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O URBANISMO - fichamento

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O URBANISMO 
	FRANÇOISE CHOAY
	CHOAY, Françoise. O urbanismo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
	“ Em primeiro lugar, o espaço do modelo progressista é amplamente aberto, rompido por vazios e verdes. [..] o verde oferece particularmente um quadro para os momentos de lazer, consagrado à jardinagem e à educação sistemática do corpo. ” [..] (p.9, parág.6)
“ A cidade transforma- se à, pouco a pouco, num parque, ” antecipa Le Corbusier; e Gropies apresenta: “O objetivo do urbanista deve ser o de criar entre a cidade e o campo um contato cada vez mais estreito. ” Assim somos levados aos conceitos da “cidade-jardim” vertical de Le Corbusier e da urbs in horta de Hilberseimer.” (p.22, parág.1)
“ Cada cidade ocupa o espaço de modo particular e diferenciado; é a consequência do papel que os culturalistas atribuem à individualidade. Na pesquisa da diferenciação, Howard enfatiza sobretudo os fatores sociológicos; a população deverá ser equilibrada nas diferentes classes etárias e em todos os setores do trabalho. Sitte, por seu lado (fielmente seguido das Garden-cities), apega-se exclusivamente aos meios de assegurar particularidade e variedade ao espaço interior da cidade. Ele recorre à análise das cidades do passado (da antiguidade ao século XV): é ali que, incansavelmente, estuda o traçado das vias de circulação, a disposição e as medidas das praças em sua relação com ruas que têm acesso a elas, com os edifícios que as delimitam, com os monumentos que as enfeitam. [...] (p. 27, parág.3) 
“ Esse espaço deve, além do mais, ser imprevisível e diverso, e isso recusar qualquer subordinação a quaisquer princípios de simetria, seguir as sinuosidades naturais do terreno, as incidências do sol, dobrar-se aos ventos dominantes, ou ao maior conforto existencial do usuário. ” (p.28, parág.2) 
“ Os princípios ideológicos sobre os quais ele funda Broadacre são os de um fiel discípulo de Emerson. A grande cidade industrial é acusada de alienar o indivíduo no artificio. Só o contato com a natureza pode devolver o homem a sim mesmo e permitir um harmonioso desenvolvimento da pessoa como totalidade. [...]” (p.30, parág.1)
“ A partir dessas premissas, F. L. Wright propõe uma solução à qual deu sempre o nome de City, se bem que ela elimine não só a megalópoles mas também a ideia de cidade em geral. A natureza volta a ser ali um meio continuo, no qual todas as funções urbanas estão dispersas e isoladas sob forma de unidades reduzidas. [...]” (p.30, parág.2)
“ Com a arquitetura orgânica, o homem toma novamente posse de sua nobreza e de seu território, do qual se torna parte integrante, a exemplo das arvores, dos rios que os esculpem, das colinas que o amolgam. [..]” (p. 240, parág.7) 
“ Os técnicos do urbanismo e da habitação têm uma concepção totalmente fantasiosa das condições de vida de que as crianças precisam. Deploram que uma população infantil se veja condenada a brincar nas ruas das cidades, que constituem, se lhes dermos credito, o ambiente mais nefasto, tanto do ponto de vista da higiene quanto do da moral, uma fonte de doença e de corrupção. Seria preciso transportar essas crianças infelizes para parques e áreas de jogos onde encontrassem um equipamento para os exercícios físicos, espaço onde brincar e área verde para revigoras suas almas. ” (p.297, parág.7) 
	PAISAGEM URBANA 
	 GOLDON CULLEN 
	CULLEN, Goldon. Paisagem Urbana. 10 Ed. Portugal: Lisboa,1983
	“[...] uma cidade é algo mais do que o somatório dos seus habitantes: é uma unidade geradora de um excedente de bem-estar e de facilidades que leva a maioria das pessoas a preferirem independentemente de outras razões – viver em comunidade a viverem isoladas. ” (p.9, parág.1) 
“ Uma construção isolada no meio do campo dá-nos a sensação de estarmos perante uma obra de arquitetura; mas um grupo de construções imediatamente sugere a possibilidade de se criar uma arte diferente [...]” (p.9, parág.3) 
“ Existe, sem duvida alguma, uma arte do relacionamento, tal como existe uma arte arquitetônica. O seu objetivo é a reunião dos elementos que concorrem para a criação de um ambiente, desde os edifícios ao anuncio e ao trafego passando pelas arvores, pela agua, por toda a natureza, enfim, e entretecendo esses elementos de maneira a despertarem emoção ou interesse. [...]” (p.10, parág.1) 
