100 anos ● Estabeleceu um SISTEMA HIERÁRQUICO DE CLASSIFICAÇÃO ● Último CINB em 2006, revisto durante o Congresso Internacional de Botânica em Viena (2005) ● Nomes de todos os táxons iniciados com letra maiúscula, exceto o epíteto específico Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) ESPÉCIE GÊNERO FAMÍLIA ORDEM CLASSE FILO (DIVISÃO) REINO● Ordem crescente de a f i n i d a d e e g r a u d e parentesco TáxonCategoria DOMÍNIO Zea Mays Zea Poaceae Comelinales Liliopsida (Monocotiledonae) Antophyta Plantae Eukaria Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) ● Certa uniformização da terminação dos táxons em alguns níveis taxonômicos Categoria taxonômica Terminações Filo (Divisão) -ophyta sub-divisão -phytina Classe -opsida sub-classe -idae Ordem -ales sub-ordem -inae Família -aceae sub-família -oidea Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) ● Exceções para terminação da categoria FAMÍLIA ● Certas famílias mantêm os nomes tradicionais antes da vigência do CINB - Leguminosae = Fabaceae; Ex. Feijão - Compositae = Asteraceae; Ex. Girassol - Cruciferae = Brassicaceae; Ex. Couve - Graminae = Poaceae; Ex. Bambu - Palmae = Arecaceae; Ex. Palmeira - Guttiferae = Clusiaceae; Ex. Guanandi ou Landi - Labiatae = Lamiaceae; Ex: hortelã - Umbeliferae = Apiaceae; Ex: Cenoura Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB) MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS I) MÉTODO MORFOLÓGICO OU TRADICIONAL II) MÉTODO MOLECULAR III) MÉTODO FILOGENÉTICO OU CLADÍSTICO: MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS I) MÉTODO TRADICIONAL (MORFOLÓGICO). - Baseado em semelhanças externas - Avaliação subjetiva e intuitiva do pesquisador - Podem gerar distintas classificações para um mesmo grupo de organismo MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS I) MÉTODO MORFOLÓGICO OU TRADICIONAL - Baseado apenas em semelhanças morfológicas externas - Avaliação subjetiva e intuitiva do pesquisador - O taxonomista ou sistemata que decide, com base na experiência ou na intuição qual caractere é mais importante para a classificação de um grupo de organismos - Podem gerar distintas classificações para um mesmo grupo de organismo Poros no pólen A B C D A C B D N de pétalas Poros no pólen 4/53 3 1 N de pétalas 3 13 1 4/534/53 Pesquisador 1 Pesquisador 2 NÃO CRIA ÁRVORES FILOGENÉTICAS COMO VEREMOS MAIS ADIANTE MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS II) MÉTODO MOLECULAR: ● Comparações de seqüência de nucleotídeos - Mais sensível e fácil devido à existência de apenas quatro nucleotídeos - Ex: RNA ribossômico: Determinou o estabelecimento de três domínios MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS II) MÉTODO MOLECULAR: Exemplo: Comparações de sequência de nucleotídeos - Mais sensível e fácil devido à existência de apenas quatro nucleotídeos - RNA ribossômico: Determinou o estabelecimento de três domínios NÃO CRIA ÁRVORES FILOGENÉTICAS COMO VEREMOS MAIS ADIANTE Seqüenciamento de aminoácidos citocromo c II) MÉTODO MOLECULAR: E s t r u t u r a b á s i c a d a s moléculas é similar entre as diferentes espécies. O método não cria uma árvore filogenética, devido a o b a i x o p o d e r d e diferenciação dos grupos MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS ● VANTAGENS a) São mais fáceis de se quantificar (objetivos) b) Grande número de caracteres c) Comparação entre organismos morfologicamente distintos d) Comparações em nível genético e) Caracteres pouco influenciados pelo ambiente ● DESVANTAGENS a) Geralmente não permitem análises de fósseis b) Dificuldade em se determinar homologias e as relações filogenéticas c) Não incorporam informações ontogenéticas (fases do desenvolvimento) d) Altos custos II) MÉTODO MOLECULAR: ● Análises filogenéticas ou cladísticas são baseada na similaridades entre os organismos como produto de suas