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Questões de Política II

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1. Respostas
A mercadoria é o fruto do trabalho do homem que, com suas propriedades, satisfazem as necessidades humanas e possuem valor-de-uso e valor-de-troca. Vale ressaltar que, um valor-de-uso só será uma mercadoria quando não possuir, imediatamente, utilidade para seu produtor. 
Porque no Mercado, a mercadoria produzida, que até então, não é útil para seu produtor, poderá ser trocada e servirá de valor-de-uso para quem adquiri-la.
O valor-de-uso representa a utilidade de uma mercadoria segundo suas propriedades e só se realiza com o consumo. Já o valor-de-troca, remete-se a relação quantitativa entre duas mercadorias diferentes, que se dá através da quantidade de trabalho necessária para a obtenção de ambas. Vale acrescentar que, esta relação de troca varia no tempo e no espaço.
O “socialmente” na definição do valor da mercadoria se refere ao tempo médio de trabalho necessário para a produção de uma mercadoria. Ou seja, tempo de trabalho necessário para que um produto seja produzido, levando-se em consideração as condições de produção (normais), grau de destreza do trabalhador (médio) e a intensidade do trabalho. Pode-se dizer também, que esse valor médio é, portanto, uma abstração dos trabalhos realizados por diferentes produtores.
A impessoalidade das ordens é uma característica das grandes empresas e significa não saber de onde elas vêm: quem as determinou e por quais razões determinaram. Já a hierarquia na indústria significa a subordinação de uns perante outros. Esta hierarquia abre as portas para o “submandonismo” e segrega os funcionários de acordo com suas qualificações. 
Paulo Sandroni quando fala sobre isso dá ênfase ao tempo gasto pelo trabalhador até chegar ao seu local de trabalho. Segundo ele, esse tempo desperdiçado compreende também a jornada de trabalho, uma vez que, ao invés de estar descansando ou aproveitando esse tempo, o trabalhar perde horas nesse percurso casa-trabalho. Toda essa reflexão leva a concluir que, caso fosse levado em consideração, esse deslocamento seria computado na apuração do salário dos trabalhadores.
Sandroni quer dizer que nas indústrias são utilizados operários mais habilidosos para o estabelecimento do tempo-padrão de produção, visto que, estes levam menos tempo na execução das tarefas. Esse mecanismo é usado porque, a maximização da produção em um curto espaço de tempo ampliará os ganhos dos capitalistas, que agora, pagarão menos pelos salários dos trabalhadores.
Ele quer afirmar que, para os capitalistas o que importa é o lucro que será obtido com a venda do produto que foi produzido pelo trabalhador. Este pouco interessa (as más condições de trabalho são prova disso), afinal, quando não for mais útil poderá ser substituído por qualquer outra pessoa. 
O trabalho morto é aquele que já possui trabalho cristalizado, por exemplo, máquinas, ferramentas, matérias-primas, etc. Já o trabalho vivo corresponde ao trabalho humano que gera mais valia. Sobre a relação entre os dois, conclui-se que, o trabalho vivo opera o trabalho morto, este, segundo Sandroni, é um meio de explorar e oprimir o primeiro.
Porque, esse profissional é contratado pelas empresas para otimizar a produção, ou seja, resolver eventuais problemas que comprometam a produtividade e, consequentemente, os ganhos dos capitalistas. O estudo de tempos e movimentos foi proposto por Frederick Taylor, visando à redução dos desperdícios e a ociosidade dos operários.
Ela é uma mercadoria porque, assim como as demais, pode ser trocada, visto que não possui utilidade para seu proprietário (desprovido dos meios de produção), por um salário que será pago pelo capitalista. Sua importância para esse modo de produção está presente na sua capacidade de gerar “mais-valia”.
O autor quer dizer que, na produção capitalista as diferenças individuais são colocadas no mesmo plano, ou seja, nem todos os trabalhos são realizados num tempo médio, pois há trabalhadores mais habilidosos e outros menos, porém, essa quebra de ritmos tende a ser compensada por aqueles, tornando o valor individual da mercadoria médio. Esse valor médio se expressa no preço, logo, este será refletido nas mercadorias conforme a quantidade de trabalho necessária para sua obtenção.
Para Sandroni, o dinheiro é uma mercadoria que com desenvolvimento do comércio e a disseminação das trocas tomou a forma de equivalente geral, ou seja, passou a expressar o valor de todas as outras mercadorias. Ele acrescenta ainda que, a mercadoria-dinheiro assumiu esse papel por possuir certas características, tais como: essencialidade, durabilidade, homogeneidade e divisibilidade. 
A cumulação primitiva é explicada no texto, tomando como exemplo o caso dos pescadores que foram prejudicados por uma empresa pesqueira, que com seus grandes barcos sugavam os peixes do litoral, dificultando a atividade que garantia o sustento dos primeiros. Diante dessa situação, o pescador (trabalhador) se vê na obrigação de vender sua força de trabalho, sujeitando-se as condições impostas pelo apropriador dela. 
Com o surgimento do capitalismo, os trabalhadores foram expropriados dos meios de produção, logo, também ficaram sem condições de subsistirem. Em consequência disso, o trabalhador se vê na obrigação de vender a única coisa que lhe resta, a força de trabalho, que será trocada por um salário pago pelo capitalista.
