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AULA 06_Sociologia_ENEM (CULTURA E DIVERSIDADE) - ESTRATEGIA

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Aula 05 – 
Sociedade 
Midiática 
ENEM 2020 
 
 
 
 
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ATENÇÃO: fiz uma alteração na ordem do cronograma das Aulas, uma inversão. Primeiro veremos 
o assunto de hoje, Sociedade Midiática, e, na Aula 06, o assunto Cultura e Diversidade. 
INTRODUÇÃO 
SUMÁRIO 
Introdução ............................................................................................................. 2 
1. Imagem e Cultura de massas .......................................................................... 3 
2. Escola de Frankfurt e a Teoria Crítica ............................................................. 7 
2.1- Indústria cultural ........................................................................................................... 8 
2.2- Industria Cultural e Consumo ..................................................................................... 14 
2.3- Indústria cultural e a política ...................................................................................... 19 
2.4- Estudos culturais e a crítica à escola de Frankfurt ..................................................... 20 
3. Lista de Questões ......................................................................................... 22 
3.1. Gabarito ...................................................................................................................... 29 
4. Questões comentadas ...................................................................................... 30 
Considerações Finais ............................................................................................ 47 
Queridas e Queridos Alunos, 
Sejam bem-vindos e bem-vindas a mais uma aula. É sempre um grande prazer compartilhar 
com vocês nosso trabalho e participar dessa batalha dura e constante na luta pela conquista da sua 
vaga na Universidade. 
 
Nesta aula trataremos sobre o assunto das relações humanas mediadas pela imagem e pela 
mídia. Os pensadores que pensaram isso criaram alguns conceitos como: cultura de massa, 
indústria cultural e sociedade do espetáculo. 
Vamos começar. Pega seu café e vem comigo! 
 
 
Nesta aula, vamos estudar o assunto sobre a Sociedade Midiática. Esse é um dos assuntos 
mais repertoriados pelos vestibulares na disciplina de Sociologia ou Ciências Sociais. Também é 
tema de amplíssima repercussão nas provas de redação. 
Isso tudo porque, além do enfoque sociológico, como vocês verão ao longo da aula, esse 
assunto pode ser desenvolvido pelo viés da cultura/arte, da comunicação, da política, da economia 
e da filosofia. Além disso, trata-se de discutir o mundo atual e, portanto, as influências dos 
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Curso Sociologia ENEM 2020 
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1. IMAGEM E CULTURA DE MASSAS 
Assim, segundo os especialistas sobre o assunto, essas 
inovações nos campos da arte e da comunicação tiveram 
impactos reais nas formas de sociabilidade por terem o poder 
de influenciar as formas de os seres humanos perceberem a 
realidade, as outras pessoas e a si mesmos. Guarde com 
carinho essa noção geral, porque, tendo-a em mente, você 
consegue responder muitas questões interpretativas sobre 
esse assunto. 😉 
elementos midiáticos nas nossas próprias relações. Portanto, falamos de uma reflexão sobre os 
nossos tempos! 
 
 
Ao falarmos em “sociedade midiática” estamos nos referindo à ideia de sociedade que tem 
a imagem como o centro das relações sociais. Isso ocorre mais que em qualquer outro momento 
da história, já que a mídia – como conjunto de meios de comunicação - tem papel fundamental 
nas interações sociais. 
Necessariamente, sociedade midiática envolve refletir sobre temas como tecnologia, 
artes, comunicação, consumo, bem como, as relações sociais que se desenvolvem a partir do modo 
como esses setores da vida social estão articulados. 
Assim, veremos o desenvolvimento dessa problemática, os conceitos que foram elaborados 
e que constituíram um verdadeiro campo teórico e intelectual. São nossos interlocutores, 
sobretudo, os pensadores: Walter Benjamin, Theodor Adorno, Max Horkheimer e Guy Debord. Eles 
são os criadores de conceitos como indústria cultural e sociedade do espetáculo. 
 
 
Nas Ciências Sociais, os estudos sobre os impactos da tecnologia nas artes, comunicação, 
consumo e seus efeitos no comportamento humano se desenvolveram a partir do começo do 
século XX. 
Os estudiosos começaram a refletir sobre as transformações na sociedade do final do 
século XIX, impulsionadas pelos avanços das tecnologias da comunicação e seus impactos na vida 
social e coletiva. 
 
Na Europa, do final do século XIX, ocorriam a expansão e a mundialização do capitalismo – 
ou a 2ª Revolução Industrial. Essas transformações marcaram o tempo da Belle Époque 
caracterizado por aumento do letramento da sociedade que passava a consumir imagens, ideias, 
informações e mercadorias, por meio da fotografia, do rádio e do cinema. Também faziam parte 
desse cenário os grandes espetáculos de teatro, música. A indústria editorial crescia e começava a 
se desenvolver um “mercado editorial” dos bestsellers. 
 
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Mas como Profe ocorre essa influência? 
Para os analistas desse contexto histórico, a grande questão passou a ser a imagem, ou 
melhor, a disseminação a imagem por meio das novas tecnologias. A máquina fotográfica 
possibilitou uma forma inusitada de “eternizar” o que os olhos viam e o cinema passou a construir 
histórias que misturavam a realidade e a ficção!! Mais tarde, a televisão também contribuiu para a 
formação de uma “cultura da imagem”. 
 
Veja queridos e queridas, as mídias contemporâneas estão 
centradas na imagem dos indivíduos e das coisas, anote isso! 
Para as relações sociais, em qualquer que seja o tempo 
histórico, a imagem é um meio que pode conduzir a percepção 
humana. Assim, ela é a mediação entre o ser humano e a atribuição 
de sentidos que o próprio homem tece sobre si e sobre o mundo em 
que vive. Portanto, a imagem é um elemento fundamental na 
construção da cultura como uma teia de significados e 
representações, tal como definiu Clifford Geertz. 
Ao serem transmitidas e reproduzidas imagens por meios 
amplos e ilimitados – como o cinema e a televisão – para um 
público também amplo e indiferenciado, promoveu-se a 
formação de um repertório homogêneo de identidades, 
percepções, desejos, sonhos, mitos. Essas foram as bases da 
chamada “cultura de massa” – relacionada com a ideia de 
padronização da cultura. 
 
 
Com a fotografia e o cinema, a arte saía dos palácios e museus para atingir um número infinito 
de pessoas. Estabeleceu-se então uma nova forma de interação entre o público e a produção 
artística, o que gerou uma grande transformação nas relações da arte com seu público 
consumidor.1 
 
 
Agora atenção, o conceito de “cultura de massas” não é só a ideia de uma homogeneização 
dos padrões culturais, veja: 
Um dos autores a desenvolver essa ideia foi Walter Benjamin, em 1927, no seu livro 
Passagens. Ao analisar a capital mais cultural da Europa do século XIX, Paris, ele identifica uma 
aproximação entre cultura, entretenimento e consumo. 
Na verdade, Benjamin estava analisando o momento de expansão e mundialização do 
capitalismo – ou os efeitos da 2ª Revolução Industrial – que é, também, o momento da criação da 
propaganda comercial. Nesse sentido, segundo o autor, as tecnologias da imagem, comunicação 
 
 
 
1 BOMENY, Helena [etal.]. Tempos Modernos, tempos de sociologia. São Paulo: Ed. Do Brasil, 2016,p. 
183. 
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e artes passaram a ser adaptadas para o mercado a fim de massificar o consumo das mercadorias 
que passavam a ser produzidas em larga escala. 
 
 
O mesmo momento histórico no qual o capitalismo avança em tecnologia de comunicação é o 
momento em que o sistema se expande comercialmente, logo, a arte, a comunicação, a cultura e 
o entretenimento, segundo W. Benjamin, passaram a estar submetidos a mesma lógica de 
reprodução técnica e em larga escala que define a produção de mercadorias. A esse processo ele 
deu o nome de “reprodutibilidade técnica da arte”. 
Vou sintetizar a ideia para você, veja: para Walter Benjamin, a arte está envolta em uma “aura”. 
“Aura” nos remete a uma ideia de originalidade e autenticidade. As obras de arte são únicas, 
portanto. Entendeu? 
Agora, com a introdução das tecnologias produtivas no mundo das artes, isso alterou a forma como 
as artes foram produzidas e contempladas. Benjamin fala em “perda da aura”. Na verdade, elas 
deixariam de ser catárticas e contempladas para serem consumidas da mesma forma como se 
consome um bem de consumo. Veja abaixo a obra Abaporu, de Tarsila do Amaral, em 3 situações 
e imagine a “perda da aura” da obra de arte. 
 