“[...] a paisagem urbana surge na maioria das vezes como uma sucessão de surpresas ou revelações súbitas. É o que se entende por VISÃO SERIAL. ” (p.11, parág.1)
“ Abrigo, sombra, conveniência e um ambiente aprazível são as causas mais frequentes da apropriação de espaço, as condições que levam à ocupação de determinados locais. O facto de se assinalarem esses locais com elementos de caratecter permanente pode contribuir para indicar os tipos de ocupação que existem na cidade e criar um meio-ambiente que não seja fluido e monótono, mas sim estático e equipado. [...] Como mobiliário para esta apropriação temos, por exemplo, desenhos no pavimento, postes de iluminação, abrigos, enclaves, pontos focais e recintos” (p.25, parág.1) 
“ O enclave, ou espaço interior aberto para o exterior, e que permite acesso livre e directo entre ambos, apresenta-se na figura de cima com um recinto ou compartimento que pode ser alcançado com facilidade, embora se encontre desviado do movimento principal. Local tranquilo, onde os passos ressoam e a luminosidade é atenuada, onde se fica apartado do burburinho da rua e se disfruta, simultaneamente, o exterior, de um ponto de observação bem situado e seguro. ” (p.27, parág.1)
“ O recinto é uma síntese da polaridade entre pés e pneus, i.e, entre a circulação de pessoas e a de veículos. É a unidade base duma certa morfologia urbana. Fora dele, o ruído e o ritmo apressado da comunicação impessoal, vai-vem que não se sabe para onde vai nem donde vem; no interior, o sossego tranquilidade de sentir que o largo, praceta, ou o pátio tem escala humana. O recinto é o objetivo da circulação, o local para onde o trafego nos conduz. Sem ele, o trafego tornar-se-ia absurdo. ” (p.27, parág.2) 
“ [...] O exterior não pode ser apenas um salão para expor peças individuais como se fossem quadros numa galeria. Terá de ser um meio destinado ao ser humano na sua totalidade, que o poderá reclamar para si, ocupando-o quer estaticamente quer pelo movimento. Ao homem não bastam as galerias de pintura; ele necessita de emoção, do dramatismo que é possível fazer surgir do solo e do céu, das arvores, dos edifícios, dos desníveis e de tudo o que o rodeia, através da arte do relacionamento. ” (p.30, parág.2) 
“ Tudo o que possa ser ocupado, quer por nós próprios, quer pela nossa imaginação – que nos leva a penetrar neste baldaquinho de Valencia – adquire, por tal facto, a intensidade de uma cor quente no meio da gama de cinzentos que revestem os espaços inóspitos. Pórticos|, varandas e terraços, possuem, todos eles, essa capacidade de comunicação: orientam-nos para o exterior” (p.38, parág.2) 
“ Entre os diversos elementos naturais que compõem a paisagem urbana, a arvore é, sem dúvida, o mais frequente, e a relação entre árvores e cidades tem uma longa e respeitável tradição. A ideia de que, tal como os edifícios, as arvores eram verdadeiras estruturas, levava à sua disposição segundo padrões arquitetônicos e à sua interpenetração com os elementos construídos; mas hoje em dia aceita-se a árvore por si mesma, considerando-a como uma presença viva que habita entre nós. Isso possibilita novas relações entre a nossa arquitetura orgânica e as estruturas naturais. [...]. Há todo um campo de estudo a explorar no que respeita às texturas e hábitos de crescimento das árvores, pois, se estas apresentam diferenças características, podendo ser fastigiadas ou pendentes, de linhas geométricas ou curvas, e de aspecto lustroso ou aveludado, também a sua relação com os edifícios pode ser extraordinariamente expressiva, quer como extensão do seu conteúdo, quer como uma definição por contraste. ” (p.84, parág.1) 
“ Osmateriais à disposição do urbanista, pedras, cimento, madeira, metal, alcatrão, relva, em vários estados, protegida ou não, e elevações, agua, pessoas, são afinal os materiais de que este mundo é feito. A sua missão urbana é dispor e selecionar estes blocos de matéria de maneira a, preenchendo as necessidades da raça humana em termos de abrigo e comunicações, lazer e ritual, criar uma paisagem urbana à escala humana; uma paisagem urbana humanizada. [...]” (p.125, parág.1) 
	UMA INDRODUÇÃO À ARQUITETURA A DA PAISAGEM COM O PARADIGMA ECOLÓGICO
	MARIA DE ASSUNÇÃO RIBEIRO FRANCO 
	ASSUNÇÃO, Maria de Ribeiro Franco. Desenho Ambiental. São Paulo: FAPESP, 2000
