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Trabalho Os fascismos

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Fernanda Almeida Nunes
RESENHA:
Os Fascismos
Contagem
2017
		 
Resenha do texto Os Fascismo do autor Francisco Calos Teixeira da Silva. Para a matéria: Formação do Mundo Contemporâneo. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Contagem
2017
No texto “Os Fascismos” para o autor o fascismo se converteu novamente em um movimento de massas em todos os lugares. Nesse sentindo, o fascismo não pode ser tratado como um movimento morto, pertencente à história e sem qualquer papel político contemporâneo. Se sabe qual a prática e as consequências do fascismo, como também é um fato que não é um fenômeno puramente histórico somente, preso no passado. 
 É denominado de fascismos o conjunto de movimentos e regimes de extrema direito que dominou um grande número de países europeus desde o início dos anos 20 até 1945.
Após o final da década de 80, o fascismo conheceu uma vigorosa retomada de interesse, com novas abordagens e novas teorias explicativas, graças ao acesso a novas documentações e ao regimento do fascismo como movimento de massas. 
 Portanto o fenômeno fascista surge como uma possibilidade da moderna sociedade de massas e não apenas de um período histórico envolvido apenas ao passado. 
Na unidade básica do fenômeno do fascismo, o autor insere-se na preocupação em apresentar uma teoria explicativa geral desse tipo de movimento político, superando as análises fragmentadas em diversas narrativas descritivas e históricas, onde o fascismo aparece como uma etapa da Alemanha. 
 O novo estudo da história resolve um terreno onde as ideias e práticas fascistas já vicejavam antes da guerra e tiveram um forte papel no ânimo de guerra e nas decisões sobre as resistências e a continuidade da luta, culminando na colaboração com o fascismo ocupante. 
 Muitos dos regimes de coalizão nacional que assumiam o poder na maré vazante do fascismo eram compostos de aliados políticos e institucionais de primeira hora do fascismo. 
 Assim, o esquecimento dos primeiros tempos surgia como projeto de recuperação política da Europa dilacerada. Como o caso Alemão a desnazificação é marcadamente incompleta e permite uma ponto visível entre o fascismo histórico e o neofascismo.
 A historiografia sobre fascismo entrou na guerra fria e consolidaram alguns mitos. Como de um lado os esforços de identificar fascistas e seus aliados, e de outro a preocupação crescente em estabelecer o mais rápido possível o esquecimento sobre a extensão do fenômeno fascista. Para muitos, o fascismo ficou circunscrito ao nazismo e associado exclusivamente na história da Alemanha. 
 De acordo com Wolfgang Schieder afirma que se reconhece como fascistas movimentos nacionalistas extremistas de estrutura hierárquica e autoritária e de ideologia antiliberal, antidemocrática e anti- socialista que fundaram ou intentaram fundar, após a primeira Guerra Mundial regimes estatais autoritários. Portanto, pode se afirmar então que as especificidades do nazismo são históricas de caráter nacional e não uma essencialidade, algo único em relação aos demais fenômenos fascistas. Pois os fascismos possuiriam suas próprias especificidades nacionais, históricas específicas que não descaracterizariam a universalidade e autonomia do fenômeno entre outras formas de autoritarismo. 
 Foi com esse debate que surgiu a teoria totalitarismo, tendo como elemento comum as condições específicas das massas que propiciariam o domínio totalitário. No qual seria a mobilização das massas contra um inimigo comum objetivado. 
 Como fenômeno exclusivo de uma época que foi o fascismo, se enfraquece perante novas circunstancias históricas, porém, seu ressurgimento nos obriga a lançar mão de um novo arsenal teórico e de novos métodos que podem explicar as duas marés fascistas, unificando a teoria explicativa do fascismo, como modelo de reação, organização e participação das amplas camadas populares nas modernas sociedades industriais ou em transição à industrialização. 
 O autor recupera o fascismo como grande unidade de análise, agrupamento de configurações políticas de traços diversos, marcado entretanto por forte coerência interna e externa. Todos os líderes fascistas tinham um mesmo programa, partilhavam a mesma concepção de mundo, criavam mecanismos similares de manipulação de massas, detinham o mesmo ódio e desprezo pelo liberalismo e pelo socialismo, e perseguiam da mesma forma minorias identificadas com a alteridade. No texto, o autor trabalha o conceito de fascismo como uma unidade de traços diversos que dão coerência a um fenômeno. 
 O autor elenca quatro itens importante como: o antiliberalisbo e antiparlamentarismo, o estado orgânico e a liderança carismática, a comunidade do povo e a sociedade corporativa; o fascismo enquanto revolução e por fim, a destruição do eu e a negação do outro. 
 No primeiro item, o fascismo acusa as formais liberais de organização e de representação, o parlamentarismo liberal de originarem a crise contemporânea. Era preciso um estado forte, dominador e iria impedir o conflito social no plano interno, fortalecendo o país no pano externo. 
 O fascismo ofereceria uma variada gama de organismos sociais, onde o estado deveria ser visto de forma harmoniosa, despido de contradições no seu próprio interior. Era o Estado autoritário onde há a união entre Estado e partido único que deveria prevalecer. Pois no fascismo o Estado é instrumento fundamental para fins garantidores da própria existência da comunidade nacional. 
O estado fascista surge como uma policracia, com fontes autônomas de poder, reunidos em torno de uma doutrina que serve de argamassa, gravitando em torno de uma personalidade autoritária e carismática, o líder nacional. 
 No qual esse estado desconhece as fronteiras do Estado liberal, intervindo em tudo, no domínio público e privado, economia e a família. O terrorismo e as lutas de rua foram as armas básicas das milícias fascistas na destruição do Estado liberal. 
 Como plano econômico, o fascismo propunham um Estado supraclassista e acima dos interesses privados e de suas representações partidárias, sendo uma corporação do trabalho. Era relação direta de colaboração entre capital e trabalho. 
 Depois da conquista do Estado, era cabível o restabelecimento da ordem, com a valorização da produção correspondia à eliminação da luta de classes, aos interesses coletivos, nacionais. 
 Com relação à destruição, em virtude da barbárie do holocausto, ficou definitivamente marcado pelo anti-semitismo, pelo ódio ao judeu, e outros grupos minoritários. O fascismo identifica em si mesmo valores absolutos e qualquer diferença identificados como categorias antinacionais torna o objeto de eliminação violenta.
 O fascismo rompe com a tradição de participação política do Ocidente e por isso mesmo, aproxima-se tanto de posturas místicas e cultiva cerimonias cívicos coletivos. Deste modo o novo homem fascista é antes de tudo a falsa projeção concretizada de tudo aquilo que para ele mesmo é uma perda.

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