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fichamento a luta pelo direito

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Faculdade Anhanguera de São José.
Fundamentos Históricos e Introdução ao Estudo do Direito.
Professor: Volnei Rosalen.
Acadêmico: Luiz Miguel Nunes dos Santos.
Fichamento do livro: “A Luta Pelo Direito(16ªed.) - Ihering, Rudolf Von”.
	Pág. 1
	A vida do direito é uma luta, luta dos povos, do Estado, das classes, dos indivíduos. O direito não é pura teoria, mas uma força viva, por isso usa a balança e a espada como símbolos respectivamente de justiça e poder e uma não sobrevive sem a outra. O direito é um trabalho incessante tanto dos poderes públicos como de uma nação inteira.
	Pág. 2-3
	O direito pode ser representado como tendo duas faces, para uns tranquilidade, para outros o direito pode ser representado como tendo duas faces, para uns tranquilidade, para outros, transtorno. Teoria do direito vendo o lado da balança, puramente lógico como sistema abstrato, uma censura. Sentido duplo do Direito: objetivo e subjetivo. Objetivo: é o conjunto de princípios jurídicos aplicados pelo estado pela ordem legal da vida. E o subjetivo: é a transfusão da regra abstrata no direito concreto da pessoa interessada.
	Pág. 4-5
	A luta pelo direto subjetivo é o ponto focal do estudo escolhido. A manutenção da ordem jurídica, da parte do Estado, não é senão uma luta incessante contra a anarquia que o ataca. O direito forma-se sem dificuldades, transforma-se conforme a convicção das pessoas, como a linguagem que é viva, o direito também se modifica conforme as necessidades.
	Pág. 5-7
	O direito quando aceito e estabelecido para ser mudado, gera conflitos, porque indivíduos e classes inteiras prendem-se ao direito existente e não poderá ser mudado sem irritar a estes. Nisto surge as lutas pelas mudanças, a história comprova tal fato, mas a ideia do direito será eternamente um movimento progressivo de transformação.
	Pág. 8-11
	Não se pode contestar a evolução do direito, e é romantismo achar que o direito se
transforma sem dor, sem custo, sem ação, a realidade nos mostra o contrário. Desde os tempos primitivos o direito vem se modificando e pode se dizer que todas as conquistas do passado surgiram de forma dolorosa, mas um direito adquirido sem custa não vale.
	Pág. 11
	Direito subjetivo ou concreto é quando o direito é lesado ou usurpado, pode ser tanto
privado, como público ou internacional.
	Pág. 12-14
	Quando um indivíduo é lesado no seu direito ele terá que resolver se vai resistir e
lutar por ele ou se abandonará o seu direito, porém a decisão tomada em ambos os casos implicará num sacrifício. "A ideia fundamental do meu trabalho é, segundo me parece, tão incontestavelmente justa e irrefutável que consideraria perdido o tempo que gastasse a defendê-la contra aqueles que a combatem" (p. 14).
	Pág. 15-17
	A experiência traz dois tipos de indivíduos, um prefere a paz a um direito
dificultosamente sustentado e o outro que luta até o fim. Isto nos revela que cada indivíduo tem ponto de vistas individuais e sob o ponto de vista do direito as duas maneiras podem igualmente justificar-se.
	Pág. 19-23
	A luta pelo Direito é um dever do interessado para consigo próprio: O homem sem o direito desce ao nível do animal, a defesa do direto é um dever da própria conservação moral. Ninguém compreende o próprio interesse tão bem como ele., ninguém o segura com igual força, e, no entanto, ninguém, arrisca tantas vezes os seus haveres num processo.
	Pág. 24-30
	O sentimento jurídico excitado não se satisfaz com o simples restabelecimento do
direito. A dor física é um sinal de perturbação dos organismos, isso sucede exatamente com odor moral que causa a injustiça intencional. O termômetro da suscetibilidade, e por isso mesmo, a medida do valor que os Estados ligam as instituições, é o direito criminal. Em "A luta pelo direito", Ihering defende a ideia de que o direito deve ser conquistado pela luta. Esta, por sua vez deve perdurar enquanto o direito estiver sobre as ameaças da injustiça. Nenhum cidadão deve abster-se da luta pelo direito. "Todos os direitos da humanidade foram conquistados pela luta [...]". (p. 27). A paz só é encontrada no fim do direito que é conquistado pela luta.