	“ A arquitetura paisagística desenvolveu-se a partir de conceitos estético-funcionais visando à melhoria da qualidade ambiental urbana, tendo por referencias os jardins franceses e ingleses, num momento em que a preocupação fundamental dos projetistas de cidades era âmbito sanitário, e o maior avanço cientifico, no campo das Ciências Naturais, era o pensamento de Darwin. ” (p.10, parág.6)
“ O desenho Ambiental distancia-se do paisagismo quando envolve a ideia não apenas de projeto, mas a ideia de um processo. Para isso o Desenho Ambiental pressupõe o conceito ecossistêmico em que a ação antrópica esteja incluída, bem como a ideia de nega-entropia inserida na reciclagem dos recursos, na preservação e na conservação ambientais. Isso no plano sócio-cultural se traduz pela otimização dos recursos energéticos e participação comunitária, tanto no processo da criação das propostas para o ambiente quanto no monitoramento na gestão destas na fase posterior, ou pós-projeto (uso e avaliação pós-ocupação). ” (p.11, parág.1) 
“ Inspirado na natureza tropical, Burle Marx mostra em seu trabalho propostas plásticas imprevisíveis e de inegável originalidade, as quais soube passar ao universo cultural não só através do desenho da paisagem, mas também pela pintura e por meio da escultura. ” (p.22, parág.1) 
“ O pano de fundo zen, com o seu reducionismo exigente e implacável, corroborou, no cultural, na sorte de natureza predestinada, que apregoava o moderno e oferecia também um contraponto visual efetivo para compensar a ética e estética austeras deste. Não vinha ao caso o fato de que os jardins de rochas tivessem sido consagrados à meditação e pensados para serem contemplados de um modo que nenhum ocidental poderia compreender. Como tampouco vinha ao caso que aqueles desenhos emanassem de um contexto cultural, religioso e artístico completamente distinto” (p.27, parág.2)
“ À medida que o jardim japonês ficava mais conhecido, o paisagismo valia-se quase sempre de elementos encontrados na natureza, como rochas, areia, paralelepípedos e troncos de madeira dispostos em trama sutil de relações reciprocas. Está claro que eram materiais naturais, mas separados do contexto “natural” de partida, reunidos em conjuntos visuais que em novos contextos adquiriam novos significados. ” (p.27, parág.4) 
“A arte ambiental é um trabalho de completa interação do autor com o meio ambiente e se faz em assentamentos exigentes. Cheia de vários artefatos e estruturas provisórias, a um “land art” altera por completo as qualidades do lugar, abrindo às pessoas um novo horizonte de possibilidades de vivenciar os espaços, em geral vulgares, que utiliza cotidianamente. ” (p.42, parág.2) 
“ [...] o paisagismo tem demonstrando-se uma arte flexível e polivalente, aplicando-se tanto ao uso comercial na pequena escala quanto aos projetos de renovação urbana, empregando para isso ao mais diversos materiais e plantas das mais variadas partes do mundo, mesmo as que, até há bem pouco tempo, eram rejeitadas pela cultura. ” (p.62, parág.3) 
“ No período clássico barroco a evolução e o requinte do modo de viver urbano introduzem a arvore nas cidades europeias, surgindo então novos tipos espaciais, como o parque, a alameda, o jardim, o passeio arborizado. Segundo Lamas é no período clássico barroco que se estrutura a arte do paisagismo como um campo especifico da arquitetura e do paisagismo como um campo especifico da arquitetura e do planejamento urbano. ” (p.80, parág.1) 
“Thoreau apresenta em seu livro a natureza não como um cenário impessoal a emoldurar o homem, mas como alvo de uma experiência pessoal e direta, alicerçada na emoção. Para ele, o homem não está acima da natureza, mas é parte integrante dela. ” (p.83, parág.4) 
“ O desenho Ambiental é, portanto, o desenho que, partindo de cenários hipotéticos, visa responder a uma determinada questão que necessite de uma expressão espaço-temporal, em qualquer escala, partindo de princípios de conservação ambiental e objetivando a melhora da qualidade de vida e desenvolvimento sustentado. ” (p.132, parág.5) 
	INDUSTRIA IMOBILIÁRIA E A QUALIDADE AMBIENTAL: SUBSÍDIOS PARA O DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL
	SECOVI-SP
	Industria Imobiliária e a Qualidade Ambiental: Subsídios para o desenvolvimento Urbano Sustentável. São Paulo: SECOVI, 2000. 
