Buscar

APOSTILA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 35 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas 
transformam o mundo" (Paulo Freire) 
 
2017 
 
 
 
Profº André Rodrigues 
 
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Carga Horária: 60 Horas 
 
EMENTA 
A disciplina abordará os fundamentos e características da educação 
ambiental, de seus marcos históricos de origem internacional nacional e estadual, a 
natureza pedagógica, metodológica e teórica dos seus pressupostos para formação 
do Especialista em Gestão Ambiental. 
Analisar as políticas públicas voltadas ao universo da educação ambiental 
e discutir as características das distintas correntes político-pedagógicas existentes. 
Ao mesmo tempo, busca elucidar a efetivação da Educação Ambiental no Processo 
da Gestão Ambiental e para o Desenvolvimento Sustentável. 
 
OBJETIVO 
Propiciar ao aluno a compreensão dos marcos históricos, epistemológicos 
e conceituais da Educação Ambiental (EA); Examinar as políticas e programas de 
educação ambiental implantadas no Brasil e no Maranhão; Compreender a crise 
ambiental no mundo contemporâneo e as consequências relacionadas a ela; Discutir 
a gênese do Desenvolvimento Sustentável e suas bases pra a construção de 
Sociedades Sustentáveis; Conhecer as principais Correntes pedagógicas em 
Educação Ambiental; Explorar a Educação no Processo de Gestão Ambiental; 
Conferir como são feitos projetos de Educação Ambiental para resolução de 
problemas socioambientais. 
 
METODOLOGIA 
Aula expositiva e dialogada; Leitura e debates dos textos; Trabalhos 
individuais e em grupo; Produções escritas. 
 
AVALIAÇÃO 
Processual e contínuo, levando em consideração a assiduidade e 
participação, bem como na resolução dos trabalhos individuais ou em grupo 
adotando meios que fundamentem o entendimento abordando a desenvoltura dos 
conteúdos. 
1. MARCOS HISTÓRICOS INTERNACIONAIS E NACIONAIS DA EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
 
Os debates sobre a Educação Ambiental no mundo contemporâneo estão 
associados aos problemas decorrentes do modelo de produção industrial e das 
consequências do uso desmedido dos recursos ambientais. Tal situação tem feito 
parte das preocupações dos mais variados setores da sociedade. 
A partir da década de 1960 em decorrência dos conflitos políticos, sociais 
e ambientais que aconteciam no cenário mundial, surgiram movimentos que 
buscaram colocar em discussão tal situação, tais eventos que iriam vi por acontecer, 
montaram a estrutura da Educação Ambiental que temos e seu arcabouço teórico. 
 Em 1962, a bióloga Rachel Carson, publica o livro “Silent Spring” 
(Primavera silenciosa), um clássico na história do movimento ambientalista. 
Trazendo os primeiros alertas mundiais do agravamento dos impactos ambientais, 
do uso de pesticidas e poluentes químicos e suas consequências na perda de 
qualidade de vida dos ecossistemas e da população. E em 1968, um grupo de 
cientistas de várias áreas passa a se reunir em Roma para discutir os problemas e a 
crise ambiental, e esse grupo fica conhecido como o Clube de Roma (DIAS, 2013). 
O Clube também buscava denunciar o consumismo que a humanidade estava 
praticando e que este ato a levaria a um possível colapso. 
Em 1965, na Universidade de Keele, na Grã-Bretanha, houve uma 
Conferência em Educação, surgindo neste evento o termo “Educação Ambiental”. É 
importante destacar que os conceitos surgidos nessa época ainda eram cristalizados 
e ainda baseados nos modelos racionalistas e cartesianos, como cita Reigota (2000, 
p.11 apud RUFINO & CRISPIM, 2015, p 03): 
[...] voltada especificadamente para um indivíduo fora de um contexto 
social e político, para a preservação de uma espécie de fauna ou da 
flora, de um ecossistema específico numa concepção biofísica, não 
superando o localismo de uma unidade de conservação ou de 
qualquer um destes elementos do meio ambiente em suas interações 
com os eixos sociocultural, político e econômico. 
 
Em 1972, o Clube de Roma, realizou em Roma uma reunião de cientistas 
dos países desenvolvidos para discutir o consumo e as reservas de recursos 
naturais não renováveis e o crescimento da população mundial até meados do 
século XXI. 
Com base nas ideias discutidas e nas reflexões realizadas nesta reunião 
foi publicado o documento, coordenado por Donella Meadows, intitulado Limites de 
Crescimento com o objetivo de mostrar como seria o futuro da humanidade, caso 
não houvesse transformações bruscas de comportamento e mentalidade. 
No mesmo ano, em 1972 foi realizado na Suécia (Estocolmo) a primeira 
tentativa governamental de harmonizar as relações homem-natureza, a Conferência 
Mundial sobre o Homem e o Meio Ambiente ou Conferência de Estocolmo, 
organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Reunindo representantes 
de 113 países, o evento tinha como objetivo de estabelecer uma visão global e 
princípios comuns para a preservação e melhoria do ambiente humano e chamar a 
atenção dos governos para a adoção de novas políticas ambientais, entre elas um 
Programa de Educação Ambiental, visando a educar o cidadão para a compreensão 
e o combate à crise ambiental no mundo. 
No final de 1975, como uma resposta à Conferência de Estocolmo, a 
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), 
realizou em Belgrado, Iugoslávia, o Encontro Internacional de Educação Ambiental, 
que produziu um documento denominado "Carta de Belgrado", escrito por vinte 
especialistas em EA, chamando atenção mundial para necessidade de uma nova 
ética ambiental. Nela é definido que a Educação Ambiental deve ser multidisciplinar, 
continuada e integrada às diferenças regionais e voltada para os interesses 
nacionais. O documento fala sobre a satisfação das necessidades e desejos de 
todos os cidadãos da Terra, tais como erradicação das causas da pobreza, do 
analfabetismo, da fome, da poluição, preconizando assim a ética global e a reforma 
dos processos e sistemas educacionais (GOTTARDO, 2003 apud TANNOUS & 
GARCIA 2008). 
Outro ponto importante da Carta de Belgrado é que ela tinha como meta 
desenvolver um cidadão consciente do ambiente total (preocupado com os 
problemas ambientais locais, as atitudes motivações, envolvimento e habilidades 
para trabalhar no plano individual e coletivo em busca de soluções para resolver os 
problemas atuais e prevenir os futuros). 
Em 1977 foi realizado em Tbilisi, na Geórgia, ex-URSS, a Conferencia 1ª 
Conferencia Intergovernamental sobre Educação Ambiental, o primeiro grande 
evento internacional acerca da educação ambiental (TOZONI-REIS, 2002). 
Na Conferência de Tbilisi vários especialistas de todo o mundo definiram 
os princípios, objetivos, estratégias e características da educação ambiental, além 
de formular as recomendações para a atuação internacional e nacional sobre o 
tema. No documento foi recomendado que a prática da EA deveria abarcar os 
aspectos que fazem parte da questão ambiental, ou seja, aspectos políticos, sociais, 
econômicos, científicos, tecnológicos, éticos, culturais e ecológicos, dentro de uma 
visão inter e multidisciplinar. 
Como consequência da Conferência de Estocolmo, foi criado pela ONU 
em 1983, a Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CME), cujas 
conclusões foram publicadas em 1987 em um documento conhecido como Relatório 
Brundtland, estabelecendo o conceito de desenvolvimento sustentável (PEREIRA 
JR, 2002 apud TANNOUS & GARCIA 2008). 
No mesmo ano da publicação do Relatório foi realizado em Moscou, ex-
URSS pela UNESCO-PNUMA, a 3ª Conferencia Intergovernamental sobre 
Educação Ambiental, reunindo educadores de 100 países. No evento se avaliou os 
avanços e dificuldades em EA, reconhecendo aimportância da implementação da 
educação ambiental nos sistemas educacionais dos diversos países (TANNOUS & 
GARCIA 2008). 
Esse evento veio também reforçar os princípios e objetivos definidos em 
Tbilisi, na qual a EA deveria formar os cidadãos, desenvolver habilidades e 
disseminar valores e princípios que permitissem à sociedade elaborar propostas 
para resolução dos problemas ambientais. 
Quatro anos após a Conferência de Moscou, o Rio de Janeiro veio a 
sediar em 1992 um evento que propunha a análise da proteção ambiental desde a 
Conferência de Estocolmo em 1972. Realizada pela ONU, a Conferência das 
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), que ficou 
conhecida como " Rio-92, Eco-92 ou Cúpula da Terra”. 
Entre outras discussões, veio reiterar as recomendações de Tbilisi, 
principalmente no que tange a interdisciplinaridade da EA, destacando três metas a 
serem priorizadas: a reorientação da educação ambiental para o desenvolvimento 
sustentável; promover informações sobre o meio ambiente, formar e conscientizar a 
população sobre os problemas que estavam ocorrendo no planeta; e, promover a 
formação de professores na área de educação ambiental. 
Durante o evento, também foi realizada a Jornada Internacional de 
Educação Ambiental, formulando o Tratado de Educação Ambiental para 
Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global, reafirmando o compromisso 
crítico da EA. De acordo com o tratado, a Educação Ambiental é indispensável para 
a sustentabilidade, pois, a educação ambiental deve ajudar a desenvolver uma 
consciência ética sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este 
planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites à exploração dessas formas de 
vida pelos seres humanos. 
E entre outras ações, ela deve: incentivar a produção de conhecimentos, 
políticas, metodologias e práticas de educação ambiental em todos os espaços de 
educação formal, informal e não-formal; promover e apoiar a capacitação de 
recursos humanos para preservar, conservar e gerenciar o ambiente, como parte do 
exercício da cidadania local e planetária. 
Outras discussões que ganharam destaque no evento foram: a situação 
socioambiental dos países e do meio ambiente decorrentes do estilo de 
desenvolvimento vigente; estabelecimento de mecanismos de transferência de 
tecnologias não-poluentes aos países subdesenvolvidos; avaliar as estratégias 
nacionais e internacionais para incorporação de critérios ambientais ao processo de 
desenvolvimento; busca por um sistema de cooperação internacional para prever 
ameaças ambientais e prestar socorro em casos emergenciais; e também, a 
formulação do conceito de Desenvolvimento Sustentável. 
De acordo com Feldman (1997), como resultado da Eco-92 foram 
assinados cinco documentos: 
 Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento – Uma 
carta contendo 27 princípios que busca estabelecer um novo 
padrão de vida para a sociedade, um novo tipo de presença do 
homem na Terra, através da proteção dos recursos naturais e da 
busca do desenvolvimento sustentável e de melhores condições de 
vida para todos os povos (FELDMAN,1997 ). 
 Agenda 21 – Documento mais importante da Conferência, a Agenda 
21 é um plano de ação que reúne propostas e prevê a promoção da 
qualidade de vida e desenvolvimento sustentável com vistas ao 
século 21 e que deve ser adotado global, nacional e localmente, por 
organizações do sistema das Nações Unidas, governos e pela 
sociedade civil, em todas as áreas em que a ação humana impacta 
o meio ambiente. 
 Princípios para a Administração Sustentável das Florestas – 
Declaração de princípios buscando um consenso global sobre o 
manejo, conservação e desenvolvimento sustentável de todos os 
tipos de florestas. 
 Convenção da Biodiversidade – Documento que tem por objetivos 
no art. 01, "o uso sustentável de seus componentes e a divisão 
equitativa e justa dos benefícios gerados com a utilização de 
recursos genéticos, através do acesso apropriado a referidos 
recursos, e através da transferência apropriada das tecnologias 
relevantes, levando-se em consideração todos os direitos sobre tais 
recursos e sobre as tecnologias, e através de financiamento 
adequado” (FELDMAN, 1997 ). 
 Convenção sobre Mudança Climática – A convenção alertava sobre 
as consequências das atividades antrópicas para a atmosfera de 
gases do efeito estufa, que resultara em um aquecimento da 
superfície do planeta e da atmosfera, o que poderá afetar 
adversamente ecossistemas naturais e a humanidade. Seus 
objetivos são: (a) estabilizar a concentração de gases efeito estufa 
na atmosfera num nível que possa evitar uma interferência perigosa 
com o sistema climático; (b) assegurar que a produção alimentar 
não seja ameaçada; (c) possibilitar que o desenvolvimento 
econômico se dê de forma sustentável (FELDMAN, 1997 ). 
 