 
1-Abaporu - Tarsila do Amaral - MASP-SP, 
2019. 2- Pessoas se aglomeram para tirar fotos e 
selfies da obra Abaporu, de Tarsila do 
Amaral. MASP-SP, 2019. 
 
3-A imagem da obra Abaporu, vira 
desenho de capa de lápis de cor. 
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Submissão da arte e da comunicação aos interesses 
comerciais; 
 
Submissão do público às interpretações e 
significados transmitidos; 
 
Apagamento das diferenças culturais, falta de diálogo 
e diversidade; 
 
A imagem supera a realidade no que se refere à 
legitimidade do real; 
 
Confusão entre o real e o ficcional. 
2Vamos problematizar? 
 
Veja, nesse quadro, o autor usou uma obra de arte e agregou 3 
elementos de consumo e tecnologia que usamos atualmente. São 
dados da cultura de massas. 
 
 
Seria a obra uma crítica ou uma peça de decoração 
para a casa de uma pessoa “cult”?? 
 
 
 
 
Portanto, queridas e queridos, a ideia de cultura de massas está associada ao consumo de massas. 
ANOTE ISSO, BIXO! 
Para o pensador alemão, a fotografia e, sobretudo, o cinema – com suas técnicas de produção, 
filmagem e edição – apresentam um “mundo em pedaços”, um mundo de fantasias, simulações, 
reconstrução e ressignificação. Assim, esses meios artísticos alteram a percepção do indivíduo 
sobre a realidade. 
Basta-nos refletr sobre os modos e os impactos dessa interferência! 
 
 
 
Por meio do conceito de “cultura de massa”, os críticos da sociedade capitalista definiram 
uma série de consequências desse processo: 
 
 
As observações e as críticas sobre essas relações descritas acima se desenvolveram, 
especialmente com as experiências do século XX, depois da experiência do nazifascismo e das 
 
 
2 Gláucio Henrique Moro. https://www.urbanarts.com.br/allstarporu-abaporu-remastered-68085/p. 
Acesso em 01-11-2019. 
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2. ESCOLA DE FRANKFURT E A TEORIA CRÍTICA 
Os dois grandes conceitos que os teóricos da Escola de Frankfurt vão utilizar para estabelecer suas 
análises é o de ideologia e alienação. 
A principal implicação da submissão da arte e das comunicações à lógica do lucro capitalista e da 
produção cultural programada e midiatizada seria a perda dos seres humanos em se reconhecer 
como tal, ou seja, tornar-se alienado. 
Logo, a alienação da sociedade permitiria maior e mais eficiente controle social porque gera, 
sobretudo, adesão às ideologias do mercado e, até mesmo do governo. 
Governos, Alê, você poderia me perguntar, não poderia? 
guerras mundiais. Vejamos na próxima seção a história dos pesquisadores da “Escola de Frankfurt”, 
os principais empreendedores das explicações sobre esse assunto, e os conceitos que marcam esse 
campo teórico. 
 
 
 
 
Na Alemanha, na década de 1920, em Frankfurt, reuniram-se um conjunto de cientistas 
sociais com o objetivo de aprofundar as investigações acerca da mídia, da arte, linguagem e 
comunicação. Esses investigadores desenvolveram uma série de estudos e conceitos que ficaram 
conhecidos como “Teoria Crítica”. A “Escola de Frankfurt”, como ficou conhecida essa perspectiva 
teórica, era associada ao Instituto para Pesquisa Social da Universidade de Frankfurt na Alemanha, 
o qual foi fundado em 1923. 
Grande parte de seus pesquisadores tinha origem intelectual marxista, mas, compreendiam 
que as teses do marxismo continham lacunas que não explicavam os problemas da complexa 
sociedade urbano-industrial e as novas formas de organização da produção capitalista. 
Essa percepção se aprofundou, sobretudo, depois da experiência nazista na Alemanha. 
Nesse sentido buscaram em outras abordagens teóricas, elementos que os ajudassem a explicar as 
duras experiências humanas que, inclusive, levaram à morte um dos seus principais precursores, 
Walter Benjamin (morreu fugindo dos nazistas). Assim, foram se aprofundando em uma 
perspectiva interdisciplinar usando Kant, Hegel, Karl Marx, Sigmund Freud, Georg Simmel, Georg 
Lukács e, sobretudo, Max Weber. 
Então, veja, na prática, os frankturtianos desenvolveram estudos que envolveram 
elementos da política, dialética, psicanálise, comunicação, linguagem e ação social. 
 
 
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2.1- INDÚSTRIA CULTURAL 
 
 
Assim, de um conjunto extenso, amplo e complexo desenvolvido no âmbito da Escola de 
Frankfurt, para efeitos da sua prova de Vestibular, precisamos focar na explicação sobre o processo 
de alienação humana causado pelo avanço das técnicas sobre o campo das artes e da 
comunicação. 
Nesse sentido, vamos tratar sobre o conceito de “indústria cultural”. 
 
 
 
Indústria cultural foi um conceito criado por Theodor Adorno e Max Horkheimer em seu 
livro “A dialética do esclarecimento”, de 1947. Contextualmente, foi escrito sob o impacto das 
consequências que o nazismo produziu no mundo. 
Esse conceito foi mais preciso e desenvolvido que o de “cultura de massas”. Uma 
especificidade importante da ideia de indústria cultural é revelar a dimensão econômica dos meios 
de comunicação, bem como dos conteúdos artísticos-culturais. Ou seja, a produção da arte, da 
cultura e da comunicação passaram a visar o lucro. Para tanto, foram assimiladas como 
entretenimento. 
Tal como qualquer indústria, a indústria-cultural produz mercadorias. Contudo trata-se de 
uma mercadoria específica: bens simbólicos no qual a imagem é o principal elemento 
comunicador. Produzidos de forma seriada e tecnológica têm a finalidade de satisfazer as 
necessidades de entretenimento, ilusão e emoção. 
Assim, se a arte perde sua aura com a 
indústria cultural, os homens perdem sua 
capacidade racional de estabelecer 
diferenças entre a realidade e a imagem 
permanentemente veiculada pelos meios de 
comunicação e pela propaganda. Assim, os 
chamados “bens simbólicos” penetram de tal 
maneira no imaginário social e individual que, 
muitas vezes, a imagem parece mais real do 
que o mundo que se pretender representar. 
Veja a charge ao lado. 
A lógica explicativa utilizada pelos 
frankfurtianos é de que a racionalidade crítica iluminista, que conduziu o projeto da modernidade 
do século XIX, foi, aos poucos e com o desenvolvimentodo capitalismo, sendo substituída por uma 
racionalidade instrumental. Dessa forma, a autonomia racional dos indivíduos de perceber e 
criticar a realidade foi submetida à lógica da informação pronta e interpretada dos grandes meios 
de comunicação. 
É, meus caros, há um momento em que governos descobrem o poder da imagem midiatizada e 
constroem grandes regimes. ......... T O T A L I T Á R I O S! Veremos isso daqui a pouco. 
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Assim, a razão deu lugar ao mar de emoções. Intencionalmente, a indústria cultural produz 
exaustivamente imagens que provocam emoções. São elas que conduzem, ao final, o 
comportamento e as decisões dos indivíduos. 
 