histórias evolutivas. ● Empregam análises, morfológicas, genéticas e moleculares, fisiológicas etc... ● Criação de Árvores filogenéticasou cladogramas e diagramas de Ven que expressam a relação evolutiva entre os organismos MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS III) MÉTODO FILOGENÉTICO OU CLADÍSTICO: Árvore filogenética ou cladograma Diagrama de Ven CROCODILOS LAGARTOSAVES CROCODILOS LAGARTOSAVES Árvore filogenética ou cladograma Diagrama de Ven MANGA ABACATEBAMBU MANGA ABACATEBAMBU ++++Carvalho -+++Pinheiro ---+Samambaia ----Musgo FlorSementeLenhoXilema e floemaGRUPO CARACTERES INCLUÍDOS ++++Carvalho -+++Pinheiro ---+Samambaia ----Musgo FlorSementeLenhoXilema e floemaGRUPO CARACTERES INCLUÍDOS Árvores filogenéticas ou cladogramas são representações gráficas hipotéticas COMO SÃO CONSTRUíDAS AS ÁRVORES FILOGENÉTICAS ● Cladogramas são baseados no Princípio da Parcimônia que pressupõe: a) Maior simplicidade com maior eficiência b) Os caminhos evolutivos mais prováveis são os mais curtos COMO SÃO CONSTRUIDAS AS ÁRVORES FILOGENÉTICAS Os cladogramas são construídos com programas específicos de computador, usando um conjunto de técnicas elaboradas e complexas, chamadas de Análises Filogenéticas Usando Análise de Parcimônia (PAUP) cinco passos evolutivos Princípio da Parcimônia quatro passos evolutivos ● Análises filogenéticas ou cladísticas são baseada na similaridades entre os organismos como produto de suas histórias evolutivas. ● Empregam análises, morfológicas, genéticas e moleculares, fisiológicas etc... ● Criação de Árvores filogenéticas ou cladogramas e diagramas de Ven que expressam a relação evolutiva entre os organismos MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS III) MÉTODO FILOGENÉTICO OU CLADÍSTICO: Árvore filogenética ou cladograma Diagrama de Ven CROCODILOS LAGARTOSAVES CROCODILOS LAGARTOSAVES Árvore filogenética ou cladograma Diagrama de Ven MANGA ABACATEBAMBU MANGA ABACATEBAMBU ++++Carvalho -+++Pinheiro ---+Samambaia ----Musgo FlorSementeLenhoXilema e floemaGRUPO CARACTERES INCLUÍDOS ++++Carvalho -+++Pinheiro ---+Samambaia ----Musgo FlorSementeLenhoXilema e floemaGRUPO CARACTERES INCLUÍDOS Árvores filogenéticas ou cladogramas são representações gráficas hipotéticas COMO SÃO CONSTRUíDAS AS ÁRVORES FILOGENÉTICAS ● Cladogramas são baseados no Princípio da Parcimônia que pressupõe: a) Maior simplicidade com maior eficiência b) Os caminhos evolutivos mais prováveis são os mais curtos cinco passos evolutivos COMO SÃO CONSTRUIDAS AS ÁRVORES FILOGENÉTICAS Os cladogramas são construídos com programas específicos de computador, usando um conjunto de técnicas elaboradas e complexas, chamadas de Análises Filogenéticas Usando Análise de Parcimônia (PAUP) - Características Homólogas. Tem origem comum Ex: Pétala e cotilédones - Características Análogas. Não tem origem comum, mas podem ter funções comuns. Ex: Espinhos e acúleos CARACTERÍSTICAS HOMÓLOGAS E ANÁLOGAS Análises filogenéticas consideram apenas as caraterísticas homólogas ANÁLISES FILOGENÉTICAS CONSIDERAM APENAS CARACTERES HOMÓLOGOS - Características Homólogas. Origem comum. Ex: Pétala e cotilédones - Características Análogas. Função comum. Ex: Espinhos e acúleos - Evolução convergente. Processo adaptativo pelo qual indivíduos não relacionados apresentam características morfológicas e/ou funcionais semelhantes TERMOS COMUMENTE USADOS EM ESTUDOS FILOGENÉTICOS Euphorbia sp. EUPHORBIACEAE Echionocereus sp. CACTACEAE Hoodia (ASCLEPIADACEAE) ● Grupo monofilético. Formado por descendentes de um ancestral comum, ou seja é um “taxon natural” ou um “clado”. EudicotiledôneasMagnoliídeas MonocotiledôneasChloranthaceae Baseado em APG II GRUPOS MONOFILÉTICOS, PARAFILÉTICOS E POLIFILÉTICOS ANÁLISES FILOGENÉTICAS SÃO BASEDAS NA FORMAÇÃO DE GRUPOS MONOFILÉTOCOS ● Grupo parafilético. Excluem organismos descendentes