Após a Rio-92, cria-se mais um novo documento, este também com 
extrema relevância, assim como a Agenda 21, formulam-se um documento chamado 
"Carta da Terra", contendo princípios éticos fundamentais e diretrizes de condutas 
para orientar pessoas, organizações e países para a sustentabilidade do planeta. 
Em 2002, Johannesburgo, na África do Sul, ocorreu a Cúpula Mundial 
sobre Desenvolvimento Sustentável – Rio+10, numa uma tentativa da ONU de 
reavaliar e implementar as conclusões e diretrizes obtidas na Rio-92. Dentre os 
poucos avanços, tivemos no campo da biodiversidade, a criação de um sistema 
internacional para divisão, com os detentores de recursos naturais e conhecimentos 
tradicionais, dos lucros obtidos pelos países ricos com o uso desses recursos. Mas, 
em contraposição, há no documento final da conferência muitas declarações vagas, 
sem o estabelecimento de meios para cobrar a implementação das medidas 
aprovadas PEREIRA JR ( 2002 ). 
Em 2012, dez anos após, acontece a Rio+20 no Brasil, onde foram 
debatidos a contribuição da “economia verde” para o desenvolvimento sustentável e 
a eliminação da pobreza, com foco sobre a questão da estrutura de governança 
internacional na área do desenvolvimento sustentável. 
 
 
2. POLÍTICAS E PROGRAMAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL IMPLANTADAS 
NO BRASIL E NO MARANHÃO 
 
Em consonância com os eventos que permearam a discussão e 
efetivação da Educação Ambiental a nível de internacional e nacional, tivemos no 
Brasil a criação de alguns instrumentos normativos e programas que vieram a 
concretizar o arcabouço legal da EA no país. 
A Educação Ambiental, foi formalmente instituída no Brasil na década de 
1980, pela Lei Federal de nº 6.938/81, quando foi criada a Política Nacional do Meio 
Ambiente (PNMA). A referida lei foi uma marco teórico para institucionalização da 
defesa da qualidade ambiental brasileira. Foi instituído na mesma lei o Sistema 
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), MMA – Ministério do Meio Ambiente, 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) 
e órgãos da administração pública federal, setorial, estadual, municipal de meio 
ambiente para possibilitar organicidade e todas as instâncias de ação principalmente 
governamentais. O sistema foi orientado para uma execução descentralizada, com 
repartição de responsabilidades entre as três esferas de governo e participação da 
sociedade civil na conservação do meio ambiente (MMA, 1997). 
No inciso VI do artigo 225, do capítulo VI do Meio Ambiente, da 
Constituição Brasileira em 1988 a EA foi citada pela primeira vez, destacando a 
necessidade de „‟promover a Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente‟‟, determinando a 
obrigatoriedade da EducaçãoAmbiental, tanto na esfera federal, quanto na estadual 
e municipal. Todavia, dissociada da dimensão pedagógica. 
Para LOPES et al. (1996 apud TANNOUS & GARCIA 2008, p. 11), 
Iniciou-se, então, a formulação de políticas e programas mais 
adaptado à realidade econômica e institucional de cada estado, 
permitindo maior integração entre as diversas esferas 
governamentais e os agentes econômicos. Alguns estados se 
destacaram, demonstrando consciência da necessidade de 
conservar seus recursos naturais remanescentes em razão do 
agravamento de seus problemas ambientais ou por possuírem 
melhor nível de informação sobre eles. 
 
Em 1994 foi criado o Programa Nacional de Educação Ambiental – 
PRONEA, tendo três componentes principais: capacitação de gestores e 
educadores, desenvolvimento de ações educativas, e desenvolvimento de 
instrumentos e metodologias, tendo em seus princípios a “concepção de ambiente 
em sua totalidade, considerando a interdependência sistêmica entre o meio natural e 
o construído, o socioeconômico e o cultural, o físico e o espiritual, sob o enfoque da 
sustentabilidade” (BRASIL, 2005). Contemplando ainda algumas linhas de ação 
como: Educação no processo de gestão ambiental; Campanhas de educação 
ambiental para usuários de recursos naturais; Rede de centros especializados em 
educação ambiental em todos os estados. 
No que tange a gestão ambiental, o PRONEA, cita o estímulo à 
implantação de sistemas de gestão ambiental por setores produtivos, em 
consonância com leis e normas, como as da série ISO 14000. E que os programas 
de gestão ambiental devem priorizar, em suas propostas, as causas dos problemas 
socioambientais e não apenas seus efeitos, almejando assim, a sustentabilidade 
socioambiental. 
A educação ambiental tornou-se obrigatória atreves da Lei n. 9.795 de 27 
de abril de 1999 quando é estabelecido a Política Nacional de Educação Ambiental. 
No Art. 2º afirma: “A educação ambiental é um componente essencial e permanente 
da educação nacional, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os 
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal” (DIAS, 
2000 p.202). Ou seja, as ações e práticas em EA devem esta voltadas ao coletivo e 
articuladas com a participação e parcerias do Estado, Escolas, Universidades e 
Empresas. 
O artigo 3º no inciso III, diz que os órgãos que compõem o SISNAMA, 
devem promover ações de educação ambiental integradas aos programas de 
conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente. E, no inciso V, diz que as 
empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, devem promover 
programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao 
controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do 
processo produtivo no meio ambiente (BRASIL, 1999). 
No parágrafo 2º, Inciso III do artigo 08, diz que os profissionais voltados 
para atividades de gestão ambiental devem ser preparados para trabalhar a EA. 
No âmbito do Estado do Maranhão, tivemos em menos de um década a 
institucionalização da Política Estadual de Educação Ambiental e o Sistema 
Estadual de Educação Ambiental do Maranhão pela Lei nº 9.279 DE 20 de outubro 
de 2010. E em 31 de agosto de 2012 o Decreto Nº 28.549 que dispõe sobre a 
regulamentação da Lei nº 9.279/2010. 
A Lei Estadual nº 9.279/2010 em seu Artigo 5, fala que a EA é 
componente essencial e permanente em todos os níveis e modalidades de 
processos de gestão ambiental no Estado e municípios. E dentre os objetivos da EA, 
deve está o desenvolvimento de programas, projetos e ações de educação 
ambiental integrados ao de gestão ambiental (Art. 8, inciso VI). Já os incisos I e VIII 
do Artigo 24, reforça que a EA deve esta nos processos de gestão ambiental e que 
devem ser orientados, apoiados e fiscalizados a participação de empresas públicas 
e privadas no desenvolvimento de programas de Educação Ambiental. 
Por fim, o Art. 26 reforça que a EA deve esta nos seguintes processos de 
gestão ambiental: Recursos Hídricos; Biodiversidade; Política Urbanística e Gestão 
Ambiental Municipal; Unidades de Conservação; Gerenciamento Costeiro; 
Zoneamento Ecológico-Econômico; Licenciamento Ambiental; Resíduos Sólidos e 
Saneamento Ambiental; Florestal; Patrimônio Ambiental Cultural; Controle da 
Qualidade do Ar; Turismo Sustentável; Territorial Agrário; e, Preservação, adaptação 
e mitigação das mudanças climáticas (MARANHÃO, 2010). 
Mais recentemente, o Governo do Estado do Maranhão no de 2017, por 
meio da Secretaria de Estado de Meio ambiente e recursos Naturais (SEMA) vem 
tentando instituir e implementar o Plano Estadual de Educação Ambiental ainda em 
fase preliminar. 
 