 
Nesse fluxo próximo de imagens, o discurso se torna mero acessório, 
cada vez mais redundante e dispensável. É dessa maneira que os meios 
de comunicação, liderados pela televisão, tornam-se modelos de 
comportamento e acabam criando realidades. Aquilo que propõem como 
realidade acaba por existir do outro lado da tela, na medida em que seu 
poder de manipulação atua sobre o público. Para isso, valem-se de 
repetição e da estereotipia criadas de acordo com a maneira de pensar 
o mundo dos patrocinadores. Os interesses do capital engendram a 
realidade criada com os meios de comunicação. (grifos nossos)3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 COSTA, Cristina. Sociologia. Introdução à Ciência da Sociedade. P. 367 
 
Vocês já ouviram uma 
conversa assim, como essa 
de baixo: 
Você viu 
aquele filme? 
SIM! Chorei 
tanto... 
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Segundo os teóricos, há uma mercantilização 
das manifestações culturais, das artes e da 
comunicação. Ou seja, elas se tornam coisas, 
produzidas, distribuídas e consumidas como bens 
simbólicos. A propaganda é o instrumento essencial 
para vender os sonhos e promoter ilusões. 
Se o mundo do trabalho, na produção fordista capitalista, aliena os seres humanos, 
como vimos na aula passada, Adorno e Horkheimer dizem que a indústria-cultural participa do 
fortalecimento dessa alienação porque, no espaço público e privado, as relações estão 
mediadas por comunicações e imagens que se reproduzem na mesma lógica das fábricas. 
(UNESP 2014) 
Os reality shows são hoje para a classe mais abastada e intelectualizada da sociedade o que 
as novelas eram assim que se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo 
de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera dos críticos da mídia, o reality 
show segue agora como gênero televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Razão 
Crítica 
questionamento 
autonomia 
individual 
Razão 
Razão 
Instrumental 
reprodução do 
lucro 
submissão do 
indivíduo 
Emoção 
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símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade pós-moderna. Os reality 
shows personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós- 
modernas. Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma sociedade 
exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que 
cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro. 
(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. 
observatoriodaimprensa.com.br) 
Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o público consumidor, é correto 
afirmar que: 
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas demandas e desejos dos 
consumidores culturais. 
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com processos emocionais de seu 
público. 
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia intelectual dos consumidores. 
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de fruição estética do público 
consumidor. 
e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o entretenimento a uma 
condição secundária. 
Comentários 
a) Falso, pois o texto deixa claro que há uma identidade entro aquilo que é produzido e os 
consumidores do produto. 
b) Correto, é nosso gabarito. Pode-se dizer que os reality shows são um produto da indústria 
cultural: são uma mercadoria pasteurizada e padronizada que cria nos indivíduos um 
prazer alienante e conformista com a estrutura social vigente, não contribuindo para a 
transformação social, tampouco para a capacidade crítica da população. É sob essa 
perspectiva que esta alternativa é considerada como correta. Além disso, o trecho abaixo 
evidencia o que é afirmado: “Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de 
uma sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a 
proposta de que cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e 
dinheiro”; 
c) Pelo contrário, o tipo de estética do programa é escolhido levando em consideração o tipo 
e consumidor. 
d) Não, o autor do texto deixa claro que esse tipo de programa expressa um “símbolo da 
perda de qualidade do conteúdo”. 
e) Errado, a lógica dos realitys é o consumo, depois pensa-se em aspectos como capacidade 
informativa. 
Gabarito: B 
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(UEG 2019) 
Leia a letra da música a seguir. 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
Quinze minutos de fama 
Mais uns pros comerciais 
Quinze minutos de fama 
Depois descanse em paz 
O gênio da última hora 
É o idiota do ano seguinte 
O último novo-rico 
É o mais novo pedinte 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
O melhor disco brasileiro de música americana 
O melhor disco dos últimos anos de sucessos do passado 
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos 
Não importa a contradição 
O que importa é televisão 
Dizem que não há nada a que você não se acostume 
Cala a boca e aumenta o volume então 
As músicas mais pedidas 
Os discos que vendem mais 
As novidades antigas 
Nas páginas dos jornais 
Um idiota em inglês 
Se é idiota, é bem menos que nós 
Um idiota em inglês 
É bem melhor que eu e vocês 
A melhor banda de todos os tempos da última semana 
O melhor disco brasileiro de música americana 
O melhor disco dos últimos anos de sucesso do passado 
O maior sucesso de todos os tempos entre os dez maiores fracassos 
Não importa a contradição 
O que importa é televisão 
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Dizem que não há nada a que você não se acostume 
Cala a boca e aumenta o volume então 
Os bons meninos de hoje 
Eram os rebeldes da outra estação 
O ilustre desconhecido 
É o novo ídolo do próximo verão. 
TITÃS. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/titas/40320>. Acesso em: 21 mar. 2019. 
A mensagem transmitida pela música aponta para um dos temas fundamentais da sociologia, 
que foi desenvolvido por vários pensadores, entre eles Theodor Adorno e Max Horkheimer. 
Nesse sentido, a mensagem remete 
a) ao caráter passageiro dos produtos culturais elaborados pela indústria cultural. 
b) à globalização do gosto musical a partir da popularização da televisão nos anos 1970. 
c) à influência da língua inglesa nas composições musicais dos artistas brasileiros. 
d) à modernização da produção musical a partir da reestruturação produtiva. 
e) ao caráter competitivo das relações sociais na sociedade moderna. 
Comentários 
a) A partirde alguns trechos da música, como “não há nada a que você não se acostume”, 
combinando com a ideia geral de transformação da música (e da cultura) em mercadoria, 
é possível perceber que, tal como um produto comum, há certa dinâmica de mercado na 
divulgação (venda) dos produtos culturais. É o nosso gabarito. 
b) A música não fala em gosto musical globalizado. Errado. 
c) Também não há esse elemento nos trechos da música. 
d) Até existe reestruturação produtiva na indústria fonoaudiológica, mas não é um tema 
abordado nesta música dos Titãs. 
e) É possível inferir que alguns trechos da música remetem à competitividade, mas de forma 
específica, no mercado cultural. A alternativa fala de algo mais genérico, competitividade 
nas relações sociais. Além disso, o comando da questão é bem específico ao perguntar 
sobre uma ideia conceitual de autores da Escola de Frankfurt. 
Gabarito: A 
(UEG 2016) 
Para alguns sociólogos e filósofos, a cultura possuiria um valor intrínseco e poderia nos ajudar 
não apenas na fruição de nossa sensibilidade, mas nos levar a uma nova compreensão da 
realidade e de nosso ser e estar no mundo. Com a indústria cultural verifica-se que a cultura 
a) recupera seu valor simbólico, contribuindo para uma nova compreensão da realidade e 
para a emancipação humana. 
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2.2- INDUSTRIA CULTURAL E CONSUMO 
b) perde sua força simbólica e crítica, transformando-se em mero entretenimento que elimina 
a reflexão crítica. 
c) perde seu valor de mercado para tornar-se, graças à tecnologia, um entretenimento 
acessível a toda a população. 
d) deixa de ser um produto de elite e passa a ser acessível a todos os cidadãos, contribuindo 
com sua autonomia. 
e) torna-se mais sofisticada, na medida em que os meios de criação cultural passam a ser 
submetidos ao desenvolvimento tecnológico. 
Comentários 
Essa é uma boa questão para mostrar a importância de você ficar por dentro dos debates 
conceituais e teóricos dos autores. Do contrário, você pode ter dificuldades para resolver. 
Lembre-se de que Benjamin nos fala da “aura” da cultura, da arte. Para Walter Benjamin, a 
arte está envolta em uma “aura”. “Aura” nos remete a uma ideia de originalidade e 
autenticidade. Trata-se de uma ideia próxima ao que está no enunciado da questão: “a cultura 
possuiria um valor intrínseco e poderia nos ajudar não apenas na fruição de nossa 
sensibilidade, mas nos levar a uma nova compreensão da realidade e de nosso ser e estar no 
mundo”. Dessa forma, a pergunta quer que saibamos identificar o oposto dessa compreensão 
mais plena e liberta da arte, ou seja, quer que identificamos o que é indústria cultural? 
Sabemos que o conceito de “indústria cultural” está relacionado à capacidade de tornar as 
pessoas alienadas, portanto, menos crítica. Veja, então que nosso gabarito é a alternativa B. 
Todas as demais alternativas fazem afirmação no sentido oposto. 
Gabarito: B 
 
 
 