de ancestrais comuns. É um “taxon artificial” ou “grade” - Na prática: para um grupo parafilético se tornar monofilético é necessário que se inclua APENAS UM outro grupo monofilético. EudicotiledôneasMagnoliídeas MonocotiledôneasChloranthaceae Baseado em APG II GRUPOS MONOFILÉTICOS, PARAFILÉTICOS E POLIFILÉTICOS ● Grupo polifilético. Descendentes de mais de ancestral comum. É um “taxon artificial” ou “grade”. - Na prática: para um grupo polifilético se tornar monofilético é necessário que se inclua DOIS OU MAIS grupos monofilético GRUPOS MONOFILÉTICOS, PARAFILÉTICOS E POLIFILÉTICOS EudicotiledôneasMagnoliídeas MonocotiledôneasChloranthaceae Baseado em APG II FILOGENIA ● Baseada na similaridades entre os organismos como produto de suas histórias evolutivas, ou seja, nas características homólogas. ● Árvores filogenéticas ou cladogramas e diagramas de Ven. Expressam a relação evolutiva entre os organismos grupos monofiléticos grupos parafiléticos grupos polifiléticos - Grupo interno, grupo externo e grupo irmão - Raiz, nódulo, internódulo e ramo da árvore filogenética - Caráter plesiomórfico (ancestral) e apomórfico (descendente) TERMOS COMUMENTE USADOS EM ESTUDOS FILOGENÉTICOS MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS III) ANÁLISE CLADÍSTICA OU FILOGENÉTICA. - Cladogramas são representações gráficas hipotéticas - Cladogramas são baseados no Princípio da Parcimônia que pressupõe: a) Maior simplicidade com maior eficiência b) Os caminhos evolutivos mais prováveis são os mais curtos CARACTERES INCLUÍDOS GRUPO Xilema e floema Lenho Semente Flor Musgo - - - - Samambaia + - - - Pinheiro + + + - Carvalho + + + + MÉTODOS DE CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS III) ANÁLISE CLADÍSTICA OU FILOGENÉTICA. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DISTINTIVAS DOS TRÊS DOMÍNIOS CARACTERÍSTICA BACTÉRIA ARCHAEA EUKARYA Tipo de célula procariótica procariótica eucariótica Envoltório nuclear ausente ausente presente Cromossomo circular (n=1) circular (n=1) linear (n>1) Organelas (Mitocôndrias e plastídios) ausentes ausentes presentes (há exce珲 es) Citoesqueleto ausente ausente presente Fotossíntese baseada na clorofila sim não sim CLASSIFICA敲 O ATUAL DOS ORGANISMOS VIVOS ORGANISMOS Nº DE FILOS PROCARIÓTICOS Bacteria Bactérias 12 linhagens Archaea Archaea 4 linhagens EUCARIÓTICOS Eukarya Reino Fungi Fungos Quatro Reino Protista Protistas heterotróficos: protozoário Três Protistas fotossintetizantes: alga Nove Reino Plantae Briófitas: musgo Três Plantas vasculares sem sementes Dois Plantas vasculares com sementes Cinco Reino Animalia Anfioxo, homem ............. CLASSIFICAÇÃO BASAL DOS ORGANISMOS CLASSIFICAÇÃO BASAL DOS ORGANISMOS CLASSIFICAÇÃO DOS ORGANISMOS REINO PLANTAE Criptógamas Fanerógamas ou embriófitas GRUPO FILO EXEMPLOS CARACTERÍSTICA Hepatophyta Hepáticas Briófitas Antocerophyta Antoceros Bryophyta Musgos Sistema vascular (-) Sementes (-) Raízes (-); Rizóides (+) Hidrofilia (+) Rhyniophyta Fóssil Zoosterophylophyta Fóssil Sistema vascular (+) Trimerophyta Fóssil Sementes (-) Pteridófitas Lycopodiophyta Licopódios Raízes (+) Pteridophyta Psilotum Hidrofilia (+) Cavalinhas Samambaias Sistema vascular (+) Conipherophyta Pinheiro Estróbilos (+) Gimnospermas Cycadophyta Cicas Sementes nua (+) Ginkgophyta Ginkgo Raízes (+) Gnetophyta Gnetum Anemofilia (+) Sistema vascular (+) Flores e Frutos (+) Angiospermas Antophyta Ipê, Pequi Sementes (+) Raízes (+) Dupla fecunda玢 o (+) Zoofilia (+) Exercício • Com base na lista das espécies utilizadas para consumo, construir uma árvore filogenetica contendo as espécies, gêneros, famílias, ordens, classes e divisão das plantas que você selecionou. • Qual o conceito de espécie? • Definafilogenia? Quais são os elementos de uma árvore filogenética? • O que são grupos monofiléticos, polifiléticos, parafiléticos? Dê exemplos.