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Batman e a Filosofia

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Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI- Campus Santo Ângelo
Filosofia do Direito
Direito Diurno
Batman e a Filosofia – O cavaleiro das trevas da alma - Part. II
Grupo: Bruna Botton, Daniel Amaral, Eduarda Retore, Nadine Langner e Rafael Oliveira.
Terra de Ninguém: Gotham City e Nova Orleans
	No capítulo é comparada a semelhança da queda de Gotham City através de um terremoto com a tragédia em Nova Orleans ocorrida em 2005, em que uma enchente devastou a cidade. No decorrer do enredo podemos nos lembrar das crenças de Thomas Hobbes, no argumento de que o ser humano quando volta a seu estado natural fica inclinado a guerras e desconfianças, de fato que o homem, se torna homem sociável convivendo em uma sociedade civilizada. Aprende vendo.
O caminho para Terra de Ninguém.
	Gotham ruiu da noite para o dia, por conta de um terremoto de magnitude de 7,6 que devastou a cidade. As únicas construções que permaneceram intactas foram as que a empresa Wayne fortaleceu. A mansão Wayne, contudo, ruiu. Pois para que a estrutura histórica fosse reforçada a batcaverna seria descoberta.
	Nos próximos meses Batman lutou para sobreviver e sair dos escombros para então ver os prejuízos. A elite da cidade acaba indo embora após suas estruturas serem destruídas, e eles não tinham a disposição de construir tudo novamente. Assim a população começa a entrar em desespero de várias maneiras e isso inclusive contribuiu para a queda de uma ponte. O comissário de polícia Jim Gordon, tenta manter a paz, entretanto em um momento de fraqueza ele mesmo busca emprego em outra cidade.
	Em meio a isso, Bruce Wayne vai a Washington convencer o governo federal a ajudar Gotham, pedindo pela vida das 7 milhões de pessoas da cidade.
	Em nosso mundo real, a tempestade provocada pelo furacão Katrina e as enchentes foram a tragédia de Nova Orleans, em torno de 80% da cidade ficou submersa após uma falha dos sistemas de controle, a maior parte da inundação surpreendeu os moradores, pois ocorreu à noite enquanto eles dormiam, embora o governo federal não tenha ido tão longe quanto na ficção, demorou alguns dias para que providencias fossem tomadas, alguns políticos inclusive cogitaram a ideia de abandonar a cidade entre os pântanos que a cercavam. Ao contrário da ficção, Nova Orleans havia sido alertada anteriormente do desastre iminente e algumas precauções haviam sido tomadas como construção de abrigos no Centro de Convenções. A ruptura social não foi tão grande como em Gotham City, mas um significativo caos ocorreu.
	Sobrevivência acima da Justiça: Vilões, Gangues e o Estado de Natureza de Hobbes.
	Após o terremoto Gotham se encontra em uma profunda calamidade, sem eletricidade e outro meio de comunicação qualquer, assim como Nova Orleans.
	Nesse momento encontramos o estado natural do ser humano, citado por Hobbes. As pessoas começam a buscar meios de sobrevivência e de formas brutais umas com as outras, um exemplo é quando Scaface atira em um menino por um pacote de biscoito, outro exemplo é que as pessoas começam a se juntar em gangues e pichando seus símbolos para demarcar território e saber se estão em ambiente hostil ou amigável.
	Hobbes pintou um estado natural obscuro da sociedade, alegando que fora da sociedade nós nos tornamos seres brutos em guerra uns com os outros. Hobbes percebeu sua teoria na prática quando viveu seu exílio na França durante a guerra civil inglesa na década de 1640. O ser humano ao sentir medo, busca proteção de uma forma ou outra, a necessidade de segurança foi elencado também pelo psicólogo Abraham Maslow na sua teoria das necessidades humanas sendo demonstrada através de uma pirâmide. Quando o homem se sente inseguro, ele busca a segurança e quem a promove lhe satisfaz.
	Em “O Leviatã”, Hobbes, demonstra que sempre que um país entra em guerra civil, ele retorna à condição de estado de natureza.
	Nos dias em que ocorriam as inundações em Nova Orleans, foram relatados estupros, assassinatos, assaltos e conflitos entra várias gangues locais, enquanto a população vivia sob o estado de pânico. Nova Orleans, não contava com um Batman para estabelecer a ordem, mas sim com um Estado, forças armadas, defesa civil. Nova Orleans, não era Gotham, mas seu estado naquele período era praticamente o mesmo.
