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TRABALHO DE GENÉTICA

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INTÉRFASE
A divisão celular faz parte do chamado ciclo celular, que se inicia quando uma célula surge e finaliza-se quando ela origina as células-filhas. O período compreendido entre uma divisão celular e outra é chamado de interfase, uma das etapas mais longas do ciclo celular.
Na interfase, fase de intensa atividade, observam-se os filamentos de cromossomos descondensados no interior do núcleo formando a cromatina. Nesse período, verifica-se também uma produção ativa de moléculas de RNA, que serão utilizadas para a síntese de proteínas, a duplicação das moléculas de DNA e o crescimento da célula.
→ Etapas da Interfase
Na fase G1, que se inicia após a citocinese de uma divisão anterior, a célula começa a aumentar de tamanho e a duplicar os componentes dispostos no citoplasma. Em G1, também são produzidas moléculas de RNA, que atuarão na síntese de proteínas.
Na fase S, como dito anteriormente, inicia-se a duplicação do material genético da célula. Ao final do processo, a célula terá o dobro de DNA, o que permitirá que, no final da divisão, sejam formadas duas células idênticas com o mesmo número de cromossomos.
Terminada a fase S, inicia-se a fase G2, que continuará até o início da divisão celular. Como a síntese de DNA é finalizada, a produção de RNA e a síntese de proteínas são retomadas. Em G2, a célula continua aumentando seu tamanho e duplicando as organelas. Como o volume da célula sofreu um grande aumento, faz-se necessário o início da divisão celular.
As etapas da interfase correspondem a 95% do ciclo celular, e sua duração depende das
condições fisiológicas nas quais uma célula encontra-se. As células do epitélio intestinal de um rato, por exemplo, apresentam a fase G1 com duração de 9 h, fase S com duração de 7h, G2 com duração de 1 a 5 horas e mitose com apenas 1 hora.
Vale frisar que as etapas G1, S e G2 ocorrem em células que entrarão em divisão celular.
MEIOSE
A meiose é um processo de divisão celular caracterizado pela formação de quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos da célula-mãe.
Podemos dividir a meiose em duas etapas: divisão I e divisão II. Cada uma das duas etapas é dividida em quatro fases. Na meiose I, temos a prófase I, metáfase I, anáfase I e telófase I. Já na meiose II, temos a prófase II, metáfase II, anáfase II e telófase II.
- Meiose I
A meiose I inicia-se pela prófase I. Essa etapa pode ser dividida em cinco etapas. A primeira delas é o leptóteno, que é caracterizado pela condensação dos cromossomos em alguns pontos específicos. Esses pontos são denominados de cromômeros.
A próxima fase é o zigoteno, momento em que é possível observar os cromossomos homólogos emparelhados. Denominamos de sinapse o emparelhamento dos homólogos.
O emparelhamento atinge sua perfeição na fase de paquiteno, quando é possível observar o chamado bivalente ou tétrade. O bivalente são os pares de cromossomos totalmente emparelhados. Nesse momento poderá ocorrer o crossing-over, também chamado de permutação, processo caracterizado pela troca de partes entre os cromossomos homólogos. Esse fenômeno é muito importante para que haja uma maior variabilidade genética na espécie.
Na etapa chamada de diploteno, os cromossomos iniciam a separação. Nesse momento é possível observar os quiasmas, pontos onde as cromátides se cruzam. Por fim, ocorre a diacinese, que é quando acontece a separação dos cromossomos homólogos, com o deslizamento dos quiasmas para as extremidades do bivalente. Ocorre também nesse ponto um fenômeno chamado de terminalização dos quiasmas.
Ao final da diacinese, ocorre a desintegração da membrana nuclear, e os cromossomos homólogos espalham-se pelo citoplasma.
Inicia-se então a metáfase I. Nesse momento, há cromossomos muito condensados e presos às fibras do fuso que se formaram durante a prófase I. Os cromossomos ficam dispostos na região mediana da célula.