 
 
 
3. CONCEITOS E OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
As concepções filosóficas e conceituais da Educação Ambiental no 
decurso de sua história, está associado diretamente à evolução do conceito de meio 
ambiente e ao modo como ele era percebido. Ao mesmo tempo, relacionado 
também a evolução da crise socioambiental dos impactos causados pela ação 
humana no meio ambiente. 
O conceito de meio ambiente de acordo com Reigota (2002 apud 
FERNANDES NETO, 2012) é composto pelos aspectos bióticos (físico e químico) e 
abióticos. 
A Lei 6.938/81 por sua vez define o meio ambiente como "conjunto de 
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que 
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas" (BRASIL, 1981). 
A educação ambiental a partir da Política Nacional de Educação 
Ambiental é definida como: 
Art. 1º “Entende-se por educação ambiental os processos por meio 
dos quais o individuo e a coletividade constroem valores sociais, 
conhecimento, habilidades, atitudes e competências voltadas para 
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, 
essencial á sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, 
1999). 
 
Em complemento, o art. 2° diz que: “a educação ambiental é um 
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente, 
de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em 
caráter formal e não-formal”. 
Nesse sentido, a EA deve perpassar por todos os espaços, formais ou 
não para atuar em prol de um meio ambiente equilibrado. Kist (2009 apud Alcântara 
et al, 2012, p. 737) destaca que 
a Educação Ambiental traz consigo uma série de práticas e ações, 
que ultrapassam as barreiras ou fronteiras existentes entre a 
educação-formal e não-formal, estabelecendo vínculos e ligações, 
integrando a escola e a comunidade em torno dela (KIST, 2009 apud 
ALCÂNTARA Et Al, 2012, p. 737) 
 
Segundo Loureiro (2002), a EA é um processo educativo e social que tem 
por finalidade a construção de valores, conceitos, habilidade e atitudes que 
possibilitem o entendimento da realidade e a atuação consciente e responsável de 
atores sociais no ambiente, tendo em vista a qualidade de vida individual, coletiva e 
planetária. 
Para Tanner (1978 apud DIAS, 2004) a Educação Ambiental consiste nas 
relações homem-terra, podendo considerar ainda a relação homem-homem apenas 
quando esta afetam ou são afetados pela relação homem-terra. 
Minini (2000 apud DIAS, 2004) diz que a Educação Ambiental é um 
processo que consiste em propiciar às pessoa uma compreensão crítica e global do 
ambiente, elucidando valores e desenvolvendo atitudes que lhes permitam adotar 
uma posição consciente e participativa, a respeito das questões relacionadas com a 
conservação e adequada utilização dos recursos naturais, para a melhoria da 
qualidade de vida e a eliminação da pobreza extrema e do consumismo 
desenfreado. 
Assim, a EA deve ser vista, acima de tudo,como uma mudança de 
atitudes e, ser colocada como um ato político voltado para a transformação social, 
considerando a necessidade da sustentabilidade ecológica, social e econômica, 
buscada através de intervenções integradoras e coordenada. 
Para além disso, a educação ambiental também tem como objetivos a 
sensibilização, conscientização, mobilização, construção de valores, atitudes e 
comportamentos. 
Todavia, Leroy & Pacheco (2006) traçam alguns desafios que a educação 
ambiental apresenta na contemporaneidade, como: 
 Transformar a cultura e a concepção de mundo para poder mudar 
as relações com a natureza e com o planeta; 
 Enfrentar os atuais padrões de produção e de consumo 
insustentáveis; 
 Humanizar o território; 
 Inserir o trabalho na perspectiva da construção de um projeto de 
futuro para a humanidade e o planeta; 
 Repensar o tempo e o espaço; 
 ética, visão de mundo e direitos, humanos e ambientais; 
 democracia. 
 
 
4. CORRENTES PEDAGÓGICAS EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
No decorrer da história da Educação ambiental foram construídas 
algumas macro-tendências ou correntes pedagógicas. Algumas delas mais antigas e 
outras mais recentes. Entre as correntes que têm uma longa tradição em educação 
ambiental temos: a corrente conservacionista, sistêmica e humanista. Entre as 
correntes mais recentes: a corrente pragmática, popular e crítica. 
 
4.1 Educação Ambiental Conservacionista 
 
Possui uma prática educativa voltada a sensibilidade para com natureza, 
direcionada a conscientização ecológica, tendo por base a ciência ecológica e o 
horizonte centrado na conservação dos recursos ambientais como: a água, o solo, a 
energia, as plantas (principalmente as plantas comestíveis e medicinais) e os 
animais (pelos recursos que podem ser obtidos deles), o patrimônio genético, o 
patrimônio construído, etc (SAUVÉ, 2005). Nessa corrente há um preocupação com 
o desenvolvimento de habilidades de gestão ambiental dos recursos naturais. 
Os programas de Educação ambientais geralmente são centrados nos 
clássicos "3 R's”, reduzir, reutilizar e reciclar ou aqueles centrados em 
preocupações de gestão ambiental (gestão da água, gestão do lixo, gestão da 
energia, por exemplo) se associam à corrente conservacionista. 
Para Layrargues & Lima (2011) essa corrente tem o viés estrito na visão 
ecológica da crise e dos problemas ambientais, perdendo de vista as dimensões 
sociais, políticas e culturais. Uma vez que reduzem a "complexidade do fenômeno 
ambiental a uma mera questão de inovação tecnológica e porque, finalmente, crêem 
que os princípios do mercado são capazes de promover a transição social no 
sentido da sustentabilidade" (LAYRARGUES & LIMA, 2011, p. 07). 
 
4.2 Educação Ambiental Sistêmica 
 
Para os que seguem essa tendência, o enfoque é sistêmico, pois permite 
conhecer e compreender devidamente os problemas ambientais em suas realidades, 
permitindo a identificação e relação dos componentes de um sistema ambientais, 
como por exemplo, as relações entre os elementos biofísicos e os elementos sociais 
de um contexto ambiental. A análise das relações é essencial, pois a partir dela 
pode-se ter uma visão ampla e conjunta para se ter uma síntese da realidade 
analisada em sua totalidade. 
 
4.3 Educação Ambiental Humanista 
 
Esta corrente dá ênfase à dimensão humana do meio ambiente, edificado 
pela relação da natureza e da cultura. O ambiente não é somente conjunto de 
elementos biofísicos, mas, corresponde a um meio de vida, com suas dimensões 
históricas, culturais, políticas, econômicas, estéticas, etc. Não pode ser discutido 
sem se levar em conta sua significação, seu valor simbólico. O “patrimônio” não é 
somente natural, é igualmente cultural: as construções e os ordenamentos humanos 
são testemunhos da aliança entre a criação humana e os materiais e as 
possibilidades da natureza. A arquitetura, entre outros elementos, se encontra no 
centro desta interação. Para essa corrente, a cidade, a praça pública, os jardins 
cultivados, dentre outros, também são o meio ambiente. 
 