	 
“ Em áreas fortemente alteradas pelo homem, o valor principal da paisagem é de natureza cultural, dependendo sua potencialidade de ocupação das edificações e espaços abertos existentes. A busca de soluções deverá visar complementação e harmonia paisagística. ” (p.15, parág.7)
“ Nas paisagens em que o sitio natural preservado expressar boa qualidade ambiental, deve haver maior cuidado de concepção do empreendimento, visto que a análise dos impactos sobre o meio físico e biótico será mais rigorosa por parte dos órgãos licenciadores. ” (p.15, parág.8) 
“ Nas ocupações urbanas brasileiras, a presença da agua, tão importante para viabilização da fauna e flora tem sido constante fator de conflito e dificuldade. Norma geral: “ O bom terreno é seco, longe de água. ” (p.16, parág.5) 
“ Culturalmente, no Brasil, com exceção das áreas litorâneas, que se vincularam ao meio hídrico com alguma adequação, as ocupações urbanas procuram as áreas altas e secas, posicionando-se de costas para as áreas molhadas e os cursos d’agua. Isto se deve, em grande parte, ao regime exuberante das aguas nos climas tropicais. ” (p.16, parág.6) 
“ Indica-se também a procura de opções que venham reduzir o uso de agua e de energia convencional, buscando fontes alternativas, tais como solar ou eólica, bem como a adoção de soluções construtivas que potencializem a luz e a ventilação naturais. ” (p.20, parág.2) 
“ As modificações causadas pelo homem no meio ambiente têm, em geral, um aspecto comum: a alteração da cobertura vegetal primaria. A vegetação primaria representa o equilíbrio da interação climática com as características do solo e estabilizador das condições climáticas e hidrológicas. A retirada das matas expõe o solo e as margens dos cursos d’agua aos processos erosivos, com consequente assoreamento e inundação, ou promovem ainda a desertificação de grandes áreas. ” (p.56, parág.3) 
“ As florestas, assim como o solo, têm papeis fundamentais no regime hídrico. A unidade permanente do solo abastece o lençol freático, o qual, por sua vez, alimenta as fontes de agua. O manto de detritos vegetais decompostos e semidecompostos que recobre o chão da floresta age como uma esponja, absorvendo as aguas das chuvas. Este ambiente rico em matéria orgânica favorece o aparecimento de minhocas e outros animais perfuradores, que abrem tuneis no solo proporcionando a infiltração na sua parte superior. Quando o solo esta encharcado, este manto orgânico funciona como uma cobertura protetora por onde as aguas escorrem sem promover erosão do solo. ” (p.56, parág.4) 
“ Aproximadamente 60% das aguas das chuvas são desenvolvidas à atmosfera pela transpiração das plantas. Outra parte significativa é devolvida através da evaporação. Por isto, a floresta é um verdadeiro regulador da quantidade de agua, protegendo o local de enchentes e se sua escassez. ” (p.57, parág.1) 
“[...] A presença da vegetação, especialmente em áreas urbanas ou de expansão urbana, além de promover a estabilizaçãodas condições físicas, proporciona um conforto ambiental decorrente de vários fatores tais como o equilíbrio da umidade e da temperatura, movimentação de ar e radiação solar, controle da erosão, da poluição sonora, da agua e do ar, aumento de permeabilidade do terreno, incluindo, também, barreiras físicas de bloqueio de trajetos e cortinas de quebra-ventos, controle e harmonização visual, presença de fauna e atividades de recreação e lazer.” (p.57, parág.2) 
“ Todos estes valores proporcionados determinarão a oferta de espaços ambientalmente mais agradáveis e confortáveis, que promoverão a valorização das propriedades pela melhoria das condições de saúde física e mental da população. ” (p.57, parág.3) 
	DESENHO URBANO: NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO
	VICENTE DEL RIO 
	DEL RIO, Vicente. Desenho Urbano. 1.Ed. São Paulo:Pini, 1955. 
	 
“ O urbanismo, por sua vez, teve uma trajetória especifica no Brasil. Esta trajetória não permite, a nosso ver, a utilização deste termo para classificar a atuação do “urban design” [..], o Urbanismo possui, no entanto, um lugar na percepção e vocabulário da população em geral, sendo palavra mais usual do que a expressão Planejamento Urbano, mesmo nos meios profissionais. ” (p.51, parág.4) 
“ [..] “atividades de desenho urbano buscam desenvolver o quadro de políticas os onde desenhos físicos são criados” (SHIRVANI 1985: 2). O autor argumenta que a atividade em discussão sempre fez parte do quadro geral do planejamento pois, após uma primeira decisão de construir ou não, logo se tem de entrar numa segunda categoria decisória que deve ser o que e como construir: função, localização, configuração, modos de implementação e relacionamento com o entorno. Para SHIRVANI o Desenho Urbano é a parte do processo de planejamento que lida com a qualidade do meio ambiente e, portanto, possui um grande compromisso público. ” (p.57, parág.2) 
“ [...] a percepção como instrumento mediador importante entre homem e o meio ambiente urbano e a reformular-se o enfoque até então em pratica as qualidades e as necessidades não são mais consideradas absolutamente consensuais, mas variáveis entre grupos, culturas e épocas. ” (p.92, parág.1) 