Willian petit versus Jim Gordon: “violência na busca pela justiça”
Tem a presença de duas análises distintas, sob o modo de se opor á anarquia e reconstruir a confiança social na polícia. Gordon fala do poder paternal, onde busca manter os padrões de justiça, á medida que retoma o controle da ordem social. Petit, é déspota, procura tomar o poder por meio da intimidação e força. Petit se torna cada vez mais obcecado pela violência, alegando que o único modo de combater os criminosos é extermina – lós. Gordon então, expressa uma lição maquiavelista, colocando a lei em prática para gerar confiança social.
Testemunha dos humanitários não violentos
Na história, existem alguns humanitários amantes da paz, que é o caso do padre Christian, e a médica Leslie Thompkins. O padre transformou a igreja em um centro para refugiados, chegando a obrigar até o vilão espantalho. O espantalho acabava por sabotar alimentos, fazendo com que o padre negociasse com outro vilão, chamado de pinguim; o mesmo fornecia suprimento ao padre, que em troca, deixava o vilão estocar armas no porão. Após uma luta, o padre se desfez das armas.
A médica, também transforma sua clínica em refúgio, chegando a abrigar um assassino. Ambos os humanitários, estavam preparados para enfrentar as consequências do seu humanismo, ainda que se sacrificam para os outros. Batman e Gordon precisam seguir o exemplo do padre e da médica, se não, entrariam no ciclo de insanidade de Petit.
"É a minha cidade" Batman e a restauração da ordem
No início de "terra de ninguém" muitos se questionaram porque o Batman desapareceu. Então depois de três meses ele volta e percebe que precisa mudar o jeito com que vai intimidar os criminosos.
Com isso, ele aprende a trabalhar com as gangues, reconhecendo que as pessoas se sentem perdidas sem um líder. Assim, Batman torna-se líder de uma gangue.
Com Gotham destruída, ele faz um plano junto com seus colegas. O plano final visa o estabelecimento da ordem, e para isso ele tenta reconciliação com o Jim Gordon, o que faz com que Jim se distancie de Batman por sentir-se traído após a ausência dele nos primeiros meses.
Como detetive, Batman descobre crimes que vão contra a ordem social. Então, como líder de uma gangue ele caminha pelas ruas exigindo tributos para reestabelecer regras e melhorar a estrutura da cidade para os cidadãos. 
O fino véu
A devastação de Gotham e a enchente de Nova Orleans nos faz perguntar "o quão próximo nós, em nossas comunidades, estamos da anarquia?”.
O inimigo supremo do Batman é o caos. E embora sempre iremos buscar a ordem social (assim como Batman) temos muito medo que não possamos sobreviver se ela desabar. Mas nessas horas, nossos próprios heróis, que são as pessoas, irão enfrentar os desafios. 
Gotham me forçou a isso
Quase todos os personagens principais reagem contra o Estado, o que é visto como fraco. Batman e Jim Gordam apoiam o Estado, mas rejeitam sua autoridade exclusiva na área da segurança. Isso vai mostrar a precariedade da regra política e o relacionamento problemático deles dois com o Estado.
Precisamos de uma droga de distintivo?
Legitimidade e violência
Dando início ao texto, o autor faz uma breve comparação do Super-Homem com o Batman. Ao qual diz que o Super-Homem, por agir como um verdadeiro soldado americano e reconhecer a autoridade do Estado, agindo sempre visando o bem maior, tem legitimidade, autorização para usar da força como forma de minimizar os conflitos/crimes em Gotham City. Ao contrário de Batman, onde suas ações para combater o crime não são autorizadas nem legítimas.
Mesmo possuindo uma amizade com Batman, o Super-Homem afirma que se precisar escolher um lado, esse sempre escolheria o Estado, acatandoquais quer que fossem as ordens, até mesmo matar Batman.
O sociólogo Max Weber afirma que toda a força deve vir do Estado, somente esse pode agir coercitivamente, usar da violência. Ou seja, qualquer outra forma de violência que não veio do Estado, não será legitima mesmo aceita em algumas determinadas situações. São poucos os heróis legitimados a agir em nome do Estado, Batman possui papel subversivo, por exemplo, pois seu conceito de ordem e do bem vai além do Estado, onde a força é acrescentada ao Estado. 
