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FICHAMENTO 4 (MORIN)

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Universidade de Brasília
Faculdade de Comunicação
Teorias da Comunicação 1
Emília Morena Silva Felix – 13/0108766
Cultura de Massas no século XX
Um terceiro problema
	O início do século XX foi marcado por alguns fenômenos importantes como a colonização da África e a Dominação da Ásia. Além disso, houve a entrada do poder industrial na economia dos países e o início de trabalhos dentro da área de cinema na África. No que diz respeito à produção cultural, a técnica passou a ser mais valorizada, priorizando um domínio interior do homem, e com isso a cultura penetra no circuito comercial e industrial, passando a ser então vista como uma mercadoria.
	A cultura em si engloba normas, símbolos, mitos e imagens que são responsáveis por causar uma identificação por parte do usuário desses recursos. A cultura pode interferir de maneira positiva (orientando, desenvolvendo, domesticando) ou de maneira negativa (inibindo, proibindo).
	Dentro dos diversos tipos de cultura encontra-se a cultura de massa, também conhecida como massculture, que passou a ser reconhecida pela sociologia americana apenas depois da Segunda Guerra Mundial. Esse tipo de cultura funciona segundo as formas da fabricação industrial, ou seja, sua produção está diretamente relacionada com a lei da oferta e da procura.
	As sociedades modernas são policulturais, e a massculture integra e se integra ao mesmo tempo em realidades desse tipo. Apesar de todo esse envolvimento, ela não é autônoma, visto que pode ser apoiar em outros tipos de cultura, como a nacional, religiosa ou humanista.
Crítica intelectual ou crítica dos intelectuais
	Os estudiosos de fenômenos culturais enxergam a cultura de massa com olhares negativos e a colocam num nível tão baixo que ela passa a ser chamada de “o novo ópio do povo”. Apontam também que esse tipo de cultura traz um nível de alienação expandido para a população e que, portanto, não possui finalidades educativas.
	Os próprios críticos desse sistema são também seres que dependem exclusivamente da indústria cultural, responsável por fornecer empregos que demandam pessoas com tal grau de instrução. Sendo assim, muitos dos intelectuais que atuam na crítica da massculture acabam trabalhando para que ela aconteça, seja em salas de redação, estúdios de rádio ou escritórios de produtores de filmes.
	Esse tipo de desaprovação também é desenvolvido para elaborar uma reação contra o capitalismo, o imperialismo cultural e o reino do lucro. Para o intelectual, o imperialismo é responsável por orientar o consumo e, de certa forma, acaba com a autenticidade e autonomia da cultura, já que a mesma tem a obrigação de se enquadrar em um modelo fixo de produção.
	Outra queixa é a de que não há um parâmetro que possibilite a classificação das produções culturais em boa ou ruim, já que sua fabricação é mediada unicamente pela indústria e pela consumação dos resultados.
A indústria cultural
	As invenções chamadas técnicas foram criadas para que houvesse de fato a criação da indústria cultural; e não há dúvida de que sem o progresso do capitalismo essas invenções não alcançariam o desenvolvimento e prestígio que possuem até hoje.
Dois sistemas
	Tanto no Socialismo quanto no Capitalismo há intervenção do Estado na produção cultural do país, seja ela em maior ou menor grau.
	Essa intervenção pode ocorrer de forma positiva, no que diz respeito à domesticação ou orientação dos conteúdos culturais. Ela é negativa quando representam tentativas de censura ou controle da produção do país.
Produção-Criação: O modelo burocrático-industrial
	Certos modos de produção, como a imprensa e a televisão, sofrem influência direta da burocratização, visto que são métodos que demandam uma técnica. Para sua produção é preciso seguir algumas regras, que são: Filtrar a ideia criadora, examiná-la, verificar a rentabilidade do assunto e a oportunidade política do mesmo e passá-la adiante, para que os técnicos possam executá-la com êxito.
	Esse sistema é amplamente utilizado e gera a predominância da organização racional no momento da produção. Apesar dessa regularidade de etapas, é preciso atentar para o fato de que esse tipo de indústria pede pelo novo, autêntico e individualizado.
Produção-Criação: A Criação Industrializada
	O criador é o artista do século XIX. A criação nesse período, devido ao fato de fazer parte do processo produtivo como um todo, perde aos poucos sua independência. A ampliação da produção e a maior divisão de trabalho fez com que a criação se fizesse necessária nesse sistema.
	Esse tipo de criação também é realizado por meio de etapas, sendo elas: Fabricação do produto, planejamento da produção e de sua distribuição e estudos do mercado cultural do momento. Esse formato traz consigo padronizações e, portanto, limitações para os meios midiáticos, já que devem se submeter a essas regras.
	Outro exemplo disso são os jornalistas e roteiristas de talento contratados nesse período e que não podiam exprimir metade de seu potencial, pois havia a preocupação de se adequar às regras de produção. Desse modo, faz-se uma analogia entre o proletariado industrial alienado e o autor que não é mais capaz de se identificar com sua própria obra.
O Grande Público
	Todo sistema industrial tende à ascensão e toda produção de cultura de massa busca o máximo consumo. Para que esse consumo seja alcançado é importante que haja variedade na informação que será veiculada.
	Esse processo é realizado por meio do sincretismo, que fornece para a cultura de massa uma de suas características fundamentais, a identificação das pessoas com determinado produto.

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