“ [...] o Desenho Urbano, os objetivos principais destes estudos se tornam claros: a identificação de imagens públicas e da memória coletiva. “ A partir do estudo do que os usuários percebem, como e com que intensidade pode-se montar diretrizes para a organização físico-ambiental. Alguns chamam isto de identificação de “pistas” ambientais para o projeto (SAMUELS 1998, BENTLEY et al. 1985). A compreensão da linguagem é determinante na percepção. ” (p.92, parág.3) 
“ Identidade, Estrutura e Significado: Uma imagem ambiental pode ser vista contendo três componentes: identidade, estrutura e significado. A identificação de uma área, sua diferenciação de outra, sua personalidade e individualidade são chamadas por LYNCH de “identidade”. Quanto à estrutura, é uma categoria que todas as imagens compostas devem ter, para coerência do todo e relações internas definidas. O observador deve, finalmente, ser capaz de capitar significado nesta imagem ambiental, seja ele prático ou emocional. ” (p.93, parág.3) 
“ Os nortes americanos têm classificado a psicologia do meio ambiente e os estudos do comportamento ambiental dentro de uma denominação única: “pesquisa ou desenho ambiental”, estudos de “homem-meio ambiente”, ou simplesmente “comportamento ambiental”. ” (p.96, parág.7) 
“Entretanto, os trabalhos de psicologia mais tradicionais traçam uma verdadeira linha divisória entre o enfoque “comportamentalista” (behaviorista) e o “piagetiano”. Como dissemos, os que seguem a segunda linha de pensamento admitem uma formação de memória através dos processos cognitivos e da experiência ambiental; assim, cada nova situação em nos vemos seria mentalmente relacionada com outras de nosso passado. Informando para as atitudes e as ações a tomar. Já os trabalhos “comportamentalistas”, largamente inspirados do SKINNER (1953), defendem que a reação do ser humano é reflexo puro da situação que ele se encontra, buscando relações causa-efeito mais diretas nos comportamentos ambientais. ” (p.97, parág.1) 
“ Portanto, estudar o comportamento ambiental conforma a investigação sistemática das inter-relações entre o ambiente e o comportamento humano e suas implicações para o projeto (MOORE 1979, LANG 1987). Segundo MOORE (1997:63) “ as questões básicas a serem respondidas são: como as pessoas se relacionam com o meio ambiente construído, quais são suas necessidades, e como aplicar tais respostas no processo de projeto? ”. O projeto correto deve responder a três grupos básicos de satisfação do usuário: visual, funcional e comportamental. [...]” (p.99, parág.2) 
“ Espaços livres: desempenham importantes funções no urbano como, por exemplo, social (encontrados), cultural (eventos), funcional (circulação) ou higiênica (mental ou física); tão importante como o espaço construído na estruturação urbana devendo, portanto ser tratado como espaço positivo; sua importância não é tanto em termos de quantidade mas de suas relações ao contexto urbano e as atividades sociais às suas margens (ALEXANDER 1977) e aquelas que, por sua existência e características, facilitadas (LERUP 1972).” (p.107, parág.7) 
“ Apesar de todo desenvolvimento tecnológico, o relacionamento de nossas cidades com o meio ambiente é muito mais problemático que no passado, seja nível de poluição ou das próprias técnicas construtivas. No Rio, independentemente de um “projeto de imagem” para a cidade, que inclui necessariamente a natureza carioca, o tipo de desenvolvimento praticado está em direto confronto com a natureza. Diariamente praticam-se agressões, muitas conscientemente, contra o sistema ecológicos, a boa climatização, a correta drenagem e o bom relacionamento como sitio. Estas agressões por vezes geram risco de vida, no caso da ocupação de encostas, ou mesmo acabam por produzir resultados visuais agressivos de gosto duvidável. ” (p.119, parág.3) 
	MORFOLOGIA URBANA E DESENHO DA CIDADE 
	JOSÉ M. RESSANO GARCIA LAMAS
	LAMAS, José M. Ressano Garcia. Morfologia urbana e desenho da cidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000. 
	 “ As formas não têm apenas a ver com concepções estéticas, ideológicas, culturais ou arquitetônicas, mas encontram-se indissocialmente ligadas a comportamentos, à apropriação e utilização do espaço, e à vida e comunitária dos cidadãos. ” (p.28, parág.1) 
“Esta questão coloca-se com grande acuidade na utilização das formas urbanas (sejam estas de blocos, torres, quarteirões ou contínuos construídos) e, na medida em que qualquer dessas formas influenciará diferentemente a vida social, no comportamento e bem-estar dos cidadãos” (p.28,parág.2) 
“O interesse da FORMA URBANA terá de avaliar com objectividade os conteúdos da cidade moderna e da cidade tradicional, e só dessa avaliação poderão nascer pistas para o desenho da cidade contemporânea. [...]” (p.31, parág.1) 
“ A forma da cidade corresponde à maneira como se organiza e se articula a sua arquitectura. Entendendo por ‘ arquitetura da cidade’ dois aspectos: ‘Uma manufactura ou obra de engenharia e de arquitectura maior ou menor, mais ou menos complexa, que cresce no tempo, e igualmente os factos urbanos caracterizados por uma arquitectura própria e por uma forma própria. [...]” (p.41, parág.4) 