Fala-se que o retorno de Batman para Gotham City aumentou a criminalidade, onde o prefeito não tomava atitude alguma, sendo necessário chamar uma mulher, Yindel, com experiência em resolver conflitos nas cidades. Porém, Gotham City não era uma cidade como as outras. Por não conhecer tal realidade, ela diz ser melhor a aplicação “preta e branca” da lei, onde Batman, sendo um vigilante, seria um criminoso, e decreta sua prisão.
Portanto, para cidades com pouca ordem, como Gotham City, a lei não funciona bem, e por isso precisam do Batman, mas Yindel, não vê a situação dessa forma, acreditando que a única força que deve existir é a força do Estado. Não percebendo que, mesmo só os legitimados agindo, podem haver imitadores com menos habilidades e motivações questionáveis.
Do beco do crime para a cidade do pecado: hobbes e gotham
Depois de ver os pais assassinados, Batman aprende a necessidade do controle no Beco do crime. Sendo o poder do Estado insuficiente para combater toda a criminalidade que paira sobre Gotham City, surge o Batman.
A história teve início, quando Batman e o general Gordon vão até Gotham City com o intuito de diminuir a criminalidade da cidade. A cidade era protegida por um detetive que se preocupava somente com a alta sociedade. Demonstrando, através da violência, como os problemas eram resolvidos na cidade. Foi então, Gordon quem preparou uma armadilha para capturar Batman, porém o detetive insistiu para que deixasse o assunto de lado, afinal, era Batman que estava reduzindo a criminalidade nas ruas. Porém, num jantar da alta sociedade, onde o detetive estava presente, Batman invadiu e ameaçou a elite da cidade, provocando a ira do detetive, que torna a prisão de Batman como sua prioridade.
O detetive e seus cumplices, mesmo sendo autoridades legitimadas do Estado, acabaram por transformar a cidade num caos, usando de violência desnecessária e tornando suas atividades desonrosas. Em vez de o Estado colocar um fim no caos do estado de natureza, como Hobbes esperava, ele mesmo se torna participante da guerra de todos contra todos.
Origem de governo para Hobbes: “... os seres humanos têm liberdade, mas são guiados por paixões, e a liberdade logo se torna licenciosidade, e estado de natureza se transforma em guerra de todos contra todos. Assim, não existe ordem, nem a possibilidade de justiça. A situação se torna tão opressiva que o homem cederá quase toda a sua liberdade a um soberano para que a ordem seja estabelecida.”
Muito pouca segurança
Neste tópico o autor compara outros personagens com Batman, como Judson Caspian,do qual teve uma origem parecida com a do super heroi, onde sua família atacada na volta de uma apresentação de ópera, e sua esposa foi morta. Após esse episódio Caspian argumentando que a falha do estado em manter a segurança o levou a se tornar o ceifador. Caspian, e sua filha buscam trazer a ordem, fora do mundo politico, sua filha entra para o convento e Caspian se torna um “justiceiro”, onde matava bandidos com a justificativa de estar salvando a cidade, com ou sem o consentimento dela, mas ao invés de se envolver em uma ação coletiva ou mobilização política, ele usa da violência para combater o mal.
Uma das formas em que ele agia era em busca assassinato em larga escala ,do contrário de Batman, que visava a justiça. Caspian vai atrás de um criminoso que está sob custódia da policia e o mata, junto com os oficiais que o protegiam, alegando que aqueles que conscientemente protegem o mal, devem sofrer a punibilidade junto com ele.
O trabalho do ceifador é estabelecer a ordem em um mundo hobbesiano (um mundo que precisa de medidas urgentes, já que os homens são considerados maus por natureza), se autodenominando Leviatã, porém no livro leviatã de Hobbes, ele resolve os problemas do estado da natureza por meio de um contrato social coletivo e não pela força bruta individual.
Outro personagem é o Harvey dent, um incorruptível promotor, porém sofreu um acidente com ácido durante o julgamento e isso mudou sua concepção de vida. Ele é um leal agente, mas ineficaz e sua incapacidade de agir, transforma Harvey em um sujeito que resolve as injustiças com a criminalidade.
O ceifador é a resposta individual e violenta e sem medidas ao fracasso da segurança coletiva que o Estado, pelos termos do contrato social onde cada um é obrigado a abdicar do poder ilimitado e redirecionar esse poder para a manutenção da ordem e da estabilidade. 
O anti- Batman, rebeliões nietzschianas.
Weber e Hobbes têm a concepção de que o estado traz segurança e é bom. Friedrich Nietzschianas vê o estado como uma ameaça a auto expressão e auto superação individuais, mudando os cidadãos e tornando-os a sua imagem.