Já percebemos que a questão da indústria cultural está relacionada com consumo, ou 
melhor, do consumismo, certo? Assim, é importante contextualizarmos melhor o momento e a 
forma como foi possível transformar consumo em consumismo e a relação disso com a 
mercantilização dos bens culturais e simbólicos. Há um momento na história em que esse caminho 
se tornou “sem volta”. Estamos falando do pós 1ª Guerra Mundial! 
O período que segue após a 1ª Guerra e antes da 2ª Guerra Mundial, entre 1919 e 1939, é 
conhecido por “Período entre Guerras”. Foram duas décadas muito densas e tensas. 
O mundo tentava se recuperar de uma guerra sem precedentes. O uso das tecnologias 
desenvolvidas ao longo do século XIX e início do XX causou destruição em massa. A fome nas 
cidades entre a população civil deixou cicatrizes marcadas nas relações sociais e na cultura 
europeias. As luzes da Belle Époque se apagaram, afinal, a guerra não era o lugar que os europeus 
imaginavam chegar. A ideia alimentada havia sido de um povo que chegara no topo máximo da 
civilização; a evolução e o progresso eram a ordem natural das coisas. Mas a realidade da guerra, 
como dirá Walter Benjamim, emudeceu as antigas vozes loquazes. Leia um trecho do intelectual 
alemão: 
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O “frágil e minúsculo corpo humano” se viu no campo minado 
da experiência das trincheiras, no corpo maltrapilho torturado pela fome, nas esperanças frustradas em face da 
frialdade da inflação econômica e no pessimismo diante do cinismo dos governantes. Destas experiências 
indeléveis, o frágil corpo humano ficou privado das experiências comunicáveis, os homens que retornavam do 
front viam no silêncio o virtuosismo –porquanto a sofreguidão interna era tão profunda que o comunicar-se era 
inútil. 
Longe se iam, por conseguinte, os tempos nos quais os 
loquazes provérbios ensinavam-nos valores duradouros. Nos tempos sombrios que marcaram o início do século 
XX, um velho moribundo – outrora ancião sapiente – não ousaria comunicar aos jovens alguma experiência. O 
desenvolvimento da técnica, somado com a experiência 
sórdida da guerra, emudecera os homens.4 
 
 
 
Mas essa experiência não foi sentida da mesma maneira por todos os países beligerantes. 
Enquanto os países do continente europeu tentavam se reconstruir e se recuperar moral e 
economicamente – uma vez que mais de 50 % de sua capacidade produtiva havia ficado sob ruínas 
– os Estados Unidos da América (EUA) se aproveitavam justamente dessa situação europeia para 
ocupar um espaço na economia mundial e, assim, consolidar-se como nova potencial econômica. 
Nos anos da década de 1920, os EUA detinham 50% de todo ouro que circulava no mercado 
financeiro, bem como, era responsável por quase metade da produção industrial mundial. Assim, 
o pós-guerra para os EUA foi uma época conhecida como “anos felizes”. Nesse sentido, o mundo 
assistia ao início de uma mudança de eixo de poder econômico em direção à América. 
Culturalmente, a ousadia científica e artística da Belle Époque dava lugar à entusiasmada 
cultura consumista do “American way of life”. Carros, cigarros, roupas, arranha-céus, 
autoestradas, eletrodomésticos, festas, jogos, Wall-Street... Os EUA pareciam não caber mais no 
mundo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 BENJAMIN, Walter Benjamin. Pobreza e Experiência, 1918. 
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O interessante a observar é que esse crescimento econômico sem precedente consolidou um 
tipo de cultura e comportamento. Estou falando do American way of life – modo de vida 
americano. E esse modo de vida está baseado na acumulação de bens de consumo, vulgo, 
consumismo. 
 
 
 
O crescimento industrial proporcionou índices elevados de emprego e a oferta de enorme 
quantidade de mercadoria baixou os preços e elevou a demanda. 
Ainda assim, o americano poderia sonhar romanticamente com o maravilhoso dia que venderia suas ações 
comuns da Westinghouse a um preço fabuloso e viveria em uma casa grande com uma frota de carros e 
brilhando e tomaria sol à vontade nas areias de Palm Beach. E quando ele olhava para o futuro do seu país, 
podia imaginar uma América, não liberta da corrupção, nem do crime, nem de guerra nem de controle de Wall 
Street, nem do ateísmo [...] ele imaginou uma América libertar da pobreza e da labuta. Ele viu uma ordem 
mágica construída sobre a nova ciência e a nova prosperidade : estradas repleta de milhões e milhões de 
automóveis, aviões escurecendo o céu , as linhas de fio de alta tensão, arranha-céus subindo, grandes cidades 
crescendo em grandes massasgeométricas de pedra e concreto rugindo com o tráfego perfeitamente 
mecanizado, com homens e mulheres bem vestidos gastando , gastando , gastando o dinheiro que ganhou. 
 
 
 
 
 
 
 
O consumismo é bastante diferente do consumo. Consumo é absolutamente necessário ao 
ser humano – e a todas as espécies, evidentemente. O consumismo é um tipo cultural e de 
comportamento baseado no consumo desenfreado de mercadorias. Mas esse comportamento 
social foi resultante do modo como a economia se organizou naquele momento. 
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A produção estava organizada por meio do FORDISMO/TAYLORISMO. Essa é uma forma de 
organização da produção caracterizada pelo parcelamento bastante específico de cada fase do 
processo produtivo. Além disso, introduz-se uma esteira rolante por onde passa um produto que 
vai aos poucos sendo montado. A velocidade dessa esteira é controlada pelo supervisor de 
produção. A esse conjunto produtivo chamamos de “linha de montagem”. A PADRONIZAÇÃO é 
palavra chave para caracterizar a linha de produção e o produto resultante. Observe nas imagens: 
 
 
 
 
 
Observe que todos os carros são iguais: o famoso FORD T. 
Observe a linha de montagem de rodas de carros. 
E como foi isso Alê? 
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Nesse sentido, devido à 
PADRONIZAÇÃO, o resultado foi um 
consumo também padronizado. 
O “legal” era todo mundo ser igual. A 
moda e a propaganda contribuíram 
para influenciar esse modelo de 
consumo padronizado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O centro cultural está se tornando uma parte apropriada do shopping center. (H. Marcuse) 
Na esteira das elaborações da Escola de Frankfurt, o sociólogo e filósofo Marcuse 
reformulou a ideia marxistas de que a classe trabalhadora estaria no caminho de uma revolução. 
Para ele, o capitalismo conseguiu integrar os trabalhadores ao sistema de modo que aqueles que 
Produção Consumo 
Massa massa 
Propaganda 
massa 
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Marcuse vai além, ele chega a afirmar que a modernidade aprisionou individuo em uma bolha, 
difícil de se libertar. A cultura e a arte, que durante a história fora utilizada como válvula de 
libertação, não encontra mais seu espaço. 
2.3- INDÚSTRIA CULTURAL E A POLÍTICA 
deveriam ser os agentes de uma transformação social (os trabalhadores), na verdade, acabaram 
aceitando a ideia de que é por meio do consumo que se dá a integração social. 
E isso ocorreu, em grande medida, por meio da indústria cultural, pois essa aceitação teria 
ocorrido dentro de um sistema que culturalmente valoriza a individualidade e o consumo. Qual a 
contradição? O indivíduo consume aquilo que todos os outros igualmente consomem, ou seja, uma 
outra forma de anular a individualidade. 
Diante dessa abordagem, Marcuse afirma que a sociedade moderna silenciou os 
trabalhadores e os reduziu ao caráter de “clientes” e não mais de cidadãos. 
Ainda segundo este autor, em sociedade industriais avançadas uma espécie de liberdade 
não democrática tende a prevalecer, pois as pessoas estariam sendo manipuladas pelo consumo, 
portanto, por uma falsa liberdade. Essa situação ocorre porque o sistema cria falsas necessidades 
as quais são manipuláveis e estabelecidas por meio da publicidade. 
Essas falsas necessidades não estão baseadas nas necessidades reais (comida, bebida, 
roupas), mas em artificialidades, que são geradas exteriormente aos indivíduos e, em grande 
medida, impossíveis de serem satisfeitas plenamente. 
Conforme Marcuse, “as criaturas se reconhecem em suas mercadorias; encontram sua alma 
em automóveis, sistemas hi-fi, casa com vários andares, utensílios de cozinha”. Nesses termos, as 
coisas da vida que importam ao individuo são as de ordem pessoal, individual, e não as coletivas. 
Por isso, os interesses de classe necessários para o marco de uma mudança social coletiva, 
conforme a perspectiva marxista, teriam se perdido, bloqueados. Ou seja, as esperanças da 
rebelião marxista desapareceram. 
 
As diferentes formas de manifestação artística, que davam vazam à alma humana e 
possibilitavam o despertar do sentimento de solidariedade, tornaram-se parte artificial das falsas 
necessidades. Em outras palavras, a arte perdeu a capacidade de inspirar as contestações, pois, ela 
passou a ser parte da mídia de massas ou elementos de decoração. Abordagem, próxima, ao que 
Benjamin afirmou sobre a diminuição da capacidade reflexiva da arte. 
 