4.4 Educação Ambiental Pragmática 
 
A vertente pragmática da Educação Ambiental tem em seu cerne uma 
educação para o desenvolvimento e consumo sustentável. Pois, a partir dessa 
perspectiva poderia apresentar uma leitura crítica da realidade, caso aproveitasse o 
potencial crítico da articulação das dimensões sociais, culturais, econômicas, 
políticas e ecológicas na reflexão sobre o padrão do lixo gerado no atual modelo 
desenvolvimentista. Todavia, Layrargues (2002 apud LAYRARGUES & LIMA, 2011) 
aponta que essa corrente se direcionou para um viés pragmático, uma vez que 
serviu apenas como um mecanismo de compensação para corrigir a “imperfeição” 
do sistema produtivo baseado no consumismo, na obsolescência planejada e nos 
descartáveis. 
Para Layrargues & Lima (2011, p. 09), isso se deu porque 
porque esse sistema proporciona um significativo aumento na 
geração do lixo, que necessariamente deve ser reciclado para 
manter sua viabilidade. Dessa forma, essa vertente que responde à 
“pauta marrom” por ser essencialmente urbano-industrial, acaba 
convergindo com a noção do Consumo Sustentável, que também se 
relaciona com a economia de energia ou de água, o mercado de 
carbono, as eco-tecnologias legitimadas por algum rótulo verde, a 
diminuição da “pegada ecológica” e todas as expressões do 
conservadorismo dinâmico que operam mudanças superficiais, 
tecnológicas, demográficas, comportamentais. 
 
Essa tendência percebe o meio ambiente como um simples conjunto de 
recursos naturais em processo de esgotamento, remetendo ao combate ao 
desperdício e à revisão do paradigma do lixo que passa a ser concebido como 
resíduo, ou seja, que pode ser reinserido no processo industrial. Deixando margem a 
análise da distribuição desigual dos custos e benefícios ambientais pelos processos 
desenvolvimentistas. 
 
4.5 Educação Ambiental Popular 
 
A vertente popular está relacionada a tradução popular da educação, que 
percebe o processo educativo como uma prática social de formação de cidadania, 
de formação de sujeitos, que além de serem históricos, são políticos, capazes de 
agir criticamente na sociedade, em um conjuntura sociopolítica determinada, cuja 
ação resulta de um universo de valores construído social e historicamente. 
Para a EA Popular, mais do que resolver conflitos ou preservar a 
natureza, a EA entende "que a transformação das relações dos grupos humanos 
com o meio ambiente está inserida dentro do contexto da transformação da 
sociedade" (CARVALHO, 2001, p. 47). 
A corrente popular propõe a transformação das relações com o meio 
ambiente dentro de um projeto de construção de um novo ser social, baseado em 
valores libertários, democráticos e solidários (CARVALHO, 2001). 
 
4.6 Educação Ambiental Crítica 
 
A Corrente crítica traz uma abordagem crítica, práxica e emancipatória, 
marcada pelo pensamento de Paulo Freire e pelos princípios da Teoria Crítica. 
A EA Crítica compreende o homem como um ser sócio-histórico, capaz de 
agir na transformação da sociedade de consumo, através da criação de uma 
consciência crítica capaz de gerar novos conceitos e percepções acerca de atitudes 
e ações sobre meio natural, social e político. Incorpora em dentro de sua perspectiva 
conceitos como Cidadania, Democracia, Participação, Emancipação, Conflito, 
Justiça Ambiental e Transformação Social. 
Para ela, constatar os efeitos perceptíveis e as externalidades dos 
problemas socioambientais não é suficiente, é preciso antes de tudo identificar as 
causas da crise, buscando o enfrentamento político das desigualdades e da injustiçasocioambiental, contextualizando e politizando o debate ambiental, a partir das 
diversas dimensões da sustentabilidade e problematização das contradições dos 
modelos de desenvolvimento e de sociedade. 
A EA Crítica propicia também refletir sobre a necessidade da constituição 
de seres capazes de reconhecer a dimensão socioambiental da crise e suas formas 
de transformação. Nesta perspectiva, Loureiro (2004, p. 89) faz a seguinte referência 
acerca desse paradigma: 
(...) A Educação Ambiental (...) é aquela que possui um conteúdo 
emancipatório (...) vinculada ao fazer educativo, impliquem 
mudanças individuais e coletivas, locais e globais, estruturais e 
conjunturais, econômicas e culturais (...) dimensão política da 
educação (...) não cabe mais esperar o milagre da mudança de 
circunstâncias a partir de uma elite intelectual ou econômica 
(...).(LOUREIRO 2004, p. 89). 
 
A ação emancipatória que o autor supracitado se refere é a da educação 
em para a formação da cidadania. Um educar para a transformação da dominação 
capitalista a partir da atuação política, ética e consciente que irão de encontro com 
aos padrões de civilização e sociedade diferente dos atuais. 
 
4.7 Outras correntes 
 
Abaixo consta um quadro com algumas correntes pedagógicas em 
educação ambiental desenvolvidas no Brasil a partir do levantamento histórico feito 
por Sauvé (2003 apud SAUVÉ, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
Correntes 
Concepções do 
meio ambiente 
Objetivos da EA 
Enfoques 
dominantes 
Exemplos de estratégia 
Corrente 
naturalista 
Natureza 
Reconstruir uma ligação com a 
natureza. 
Sensorial 
Experiencial 
Afetivo 
Cognitivo 
Criativo/Estético 
Imersão 
Interpretação 
Jogos sensoriais 
Atividades de descoberta 
Corrente 
conservacionista 
Recurso 
Adotar comportamentos de 
conservação. 
Desenvolver habilidades relativas à 
gestão ambiental. 
Cognitivo 
Pragmático 
Guia ou código de comportamentos; 
Projeto de gestão/conservação. 
Corrente resolutiva Problema 
Desenvolver habilidades de resolução 
de problemas (RP): do diagnóstico à 
ação. 
Cognitivo 
Pragmático 
Estudos de casos: análise de situações 
problema 
Experiência de RP associada a um 
projeto. 
Corrente sistêmica Sistema 
Desenvolver o pensamento sistêmico: 
análise e síntese para uma visão global. 
Compreender as realidades ambientais, 
tendo em vista decisões apropriadas. 
Cognitivo 
Estudo de casos: análise de sistemas 
ambientais. 
Corrente científica Objeto de estudos 
Adquirir conhecimentos em ciências 
ambientais. 
Desenvolver habilidades relativas à 
experiência científica. 
Cognitivo 
Experimental 
Estudo de fenômenos 
Observação 
Demonstração 
Experimentação 
Atividade de pesquisa hipotético-dedutiva. 
Corrente 
humanista 
Meio de vida 
Conhecer seu meio de vida e conhecer-
se melhor em relação 
a ele. 
Desenvolver um sentimento de 
pertença. 
Sensorial 
Cognitivo 
Afetivo 
Experimental 
Criativo/Estético 
Estudo do meio 
Itinerário ambiental 
Leitura de paisagem 
Corrente 
moral/ética 
Objeto de valores 
Dar prova de ecocivismo. 
Desenvolver um sistema ético. 
Cognitivo 
Afetivo 
Moral 
Análise de valores 
Definição de valores 
Crítica de valores sociais 
Corrente holística 
Total 
Todo 
O Ser 
Desenvolver as múltiplas dimensões de 
seu ser em interação com o conjunto de 
dimensões do meio ambiente. 
Desenvolver um conhecimento 
“orgânico” do mundo e um atuar 
participativo em e com o meio ambiente. 
Holístico 
Orgânico 
Intuitivo 
Criativo 
Exploração livre 
Visualização 
Oficinas de criação 
Integração de estratégias 
complementares 
Corrente 
biorregionalista 
Lugar de pertença 
Projeto comunitário 
Desenvolver competências em 
ecodesenvolvimento comunitário, local 
ou regional. 
Cognitivo 
Afetivo 
Experiencial 
Pragmático 
Criativo 
Exploração do meio 
Projeto comunitário 
Criação de ecoempresas 
Corrente práxica 
Cadinho de 
ação/reflexão 
Aprender em, para e pela ação. 
Desenvolver competências de reflexão. 
Práxico Pesquisa-ação 
Corrente crítica 
Objeto de 
transformação, lugar 
de emancipação 
Desconstruir as realidades 
socioambientais visando a transformar o 
que causa problemas. 
Práxico 
Reflexivo 
Dialogístico 
Análise de discurso 
Estudo de casos 
Debates 
Pesquisa-ação 
Corrente feminista Objeto de solicitude 
Integrar os valores feministas à relação 
com o meio ambiente. 
Intuitivo 
Afetivo 
Simbólico 
Espiritual 
Criativo/Estético 
Estudos de casos 
Imersão 
Oficinas de criação 
Atividade de intercâmbio, de 
comunicação 
Corrente 
etnográfica 
Território 
Lugar de identidade 
Natureza/Cultura 
Reconhecer a estreita ligação entre 
natureza e cultura. 
Aclarar sua própria cosmologia. 
Valorizar a dimensão cultural de sua 
relação com o meio ambiente. 
Experiencial 
Intuitivo 
Afetivo 
Simbólico 
Espiritual 
Criativo/Estético 
Contos, narrações e lendas 
Estudos de casos 
Imersão 
Camaradagem 
Corrente da 
ecoeducação 
Pólo de interação para 
a formação pessoal 
Cadinho de identidade 
Experimentar o meio ambiente para 
experimentar-se e formar-se em e pelo 
meio ambiente. 
Construir sua relação com o mundo, 
com outros seres que não sejam 
humanos. 
Experiencial 
Sensorial 
Intuitivo 
Afetivo 
Simbólico 
Criativo 
Relato de vida 
Imersão 
Exploração 
Introspecção 
Escuta sensível 
Alternância subjetiva/objetiva 
Brincadeiras 
Corrente da 
sustentação e da 
sustentabilidade 
Recursos para o 
desenvolvimento 
econômico 
Recursos 
compartilhados 
Promover um desenvolvimento 
econômico respeitoso dos aspectos 
sociais e do meio ambiente. 
Contribuir para esse desenvolvimento. 
Pragmático 
Cognitivo 
Estudo de casos 
Experiência de resolução de problemas 
Projeto de desenvolvimento de 
sustentação e sustentável. 
Quadro 1: Correntes pedagógicas em EA desenvolvidas no Brasil, Sauvé, 2005.
5. CRISE AMBIENTAL NO MUNDO CONTEMPORÂNEO 
 