Anarky é um jovem seduzido pelo pensamento anarquista, como o ceifador ele surge combatendo as pessoas impopulares, como traficantes de drogas, ele diz que o que o difere dos outros é que ele só usa da força quando ela é realmente necessária, não como uma força de punição. Anarky compara como os políticos corruptos estão em suas limusines, seguros, enquanto há cidadãos de bem, que tem medo de andar nas ruas em que são usados dos seus impostos para mantê-la. Ele tem um sonho e nesse sonho, não há existência do estado, e com isso as pessoas se tornam cruéis e embrutecidas.
Analisando a situação entre Batman e coringa o Estado impõe uma ordem mais social do que política, onde o coringa reage tentando destruir qualquer ordem. Há uma dualidade entre Batman e coringa, como se fosse um equilíbrio, pois Batman é obcecado pela ordem e o coringa é obcecado em desafiá-la.
A Verdadeira Dupla Dinâmica: Batman e Gordon
	O capitulo inicia com Gordon sendo entrevistado e ao que aparenta de uma certa forma ele defende Batman por aceitar os serviços do morcego. Batman-Gordon é uma ordem que vai além do Estado. De acordo com Weber o Estado não é o único que pode utilizar da violência com legitimidade e ele de fato possui um papel construtivo na manutenção da ordem, contrário ao que diz Nietzsche. Mas a sociedade também possui um papel a desempenhar no que se refere à segurança, Batman inspira isso e Gordon sabe disso.
	Ao mesmo tempo, as feitorias de Batman não eram legítimas por completas, ele mesmo afirma que nenhum homem pode se autodenominar juiz, júri ou executor. Batman, no entanto, sempre prendia ladrões, e os deixavam amarrados para que a polícia os levasse. Batman tinha habilidade de pronunciar a justiça, mas se recusa a fazer isso. Isso nos demonstra o lugar do Estado, que seria quem pronunciaria a justiça e executaria a pena cabível.
	Na história contada o Estado é fraco e infiltrado, no decorrer o conselho das mães, solicita prisão de Batman, o considerando um mau exemplo para as crianças, e a Força Tarefa da Segurança das Vitimas exigem proteção para as vítimas de Batman. Um psicólogo chega a chamar o homem-morcego de “fascista social” por sua vontade de ordenar a sociedade à sua própria imagem. Após ouvir isso o prefeito declara a incompetência de Gordon, assim o prefeito cogita se reunir com os vilões e por negar auxílio da polícia acaba sendo morto.
	Batman viola os direitos civis dos criminosos, pois ele não tem autoridade para agir como agente da lei e Gordon sabe disso. Mas ele não coloca o direito e a lei, acima da justiça e da ordem. Precisamos de direitos para ter a justiça. Em defesa de Batman, Lana Ling diz: “Vivemos em um ambiente de crime e injustiça, com medo, e surge um homem que nos salva da escuridão, mostrando que o poder esta e sempre esteve emnossas mãos.”.
	O relacionamento informal e pessoal entre Batman e Gordon se mostrou necessário, Batman não dosará as punições e Gordon não pode contar com seu departamento para perseguir os mutantes. No processo eles instauram uma ordem precária que parece ser legítima.
	Embora isso deixe a cidade mais tranquila para dormir, sabendo que alguém esta vigiando durante a noite, isso representa um perigo para o Estado. O Estado acredita que deve monopolizar o uso legítimo de violência e mais do que isso, Batman, e em menor escala Gordon, desafiam o Estado nessa questão, pois o homem morcego almeja o uso da violência para prender os vilões. A ironia no relacionamento de Batman e o Estado esta no fato de que quanto mais ele reduz o crime e instala a ordem pública mais desafia o Estado, enquanto isso fica cada vez mais óbvio que o uso de violência por parte do Estado é ineficaz. Dessa maneira Gordon se torna a chave para controlar Batman para que não se torne uma ameaça por completo, pois Batman confia em Gordon e entrega os vilões para ele, em troca Gordon reconhece sua ajuda como parte exceção do monopólio do Estado.
Teorizando o governo
Batman e Gordon, mantem – se unidos, e suas ideias, mantém o governo alinhado. Isso mostra como a sociedade deve participar de sua própria defesa, e ressalta a importância dos relacionamentos pessoais e a confiança da linha entre o justo uso da violência e a aplicação apropriada da lei.
Ria, e o mundo rirá com você. 