 
 
Quando se fala em indústria cultural e política, em geral, está-se tratando do uso intenso 
de instrumentos da propaganda por meio de veículos de comunicação de massa e de elementos 
artísticos para construir a imagem de um líder ou de um partido com a finalidade de ganhar 
adesão para determinadas ideias. Essa é uma das características de Estados Totalitários e de 
Governos Populistas. Ambos são fenômenos surgidos nas primeiras décadas do século XX. 
 
Além disso, nos últimos anos, inclusive, fala-se do uso das novas tecnologias e novos meios de 
comunicação, como as redes sociais, como elemento fundamental para definir eleições, ganhar 
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2.4- ESTUDOS CULTURAIS E A CRÍTICA À ESCOLA DE FRANKFURT 
 
 
 
 
No primeiro caso, da construção dos regimes totalitário, a Alemanha Nazista é o principal 
exemplo, porque utilizou profundamente os mecanismos da propaganda de massas para garantir 
disseminar as ideias nazistas e, assim, ganhar a adesão da sociedade ao programa do partido 
nazista. 
A “sacada”, nos anos de 1920 e 1930, foi descobrir o potencial da propaganda, utilizada para 
vender sonhos de consumo, em mecanismo político de controle das massas. A propaganda exerce 
influência na ordem dos sentimentos e emoções e isso tem grande eficácia. Leia esse trecho de 
Wagner Pinheiro Pereira, especialista em estudos sobre cultura e poder: 
 
A referência básica da propaganda é a sedução, elemento de ordem emocional de 
grande eficácia na conquista de adesões políticas. Em qualquer governo, a 
propaganda é estratégica para o exercício do poder, mas adquire uma força muito 
maior naqueles em que o Estado, graças à censura ou monopólio dos meios de 
comunicação, exerce controle rigoroso sobre o conteúdo das mensagens, 
procurando bloquear toda atividade espontânea ou contrária à ideologia oficial. Em 
governos dessa natureza, a propaganda política se torna onipresente, atua no sentido 
de aquecer as sensibilidades e tende a provocar paixões, visando assegurar o domínio 
sobre os corações e mentes das massas5. (grifos nossos) 
 
 
Apesar de a Alemanha ser um modelo icônico, outros governos centralizadores ou 
autoritários também fizeram isso. Em história, vocês estudam nazismo, fascismo, salazarismo, o 
varguismo no Brasil, peronismo na Argentina. Os regimes militares na América Latina, dos anos de 
1960 e 1970, também usaram profundamente essas estratégias propagandísticas para combater 
seus opositores e garantir apoio da população. 
No Brasil há dois momentos interessantes para entendermos isso: durante o Estado Novo 
de Vargas (1937-1945)” e durante o “Milagre Econômico” do Governo Médici (1968-1973). Nos 
dois casos, o discurso nacionalista foi utilizado como conteúdo fundamental das propagandas de 
manipulação da população. 
 
Os Estudos culturais começaram a surgir na década de 1960, na Inglaterra. Entre seus 
precursores estavam Raymond Willians, Richard Hoggart e Edward Thompson. 
Esses estudos também foram buscar compreenderas relações entre os meios de 
comunicação e a cultura. Além disso, procuraram desenvolver análises e explicações mais 
 
 
5 ANPUH – XXIII SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA – Londrina, 2005. 1 
adesão da população para programas e ideias políticas, bem como, construir a imagem de novas 
lideranças. Isso está sendo chamado de neopopulismo. Caso exemplar é o do recém-eleito 
Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump. 
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Erudita 
Cultura 
Popular Massa 
abrangentes ao relacionar cultura e elementos do poder político, a esfera econômica e os bens 
simbólicos. 
Contudo, há uma diferença que é a base de onde partem para analisar tudo isso: para esses 
estudiosos, a cultura é uma arena de contraposição, tensão, disputas e não apenas de dominação. 
Por isso, seu foco de análise será a cultura popular. Repare, então, que já temos uma diferença 
com a Escola de Frankfurt. 
Nesse sentido, eles diferenciam cultura de massa de cultura popular e erudita, sendo que a 
cultura popular tem um caráter emancipatório porque, de certa maneira, apresenta um sentido 
dotado de resistência às múltiplas formas de dominação econômica e cultural. 
Outra diferença é que os pesquisadores ingleses percebem um papel positivo dos meios de 
comunicação de massas quando estes se ocupam ou se aproximam dos símbolos culturais 
populares: acabam por divulgar a origem popular da cultura. 
Percebe que é uma elaboração que incorpora mais camadas de análise e, assim, podem 
encontrar potencialidades nas relações entre esses 3 tipos culturais? 
Jesús Martin Barbero e Néstor Garcia Canclini, dois intelectuais e grande repercussão na 
América Latina, propõem a ideia de circularidade: uma integração no espaço e no tempo na qual 
ocorrem trocas de influência e padrão estético 
 
 
 
Atenção, esses autores pensaram dessa maneira em 
contextos democráticos, de amplas liberdades civil, 
liberdade de criação sem a intervenção de medidas 
políticas de censura. 
 
 
Bem, queridas e queridos alunos, chegamos ao final da nossa aula sobre Sociedade 
Midiática. Como em todo assunto de sociologia, leve os conceitos e contextos com você para 
iluminar a interpretação de alguma situação problema colocada na sua prova. 
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3. LISTA DE QUESTÕES 
É isso, fico por aqui. Você segue até a última questão. Aproveita TODAS as QUESTÕES, pois 
fizemos observando cada detalhe para fazer você mentalizar, aprender a responder a questão sem 
escorregar nas artimanhas do examinador. 
Gabaritar Ciências Sociais não é só saber o conteúdo é ser safo para adotar as melhores 
ESTRATEGIAS para responder cada questão! E lembrando: esse assunto tem muita incidência no 
seu vestibular!!! Espero por você no Fórum de Dúvidas, se elas aparecerem! 
Um beijo, um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim! Alê 😊 
 
 
 
 
 
 
 
(ENEM 2016) 
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e 
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. 
Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização 
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a 
liberdade de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos 
os setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de 
Janeiro; Zahar, 1985 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade 
(Enem PPL 2015) 
Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa, ao assegurar uma 
produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, o fato 
gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas produzem 
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o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos. Um dado essencial do entendimento 
do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a produção dos bens e dos 
serviços. 
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 
Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado). 
O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a) 
a) aumento do poder aquisitivo. 
b) estímulo à livre concorrência. 
c) criação de novas necessidades. 
d) formação de grandes estoques. 
e) implantação de linhas de montagem. 
(Enem PPL 2016) 
 
 
 