A história do planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. A 
vida humana dentro de nosso planeta é bem mais recente. E nesse processo de 
existência, a terra sempre esteve em quase total equilíbrio e harmonia. Todavia, com 
a ação do homem sobre a natureza esse equilíbrio passa a sofrer algumas 
perturbações em diferentes escalas. 
Nos últimos cinquenta anos, o impacto das ações humanas tem-se 
tornado bastante ameaçador, não apenas para a espécie humana, mas a todas as 
formas de vida que habitam nosso planeta. 
Assim, a influencia das atividades humanas, sobretudo a partir da 
revolução industrial e tecnológica, com o fenômeno da globalização, aliado ao modo 
de produção industrial, consumista e poluidor fez da economia o principal eixo 
articulador e construtor da sociedade, trazendo riscos cada vez maiores para todos 
os serem que habitam nosso planeta, em alguns casos, irreversíveis. 
Com a urbanização, a degradação ambiental atenuou-se ainda mais, pois, 
antes, alguns povos mantinham ligação direta com a terra, agora ela torna-se 
dependente dos grandes centros industrial. 
O avanço tecnológico faz com que os combustíveis fósseis passem a ser 
a principal matriz energética, com o carvão, gás e petróleo que em consequência do 
seu uso em demasia, atenuou fenômenos como chuva ácida e o efeito estufa. 
Inundações, furações e elevação do nível do mar são resultados desses 
fenômenos. Especialistas já constataram que o nível dos oceanos vem crescendo 
exponencialmente, podendo causar desaparecimento de espécies marinhas com a 
dessalinização dos oceanos e desaparecimentos de cidades e países costeiros. 
Outras consequências são: ruptura da camada de ozônio que impede a 
passagemde raios ultravioletas nocivos para a vida, o adensamento do dióxido de 
carbono na atmosfera, escassez de recursos naturais necessários para a vida 
(solos, nutrientes, água, florestas) e também o esgotamento de alguns (petróleo e o 
gás), perda crescente da biodiversidade, poluição dos corpos hídricos, 
desflorestamento afetando o ciclo hidrológico, acúmulo excessivo de dejetos 
industriais que não sabemos como reutilizar ou eliminar, poluição dos oceanos 
aumentando sua salinização, e o aquecimento global (que traz consigo eventos 
extremos, como: enchentes, tórridas secas, tufões devastadores, fome, destruição 
de safras provocando a emigração e a disputa por espaços e recursos). 
Para Guimarães (1995, p. 33 apud FERNANDES NETO, 2012, p. 34), 
Os seres humanos superaram, e muito, os seus limites biológicos de 
intervenção no meio, atingindo duramente a capacidade de suporte 
do ambiente. Isso deu-se principalmente a partir da revolução 
Industrial, em que o ser humano conquista tecnologia cada vez mais 
poderosa. Tecnologia que traz intrinsecamente em sua concepção de 
valores antropocêntricos, consumistas, fragmentados e por 
consequência destrutivos ambientalmente, em que a qualidade e a 
quantidade da intervenção dos seres humanos sobre a natureza por 
meio dessa tecnologia assumiram parâmetros atuais, com grandes e 
nefastos impactos ambientais. 
 
Devido as intervenções humanas nos processos naturais nos últimos três 
séculos, estamos vivendo uma nova era geológica, o Antropoceno, que se 
caracteriza pela capacidade de destruição do ser humano, acelerando o 
desaparecimento natural das espécies. De acordo Barbault (2011), estima-se 
estarem sendo eliminados entre 27.000 a 100.000 espécies por ano. 
Corroborando com o autor, o PNUMA afirma que mais de 122% das 
plantas de todo o mundo se encontram sob risco de extinção devido a perda de seus 
habitats naturais em consequência do desmatamento em função da produção de 
alimentos, do agronegócio e da pecuária. Com o desaparecimento das florestas, 
consequentemente animais, insetos e o regime de umidade são perigosamente 
afetados, aumentando também a expansão de desertos e erosão, causando fome e 
migração de milhares de pessoas. 
De acordo com Boff (2012), com o sistema econômico-financeiro e 
especulativo capitalista, hoje os 20% mais ricos consomem 82,4% das riquezas da 
Terra, enquanto os 20% mais pobres têm que se contentar com 1,6% apenas. As 
três pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores a toda riqueza de 48 
países mais pobres onde vivem 600 milhões de pessoas. 257 pessoas sozinhas 
acumulam mais riqueza que 2,8 bilhões de pessoas, o que equivale a 45% da 
humanidade. Atualmente 1% dos estado-unidenses ganha correspondente à renda 
de 99% da população. Os 500 milhões mais ricos (7% da população mundial) são 
responsáveis por 50% das emissões de gases do efeito estufa, enquanto 3,4% 
bilhões mais pobres (50% da população) respondem apenas a 7% das emissões, 
produtos do aquecimento global. 
Segundo Barbault (2011, apud BOFF, 2012), em 1975 precisávamos de 
97% da Terra para atender as necessidades humanas. Em 1980 exigíamos 100,6% 
da Terra. Em 2005 ja atingíamos 170% da Terra. Em 2011 nos aproximamos do 
170% de Terra. Se seguirmos esse ritmo, em 2030 precisaremos de pelo menos três 
planetas Terras iguais ao que temos. E se hipoteticamente quiséssemos 
universalizar para toda a humanidade o nível de consumo que os países ricos como 
os Estados Unidos, União Européia e o Japão desfrutam, seriam necessários cinco 
planetas Terra. 
Para Boff (2012, p. 15), 
A situação atual se encontra, social e ecologicamente, tão degradada 
que a continuidade da forma de habitar a Terra, de produzir, de 
distribuir, e de consumir, desenvolvida nos últimos séculos, não nos 
oferece condições de salvar a nossa civilização e, talvez até, a 
própria espécie humana; daí que imperiosamente se impõe um novo 
começo, com novos conceitos, novas visões e novos sonhos, não 
excluídos os instrumentos científicos e técnicos indispensáveis; trata-
se, sem mais nem menos, de refundar o pacto social entre os 
humanos e o pacto natural com a natureza e a Mãe Terra (BOFF, 
2012, p. 15). 
 
Devemos repensar as consequências dos benefícios e malefícios de 
nossos atos, de nossas políticas e das intervenções que fazemos na natureza, que 
podem destruir o frágil equilíbrio da Terra. 
Diante dessa conjuntura, é salutar a elaboração de um modo sustentável 
de vida em nosso planeta em todos os âmbitos, seja na natureza ou na cultura. Não 
se trata de salvar nossa sociedade, mas nossa civilização junto as demais formas de 
vida. 
 
 
6. EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
O progresso econômico e o crescimento populacional trouxeram consigo 
uma grande preocupação sobre como continuar crescendo/desenvolvendo com 
qualidade, sem comprometer a capacidade de suporte e a pegada ecológica dos 
recursos ambientais cada vez mais escassos. O conceito de sustentabilidade surge, 
então, com a necessidade de desenvolver atividades que durem a longo prazo, se 
auto mantendo, abastecendo o presente e preservando a sobrevivência futura da 
atividade. 
De acordo com o Relatório de Brundland, o desenvolvimento sustentável 
é definido como "aquele que atende as necessidades das gerações atuais sem 
comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem as suas 
necessidades e aspirações". 
Assim, o desenvolvimento sustentável perpassa por todos os setores, em 
especial aos relacionados aos recurso naturais, uma vez que são essenciais para a 
manutenção da vida humana e das outras formas de vida que habitam o nosso 
planeta. 
Ao se conceituar o desenvolvimento sustentável é preciso ser amplo e 
generalista, levando em consideração uma série de fatores que se interligam. 
Necessitando da colaboração de todos os atores sociais em prol de um bem comum, 
que é um ambiente equilibrado, devendo assim ser consequência do 
desenvolvimento social, econômico e da preservação/conservação ambiental. 
. Barbosa (2008) esquematiza a estrutura de sociedade que devemos ter 
para alcançar o desenvolvimento sustentável. 
 