O valor da força de trabalho, assim como das outras mercadorias, é determinado pelo tempo de trabalho necessário para produzi-la e reproduzi-la. Pode-se dizer ainda que, este valor corresponde ao salário, que é o suficiente para a subsistência do trabalhador.
O preço de fábrica é aquele que não inclui a totalidade do valor da mercadoria, porém, já comporta em si uma parte da mais-valia. Sandroni no texto, explica que os produtos são vendidos aos comerciantes a preço de fábrica pelos industriais, e que estes, na negociação, já se beneficiam de uma parte da mais-valia, enquanto os primeiros só se beneficiarão da segunda parte quando venderem as mercadorias para o consumidor final.
Porque os industriais produzem, a partir das mercadorias que são transformadas ou consumidas produtivamente, um produto resultante que possui em si um valor maior. Eles, como detentores dos meios de produção, exploram o trabalho do homem e são os primeiros a terem acesso a mais-valia.
A mais-valia pode ser dividida entre o industrial, comerciante e o banqueiro. O primeiro obtém sua parte da mais-valia ao vender para o comerciante, mercadorias a preço de fábrica, este por sua vez, garantirá seu lucro quando revender os produtos adquiridos ao consumidor final. Todavia, caso tenham precisado de dinheiro emprestado, terão que dar uma fatia ao banqueiro na forma de juros. 
Porque, o trabalhador detentor da força de trabalho (M), a venderá por um salário (D), e em seguida, trocará este por mercadorias (M) que satisfaçam suas necessidades imediatas. Diferentemente ocorre o ciclo do capitalista, que com o seu dinheiro (D) compra mercadorias (M) para revender (comerciantes), e com isso, obtêm uma quantidade maior de dinheiro (D’).
Porque as maquinas, matérias-primas, ferramentas, etc. (trabalho morto), só transferem seu valor pretérito para as mercadorias por meio da força de trabalho do homem (trabalho vivo).
Não, o consumo dos meios de produção apenas tem o seu valor, gradativamente, transferido para as mercadorias. Já o trabalho do homem sim, ele é o único capaz de repassar um valor superior ao seu aos produtos, ou seja, criar mais-valia.
Porque, sendo o trabalho gerador de valor, caso seja explorado além do necessário, criará um valor superior. Em outras palavras, o capitalista ao se apropriar da força de trabalho do homem, pode obriga-lo a trabalhar além do necessário para pagar o seu salário, gerando assim um valor excedente (mais-valia).
O tempo de trabalho necessário corresponde ao valor da mercadoria força de tralhado, ou seja, ao salário. Já o tempo de trabalho excedente equivale à exploração dessa força de trabalho, ou seja, a mais-valia.
A mais-valia absolutaé aquela obtida pelo capitalista através da ampliação da jornada de trabalho ou aumento da intensidade da mesma. No primeiro caso, esse excedente é conseguido porque o proprietário dos meios de produção estende a jornada de trabalho sem alterar o salário. No segundo caso, o tempo da jornada de trabalho não muda, o que se altera é sua intensidade.
A mais-valia relativa é conseguida através da redução do tempo de trabalho necessário para que o trabalhador gere o valor equivalente a sua força de trabalho. Para que isso ocorra, tem que haver um avanço tecnológico que possibilite uma maior produtividade na produção de gêneros de primeira necessidade ou nos meios de produção que são usados para adquiri-los.
Com a inflação, tem-se um aumento substancial dos preços e, por conseguinte, uma elevação no custo de vida. A mais-valia pela inflação é obtida, então, pelo reajuste salarial inferior ao necessário à manutenção da vida do trabalhador, pois o capitalista não estará compensando esse aumento do custo de vida.
O exército de reserva da força de trabalho corresponde aos trabalhadores desempregados. Ele se origina a partir do investimento em novas tecnologias que exigem menos trabalhadores e menos dos trabalhadores, isto é, qualquer pessoa poderá operar as máquinas, logo, ser substituída (aumento da demanda). Soma-se a isso, o fomento às migrações. Sua função na economia capitalista é impedir que os salários invadam a mais-valia ou/e inibir possíveis reivindicações exagerados por parte dos assalariados.
Segundo Sandroni, esta disparidade no valor da força de trabalho entre os países se deve ao nível de vida médio da população destes ou a forte presença de sindicatos que cuidam, eficientemente, dos interesses dos trabalhadores.
O progresso tecnológico acarreta um aumento na produtividade e, consequentemente, uma diminuição no tempo necessário para a fabricação dos produtos, logo, o preço das mercadorias caem, aumentado os lucros do capitalista.
Sandroni deixa essa dúvida com a interrogação: será? Mas antes de chegar a esse ponto, ele relata a sua experiência no Governo socialista de Salvador Allende, no qual vivenciou transformações na estrutura de poder; e depois, o deslanchar do golpe militar comandado pelo general Pinochet. Dessa experiência, pode-se concluir que a mais-valia só acabará quando as relações de dominação se extinguir.
2. Referência bibliográfica
SANDRONI, P. O que é mais-valia. São Paulo: Brasiliense, 1982. 108p.

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