	Pág. 31-33
	A suscetibilidade no que diz respeito a propriedade, o verdadeiro sentimento da
propriedade pode também enfraquecer sob a influência de circunstâncias e de afinidades nocivas. A propriedade não pode conservar-se sã e vivaz senão por uma contínua conexão como trabalho. O comunismo só prospera nos pântanos onde a ideia da propriedade está dissolvida na origem da corrente não se conhece.
	Pág. 34-36
	Inofensivo como ato de um só, produziria a ruína do direito se viesse a tornar-se a regra das ações. Como povo com efeito está entregue a si próprio, nenhum poder superior o desobriga do cuidado de defender seus direitos. Adquirir o direito, usá-lo, defendê-lo, não é, quando se trata de uma injustiça puramente objetiva mais do que uma questão de interesse, o interesse é o foco prático do direito, no sentido subjetivo.
	Pág. 37-42
	O direito que por um lado parece acorrentado aos homens, as baixas regiões do
egoísmo e do cálculo, eleva-os por outro a uma altura ideal, onde eles esquecem todas as sutilezas, todos os cálculos a que se tenham habilitados e a escalas da utilidade que até então lhe serviria para tudo por ela medir, para combaterem exclusiva e puramente por uma ideia. A atitude de um homem ou de um povo em presença de um ataque dirigido contra o seu direito é a mais segura pedra de toque do seu caráter.
	Pág. 43-44
	A defesa do direito é um dever para a sociedade: O direito concreto não recebe somente a vida e a força do direito abstrato, mas desenvolvê-las por sua vez. Ao passo que a realização jurídica do direito público e do direito criminal se tornou privado e foi restringida à forma de um direito dos particulares, isto exclusivamente abandonado à sua iniciativa e à sua espontaneidade.
	Pág. 45-47
	Em matéria do direito privado há igualmente uma luta contra a injustiça, uma luta
comum a toda a nação na qual todos devem ficar firmemente unidos. Quem defende seu direito, defende também na esfera estreita do direito, todo o direito. O interesse e as consequências do seu ato dilatam-se, portanto, para lá da sua pessoa. A responsabilidade de tais Estados de coisas que não recaem sobre a parte da população que infringe a lei, mais sobre a que não tem a coragem de a defender.
	Pág. 48-51
	O direito e a justiça só prosperam num país quando o juiz está todos os dias preparado no tribunal e quando a polícia vela por meio de seus agentes, mas cada um deve contribuir pela sua parte para essa obra. O “meu” direito, compreende-se os direitos que é violado e contestado, é esse que é defendido, sustentado e restabelecido. Todo homem que sente alguma indignação, alguma cólera moral à vista da violência feita ao direito pelo despotismo possui incontestavelmente este sentimento. Não há outro sentimento que possa provocar assim subitamente no homem uma tão profunda transformação.
	Pág. 52-56
	A lei, segundo a ideia do jurista, não tem absolutamente nada com a luta pelo
direito concreto, não é pela lei abstrata que se persegue com pertinência a luta, mas pela sua encarnação em um direito concreto de certa maneira, pela fotografia em que a lei está fixada, mas na qual não é imediatamente atingido. A verdade é sempre verdade, mesmo quando o indivíduo a não reconhece nem a defende senão sob o ponto de vista estreito do seu próprio interesse. Um homem honesto e bondoso, cheio de amor pela família, cândido com as crianças, torna-se um Atila destruído pelo ferro e pelo fogo o esconderijo onde se refugia o inimigo.	