 
Figura 1 - Desenho esquemático relacionando parâmetros para se alcançar o desenvolvimento 
sustentável. 
Com a Rio-92 e os eventos que sucederam desse encontro, apesar de 
algumas frustrações em relação aos pactos firmados, o que mais avançou foi o 
reconhecimento do desenvolvimento sustentável como uma possível e aceitável 
solução para os problemas ambientais e sociais enfrentados pelo mundo 
(CAMARGO, 2004 apud BARBOSA, 2008). 
Para Philippi (2001), o conceito de desenvolvimento sustentável hoje é 
permeado por várias concepções e interesses. Para os ambientalistas o 
desenvolvimento sustentável é o conjunto de transformações que deve ocorrer em 
relação ao consumo e produção, para que se inverta o quadro de degradação 
ambiental e a miséria social, determinando as prioridades da sociedade alinhadas a 
uma nova ética de comportamento humano e ações, pensando nos interesses 
sociais, coletivos. Para os economistas, trata-se de um alinhamento da economia 
com o meio ambiente, ou seja, a integração de critérios econômicos às práticas 
ecológicas, apoiada no desenvolvimento, reduzindo a miséria e não poluindo. 
Para Carla Canepa “o desenvolvimento sustentável caracteriza-se, 
portanto, não como um estado fixo de harmonia, mas sim como um processo de 
mudanças, no qual se compatibiliza a exploração de recursos, o gerenciamento de 
investimento tecnológico e as mudanças institucionais com o presente e o futuro” 
(CANEPA, 2007 apud BARBOSA, 2008). 
Boff (2012), nos diz que para se alcançar o desenvolvimento sustentável, 
temos queter a premissa de criar sociedades sustentáveis. Para ele, uma sociedade 
será sustentável quando 
se organiza e se comporta de tal forma que ela, através das 
gerações, consegue garantir a vida dos cidadãs e dos ecossistemas 
nos quais está inserida, junto com a comunidade da vida. Quanto 
mais uma sociedade se funda sobre recursos renováveis e 
recicláveis, mais sustentável ela se torna. Isso não significa que não 
possa usar de recursos não renováveis, mas, ao fazê-lo, deve 
praticar grande racionalidade, especialmente por amor à única Terra 
que temos e em solidariedade para com as gerações futuras (BOFF, 
2012, p. 128). 
 
Assim mediremos a sustentabilidade quando superarmos ou reduzirmos 
o nível agudo de pobreza, se os cidadãos estiverem ocupados em trabalhos 
significativos, se a seguridade social for garantida, se houver igualdade social, 
política e de gênero, e se as desigualdades econômicas forem reduzidas a níveis 
aceitáveis. E ao mesmo tempo, os cidadãos forem socialmente participativos, 
cultivando práticas de conservação e regeneração da natureza e puder ser efetivado 
concretamente a democracia ecológica (Boff, 2012). A partir desse termômetro 
disposto pelo autor, muitos países estão longe da efetivação da sustentabilidade. 
Boff (2012, p. 14), ainda conceitua a sustentabilidade como sendo: 
o conjunto dos processos e ações que destinam a manter a 
vitalidade e a integridade da Mãe Terra, a preservação de seus 
ecossistemas com todos os elementos físicos, químicos e ecológicos 
que possibilitam a existência e a reprodução da vida, o atendimento 
das necessidades da presente e das futuras gerações, e a 
continuidade, a expansão e a realização das potencialidades da 
civilização humana em suas várias expressões. 
 
Essa ações e processos para que aconteçam, devem ser fruto de um 
processo educativo pelo qual o homem redefina suas relações com o planeta, com a 
natureza, a sociedade e consigo mesmo. Dentro de critérios que tenham como 
premissa o equilíbrio ecológico e da construção de uma democracia socioecológica. 
A educação para sustentabilidade deve: permitir aos educandos se 
apropriar de todos os conhecimentos e experiências acumuladas pela humanidade, 
úteis para atender suas necessidades e desenvolver suas potencialidades; 
apropriar-se de critérios que permitam fazer a crítica e a avaliação dos 
conhecimentos e experiências do passado, para ver seu caráter situado e histórico, 
relativizá-lo e preservar o que realmente conta e vale pra vida; elaborar um projeto 
de vida dentro do processo socioecológico mais amplo; e, aprender a conhecer, 
aprender a fazer, aprender a ser, aprender a viver juntos com todas as formas de 
vida e de todos os seres (ARRUDA & BOFF, 2009). Acrescentaria ainda, que todas 
as instituições devem oferecer em suas instituições práticas educativas que versem 
pra esse tipo de sociedade. 
A Unesco em 2005 aprovou uma resolução que diz que os anos de 2005 
a 2014 seria a Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, neste 
documento ela define 15 estratégias para a educação para sustentabilidade. 
 Perspectivas socioculturais: direitos humanos, paz e segurança 
humana, igualdade entre os sexos, diversidade cultural e 
compreensão intercultural, saúde, AIDS e governança global; 
 Perspectivas ambientais: recursos naturais (água, energia, 
agricultura e biodiversidade), mudanças climáticas, 
desenvolvimento rural, urbanização sustentável, prevenção e 
mitigação de catástrofes; 
 Perspectivas econômicas: redução da pobreza e da miséria, 
responsabilidade e prestação de contas das empresas. 
 
Dentro dessa perspectiva, a sustentabilidade global só será garantida 
mediante o respeito aos ciclos naturais, consumindo com racionalidade os recursos 
renováveis e não renováveis, valorizando e preservando a biodiversidade, 
valorizando as diferenças culturais, colocando a ética no saber científico, superando 
o pensamento da tecnociência (valorizando os saberes cotidianos, populares, das 
culturas originárias e do mundo agrário) e centralizarmos nossas ações à equidade e 
ao bem comum. 
Quando nos referimos a ética, nos baseamos nas idéias de Boff (2005), 
que remete alguns princípios (afetividade, cuidado/compaixão, cooperação e 
responsabilidade) e virtudes (hospitalidade, convivência, respeito a todos os seres e 
comensalidade) como bases para uma ética da sustentabilidade para reconstrução 
de formas de convivência do meio social com o meio natural pautados no respeito à 
natureza, na preservação da biodiversidade e no compromisso social com a 
Sustentabilidade. 
Assim, a sustentabilidade com princípios éticos deve ser pautado do 
seguinte modo: 
 
 
A partir dessa análise desse esquema, percebemos o que cada ator 
precisa fazer para que trilhemos a um caminho mais sustentável e os valores que 
precisamos desenvolver. 
 
 
 
 
7. EDUCAÇÃO NO PROCESSO DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
Atualmente, a Educação Ambiental tem se tornado cada vez mais 
importante em nossa sociedade, sobretudo pela urgente necessidade da resolução 
da crise socioambiental que temos vivido na contemporaneidade. E ao mesmo 
tempo pela criação de um novo modelo de desenvolvimento, alicerçado na 
conscientização ambiental, participação da sociedade e práticas gestoras públicas e 
privadas que visem conhecer e minimizar a problemática ambiental e manter a 
qualidade de vida da sociedade em equilíbrio com o ecossistema. 
Dentro desse cenário, a Gestão Ambiental é indispensável para 
alcançarmos o desenvolvimento sustentável, pois esta: 
prima pelo desenvolvimento de uma visão integrada do meio 
ambiente, fundamentado numa abordagem científica e analítica para 
diagnosticar, gerar dados e propor soluções que minimizem os 
impactos ambientais causados ao meio natural pelas atividades 
humanas (DIAS, 2006 apud ALCÂNTARA ET AL, 2012, p.736). 
 
Constituindo-se em um saber que tem por objetivo articular as ações do 
diferentes atores e agentes sociais que se relacionam em um dado espaço e 
momento histórico, com vistas a garantir ajustamento dos meios de exploração dos 
recursos naturais, econômicos, sócio-culturais às especificidades do meio ambiente, 
com base em princípios e diretrizes previamente acordados/definidos nos territórios. 
Phillippi Jr. et al (2004, p.3) conceitua a gestão ambiental como "um 
processo, o qual se inicia quando se promove adaptações ou modificações no 
ambiente natural, de forma a adequá-lo às necessidades individuais ou coletivas, 
gerando dessa forma ambientes nas suas mais diversas variedades de conformação 
e escala". Ressalta ainda que ela também se constitui como uma atividade política 
voltada à formulação de princípios e diretrizes, à estruturação de sistemas 
gerenciais e à tomada de decisões que têm por objetivo final promover, de forma 
coordenada, o inventário, uso, controle, proteção e conservação do ambiente 
visando a atingir o objetivo estratégico do desenvolvimento sustentável. 
No intuito de promover a seguridade dos recursos naturais, sistemas 
ambientais e a conscientização acerca do uso dos mesmos, intensifica-se a pressão 
sobre os órgãos públicos e privados, sobretudo empresas, pra que busquem 
alternativas de desenvolver suas atividades econômicas de modo mais eficiente e 
sustentável. Dentro desse contexto surge os ISO's, desenvolvida pela International 
Organization for Standardization (ISO) são normas que estabelecem sobre a área de 
gestão ambiental dentro de empresas. 
A NBR ISO 14000 é a norma através da qual, se descreve os requisitos 
básicos de padrões de desempenhos baseado na política ambiental e em um 
Sistema de Gestão Ambiental. Desse modo, desenvolveu-se a norma ISO 14001 
quetem por finalidade: 
equilibrar a proteção ambiental e a prevenção de poluição com as 
necessidades socioeconômicas, estabelecendo as diretrizes básicas 
para o desenvolvimento de um sistema que gerencie a questão 
ambiental dentro de uma determinada empresa, ou seja, um Sistema 
de Gestão Ambiental (ISO 14001, 2004). 
 