Na anáfase I, cada cromossomo homólogo é puxado para os polos da célula. Essa anáfase diferencia-se da anáfase da mitose, pois não ocorre o rompimento dos centrômeros, ocorrendo a migração de cromossomos inteiros.
Em seguida, ocorre a telófase I. Os cromossomos começam a se descondensar, a membrana nuclear é refeita e os nucléolos reorganizam-se. Após essa etapa, ocorre a divisão do citoplasma e a separação das duas células-filhas.
No final da meiose I, há duas células com metade do número de cromossomos da célula-mãe. Podemos considerar essa etapa como reducional.
- Meiose II
Entre uma divisão e outra (intercinese), não ocorre uma nova duplicação do material genético. A meiose II assemelha-se muito com a mitose, sendo considerada uma divisão equacional, pois o número de cromossomos permanece igual.
As células-filhas iniciam a primeira etapa, a prófase II. Nesse momento, os cromossomos se condensam e é formado o fuso. Os nucléolos e a membrana nuclear fragmentam-se novamente.
Inicia-se a metáfase II, os cromossomos atingem seu maior grau de condensação. Eles prendem-se às fibras do fuso pelos centrômeros e alinham-se no plano equatorial da célula.
Na anáfase II, as cromátides irmãs são levadas para os polos. Vale destacar que nessa etapa ocorre a separação dos centrômeros.
Na telófase II, os cromossomos desespiralizam-se, os nucléolos surgem novamente e a carioteca reorganiza-se.
Por fim, ocorre a citocinese II e a formação das células-filhas.
MITOSE
A mitose é um processo de divisão celular que resulta na formação de duas células-filhas com as mesmas características genéticas e o mesmo número de cromossomos. Esse processo, considerado uma divisão equitativa, promove o desenvolvimento do organismo, manutenção da homeostase, renovação dos tecidos e reprodução assexuada.
Antes do início da mitose, a célula é encontrada em um período chamado de interfase. Durante essa etapa, a célula tem seu DNA duplicado e ocorre a produção de proteínas. Após a interfase, inicia-se a divisão celular. Didaticamente, costuma-se dividir a mitose em quatro fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase. Veja a seguir os principais eventos que ocorrem em cada fase.
♦ Fases da Mitose
No final da mitose, obtêm-se duas células-filhas iguais em números de cromossomos
→ Prófase
- Primeira etapa da mitose;
- Durante essa fase, os cromossomos ficam visíveis em virtude de sua condensação;
- A membrana nuclear desorganiza-se;
- Os centríolos, que se duplicaram na interfase, migram para o polo da célula. Inicialmente aparecem fibras em torno dessas organelas que constituem o áster; depois, entre um centríolo e outro formam-se as fibras do fuso;
- O nucléolo desaparece e o seu material é distribuído pela célula.
→ Metáfase
- Nessa etapa, os cromossomos condensam-se em seu grau máximo. Em virtude dessa característica, essa fase é a melhor para a análise dos cromossomos;
- Cromossomos ligam-se às fibras do fuso e são alinhados na região mediana da célula, formando a placa metafásica ou placa equatorial.
→ Anáfase
- Ocorre o rompimento dos centrômeros e as cromátides migram para os polos da célula em virtude do encurtamento das fibras do fuso. Quando as cromátides migram juntas para o mesmo polo, ocorre um processo chamado de não disjunção cromossômica, fazendo com que uma célula fique com mais cromossomos que outra;
- Essa fase finaliza-se quando os cromossomos filhos atingem os polos.
→ Telófase
- Fase final da mitose;
- Ocorre o desaparecimento das fibras do fuso;
- Os cromossomos descondensam-se;
- Ocorre o reaparecimento do nucléolo e do envoltório nuclear (cariocinese);
- No final dessa fase, observa-se a divisão do citoplasma (citocinese) e a distribuição das organelas entre as células-filhas. Nas células animais, a citocinese acontece por estrangulamento em razão do aparecimento de um anel de actina e miosina na região equatorial da célula. Por se iniciar na periferia da célula, essa citocinese é chamada de centrípeta.

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