	Pág. 57-61
	Aquele que declina, nas circunstâncias que dele fazem um dever de dignidade
pessoal, macula a sua honra, aquele que o aceita é punido- posição igualmente desagradável para o interessado e para o juiz. Ihering classifica o direito público e o direito criminal como dever das autoridades estatais, já o direito privado como faculdade das pessoas privadas, ou seja, depende da iniciativa individual das pessoas. Sendo assim,o direito privado fica sujeito ao desconhecimento e à covardia, já que nem todos fazem valer seu direito. Surge aí, no direito privado, a luta contra a injustiça. "[...] no campo do direito privado há de ser travada uma luta do direito contra a injustiça, uma luta comum de que participa toda a nação e que exige a união indefectível de todos os indivíduos [...]”. (p. 59).
	Pág. 62-65
	É nas baixas regiões do direito privado, nas relações mais ínfimas da vida, que
se forma e amontoa gota a gota esta força, é ali que se acumula este capital moral de que o estado tem necessidade para grandes obras da sua missão. O despotismo em toda a parte começa por ataques ao direito privado por violência contra o indivíduo. Após explanar a ideia de que a luta pelo direito é um dever do interessado para consigo próprio, Ihering propõe que a luta pelo direito é, também um dever para com a sociedade, pois defender o direito é defender a conservação da moral. O autor tenta justificar esta segunda noção alegando que se por ignorância ou covardia, deixarmos de lutar pelo que nos pertence (a justiça), paralisaremos leis e prejudicaremos, assim, toda a sociedade. Logo, para ele, “quem defende seu direito defende também, na esfera estreita desse direito, todo o direito.” (p.63).
	Pág. 66-67
	A força de um povo corresponde à força do seu sentimento jurídico. Tudo a
disposição injusta, toda a instituição má, e como tal reconhecida pelo povo implica um ataque ao sentimento jurídico da nação e por consequência a força nacional.
	Pág. 68-72
	O nosso direito comum não dá o menor apoio a este idealismo, a medida a que
reluz todas as lesões do direito, com exceção da lesão da honra, e exclusivamente a do valor material. O vulgar e chato materialismo atinge aqui a sua expressão mais completa. No direito antigo o dinheiro não constituía, portanto, o fim, mais unicamente o meio de atingir esse fim.
	Pág. 73-76
	O caráter particular de toda a história e da autoridade do direito romano moderno na
preponderância particular, até certo ponto tornado necessário pelas próprias relações, determinam a formação e o desenvolvimento do direito: o sentimento jurídico nacional, a prática e a legislação.
	Pág. 77-80
	Nossa jurisprudência não tem outro critério senão o de um vulgar e banal materialismo; não conhece mais do que o puro interesse pecuniário. A ideia de que o direito privado, como o direito criminal, a balança de Têmes deve pesar a injustiça e não o dinheiro somente, está tão distanciada da concepção dos nossos juristas atuais, que quando procuro exprimi-la, deve esperar a objeção de que é nisso principalmente que consiste a diferença entre o dinheiro criminal do direito privado.
	Pág. 81-88
	A ideia de justiça é inseparável da realização da ideia de responsabilidade. A ética, longe de repelir a luta pelo direito, impõe-na como dever de tantos aos indivíduos como aos povos. Sem luta não há direito, como sem trabalho não há propriedade. [...] Mantendo-se num plano equidistante do direito antigo, que aplicava a mesma medida na avaliação da lesão objetiva e subjetiva do direito, e do extremo oposto encontrado no direito moderno, onde a lesão subjetiva ficou relegada a nível idêntico ao da objetiva [...] a lesão de direito põe em jogo não apenas um valor pecuniário, mas representa uma ofensa ao sentimento de justiça, que exige reparação [...]. (p. 83-86). Na parte final do livro o autor volta a fazer um clamor à luta pelo direito, comparando a luta e o direto ao trabalho e à propriedade. "[...] A luta representa o trabalho externo da direito. Sem luta não há direito, da mesma forma que sem trabalho não há propriedade [...]" O direito conquistado pela luta é valorizado tal como a propriedade conquistada pelo trabalho.

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