“ [...] A própria forma, ou a imagem urbana, pode ser organizada com relativa independência para atingir a comunicação visual; no fundo, trata-se de retomar os problemas da arte urbana e de embelezamento da cidade com o objetivo de contribuir para um ambiente mais estimulante. ” (p.61, parág.4) 
“A expressão ‘território’ designa ‘a extensão da superfície terrestre na qual vive um grupo humano’, ou melhor, o espaço construído pelo homem, em oposição ao que poderíamos designar por ‘espaço natural’ e que não terá sido humanizado. É o espaço onde o homem exerce a sua acção, transformando-lheas condições físicas, impondo-lhe a ‘sua ordem’.” (p.63, parág.1) 
“As estruturas rurais, tais como as urbanas, decorrem de uma acção humana que tende a dominar os elementos físicos e o clima de modo a permitir e as atividade, quer estas sejam urbanas, agrícolas ou florestais. Canais e valas, plantações, desaterros aterros, socalcos e caminhos testemunham essa acção transformadora. [...]. A diferença entre espaços rurais e espaços urbanos refere-se essencialmente ao seu modo de utilização: em ambos os casos o homem actua sobre o território, para nele viver, exercer atividades, e também de acordo com um sentido estético. ” (p.63, parág.3) 
“ A arquitectura terá necessariamente de se orientar para uma concepção da paisagem como conjunto total construído – a paisagem como arquitectura -, e este alargar do campo de actuação acarreta níveis diferenciados de actuação.” (p.66, parág.4) 
“ [..] a paisagem humanizada e a paisagem natural adquiriram ao longo dos dois últimos séculos qualidades figurativas através de vários fenômenos culturais e sociais: pelo valor simbólico ou magico de certos sítios; pela exaltação iconográfica feita pelas artes como a pintura, a fotografia e a literatura; e também por reação à degradação qualitativa e baixo teor estético das urbanizações. Através destes processos, as paisagens foram sendo carregadas com os atributos da beleza, capazes de provocar a emoção estética. [...]” (p.66, parág.6) 
“ A beleza dos sítios tem justificado o próprio ordenamento do território para a defesa e preservação do ambiente e a sua fruição: miradouros, vias panorâmicas, áreas de proteção, parques e reservas naturais são exemplos. ” (p.68, parág.2) 
“ A origem do ‘desenho’ da Natureza encontra-se na própria arquitectura, como arte de organização do espaço, sem distinção de materiais urtilizados: elementos ‘duros’ ou minerais, como a madeira, a pedra e o betão, ou elementos vegetais, como plantas e árvores. Quaisquer destes são igualmente elementos morfológicos porque são parte de uma estrutura e definem um espaço e uma forma. ” (p.70, parág.1)
	CIDADES PARA PESSOAS 
	 JAN GEHL
	GELH, Jan. Cidades para pessoas. 2.ed. São Paulo: Perspectiva, 2013. 
	 “ Reforça-se potencialidade para a cidade tornar-se viva, sempre que mais pessoas sintam-se convidadas a caminhar, pedalar ou permanecer nos espaços da cidade. A importância da vida no espaço publico, particularmente as oportunidades sociais e culturais, assim ccomo as atrações associadas com uma cidade cheia de via, sera discutida em seção posterior do livro. ” (p.6, parág.5) 
“ A cidade sustentável é geralmente fortalecida se grande parte de seu sistema de transporte puder se dar meio da ‘mobilidade verde’, ou seja, deslocar-se pé, de bicicleta ou por transporte público. Esses meios proporcionam acentuados benefícios à economia a ao meio ambiente, reduzem o consumo de recursos, limitam as emissões e diminuem o nível de ruídos. ” (p.7, parág.1) 
“ Hoje, percebe-se um rápido crescimento dos problemas de saúde pública porque grandes segmentos da população, em vários lugares do mundo, tomaram-se sedentários, uma vez que os carros fazem todo o transporte porta a porta. Um convite sincero para caminhar e pedalar, como fenômeno natural e integrado à rotina diária, deve ser um aspecto inegociável de uma política unificada de saúde. ” (p.7, parág.3) 
“À medida que melhoram as condições para os ciclistas, surge uma nova cultura da bicicleta. Crianças e idosos, homens e mulheres de negócios e estudantes, pais com crianças pequenas, prefeitos e realeza, todos andam de bicicleta. Andar de bicicleta tornou-se forma de se locomover na cidade. É mais rápido e mais barato que outras opções de transporte, é mais saudável e é bom para o meio ambiente. ” (p.11, parág.4) 
“ Em cidade vivas, seguras, sustentáveis e saudáveis, o pre-requisito para a existência da vida urbana é oferecer boas oportunidades de caminhar. Contudo, a perspectiva mais ampla é que uma infinidade de valiosas oportunidades sociais e recreativas apareça quando se reforça a vida a pé. ” (p.19, parág.3) 
“ O trafego de bicicletas e pedestres utiliza menos recursos e afeta o meio ambiente menos do que qualquer outra forma de transporte. Os usuários fornecem a energia e esta forma de transporte é barata, quase silenciosa e não poluente. ” (p.105, parág.4) 
	LOTEAMENTOS URBANOS
	JUAN LUIS MASCARÓ
	MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos Urbanos. 2.ed. Porto Alegre, 2005.
