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Aula 03 Ondas reais Msc. Tiago da Silva Oliveira Msc. Carmen Elena Ramírez Meneses Centro Universitário planalto do Distrito Federal Ondas reais Trem de ondas com aproximadamente mesmos período, direção e celeridade (alturas pouco diferentes). Diferem das teóricas devido a sua variação no tempo. Previsão feita através de valores extremos que ocorrem com determinado período de retorno – observações prolongadas (mínimo de 1 ano). Observações locais ou ao largo. Na impossibilidade de observação direta, existem métodos de previsão estatísticas a partir das características do vento. Características das ondas reais Vento local: Agitação irregular e caótica; Cristas de pequeno comprimento; Direção de propagação de algumas ondas têm um ângulo superior a trinta graus com a direção dominante. Período (T) variável. Método do zero ascendente Análise estatística: define-se a altura da onda e seu período a partir de séries de registros de ondas. 𝐻𝑧: altura média das ondas; 𝐻𝑠: média das alturas das 1/3 maiores ondas; 𝐻10: média das alturas as 10% maiores ondas; 𝐻𝑖: média das alturas as i% maiores ondas; 𝑇𝑧: período médio das ondas; 𝑇𝑝: período correspondente ao pico de energia do espectro. Método do zero ascendente Encontrando os resultados a partir do método da probabilidade de excedência pela distribuição de Rayleigh. Analise estatística de ondas Foram deduzidos por Longuet-Higgins a partir do cálculo das probabilidades e da análise estatística. 𝐸: os quadrados das alturas de todas as ondas individuais de período inferior, presentes na agitação da superfície do mar. permitem determinar as alturas características da agitação gerada em uma zona de tempestade e as alturas características e a gama de períodos existentes em um dado momento. Analise estatística de ondas A altura aproximada das ondas. Dez por cento das ondas têm, aproximadamente, alturas compreendidas entre as seguintes gamas de valores: 10% entre 0,00 𝐸 e 0,64 𝐸 metros 10% entre 0,64 𝐸 e 0,94 𝐸 metros 10% entre 0,94 𝐸 e 1,20 𝐸 metros 10% entre 1,20 𝐸 e 1,42 𝐸 metros 10% entre 1,42 𝐸 e 1,66 𝐸 metros 10% entre 1,66 𝐸 e 1,92 𝐸 metros 10% entre 1,92 𝐸 e 2,20 𝐸 metros 10% entre 2,20 𝐸 e 2,54 𝐸 metros 10% entre 2,54 𝐸 e 3,04 𝐸 metros 10% terão altura superior a 3,04 𝐸 metros Analise estatística de ondas Alturas médias: A altura de vaga mais freqüente é 1,414 𝐸 metros. A altura equivalente (ou significativa) é de 2,83 𝐸 metros. A altura média do décimo das mais altas ondas é de 3,60 𝐸 metros. A altura média das vagas é de 1,77 𝐸 metros. Software pra analise de ondas por Rayleigh - Obsis - UnB Analise estatística de ondas Longuet Higgins calculou ainda a probabilidade de se verificarem ondas de altura superior a um determinado valor. Assim: A probabilidade de verificarem ondas de altura superior a 3,74 𝐸 metros é 5%. A probabilidade de verificarem ondas de altura superior a 4,24 𝐸 metros é 2%. A probabilidade de verificarem ondas de altura superior a 4,56 𝐸 metros é 1%. A probabilidade de verificarem ondas de altura superior a 5,20 𝐸 metros é 0,2%. A probabilidade de verificarem ondas de altura superior a 5,46 𝐸 metros é 0,1%. Deformação das ondas nas proximidades das costas Principais fatores que podem provocar: Variações de profundidade; Obstáculos; Correntes marítimas. As principais deformações decorrentes são: Refração; Arrebentação; Difração; Reflexão. Refração Mudança da celeridade, do comprimento de onda e da direção de propagação por variação da profundidade ou por correntes marítimas. Governado pela lei de Snell Refração Interferência com o fundo que faz com que a celeridade da onda reduza com a diminuição da profundidade. Ondas tendem a atingir a costa paralelamente as isóbatas batimétricas. Refração Onda atingir a costa em uma enseada há uma desconcentração de energia em função do espalhamento da frente de ondas causado pela refração. Neste caso há uma tendência de acúmulo de sedimentos junto a praia. Arrebentação A energia da onda é dissipada sendo capaz de colocar os sedimentos em suspensão para mobilização, fato que influência diretamente na dinâmica da praia. Parte da energia, porém, é refletida de volta para o mar, dependendo da declividade da praia (quanto mais íngreme do perfil praia mais a reflexão). Arrebentação Mergulhante: declividade média e as cristas das ondas, antes de romper, formam um enrolamento em espiral (tubo). Deslizante: declividade mais suave e a onda rompe relativamente longe da beira da praia, de modo suave e vai se espraiando percorrendo grande distância formando um longo rastro de espuma. Ascendente: declividade muito alta (praia de tombo). Difração Fenômeno de transmissão lateral de energia de onda ao longo de sua crista. Pode ocorrer devido a presença de um obstáculo, com por exemplo uma ilha, um quebra-mar ou alguma obra de portuária ou de proteção de costa. Difração Diminui a energia da onda incidente provocando uma perda de competência na movimentação dos sedimentos. Que pode acarretar na formação de tômbolos. Reflexão Ocorre quando a frente de ondas encontra um obstáculo. Ele pode desacelerar bem como acelerar devido esse processo.
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