Os Sistemas de Gestão Ambiental (SGA) são definidos segundo a NBR 
ISO 14001, como a parte do sistema de gestão que compreende a estrutura 
organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e 
recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental da empresa. 
Os ISO 14000 apresentam várias certificações que atestam se 
determinada empresa executa suas atividades de acordo com as normas do SGA. 
Via de regra, a Gestão Ambiental é consequência da evolução do 
pensamento em relação a utilização dos recursos naturais, composta pela união de 
técnicas, conhecimentos, tanto por parte da sociedade, bem como do setor 
empresarial, em busca de soluções e alternativas para manter o equilíbrio ambiental, 
reduzindo ou recuperando a degradação do meio natural. 
Dentro desse contexto, a Educação Ambiental formal ou não-formal tem 
sido implementada como um instrumento de Gestão Ambiental, pois essa área de 
conhecimento objetiva a mudança de valores e de comportamento da sociedade, 
buscando o desenvolvimento de atitudes que valorizem a postura ética e cidadã 
quanto às questões ambientais, bem como para pensar condições e meios de 
enfrentamento e mediação dos conflitos ambientais e de potencialização de 
propostas que visem a sustentabilidade e participação cidadã, no processo 
decisório. 
Segundo Layrargues (2002), o maior desafio e a tarefa prioritária da 
educação no processo de gestão ambiental consistem na possibilidade de, sem 
negar os conflitos existentes, mas mediando-os democraticamente, instaurar 
acordos consensuais entre os agentes sociais, por meio da participação, do diálogo, 
do exercício e da construção da cidadania. 
Dito isto, não é suficiente contarmos apenas com um sistema de gestão 
eficientes, é necessário colocarmos a Educação Ambiental como ponto de partida, 
atuando como um instrumento de Gestão Ambiental. 
 
 
8. EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA PRÁTICA: PROJETOS DE EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
 
A partir de tudo que já discutimos durante o material didático, é possível 
perceber o papel que a educação ambiental tem nos diversos espaços de nossa 
sociedade, sejam eles formais ou não formais. Daí sua importância, pois quando 
bem planejado pode-se ter resultados exitosos. Conforme Quintas (1997, p. 79): 
A prática da EA deve ter como um de seus pressupostos, o respeito 
aos processos culturais característicos de cada país, região ou 
comunidade.(...) Isto significa reconhecer que há diferentes modos 
de relacionamento homem-homem e homem-natureza. Na sociedade 
brasileira esses diferentes modos de relacionamento determinam a 
existência de conhecimentos, valores e atitudes que devem ser 
considerados na formulação, execução e avaliação da prática da EA. 
 
A EA deve estar presente em todos os ambientes: escolas, família, 
órgãos governamentais, empresas, dentre outros. 
Um projeto em educação ambiental configura-se como um conjunto de 
ações contínuas e interligadas, voltadas para um determinado objetivo. O projeto 
descreve em detalhes: o problema a ser enfrentado; quem serão as pessoas 
envolvidas; o que se pretende fazer; como, onde e por quem será desenvolvido; 
quais serão os recursos necessários. 
 
A elaboração do projeto para o desenvolvimento das propostas de ação 
para solucionar um problema socioambiental identificado é um bom instrumento de 
planejamento. Quando bem elaborado e organizado, facilita a obtenção de recursos 
junto a possíveis financiadores e consecução dos objetivos propostos. 
A seguir, será apresentado de forma resumida os elementos básicos que 
são utilizados usualmente em um projeto: 
 
a) Folha de rosto 
Contém a identificação do projeto: Título, Responsável pelo projeto 
(nome, telefone e e-mail), área de abrangência, público-alvo, período previsto, fonte 
de recurso/financiamento e parceiros. 
O título é a representação da ideia principal do projeto e, de preferência, 
deve retratar “o que”, “para quem”, “com que finalidade” e “o onde” do projeto. Se o 
projeto tiver um nome fantasia, este usualmente é indicado após o título. 
 
b) Resumo 
Apresenta uma descrição concisa do projeto, considerando o objetivo, o 
público-alvo, a metodologia a ser aplicada, as principais ações e os resultados 
esperados. Como traz uma síntese de suas principais informações, é ideal que o 
resumo seja redigido após a elaboração do projeto. 
 
c) Introdução 
A introdução apresenta o contexto, ou seja, o cenário atual da região/ 
local onde se pretende desenvolver o projeto. Deve trazer informações gerais sobre 
a área de atuação do projeto, sobre a comunidade e os problemas socioambientais 
existentes, buscando aproximar o leitor da realidade em que o projeto está inserido. 
 
d) Justificativa 
Uma vez apresentado o contexto, é importante justificar a necessidade de 
intervenção, e por que é importante realizá-la por meio do projeto. 
Na justificativa, é preciso descrever o problema a ser enfrentado, as 
dificuldades e desafios sobre os quais o projeto pretende atuar e os benefícios 
socioambientais esperados. 
Deve ser bem fundamentada, preferencialmente a partir de um 
diagnóstico da área de atuação do projeto: situação socioambiental, principais 
atividades econômicas, utilização dos recursos naturais e a caracterização do 
público-alvo do projeto. 
Assim, a inclusão de dados qualitativos e quantitativos, referências 
bibliográficas, documentos oficiais, legislação e outras experiências semelhantes é 
fundamental para embasar a justificativa. 
 
e) Público-alvo 
Este item descreve o público que será diretamente beneficiado pelo 
projeto. A indicação precisa do público facilita o estabelecimento de linguagens e 
métodos adequados para atingir os objetivos propostos. Assim, deve-se levar em 
consideração as características do público envolvido, como a faixa etária, o grupo 
social, a situação socioeconômica, dentre outros aspectos. 
A delimitação do público-alvo deve ser coerente com as metas e 
resultados almejados, podendo haver, se for o caso, a indicação de beneficiários 
indiretamente atingidos pelo projeto. 
 
f) Objetivos 
O objetivo deve refletir os propósitos do projeto e descrever o resultado 
que se pretende alcançar por meio de sua execução. Portanto, sua descrição deve 
ser clara e realista. Além disso, o objetivo deve ser passível de ser alcançado, por 
meio das metas e atividades propostas no projeto, sempre mantendo coerência com 
a justificativa. 
Geralmente, os objetivos são apresentados divididos em: objetivo geral e 
objetivos específicos 
 Objetivo Geral: reflete a situação ideal almejada e deve expressar o que se 
pretende fazer e alcançar no local, em longo prazo. Deve apresentar, de 
maneira geral e ampla, os benefícios a serem atingidos com a realização do 
projeto. 
 Objetivos Específicos: são alcançados por meio das atividades desenvolvidas 
no projeto. Refletem, portanto, os resultados esperados para estas atividades. 
Devem ser executáveis, viáveis, concretos e de verificação possível. 
 
g) Metas 
As metas apresentam o descritivo dos objetivos específicos. Devem ser 
concretas, quantificáveis e temporais, ou seja, expressar o período de tempo 
necessário para que sejam alcançadas. Cada objetivo específico pode ter uma ou 
mais metas. 
Por meio das metas é possível, no decorrer do projeto, acompanhar o 
quantodo que estava previsto foi realizado. 
 
h) Metodologia 
O método de trabalho descreve, passo a passo, o caminho para que as 
metas sejam alcançadas. Desta forma, todas as atividades a serem realizadas 
devem ser descritas em detalhes, incluindo as técnicas e instrumentos, os recursos 
necessários, a carga horária, o período previsto para a realização, os responsáveis 
(quais pessoas da equipe estarão envolvidas na execução), a divulgação, o registro, 
a forma de acompanhamento e de avaliação. 
São exemplos de método de trabalho: oficinas, debates, palestras, 
encontros e seminários, estudos do meio, teatro, jogos, dinâmicas de grupo, artes 
plásticas, atividades práticas, entre outros. 
A Metodologia indica os referenciais teóricos, ideias e conceitos 
considerados importantes e que contribuem para nortear a prática do projeto, 
justificando os métodos escolhidos e garantindo maior consistência ao projeto. 
 