A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados. 
b) interatividade dos programas de entretenimento abertos. 
c) confiança do telespectador nas notícias veiculadas. 
d) credibilidade das fontes na esfera computacional. 
e) autonomia do internauta na busca de informações. 
(UENP 2011) 
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Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as afirmativas. 
I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o sonho 
americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços tecnológicos capazes de 
preencher o mercado com uma série de diferentes produtos também contribuíam para a 
criação de armas e outros objetos que limitavam a liberdade individual. 
II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção 
de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na 
cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa. 
III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela passou a 
centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que esses debates eram 
centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem fala nessas décadas tem como 
referência os anos dourados de Hollywood. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
a) nenhuma. 
b) apenas II. 
c) todas. 
d) apenas III. 
e) apenas I e III. 
(UNESP 2014) 
Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente 
como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O 
fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa 
palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês 
prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela 
finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, 
quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente 
capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se 
feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se 
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pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade 
permite reparti-las facilmente no escritório. 
(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das massas”. 
In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado. 
O tema abordado pelo texto refere-se 
a) ao conteúdointelectualmente complexo das produções culturais de massa. 
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa. 
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais. 
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo. 
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento. 
(UNESP 2012) 
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus 
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a 
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as 
culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de 
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o 
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante 
séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações 
à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os 
totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente 
segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob 
esses ideais. 
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) 
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve 
a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras 
culturas. 
b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. 
c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. 
d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na 
história. 
e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 
(VUNESP/Aluno-Oficial PM-SP/2015) 
Leia o texto a seguir. 
A televisão se tornou ubíqua e está tão arraigada na rotina da vida cotidiana que a maioria 
das pessoas simplesmente a considera uma parte integral da vida social. Assistimos TV, 
falamos sobre programas com amigos e familiares, e organizamos nosso tempo de lazer em 
torno do horário da televisão. A ‘caixa no canto’ fica ligada enquanto estamos fazendo outras 
coisas e parece proporcionar um pano de fundo essencial para a vida que transcorre. 
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(Anthony Giddens. Sociologia. 6a Ed. Porto Alegre: Penso, 2012) 
* Ubíqua – que está ou existe ao mesmo tempo em toda parte; onipresente 
Qual o papel da mídia na sociedade contemporânea? 
(A) A mídia transmite informações sobre a sociedade, contribuindo para a redução das 
desigualdades regionais. 
(B) A mídia transmite informações e forja valores comuns; ocupa papel estratégico na 
disseminação do consumismo em nossa sociedade. 
(C) A mídia transmite informações e conhecimentos imparciais e é responsável pela elevação 
cultural da nossa sociedade. 
(D) A mídia contribui para a difusão da cultura local e é responsável pela preservação da 
cultura nacional. 
(E) A mídia contribui para a difusão de conhecimentos socialmente produzidos e contribui 
para elevação da consciência política da população. 
(UEL 2009) 
De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção 
e a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica. 
No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar: 
a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material 
da sociedade industrializada. 
b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos 
alimentares contribuem com a emancipação humana. 
c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na 
cultura de massa. 
d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as 
condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos. 
e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à efetiva 
democratização da sociedade. 
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(UFU 2009) 
Com relação à chamada cultura de massas ou à mercantilização da cultura, marque a 
alternativa correta. 
a) Para os autores da teoria crítica, as modernas sociedades industrializadas desenvolvem 
uma produção cultural diversificada, produzida pelas massas. Essa produção tem por objetivo 
a satisfação das necessidades humanas, independentemente da lógica do mercado. 
b) De acordo com a teoria crítica, as sociedades modernas capitalistas têm como característica 
fundamental a produção do valor de troca, o que possibilita a existência de uma produção 
artística e cultural totalmente independente da lógica do mercado. 
c) Segundo os autores da chamada teoria crítica, há uma tendência, na moderna sociedade 
capitalista, de transformar tudo em mercadorias, fazendo com que o critério estético das 
pessoas passe a ser diferente daquele pelo qual as mercadorias são analisadas. Esse outro 
critério é fundado na exterioridade e na lógica de mercado. 
d) De acordo com a teoria crítica, há uma tendência na sociedade moderna capitalista de 
transformar tudo em mercadoria, fazendo com que o critério estético das pessoas passe a ser 
o mesmo das coisas. Esse critério funda-se na exterioridade e na lógica do mercado. 
(UNIOESTE 2017) 
O ensaio “Indústria Cultural: o esclarecimento como mistificação das massas”, de Theodor 
W. Adorno e Max Horkheimer, publicado originalmente em 1947, é considerado um dos 
textos essenciais do século XX que explicam o fenômeno da cultura de massa e da indústria 
do entretenimento. É uma das várias contribuições para o pensamento contemporâneo do 
Instituto de Pesquisa Social fundado na década de 1920, em Frankfurt, na Alemanha. Um 
ponto decisivo para a compreensão do conceito de “Indústria Cultural” é a questão da 
autonomia do artista em relação ao mercado. 
Assim, sobre o conceito de “Indústria Cultural” é CORRETO afirmar. 
a) A arte não se confunde com mercadoria, e não necessita da mídia e nem de campanhas 
publicitárias para ser divulgada para o público. 
b) Não há uniformização artística, pois, toda cultura de massa se caracteriza por criações 
complexas e diversidade cultural. 
c) A cultura é independente em relação aos mecanismos de reprodução material da 
sociedade. 
d) A obra de arte se identifica com a lógica de reprodução cultural e econômica da sociedade. 
e) Um pressuposto básico é que a arte nunca se transforma em artigo de consumo. 
(Uem 2015) 
No trecho abaixo o sociólogo norte-americano Charles Wright-Mills propõe uma definição 
para o fenômeno social denominado massa: “No extremo oposto, em uma massa, as pessoas 
expressam muito menos opiniões do que as recebem; pois a comunidade de públicos torna- 
se uma coletividade abstrata de indivíduos que recebem ideias dos meios de comunicação 
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em massa. As comunicações prevalecentes organizam-se de uma tal forma que é difícil, ou 
até impossível, ao indivíduo, replicar imediatamente, ou com qualquer efeito. A 
concretização da opinião em ação é controlada pelas autoridades que organizam canais para 
esse tipo de ação. A massa não tem autonomia frente às instituições; ao contrário, agentes 
de instituições autorizadas se infiltram nessa massa, reduzindo qualquer autonomia que ela 
possa ter na formação de opinião através da discussão.” 
(WRIGHT-MILLS, C. Sociedade de massa. In FERNANDES, H. R. Wright-Mills. 
Coleção Grandes Cientistas Sociais, São Paulo:Ática, 1985, p.136). 
Considere o texto acima e as teorias sociológicas sobre indústria cultural e consumo em massa 
e assinale a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) O controle dos meios de comunicação de massa no Brasil, particularmente das emissoras 
de rádio e de TV, é obtido por meio de concessões públicas. Contudo, esse processo diz 
respeito apenas a um mecanismo burocrático, não havendo necessidade de reflexão 
sociológica sobre as relações entre mídia, sociedade e poder público. 
02) Os fenômenos típicos das chamadas sociedades de massa têm nos meios de comunicação 
um de seus principais protagonistas. 
04) Nas sociedades contemporâneas, a opinião generalizada de que um determinado político 
é honesto ou corrupto ou, ainda, um bom ou mal governante, é fortemente influenciada pelos 
meios de comunicação de massa. 
08) Os intensos conflitos entre opinião pública e meios de comunicação de massa são objeto 
de discussão de várias correntes da sociologia. 
16) As opiniões independentes em relação aos pontos de vista dominantes têm, sobre as 
massas, a mesma influência que aquelas veiculadas pelos grandes meios de comunicação. 
(UEM 2015) 
“Tanto técnica quanto economicamente, a publicidade e a indústria cultural se confundem. 
Tanto lá como cá, a mesma coisa aparece em inúmeros lugares, e a repetição mecânica do 
mesmo produto cultural já é a repetição do mesmo slogan propagandístico.” 
(ADORNO, T. e HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de 
Janeiro: Zahar, 1985, p. 153). 
Considerando a citação e a perspectiva de Adorno e Horkheimer sobre o processo de 
industrialização da cultura, assinale o que for correto: 
01) O conceito de indústria cultural, formulado por Adorno e Horkheimer, se refere ao 
processo de expansão das relações mercantis sobre as mais diversas formas de produção dos 
bens culturais. 
02) Como observam Adorno e Horkheimer, o progresso da publicidade ajuda as pessoas a se 
informarem sobre os melhores produtos culturais e a escolherem livremente o que querem 
comprar. 
04) Para Adorno e Horkheimer, o desenvolvimento da indústria cultural fez com que os 
valores culturais passassem a ser gerados pelo mercado e pelas técnicas publicitárias. 
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3.1. GABARITO 
08) Segundo Adorno e Horkheimer, o único ramo da indústria cultural que não se corrompeu 
com a lógica capitalista de produção foi o jornalismo, pois não há como manipular uma 
notícia. 
16) O conceito de indústria cultural define, para Adorno e Horkheimer, o conjunto de práticas 
capitalistas de produção e consumo que se expressam no modo como as pessoas se 
relacionam com a cultura. 
(UEM 2017) 
“Ver TV é um dos principais deveres do sociólogo. É ali, no mundo tal como ele é visto na TV, 
que a maioria das pessoas passa boa parte de suas vidas e adquire grande parcela de seu 
conhecimento do mundo. O Lebenswelt [mundo em que vivemos], o principal objeto de nosso 
estudo e o principal alvo de nossas mensagens, estaria dolorosamente incompleto hoje se 
fosse privado dos ingredientes fornecidos pela TV on-line. Recusar-se a ver TV equivale a dar 
as costas a uma parte considerável, e ainda em crescimento, da experiência humana 
contemporânea. Essa é uma consideração que deveria orientar e ditar a seleção daquilo que 
os sociólogos devem ver, e não, lamentavelmente, sua estética ou outras preferências 
voltadas para a busca do prazer. Mas quem disse que o trabalho dos sociólogos deve ser – 
está fadado a ser – invariavelmente prazeroso?”. 
BAUMAN, Z. P. Para que serve a sociologia? Diálogos com Michael Hviid Jacobsen e Keith 
Tester. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 129 e 130. 
A partir do texto acima e de teorias sociológicas sobre mídias, publicidade e consumo, 
assinale o que for correto. 
01) A televisão, em nossa sociedade, está relacionada ao entretenimento, o que anula o 
interesse de qualquer pesquisa objetiva sobre a sociedade a partir de sua observação. 
02) A análise sociológica de telejornais, telenovelas, programação infantil, pode enfocar, por 
exemplo, concepções sobre natureza, educação, feminino, velhice e outros temas 
comunicados a milhares de pessoas. 
04) Pesquisar programas televisivos é algo irrelevante para a sociologia contemporânea 
devido à baixa qualidade da programação. 
08) Considerando o caráter subjetivo da pesquisa sociológica, seus praticantes devem se 
ocupar apenas daquilo que lhes seja agradável. 
16) O papel social da TV como meio de expressão, canal midiático e mediador de publicidade 
e consumo, a torna um fenômeno sociologicamente relevante. 
 
