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A luta pelo direito

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A LUTA PELO DIREITO
 Escrita pelo jurista Alemão Rudolf Von Ihering a obra “A luta pelo Direito” transmite ao leitor uma percepção de como o espírito do direito deve ser visto por todos aqueles que o estudam. O autor menciona que o fim do Direito é a paz, sendo esse conquistado através de lutas. Enquanto houver injustiças, haverá lutas. A vida do direito é a luta dos povos, dos governos e das classes sociais. Ele incentiva as pessoas a não abandonarem suas causas, não negligenciarem seus próprios direitos, dizendo que o Direito é condição de vida moral da pessoa e que a defesa do direito é um ato de conservação moral dos costumes de uma sociedade. 
 A figura de Themis, a Deusa da Justiça que guardava as leis e os juramentos dos homens e que era invocada pelos magistrados, impondo a balança em uma das mãos e a espada em outra, remetia justamente o que Von Ihering descreve em seu livro “A luta pelo Direito” a busca pelo direito em perfeito equilíbrio. Segundo cita Rudolf a espada sem a balança é a força bruta e a balança sem a espada é o direito impotente. Para ele a luta pelo direito é filosófica, pois o sentimento de injustiça causará revolta na sociedade e a conduziria a uma revolução. Logo, o direito está associado à ação, a qual é essencial para que as leis sejam feitas. 
 Segundo Karl Marx o processo de dominação gera conflitos entre classes sociais que progridem através das lutas por seus direitos e acompanha o desenvolvimento da história do direito das forças produtivas ou classes dominadas. Assim, pode se dizer que o direito advém através das lutas contra qualquer tipo de injustiça. Já na visão de, ele é obtido por meio de uma luta que deve ser vista por todos os que buscam o direito em favor da justiça, não com o intuito de mostrar que é o melhor, e sim com o objetivo de defender sua existência, sua independência e sua honra.
 Ihering compara a honra a uma dor do corpo ou as dores físicas, tal qual a moral, onde se deve lutar para se combater o mal. Para ele o Estado pune mais severamente os delitos que ameaçam o seu princípio vital particular, já para os outros mostra uma indulgência. Para ele o direito como princípio legal, jamais esteve em vigor e perdeu a sua força, não merece tal nome. Então, quando as pessoas têm o seu direito a honra ou a moral desrespeitados, devem procurar meios para a reparação do dano. Isso é garantido através dos direitos subjetivos ou objetivos. No entanto, após estarem acostumadas com seus direitos subjetivos violados, pouco se importam se os direitos da coletividade estão sendo cumpridos. Elas não compreendem a necessidade de se lutar pela proteção dos direitos individuais e coletivos por falta de informação ou até mesmo por comodismo. Portanto, as pessoas devem lutar pelo cumprimento dos direitos que a Constituição lhes garante, pois a defesa é sempre uma luta. Sendo assim, a luta é o trabalho eterno do direito e faz-se necessária para evitar o suicídio moral delas e para que ele se realize.

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