Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Controle dos estoques Controlar os estoques é uma tarefa das mais relevantes da Administração de materiais. E segundo Ballou, (2007 p. 204) “o controle de estoques é parte vital do composto logístico, pois estes podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção substancial do capital da empresa. Portanto, é importante a correta compreensão do seu papel na logística e de como devem ser gerenciados”. Isso já é motivo mais que suficiente para a empresa investir tempo e recurso em metodologias, ferramentas e sistemas que viabilizem esse controle. As empresas podem adotar metodologias de controle desde as mais simples até as mais sofisticadas, pois tudo depende do volume que a mesma mantem em estoque e a natureza dos itens estocados. Veja em linhas gerais algumas formas de controlar os estoques propostas por Ballou, (2007): Controle de estoques através do método Duas gavetas ou Estoque mínimo: método simples de controle de estoques, quase visual. O processo de reposição inicia quando o estoque chega a quantidade mínima prevista, suficiente para cobrir o tempo de ressuprimento. Controle de estoques através do método da Reposição periódica: o ressuprimento acontece em prazos pré-determinados, (uma vez por semana, a cada dez dias...) método simples também que pode ocasionar alguns transtornos caso o fornecedor seja muito inflexível em relação a alteração das datas de entrega. Controle de estoques através do método Just In Time (JIT): Método utilizado para os itens críticos da organização. Essa sistemática exige preparação de todos os envolvidos para que não falte material, pois o material só vai ser reposto somente na data acordada e na quantidade combinada. Além dos métodos apresentados existem outros também utilizados pelas organizações, tais como: Sistema de produção empurrada (onde a compra de matérias-primas é feita antecipada e a produção também é antecipada) e os produtos acabados é que vão para o estoque. Sistema de produção empurrada (a matéria-prima só é comprada quando houver um pedido) que ajuda a empresa a trabalhar com estoques próximos de zero. O fato é que independente da maneira que a Área de materiais irá controlar os estoques, o mesmo deve ser do conhecimento de todos na organização e atender as prerrogativas estratégicas dos negócios. Antes de tudo, o empreendedor precisa saber que estoque é investimento, ou seja, é dinheiro. Então a melhor dica é que se trabalhe com níveis adequados à demanda e, de preferência, com o estoque de seus fornecedores. É importante planejar o estoque para conhecer o capital da empresa. Confira! https://www.youtube.com/watch?v=gsgdku5mJ8s Aquisição e acompanhamento A aquisição é uma das atividades mais relevantes de uma organização porque é onde o capital da empresa é gasto, ou seja, se a aquisição foi realizada, um pagamento terá que ser executado. Como a aquisição ocorre a partir da necessidade de reposição de materiais para linha de produção ou para as áreas de vendas dos varejistas, não é o setor de Compras que determina “o que” ou “quanto” comprar, mas determina “de onde” comprar. O Setor de Compras depende das informações advindas da Área de Planejamento de Materiais a qual é responsável por avaliar os estoques e solicitar a reposição dos materiais. A partir do momento que o Setor de Compras recebe a lista de compras o fluxo de aquisição inicia. Em linhas gerais é possível dizer que esse fluxo pode seguir dois caminhos: Reposição simples ou Aquisição de produto novo, os quais exigem decisões distintas em grande parte das operações. Veja os exemplos abaixo: Reposição simples: Nesse material, a reposição simples ocorre quando o produto já faz parte da linha da produção da empresa e os fornecedores já estão devidamente desenvolvidos, homologados e as informações mais relevantes, tais como preços, lead time do fornecedor, qualidade e outros, já são conhecidas. Na reposição simples as atividades do Setor de Compras são mais de processamento dos pedidos e follow up, sem muitas dificuldades de gerenciamento. Aquisição de produtos novos: Para o caso de aquisição de materiais novos (e de fornecedor novo também) o ideal é trabalhar em forma de projeto, pois há possibilidade de desenvolver a matéria-prima o provedor concomitantemente ao desenvolvimento do produto desde sua fase embrionária. (Fase embrionária significa que o produto ainda não existe, está em fase de concepção). Em linhas gerais, para produtos novos o fluxo segue a seguinte lógica: Determinação da matéria prima que será adquirida Solicitar avaliação do Setor de Controle de Qualidade Pesquisar o mercador fornecedor para identificar as possibilidades Colocar o material em teste ou fazer protótipo Identificar o fornecedor (ou fornecedores) no mercado Dar retorno ao fornecedor e formalizar preços Contatar o fornecedor e iniciar a sondagem para “sentir” o interesse Iniciar o fornecimento Marcar reunião comercial para discutir assuntos introdutórios e solicitar orçamento para lotes mínimos Acompanhar o fornecimento por determinado período para uma avaliação Trocar documentos para pesquisa comercial (Consultas a órgãos competentes, CNPJ e outros) Avaliar os indicadores do fornecimento, normalmente o Histórico da Qualidade = Confiabilidade de entrega + Retorno rápido + condição do produto, entre outros indicadores pertinentes Solicitar amostra para lote piloto Considerar o fornecedor homologado Realizar visita técnica nas instalações do futuro fornecedor Fornecedor faz parte da lista dos fornecedores padrões Receber a amostra Outras atividades pertinentes... É possível observar pela lista de atividades, as quais ocorrem antes do fornecedor fazer parte da “reposição simples”, que o fluxo é longo e tem como principal objetivo desenvolver parcerias com fornecedores que tenham interesse e estejam devidamente capacitados tecnicamente a atender a empresa. O setor de compras agora é estratégico. Entenda mais sobre o assunto fazendo a leitura do artigo a seguir. http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/721 Isso leva tempo, dessa forma a empresa precisa se planejar para que o desenvolvimento de um fornecedor preceda o lançamento do produto no mercado. Muitas empresas envolvem seus provedores desde a concepção do produto, pois com isso, o tempo entre a ideia e o lançamento do produto novo no mercado diminui consideravelmente. Tudo isso ocorre para garantir que a linha de produção receba matérias-primas ou componentes de qualidade assegurada.
Compartilhar