 
 
 
01-E 02-C 
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03-E 
04-C 
05-E 
06-D 
07-B 
08-A 
09-D 
10-D 
11-14 
12-21 
13-18 
 
 
 
 
(ENEM 2016) 
Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da democracia de pioneiros e 
empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de sentido para os desvios espirituais. 
Todos são livres para dançar e para se divertir do mesmo modo que, desde a neutralização 
histórica da religião, são livres para entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade 
de escolha da ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os setores 
como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa. 
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro; 
Zahar, 1985 
A liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do texto, é um(a) 
a) legado social. 
b) patrimônio político. 
c) produto da moralidade. 
d) conquista da humanidade. 
e) ilusão da contemporaneidade 
Comentários 
Essa questão é bem simples. O texto-base gera todo o subsídio necessário para responde-la. 
 
 
A) INCORRETA – essa alternativa é, dentre as incorretas, a que mais se assemelha à correta, 
principalmente pelo que diz a primeira frase do excerto trazido no enunciado. A dúvida que surge 
a partir da relação entre os termos “legado” e “herança” é bem razoável aqui. Mas veja que a 
questão se dirige diretamente à noção de “liberdade de escolha”, e não à noção de “indústria 
cultural”, que é de fato o que assume uma herança segundo o texto. Em se tratando de liberdade 
de escolha, não podemos alegar que isso constitui-se como legado social. 
4. QUESTÕES COMENTADAS 
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B) INCORRETA – Adorno e Horkheimer criticam a indústria cultural e tratam seus produtos como 
produtos que enfraquecem os laços sociais e políticos. Nesse sentido, não podemos inferir que a 
“liberdade de escolha” seja concebida por esses autores como um patrimônio. 
 
 
C) INCORRETA – em certa medida existe um peso moral nas estratégias de mercado que 
fomentam a liberdade de escolha. Mas esse não é eixo central da crítica de Adorno e Horkheimer. 
 
 
D) INCORRETA – o caráter massificador dos projetos da indústria cultural desconecta totalmente 
a liberdade escolha no capitalismo e a ideia de “conquista”. Ao dizer que a liberdade de escolha 
na contemporaneidade é, na verdade, a liberdade para escolher sempre a mesma coisa, Adorno 
e Horkheimer estão se referindo a uma derrota, e não a uma conquista. 
 
 
E) CORRETA – o texto-base deixa claro que a liberdade de escolha está relacionada a uma grande 
e completa ilusão. 
Gabarito: E 
 
 
(Enem PPL 2015) 
Falava-se, antes, de autonomia da produção significar que uma empresa, ao assegurar uma 
produção, buscava também manipular a opinião pela via da publicidade. Nesse caso, o fato 
gerador do consumo seria a produção. Mas, atualmente, as empresas hegemônicas produzem 
o consumidor antes mesmo de produzirem os produtos.Um dado essencial do entendimento 
do consumo é que a produção do consumidor, hoje, precede a produção dos bens e dos 
serviços. 
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 
Rio de Janeiro: Record, 2000 (adaptado). 
O tipo de relação entre produção e consumo discutido no texto pressupõe o(a) 
a) aumento do poder aquisitivo. 
b) estímulo à livre concorrência. 
c) criação de novas necessidades. 
d) formação de grandes estoques. 
e) implantação de linhas de montagem. 
Comentários 
a) INCORRETA – O texto em momento algum fala sobre o poder aquisitivo dos consumidores. 
 
b) INCORRETA – Como as empresas em questão acabam por manipular o gosto dos espectadores, a 
livre concorrência é enfraquecida. Se os gostos e necessidades das pessoas passam a ser construídos 
pelos meios de comunicação, a livre concorrência deixa de fazer sentido, já que ela se sustenta sobre 
a ideia de que ganha mais a empresa que melhor atende as necessidades dos clientes. 
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c) CORRETA – O que Milton Santos sugere no texto é que as necessidades de consumo passam a ser 
formuladas pelos veículos de comunicação, que se beneficiam com o patrocínio de empresas que 
anunciam seus produtos para o público certo, manipulado. 
 
d) INCORRETA – O texto não faz menção a formação de grandes estoques. 
 
e) INCORRETA – Por mais que o assunto tratado no texto tenha relação com a produção em larga 
escala, o foco do excerto apresentado não é esse. 
 
Gabarito: C 
 
 
(Enem PPL 2016) 
 
 
 
 
A tirinha compara dois veículos de comunicação, atribuindo destaque à 
a) resistência do campo virtual à adulteração de dados. 
b) interatividade dos programas de entretenimento abertos. 
c) confiança do telespectador nas notícias veiculadas. 
d) credibilidade das fontes na esfera computacional. 
e) autonomia do internauta na busca de informações. 
Comentários 
a) ERRADA – a tirinha não menciona a resistência da internet em adulterar dados. 
b) ERRADA – embora a interatividade na internet seja maior, a tirinha não dá destaque a isso. 
c) ERRADA – a palavra “manipular” sugere que o personagem que a profere não confia nas 
notícias veiculadas. 
d) ERRADA – assim como na alternativa acima, podemos perceber que a tirinha, ao falar sobre 
“manipulação”, não pretende destacar a credibilidade da internet. 
e) CORRETA – por mais que a tirinha apareça como uma crítica à ação dos veículos de 
comunicação, ela sugere que, na internet, a mobilidade do usuário é maior e, por isso, sua 
autonomia seja exercida em certa medida. 
Gabarito: E 
 
 
(UENP 2011) 
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Sobre a cultura de massa, a indústria cultural e a pop art, julgue as afirmativas. 
I. A Pop Art socializou a arte mantendo o engajamento político; em suas obras, o sonho 
americano se dividiu entre promessa e maldição - já que os avanços tecnológicos capazes de 
preencher o mercado com uma série de diferentes produtos também contribuíam para a 
criação de armas e outros objetos que limitavam a liberdade individual. 
II. Indústria cultural é o nome dado a empresas e instituições que trabalham com a produção 
de projetos, canais, jornais, rádios, revistas e outras formas de descontração baseadas na 
cultura, visando o lucro e produzindo cultura de massa. 
III. O grande fato cultural que cerca a televisão é que, a partir dos anos 50, ela passou a 
centralizar os debates sobre a cultura de massa da mesma forma que esses debates eram 
centralizados no cinema nas décadas de 40 e 50, pois quem fala nessas décadas tem como 
referência os anos dourados de Hollywood. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmação(ões): 
a) nenhuma. 
b) apenas II. 
c) todas. 
d) apenas III. 
e) apenas I e III. 
Comentários 
Afirmação I – CORRETA – a Pop Art surgiu como um modelo de contestação na medida em que 
propunha uma ressignificação da arte clássica através da edição de grandes obras, alterando 
cores, formas e sentidos. Ao mesmo tempo, esse modelo ficou conhecido por atrair a atenção 
do público para noções que questionavam o caráter bélico e imperialista da sociedade 
estadunidense. Veja alguns exemplos disso abaixo, nas obras Live Ammo, Blam, Brattata e Mr. 
Bellamy, de Roy Lichtenstein. 
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Afirmação II – CORRETA – essa afirmação pode ser considerada como uma síntese de tudo o 
que vimos sobre indústria cultural em nossa aula. 
 
 
Afirmação III – CORRETA – vimos lá na primeira sessão da aula como o cinema esteve no centro 
do debate sobre a indústria cultural na primeira metade do século XX. Vimos também como a 
Televisão passou a ser o grande instrumento de veiculação de cultura de massas a partir dos 
anos 1950. 
 