i) Descrição das Atividades 
O planejamento minucioso das atividades permite estabelecer as formas 
mais eficazes de realizar o projeto, bem como prever os custos necessários e 
identificar antecipadamente situações que impliquem na alteração de estratégias 
para cumprir os objetivos propostos. 
O quadro “Detalhamento de Atividades e Produtos” apresenta atividades 
e produtos comuns em projetos de Educação Ambiental e sugere uma forma de 
detalhamento. 
 
j) Cronograma 
O cronograma apresenta como cada uma das ações propostas se 
distribui ao longo do tempo de duração do projeto, permitindo uma rápida 
visualização do conjunto das atividades e da sequência em que elas devem 
acontecer. Deve relacionar em que momento cada atividade será realizada no 
período de realização do projeto. 
Podem ser incluídos, além do período de desenvolvimento de cada 
atividade, a previsão de entrega de produtos (vídeos, publicações, etc.) e relatórios. 
 
k) Equipe e Parcerias 
A Equipe é formada pelas pessoas envolvidas na concepção, elaboração 
e desenvolvimento do projeto: coordenação, equipe técnica, pessoal administrativo, 
consultores, etc. 
A apresentação dos profissionais que já fazem parte da instituição e que 
irão se dedicar ao projeto ajuda a demonstrar a capacidade da instituição em 
desenvolver o projeto proposto. 
Também devem ser incluídos os profissionais a serem contratados e 
aqueles disponibilizados por parceiros. 
 
l) Monitoramento e Avaliação 
A avaliação é imprescindível no desenvolvimento de um projeto. Deve ser 
planejada já na fase de sua elaboração e ser realizada continuamente ao longo de 
sua execução, permitindo a verificação da concretização parcial ou total dos 
objetivos, o levantamento de acertos ou dificuldades, possibilitando o 
replanejamento das ações. 
 
m) Recursos necessários 
Somente detalhando bem as propostas de ação é possível prever quais 
recursos serão utilizados, ou seja, quais materiais, equipamentos, profissionais e 
serviços serão necessários para desenvolver cada ação. A identificação dos 
recursos necessários possibilitará a estimativa dos custos do projeto. 
 
 Orçamento: O orçamento traz o detalhamento dos gastos do projeto. Deve 
apresentar para cada atividade os recursos necessários e os custos/despesas 
correspondentes, bem como a fonte do recurso (próprios, financiamento, 
parceiros). 
 Cronograma Físico-Financeiro: O Cronograma Físico-Financeiro apresenta, 
ao mesmo tempo, o cronograma e os custos envolvidos para o 
desenvolvimento de cada atividade ao longo da execução do projeto, onde 
“físico” representa as ações a serem realizadas e “financeiro” representa o 
valor monetário respectivamente atribuído a estas ações. 
 
n) Bibliografia 
Apresenta a lista dos materiais consultados durante a elaboração do 
projeto que subsidiaram as informações, metodologias e dados apresentados, 
constante de: livros, artigos, documentos, mapas, filmes, inventários, jornais, 
sites, entre outros. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
ALCÂNTARA et al. Educação Ambiental e os Sistemas de Gestão Ambiental no 
desafio do desenvolvimento sustentável. Revista Eletrônica em Gestão, 
Educação e Tecnologia Ambiental, v(5), n°5, p. 734 - 740, 2012. 
ARRUDA, Marcos; BOFF, Leonardo. Globalização: desafios socioeconômicos, 
éticos e educativos. Ed. Vozes, Petrópolis, 2000. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: Sistemas 
da gestão ambiental – Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro, 
2004. 
BARBAULT, R. Ecologia geral: estrutura e funcionamento da biosfera. Petrópolis: 
Vozes, 2011. 
BARBOSA, Gisele. O Desafio do Desenvolvimento Sustentável. Revista Visões 4ª 
Edição, Nº4, Volume 1 - Jan/Jun 2008. 
BOFF, L. Sustentabilidade: o que é - o que não é. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. 
200p. 
_______. Ética da Vida, Rio de Janeiro, Sextante 2005. 
BRASIL, Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do 
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras 
providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm. 
Acesso em 05 de Outubro de 2017. 
______, Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental, 
institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. 
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9795.htm. Acesso em 05 de 
Outubro de 2017 
______, Ministério do Meio Ambiente, Diretoria de Educação Ambiental; Ministério 
da Educação, Coordenação Geral de Educação Ambiental. Programa Nacional de 
Educação Ambiental/ ProNEA. 3ª edição. MMA, Brasília, 2005. 
CARVALHO, I. C. M. Qual educação ambiental? Elementos para um debate sobre 
educação ambiental e extensão rural. In. Revistavista Agroecologia e 
Desenvolvimento Rural Sustentável,Porto Alegre, v.2, n.2, abr./jun.2001 
DIAS, G. Educação ambiental: princípios e práticas. 9. ed. São Paulo: Gaia, 2013. 
ESTADO DO MARANHÃO. Lei n° 9.279 de 20 de outubro de 2010. Institui a 
Política Estadual de Educação Ambiental e o Sistema Estadual de Educação 
Ambiental. São Luís: Diário Oficial do Estado do Maranhão, de 20 de outubro de 
2010. 
______________________. Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos 
Naturais. Decreto Estadual n° 28.549, de 31 de Agosto de 2012. Dispõe sobre a 
regulamentação da Lei nº 9.279, de 20 de outubro de 2010, que institui a Política 
Estadual de Educação Ambiental e o Sistema Estadual de Educação Ambiental do 
Estado do Maranhão. Publicado no Diário Oficial do Estado do Maranhão em 31 de 
Agosto de 2012. 
FELDMANN, F. (org.). Tratados e. organizações ambientais em matéria de meio 
ambiente. 2.ed. São Paulo: SMA, 1997. (Série Entendendo o Meio Ambiente, v.1) 
FERNANDES NETO, João. Das concepções às práticas: educação ambiental, 
meio ambiente e qualidade de vida no ensino fundamental. São Paulo, SP. SESI-SP 
editora, 2012, 176p. 
LAYRARGUES, P. P.; LIMA, G. F. C. Mapeando as macro-tendências político-
pedagógicas da educação ambiental contemporânea no Brasil. In: VI Encontro 
Pesquisa em Educação Ambiental, 2011, Ribeirão Preto. VI Encontro Pesquisa em 
Educação Ambiental: a pesquisa em educação ambiental e a pós-graduação. 
Ribeirão Preto: USP, 2011, v. 0. p. 01-15 
LAYRARGUES, P.P. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da 
reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. In: 
LOUREIRO, C.F.B., LAYRARGUES, P.P. & CASTRO, R. de S. (Orgs.). Educação 
ambiental: repensando o espaço da cidadania. São Paulo: Cortez. p. 179-219. 
2002. 
LEROY, Jean-Pierre; PACHECO, Tânia. Dilemas de uma educação em tempo de 
crise. In: Loureiro, C .F. B.; Layrargues, P. P.; Castro, R. C. De (Orgs.) Pensamento 
complexo, dialética e educação ambiental. São Paulo: Cortez. p. 72-103. 2006. 
LOUREIRO,C. F. B. Educação ambiental: repensando o espaço da cidadania. 
2ªed. São Paulo: Cortez, 2002.255p. 
_________________. Trajetória e fundamentos da educação ambiental. São 
Paulo: Cortez, 2004. 
PEREIRA JÚNIOR; J. S. Cúpula mundial sobre desenvolvimento sustentável, 
realizada em Johannesburgo, África do Sul. Disponível em: < 
apache.camara.gov.br>. Acesso em: out. 2008 
PHILIPPI, Luiz Sérgio. A Construção do Desenvolvimento Sustentável. In.: LEITE, 
Ana Lúcia Tostes de Aquino; MININNI-MEDINA, Naná. Educação Ambiental (Curso 
básico à distância) Questões Ambientais – Conceitos, História, Problemas e 
Alternativa. 2. ed, v. 5. Brasília:Ministério do Meio Ambiente, 2001. 
PHILLIPPI JR, Arlindo et al. Uma introdução à questão ambiental. In: Curso de 
Gestão Ambiental. Barueri,SP: Manole, 2004. 
RUFINO, Bianca; CRISPIM, Cristina. Breve resgate histórico da Educação 
Ambiental no Brasil e no mundo. Anais do VI Congresso Brasileiro de Gestão 
Ambiental. Porto Alegre – RS, 2015. 
SAUVÉ, Lucie. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, 
M.; carvalho, i. (Org). Educação Ambiental: pesquisa e desafios. Porto Alegre: 
Armed, 2005, p. 17-44. 
TANNOUS, Simone; GARCIA, Anice. Histórico e evolução da Educação 
Ambiental, através dos tratados internacionais sobre o meio ambiente. Revista 
Nucleus, v. 05, n. 2, p. 233-250, out, 2008, p 183-196. 
TOZONI-REIS, M. F. C. Formação dos educadores ambientais e paradigmas em 
transição. Revista Ciências e Educação. v 8, n 1, 2002.

Continue navegando

Outros materiais