	“ Todo sitio tem na topografia parte de suas características principais. Obviamente, nas declividades, na uniformidade, no tamanho dos morros e das bacias e em outros aspectos do relevo estarão fortes condicionantes do traçado urbano. ” (p.13, parág.1) 
“ A água da chuva se divide em dois segmentos: um que se infiltra no solo e forma os lençóis freáticos e outra que escorre na superfície formando as bacias hidrográficas subterrâneas e superficiais [...]” (p.14, parág.1) 
“ Na medida em que a agua escorre superficialmente se a declividade é suficientemente acentuada – junta-se em córregos, arroios, rios e assim por diante. Se a declividade do sitio é uma baixa, ela empoça tendendo a formar pântanos, lagoas, lagos, etc.” (p.14, parág.2) 
“ Outras áreas de maior importância são os topos dos morros, por elas carregam os lençóis freáticos. Na medida em que os topos não são ocupados e sua vegetação é preservada, entra mais agua limpa nos lençóis. [...]” (p.17, parág.1) 
“ A declividade se expressa normalmente como uma percentagem (%), como uma razão entre variação de altitude e a distância horizontal que há entre esses pontos, ou como um ângulo. ” (p.18, parág.5) 
“ A agua sempre procura o sentido da maior declividade, ou seja, perpendicular à curva de nível como mostram as setas indicadas no desenho. Onde ela se fecha, a água se concentra e a área é conhecida como “complúvio”. Por ali a agua desce, então é ela, para facilitar o escoamento. Onde as setas se afastam a água se separa e o terreno é o mais seco da encosta, chama-se “displúvio”. Os lotes situados nessa área são os melhores. ” (p.35, parág.2) 
“ Todo terreno natural onde está implantada uma urbanização se constitui numa realidade tridimensional. Infelizmente, na maioria das vezes, os projetistas não levam em conta a riqueza das variações em altura da área, preferindo optar por uma solução mais simplista projetando o nivelamento do terreno. ” (p.183, parág.1) 
“Naturalmente, quanto menos for remodelado o terreno, mais horas de trabalho na concepção de projeto serão necessários. O resultado, entretanto, será muito mais estável, econômico e certamente agradável. ” (p.183, parág.2) 
“ A arborização deve ser feita, sempre que possível, para amenizar os aspectos negativos do entorno urbano, transformando os lugares hostis em bastante hospitaleiros para os usuários. Geralmente no ambiente urbano as plantas estão submetidas a condições bastante adversas ao seu crescimento e vida. Entretanto, com alguns cuidados tomados, desde a escolha adequada para o plantio e manutenção se conseguirá com facilidade cumprir as funções que lhes foram destinadas. A maiorias das plantas precisam da luz para crescer corretamente; entretanto, outras espécies de desenvolvem muito bem em áreas sombreadas e podem ser usadas com êxito em zonas densamente construídas onde a disponibilidade de luz é limitada, mas não totalmente inexistente. Nos espaços urbanos onde existem problemas com os ventos dominantes (principalmente da estação fria) ou o efeito de canal produzido pelos edifícios altos, a solução pode ser utilizar uma barreira de arvores resistentes à ação do vento para fornecer o abrigo às pessoas e às espécies vegetais menos adequadas a essas condições climáticas. Entretanto, sempre é aconselhável consultar um paisagista, principalmente se o lugar apresentar condições extremamente desfavoráveis de solo, microclima, poluição do ar ou configuração urbana problemática. ” (p.186-188, parág.3) 
 “ O sombreamento é importante emurbanizações situadas em climas fortes, tanto secos como úmidos, ou ainda em temperados, com estação quente. Para cada uma dessas situações as características da arborização serão diferentes para adequar as peculiaridades ambientais de cada caso. A finalidade principal do sombreamento das ruas é amenizar o rigor térmico sazonal de estação forte no clima subtropical e permanente na região tropical, além de diminuir as temperaturas superficiais dos pavimentos e a sensação térmica de calor nos usuários, tanto pedestres como motorizados. ” (p.189, parág.1) 
	INFRA-ESTRUTURA DA PAISAGEM
	JUAN LUIS MASCARÓ
	MASCARÓ, Juan Luis. Infra-estrutura da paisagem. 1.ed. Porto Alegre: Mas Quatro, 2008.
	 “O jardim: é a forma mais sintética e representativa do espaço exterior construído pelo homem. Conforme o dicionário, trata-se de terrenos ajardinados, geralmente fechados por muros ou grades, localizados junto a edificações, muitas vezes em lugares semi-públicos. Geralmente tem dimensões de uma parte de uma parcela urbana, menores onde a ocupação é mais densa como nos centros urbanos, maiores onde a ocupação é mais densa como nos centros urbanos, maiores onde a ocupação é menos densa, como nas áreas suburbanas. ” (p.17, parág.1) 
“ A praça: espaço aberto dentro do tecido urbano, em nossos climas, geralmente ajardinado, pelo menos parcialmente. Seu tamanho é de um ou, no máximo, dois quarteirões, (1 ou 2 ha.), pelo que na maioria dos casos esta rodeada de vias de circulação. Pode estar no centro da cidade, neste caso recebe o nome de praça maior ou da matriz em alusão a igreja central da cidade. Pode estar nos bairros caracterizando-os. Há casos em que é menor que um quarteirão e recebe nome de largo ou pracinha. Pode se conter vários jardins. [...]” (p.17, parág.2) 
“ O Parque urbano: também o jardim deu lugar ao parque público urbano e este ao sistema de parques e aos corredores de vegetação. Quando neles verificou a intervenção na cidade, observou-se que neles a vegetação domina os materiais inertes, é um espaço aberto, de vários hectares, geralmente por via de circulação que permitem acesso dos visitantes aos diferentes setores do parque. Nos pequenos parques de vias são para pedestres, nos de grande porte há vias veiculares para facilitar o acesso aos usuários utilizando veículos. ” (p.17-18, parág.3) 
“ [...]cada sitio tem seu ecossistema natural que, em maior ou menor grau, é alterado quando sobre ele se faz uma área verde. O novo sistema ecológico criado poderá ser agradável ou não, estável ou instável, econômico ou antieconômico, dependendo, em grande parte, do critério com que o projetista o desenha” (p.37, parág.2) 
 
	O PARQUE E A ARQUITETURA: 
UMA PROPOSTA LÚDICA
	DANILO SANTOS DE MIRANDA
	MIRANDA, Danilo Santos. O parque e a arquitetura: uma proposta lúdica. 1.ed. São Paulo: Papirus, 2001. 