Gabarito: C 
 
 
(UNESP 2014) 
Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente 
como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O 
fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa 
palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês 
prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela 
finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, 
quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, 
desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz 
quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode 
mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite 
reparti-las facilmente no escritório. 
(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das massas”. 
In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado. 
O tema abordado pelo texto refere-se 
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa. 
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa. 
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais. 
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo. 
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento. 
Comentários 
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a) Errado, o texto destaca certa previsibilidade do que as produções culturais de massa 
apresentam, portanto, algo simples. 
b) Não há essa especificação aos EUA no texto. Pode-se entender que a crítica à produção de 
massa é algo comum em vários países. 
c) O texto não faz referência ao monopólio estatal sobre meio de cultura de massa. 
d) Há mais ênfase em aspectos negativos do que positivos. Aliás, esse e um tipo de alternativa 
que você, só por bater o olho nos autores e no tema central “industrial cultural”, já sabe 
que alguma crítica sairá. 
e) Repara que padronizar as produções culturais no sentido de torná-las aprazíveis e 
massificadas é transformar a cultura em mero entretenimento. Adorno e Horkheimer 
desenvolvem o termo indústria cultural para mostrar como esse processo ocorre. 
Gabarito: E 
 
 
(UNESP 2012) 
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus 
erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada nação aspirar a 
integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as 
culturas. A França deve ser considerada em sua história não somentesegundo os ideais de 
Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o 
comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos 
a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à 
emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os 
totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente 
segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob 
esses ideais. 
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) 
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve 
a) reflexões elogiosas acerca das consequências do etnocentrismo ocidental sobre outras 
culturas. 
b) um ponto de vista idealista sobre a expansão dos ideais da Revolução Francesa na história. 
c) argumentos que defendem o isolamento como forma de proteção dos valores culturais. 
d) uma reflexão crítica acerca do contato entre a cultura ocidental e outras culturas na história. 
e) uma defesa do caráter absoluto dos valores culturais da Revolução Francesa. 
Comentários 
A chave para responder a esta questão é o trecho: “Devemos considerar uma cultura não 
somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua 
barbárie sob esses ideais”. 
a) O autor não faz reflexões elogiosas, mas críticas, pois o pensamento europeu foi capaz de 
produzir grandes atrocidades. 
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b) Não é idealista na medida em que o autor expõe tanto o lado ideal, de fato, da liberdade, 
igualdade e fraternidade, quanto o comportamento escravocrata, colonialista e menor das 
sociedades europeias. 
c) Não é isso que o autor aborda nesse trecho, ele faz uma referência à forma de 
entendimento mais geral das culturas e defende que cada nação deve se buscar nas demais 
aquilo que de melhor é cada uma possui: “simbiose do melhor de todas as culturas”. 
d) Morin propõe uma análise crítica das culturas contemporâneas. Segundo ele, elas não 
devem ser analisadas somente por seus valores, mas também por aquilo que produziram e 
pelas barbáries que permitiram. É a partir dessa análise que cada nação deve buscar 
integrar aquilo que as outras possuem de melhor. É o nosso gabarito. 
e) Na medida em que E. Morin propõe mesclas entre as culturas, nota-se que há uma sugestão 
para que elas não sejam absolutizadas a fim de se evitar construções autoritárias de 
pensamento social. 
Gabarito: D 
 
 
(VUNESP/Aluno-Oficial PM-SP/2015) 
Leia o texto a seguir. 
A televisão se tornou ubíqua e está tão arraigada na rotina da vida cotidiana que a maioria das 
pessoas simplesmente a considera uma parte integral da vida social. Assistimos TV, falamos 
sobre programas com amigos e familiares, e organizamos nosso tempo de lazer em torno do 
horário da televisão. A ‘caixa no canto’ fica ligada enquanto estamos fazendo outras coisas e 
parece proporcionar um pano de fundo essencial para a vida que transcorre. 
(Anthony Giddens. Sociologia. 6a Ed. Porto Alegre: Penso, 2012) 
* Ubíqua – que está ou existe ao mesmo tempo em toda parte; onipresente 
Qual o papel da mídia na sociedade contemporânea? 
(A) A mídia transmite informações sobre a sociedade, contribuindo para a redução das 
desigualdades regionais. 
(B) A mídia transmite informações e forja valores comuns; ocupa papel estratégico na 
disseminação do consumismo em nossa sociedade. 
(C) A mídia transmite informações e conhecimentos imparciais e é responsável pela elevação 
cultural da nossa sociedade. 
(D) A mídia contribui para a difusão da cultura local e é responsável pela preservação da cultura 
nacional. 
(E) A mídia contribui para a difusão de conhecimentos socialmente produzidos e contribui para 
elevação da consciência política da população. 
Comentários 
Na sessão 2.2 de nossa aula vimos o quanto a mídia, como responsável pela sustentação de uma 
cultura consumista, atua promovendo uma espécie de ação política que tem como objetivo 
principal homogeneizar a forma de pensar e de agir. Tendo isso em vista, podemos dizer o 
seguinte sobre cada alternativa: 
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a) ERRADA – como difusora de ideias que preveem homogeneização dos padrões de consumo, 
a mídia não pode ser encarada como instituição que contribui para redução de desigualdades; 
b) CORRETA – numa perspectiva crítica, como a que apresentamos na aula, a mídia forja valores 
comuns quase totalmente sintonizados com a lógica do consumo. 
c) ERRADA – a “elevação cultural da sociedade” não pode ser promovida pela mídia. Lembre- 
se: é preciso entender que os meios de comunicação, sejam eles jornalísticos ou publicitários, 
não têm outro objetivo a não ser produzir algo que remeta a MASSIFICAÇÃO da cultura na 
sociedade. 
d) ERRADA – a mídia não é responsável pelo movimento de preservação de um modo nacional 
ou regional de pensar e agir. Quando vimos como essa instituição atua articulando um 
patrocínio do American Way of Life, isso fica mais claro. 
e) ERRADA – existe, na mídia, a veiculação de conhecimento socialmente produzido. O 
problema é a que o caráter desse conhecimento é essencialmente trivial, o que corrobora a 
alienação e não a tomada de consciência política. 
Gabarito: B 
 
 
(UEL 2009) 
De acordo com a crítica à “indústria cultural”, na sociedade capitalista avançada, a produção e 
a reprodução da cultura se realizam sob a égide da padronização e da racionalidade técnica. 
No contexto dessa crítica, considerando o fast food como produto cultural, é correto afirmar: 
a) A padronização dos hábitos e valores alimentares obedece aos ditames da lógica material 
da sociedade industrializada. 
b) O consumo dos produtos da indústria do fast food e a satisfação dos novos hábitos 
alimentares contribuem com a emancipação humana. 
c) A homogeneização dos hábitos alimentares reflete a inserção crítica dos indivíduos na 
cultura de massa. 
d) A racionalidade técnica e a padronização dos valores alimentares permitem ampliar as 
condições de liberdade e de autonomia dos cidadãos. 
e) A massificação dos produtos alimentares sob os ditames do mercado corresponde à efetiva 
democratização da sociedade. 
Comentários 
a) Essa é o nosso gabarito. Tenha sempre em mente a relação entre indústria cultural e 
massificação proposta pelos críticos da Escola de Frankfurt. Se a comida é produzida com rapidez 
e precisa ser vendida em larga escala, a propagação de valores que condicionam o consumo dessa 
comida está necessariamente conectada com a lógica da produção industrial. 
b) Tendo em vista o caráter homogeneizador e massificador dos investimentos da indústria fast 
food, fica impossível imaginar que hábitos alimentares produzidos a partir do consumo dos 
produtos dessa indústria reflitam algo parecido com emancipação. 
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c) A contradição aqui está na ideia de que, em alguma medida, homogeneização e a inserção crítica 
possam atuar produzindo as mesmas coisas. 
d) vimos em nossa aula que a racionalidade técnica e a padronização de valores estiveram sempre 
ligadas à acentuação da alienação e do aprisionamento dos cidadãos, e não o contrário, como 
sugere essa alternativa. 
e) se olharmos para a distribuição de produtos e a encararmos como algo inserido num contexto 
de massificação, não podemos inferir que exista aí um modelo que promova democracia. 
Gabarito: A 
 
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(UFU 2009)

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