Texto o qual, relata as insanidades de coringa, e nos mostra se o mesmo é merecedor de punições pelo que fez; muito diriam que sim, porém, analisemos o primeiro capítulo do livro, e nos recordaremos que pessoas insanas com frequência, não são responsáveis, do ponto de vista moral. Então, pensando assim, o coringa não é moralmente responsável por suas ações. Porem, seu estado mental, não permite que ele pratique os crimes com liberdade.
Tirando morcegos da torre
Nessa parte do livro, o autor tenta apresentar quem é o Coringa. Ele fala que o Coringa é insano. Há vários tipos de problemas mentais que justificam a categoria de pessoas insanas. 
O coringa é considerado louco, mas não apenas por g fazer coisas estranhas, mas também por apresentar perturbação mental.
Quando ele feriu Bárbara Gordan nem piscou e isso mostrou uma clássica atitude psicopata. 
O autor traz a diferença entre responsabilidade causal e responsabilidade moral. A causal é quando nos perguntamos se a ação da pessoa é a causa para determinado acontecimento. A responsabilidade moral é quando a pessoa é o sujeito apropriado do elogio ou da culpa moral por essa ação. 
No final, o autor fala que embora o Coringa seja um evidente responsável causal por seus atos, talvez não seja sempre causador moral deles
Colocando mais uma carta na mesa (não se preocupe, não é um coringa)
	Estamos no mesmo barco que o Coringa quando falamos de determinada forma sobre livre-arbítrio - se nenhum de nós tiver livre-arbítrio, então ninguém pode ser responsável moralmente pelo que fez. 
	Internamente, quando decidimos alguma coisa, estamos o tempo todo diante de opções legítimas e que fazemos escolhas livres entre elas. Tal afirmação é explicada pelo determinismo: a visão de que, para qualquer momento no tempo, o estado do mundo naquele momento é totalmente fixo ou predeterminado, pelos estados anteriores do mundo.
	Caso o determinismo estiver correto, não somos nada mais do que um produto de acontecimentos que tiveram origem muito antes da nossa existência. Ou seja, qualquer escolha aparente ou curso para seguir, já está determinado, não dando muito espaço para o livre-arbítrio.
	Quem não concorda com o determinismo, usa o argumento científico, como a mecânica quântica, sendo uma razão para acreditar que o passado não determina com perfeição o futuro, ou falam que o determinismo revolta nosso senso comum, motivo para rejeita-lo.
	Mesmo que o determinismo seja verdadeiro e o que fazemos seja determinado pelos estados passados das coisa e as leis da natureza, ainda há espaço para exercer o livre-arbítrio. E enquanto isso existir, há também espaço para a responsabilidade moral.
Saltando de cabeça
“A queda da liberdade”
Muitos filósofos acreditam que exercer o livre arbítrio é aceitar as responsabilidades que o acompanham. O que nos difere dos animais é a capacidade de exercer desejos sobre outros, em refletir sobre eles e ter a capacidade de modulá-los quando motivados.
Em ter o controle de saber o que é mais valido, dentre os seus desejos, qual tem mais importância. Porém, tem pessoas que não conseguem exercer seu livre arbítrio, como os dependentes de drogas. Essa dependência inibiu a capacidade da formar desejos de segunda ordem, que pese acima do desejo da droga. No entanto o autor comenta sobre a primeira vez que o indivíduo usa a droga, neste momento ele esta livre dessa necessidade, que ele escolheu usá-la sabendo das consequências que acarretaria. No caso do Coringa, sua falta de sanidade impõe sobre os desejos de segunda ordem, concluindo que todas as suas ações após a perda da sanidade, não foram realizadas de forma livre. Ou seja, a responsabilidade moral, por tal escolha, se transmite em ações do presente, onde pela presença do livre arbítrio o colocou na situação atual.
O autor se pergunta sobre a ignorância do dependente quando começou a fazer o uso da droga, se ele não tinha consciência das consequências, coringa, também ao entrar no mundo do crime, poderia não possuir dimensão da situação em que se chegaria.
Quem ri por último?
A ideia central é que sua loucura inibia a capacidade de criar desejos de segunda ordem, quanto aos desejos de primeira ordem, onde possuía os desejos maníacos. Acaba criando um conflito entre “aceitar” a insanidade de coringa, do qual não poderia responder de forma consciente devido seu transtorno e acolhe-lo como um coitado. Como deve ser tratado à situação desse dilema, onde toda essa problematização o faz achar tudo engraçado.

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