	 “ [...] A cidade já não pode ser mais, tão-somente, o espaço da atividade econômica ou o espaço utilitário da habitação ou das vias de circulação; tem que ser, também, o espaço existencial que permita a cada um a procura de sua realização como pessoa. Tem que ser o espaço não apenas do trabalho, mas do descanso, do divertimento, do lazer. ” (p.18, parág.2) 
“ A iniciativa privada, sustentada pelo lucro dos seus empreendimentos, tem conseguido localizar-se melhor, em particular instalando-se nos novos shopping centers que surgem e passam a atrair um público de classe média de com poder aquisitivo, fortemente marcado pela exiguidade dos apartamentos onde vive e pela falta de áreas livres e espaços lúdicos e de lazer. Nos edifícios residenciais, ela descobre o lúdico e o lazer como um novo e atraente “ponto-de-venda”, reduzindo a área útil das moradias e expandindo as áreas destinadas as piscinas, playgrounds, saunas e outras instalações. [...]” (p.20, parág.1) 
 
“ Finalmente, a privação da natureza: por inexistência, distancia, precariedade ou violência urbana, o pouco acesso da criança a parque e jardins onde possa ter contato com os elementos naturais – água, terra, céu, jardins, plantas, aves e animais –, empobrecendo sua formação e impedindo-a de uma relação extremamente prazerosa. ” (p.26, parág.3) 
“ E um dos principais itens dessa qualidade de vida, o do lazer, passou igualmente por profundas transformações, na interação cidadão e espaço urbano. Lembrando apenas um dos exemplos recorrentes nessa argumentação: há muito tempo não é mais possível utilizar os rios; a própria ocupação desordenada de suas margens e a falta de um planejamento urbano que as organizasse como área de passeio, de convivência e de recreação, a exemplo dos espaços ribeirinhos de muitas cidades do mundo houve essa intervenção providencial previa no seu processo de urbanização, além da poluição de suas águas, impedem o seu uso como ambiente privilegiado para as atividades de lazer.” (p.34, parág.5) 
 “ Uma das orientações, neste caso, é do conceito de acessibilidade, considerado como garantia e possibilidade de acesso para todas as pessoas, independentemente de suas condições sociais, sua faixa etária e sua habilidade ou aptidão para participar ou praticar qualquer uma das atividades oferecidas. Todos, sem exceção, têm direito a participar de tudo, de acordo com sua livre escolha. ” (p.37, parág.2) 
“ [...] a implantação de equipamentos socioculturais deveria ser feita segundo um processo de planejamento que incorporasse a conspecção, o design, a construção e preparação para o seu funcionamento, combinando as necessidades de um atendimento para grandes públicos, principalmente no caso das cidades maiores, com critérios funcionais de qualidade no uso e na região.” (p.38, parág.4) 
“ As programações de atividades e eventos, cenografias, projetos cenográficos para exposições, ambientais, aulas vivenciais, instalações e brinquedos são atividades do meu percurso profissional que mantiveram viva a reflexão sobre lazer, educação, organização do espaço, percepção e estética. ” (p.69, parág.2) 
“ Os espaços não têm atividades específicas, são abertos para vivenciais individuais e coletivas, seja entre crianças seja entre crianças e adultos. ” (p.76, parág.3)
“ Se o ambiente sugere mistério, traz também a emoção da descoberta e da conquista. A sensação de penetrar a mata e descobrir esses mistérios permanece mesmo quando se enxerga todo o conjunto. O ambiente, ao causar estranhamento comparado a situações comuns da vida, instiga e modifica o usuário. Colabora para percepção e imaginação. ” (p.77, parág.1) 
“ [...] O contato com espaços livres, com o verde e com a água, ou ainda, com instalações revestidas com os códigos do esporte, da cultura e da ludicidade, é o novo ambiente de vivências diversificadas e educativas, onde o compromisso dá lugar à informalidade e os grupos formam-se em torno das atividades e dos equipamentos existentes. ” (p.104, parág.4)

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